Capítulo 4

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Otávio

Horas atrás...

Após ser expulso por Lívia, ando pelo corredor até o elevador, completamente destruído e uma das minhas certezas era: ela estava certa, agora iria encarar as consequências dos meus atos...

A lembrança do dia em que a conheci e de como chegamos a isso tudo, vem como um clarão, meu desespero é tanto que me agarro a ela, para aliviar um pouco do meu sofrimento.

Um ano e meio antes...

Hoje eu acordei com um mau humor do cão! Que foda mal dada! Puta que pariu, que mulher ruim! Nem com todos os meus conhecimentos consegui fazer com que ficasse boa. Até era bonita, com um corpo perfeito, mesmo porque, não pegava qualquer coisa, mas essa me enganou direitinho.

Tinha começado a estagiar ontem em uma empresa no mesmo prédio em que eu trabalhava. Como não sou bobo, tinha que ser o primeiro a pegá-la, mas porra, se arrependimento matasse. Isso só podia ser praga de outras que já havia pegado e que queriam uma segunda vez. Mas comigo só rolava uma noite mesmo, odiava figurinha repetida. Se a estatística mundial era de que havia sete mulheres para cada homem, por que ficaria com uma só?

Sou advogado, estou formado há quase quatro anos, trabalhava no centro da cidade, no prédio do meu pai. Ele que havia me incentivado a fazer faculdade de Direito, da qual não me arrependo, amo o que faço. Já tinha conquistado algumas causas bem importantes e até tinha alguns clientes famosos, tudo por mérito próprio. Já estava fazendo meu nome e, logo, logo, iria para um lugar só meu. Apesar de ter a cobertura só para mim, precisava conquistar o meu espaço.

Tomo meu banho, visto um dos meus ternos Armani, tomo meu café e saio para o trabalho.

Quando estou a caminho do escritório, fico pensando em como a noite de ontem havia sido péssima! Hoje eu teria que pegar uma mulher extraordinariamente gostosa, estava muito puto! Meu dia iria ser longo...

Quando chego ao estacionamento do prédio, a estagiária ruim de foda está estacionando o carro também. Puta que pariu, é muito azar! Coloco o meu em minha vaga, desço do veículo e ela vem em minha direção com os dentes arreganhados. Finjo que nem a vejo, se as boas eu não repetia, que dirá as ruins, sai fora! Entro no elevador e aperto logo o botão, antes que ela consiga me alcançar.

Olho na sua direção antes que as portas se fechem e está com uma cara de quem não estava entendendo nada. Agradeço quando as portas se fecham antes que consiga entrar, quem manda usar esses saltos altíssimos? Até achei interessante ontem, mas hoje não tinha a menor graça.

Chego ao meu andar e quase caio para trás com a visão à minha frente. Caralho, que mulher gostosa! Tinha tudo no lugar e no tamanho certo. Nossa, devia ter quase um metro e setenta de altura, pernas nem grossas, nem finas demais, cintura fina, peitos perfeitos e a bunda incrivelmente firme, bem empinada do jeito que gostava. Além disso tudo, ainda tinha o benefício de ser linda de rosto; os olhos eram verdes, o nariz arrebitado, rosto fino e a boca era convidativa ao extremo. Os cabelos lisos, com mechas douradas. A mulher era perfeita e ia ser minha a qualquer custo.

Está em pé na frente da minha sala e bem próxima à secretária.

Aproximo-me, colocando minha máscara de profissional.

— Bom dia, senhoras. — Seus olhos encontram os meus.

— Bom dia — responde, abrindo um sorriso meio tímido. Nossa! Meu pau logo ganha vida.

Minha secretária diz algo me tirando dos meus pensamentos libertinos em relação à coisa linda à minha frente.

— A Senhorita Lívia está aguardando o Senhor — Maria diz, se referindo à bela mulher.

A Missão Agora é Amar - missão bope 1Where stories live. Discover now