Capítulo Nove

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- A Lizzie contou à minha irmã a história da segurança...ela literalmente engasgou-se a rir.

- Quem não? – Jason gritou, começando a rir só de se lembrar. Tapei a boca para rir também.

- Qual história da segurança? – Jill questionou, olhando para todos nós.

Anna, Jason, Noah e eu entreolhámo-nos como se não pudéssemos acreditar que nunca lhe tínhamos contado a história da segurança. Começámos a rir ao mesmo tempo, todos já tendo bebido vários copos de vários tipos de vinho – a garrafa que Harry tinha comprado tinha sido a primeira a esvaziar-se, por escolha dele e de Noah. Recusei-me a ser eu a contar a história, tendo sofrido o suficiente quando a contara à irmã mais nova de Harry. Não aguentaria conter o riso durante toda a história mais uma vez, então dei dois goles grandes do vinho que tinha à minha frente e olhei para os meus amigos, esperando que um deles decidisse contar. Jill olhava-nos, expectante, até que Harry levantou o braço e anunciou que seria ele a contar.

Como seria de esperar, tínhamos passado o jantar a relembrar histórias engraçadas dos tempos de faculdade, assim como a partilhar entre nós histórias dos seguintes sete anos. Harry tinha mais do que nós, tendo aprendido a divertir-se nos bastidores de todas as arenas em que dera concertos, mas o nosso grupo não ficava nada atrás. As nossas histórias vergonhosas eram histórias partilhadas, no entanto, como as vezes em que um ou outro tinha sido expulso de certos sítios por diferentes razões. Harry gargalhara alto com todas as histórias, de vez em quando olhando para mim e para Jason como se não pudesse acreditar que nós tínhamos sido realmente expulsos de um museu por termos estado tão intoxicados que pensáramos que um molde de um cavalo era um daqueles cavalos que balançava para as crianças.

Harry, entrando num papel de contador de histórias, lançou o contexto para a situação que o colocara no átrio da faculdade, a tocar guitarra. Jill sorriu, talvez ao imaginar um Harry Styles de vinte anos, com cabelos até aos ombros e roupas floridas e largas a tocar guitarra no meio de uma faculdade. No entanto, quando o cantor continuou a contar a história, Jill cuspiu o gole de vinho que tinha acabado de colocar na boca de volta para dentro do copo. Todos nós rimos alto, eu deitei a cabeça para trás e tapei a cara, sentindo as minhas bochechas doerem por ter passado a noite toda a rir.

- Ela...deu um choque a um rapaz?

- Pobre senhora! Se fosse eu provavelmente dava um choque a mim própria. – Anna abanou a sua mão em frente à cara, como quem estivesse a refrescar-se.

- Ela não precisava. Ver o nosso Harry a piscar-lhe o olho foi choque suficiente. – Noah piscou o olho, fazendo-nos todos voltar a rir com o efeito dramático.

Já tínhamos todos terminado de comer há pelo menos uma hora e era quase meia noite. Estávamos na varanda há meia hora, alguns de nós sentados nas cadeiras e outros no chão, perto da mesa de café onde tínhamos as garrafas e os copos de vinho. Eu estava sentada entre Noah e Harry, com as costas encostadas à cadeira onde Jill estava sentada, embora com as pernas em cima do braço da cadeira. Sentia-me incrivelmente confortável, como se o lugar do Harry fosse ali, entre o meu grupo de amigos. Deu-me uma familiaridade estranha e, mais uma vez, lembrei-me de todas as vezes em que tínhamos passado por situações parecidas; em que estávamos todos na sala do apartamento que ele partilhava com Sam, sentados no chão, a jogar jogos de tabuleiros completamente bêbados.

- Lembram-se quando a Lizzie esmurrou aquele rapaz?

- Oh! – tapei a cara, abanando-a como se para afastar a memória. Todos os meus amigos riram.

- Isto já foi depois de tu teres ido embora, Harry. – Anna começou a contar, com um sorriso matreiro. – Mas, resumidamente...estávamos num bar e um rapaz começou a perturbar a Lizzie, a tentar dançar com ela e a pedir-lhe o número e etecetera. Ela disse que não imensas vezes e ele não se afastava.

Caminhos Cruzados // harry stylesOnde histórias criam vida. Descubra agora