Fascínio - Capítulo - XIV

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Chegaram a São Paulo, numa manhã de domingo. Ana, babá de Nathalie, decidira-se por acompanhar os patrões.

Thiago os esperava, com ansiedade, no aeroporto.

Foram recebidos com um almoço festivo. Walter, Isabel e Thiago não cabiam em si de tanta felicidade. Nathalie era o centro das atenções. A mãe de Nathan chorou de emoção quando ouviu a neta chamando por seu "papa".

Logo após o jantar, Júlia estremeceu ao ouvir o marido perguntar num sussurro:

_ Vamos descansar?

A primeira noite no novo lar. Júlia sentia-se ansiosa por ter o marido apenas para si.

_ Vamos, mas antes vou dar uma última olhada em Nathalie.

Isabel havia reservado o quarto que o filho ocupara na convalescença para a neta e sua babá. Para o casal fora preparada a antiga suíte de Nathan, situada na parte superior da casa.

Em pouco tempo, Júlia retornava à sala.

_ Pronto, nossa filha dorme como um anjinho. Aliás, ela e a babá.

_ Ótimo! _ disse Nathan, levantando-se e enlaçando a esposa pela cintura. _ Boa noite para quem fica.

_ Mas ainda é cedo, filho! _ protestou Isabel. _ Mal conversei com a minha nora!

_ Mal conversou?! _ reinou Nathan _ Passamos o dia inteiro conversando!

_ Mãe! Dá um tempo, não vê que o mano quer ficar a sós com a mulher dele? E, depois, você e Júlia terão todo o tempo do mundo para ficarem de blá-blá-blá!

_ Será ótimo ter com quem conversar! Sabe filha, esses três vivem para o trabalho!

_ Oh! Lá vem ela com as famosas reclamações! _ atalhou Walter. _ Vá logo, filho, antes que sua mãe resolva recitar o velho rosário de lamentações!

Assim que entraram na suíte, Nathan falou com ar matreiro:

_ Ufa! Enfim, toda minha!

Júlia resolveu brincar ao correr para o banheiro, dizendo:

_ Adivinhe quem terá que esperar para tomar banho!

Júlia relaxava com a água escorrendo sobre o rosto, quando sentiu o corpo de Nathan junto ao seu.

_ Isso não é justo; o que quer? _ ela perguntou com um sorriso sedutor.

_ Por que pergunta, se já sabe qual será a resposta?

Tomaram banho entre ousadas carícias e muita espuma. Nathan sentiu-se perdido quando Júlia escapou de seus braços. Arregalou os olhos, ao vê-la correr para o quarto, pingando água por todos os lados.

_ Isso não vale, madame! _ protestou, saindo do boxe, logo encontrando-a estirada sobre a cama:

_ Mostrou-se mais escorregadia que sabonete, agora você não escapa! _ disse, deitando-se sobre ela.

Fizeram amor como se fosse a primeira vez que se tocavam. Durante a madrugada, Júlia acordou feliz ao sentir as mãos de Nathan deslizando por seu corpo com intimidade, num pedido mudo de quero mais.

Ao abrir os olhos pela manhã, Júlia surpreende-se ao constatar que estava só no quarto.

Meia hora depois descia com intenção de ver a filha. O quarto destinado à pequena estava vazio. Foi apenas na cozinha que Júlia encontrou alguém.

_ Bom dia. _ cumprimentou, vendo a mulher rechonchuda voltar-se em sua direção.

_ Bom dia; nossa! Agora compreendo a razão de Nathan se deixar capturar! Você é muito bonita, Júlia!

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