Capítulo 21

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     Ele me olhava chocado com as palavras que eu acabara de pronunciar e eu me sentia horrível, como se quando eu disse em voz alta o que sentia, algo pesa-se mais dentro de mim. Por um tempo não dissemos nada e o silêncio estava ficando incômodo.
Nyele- Então, não vai dizer nada ?
Vega- Eu...bom...ah...
Nyele- Chega, isso não vai dar a lugar nenhum, já entendi, eu não significo nada, só fui mais uma em sua rede.
      Me virei e sai andando em meio as árvores, ouvia ele me chamando mas ignorei e fui indo mais adentro da mata, após um tempo eu parei em frente a uma grande roseira e de cansaço adormeci a seus pés.
       Me mexi e vi que onde eu estava deitada era macio, abri meus olhos e eu estava na cama do meu quarto, logo me virei e vi Vega ao meu lado, dormindo e entendi o que aconteceu, pelo canto do olho vi algo refletir a luz da lua, era a adaga que ele deixava em seu cós, ela brilhava e uma idéia me veio a mente, algo que na primeira vez eu falhei, mas que poderia dar certo agora. Deslizei pela cama com cuidado e peguei a adaga, voltei para o lado dele e com cuidado subi em sua cintura caso ele tentasse alguma coisa, e então posicionei a arma em sua garganta, mas não a cortei de imediato, meu coração pesava, se eu fizesse isso ficaria livre, poderia talvez voltar para casa e tentar esquecer tudo que se passou, mas eu não me convenci, eu havia dito tudo oque eu sentia sobre ele, não era só ódio, eu amava ele, seu jeito, seus olhos, sua voz máscula e seu cheiro, jamais senti aroma igual, agora só tinham duas opções, eu deveria escolher entre o amor e a liberdade. Olhei em seu rosto sereno e busquei a resposta, se eu ficar, será uma relação tempestuosa, instável e difícil, mas ainda haverá momentos doces.
Nyele- Por Deus, eu não deveria nem pensar.
     Bani meus pensamentos e pressionei a adaga em sua pele mas não o feri.
Vega- Faça, não hesite.
      Me surpreendi quando ele falou ainda de olhos fechados e pegou minha mão me insentivando a prosseguir.
Nyele- Você não teme ?
       Então ele abriu os olhos e me olhou profundamente.
Vega- Não, não temo a morte, todos um dia iremos morrer, hoje, amanhã, daqui a alguns anos que diferença faz ? Se for por suas mãos, eu não resistirei e aceitarei de bom grado.
        Eu suspirei e cedi um pouco a lâmina em sua pele, ele aproveitou e pousou as mãos em minha cintura, nos trocando de lugar, nesse movimento como eu fiquei surpresa, raspei sem querer a lâmina em seu pescoço fazendo um corte não muito profundo, mas ele não se incomodou, pegou a adaga da minhas mãos e a jogou no chão, pôs suas mãos, uma de cada lado do meu rosto depois de ter me deitado e ficou me olhando arfar.
Nyele- Você não disse que não iria resistir ?
Vega- E não resisti, você não quer fazer isso, não quer me matar, eu sei que gosta de mim, não, eu sei que você me ama e além do mais, deixei que me cortasse.
Nyele- Você não sabe de nada,- lágrimas começaram a sair dos meus olhos- você só sabe ferir e trair os outros, ser rude e tratar as pessoas como nada, seu...
Vega- Cale a boca.
        Ele me beijou, pegando meu rosto em suas mãos e impedindo que eu o insulta-se, minhas barreiras iam caindo enquanto minha temperatura aumentava, então já sabendo do resultado eu me deixei levar.
        Acordei e fui tomar banho, quando terminei me enrolei na toalha e sai, fui até o guarda roupa e peguei um vestido.

       Me sentei em frente ao espelho e comecei a arrumar o cabelo e fiz um coque alto, ouvi Vega indo ao banheiro e quando terminei, senti mãos quentes em meus ombros, vi no espelho seu rosto na altura do meu, seu sorriso ia de orelha a orelha

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       Me sentei em frente ao espelho e comecei a arrumar o cabelo e fiz um coque alto, ouvi Vega indo ao banheiro e quando terminei, senti mãos quentes em meus ombros, vi no espelho seu rosto na altura do meu, seu sorriso ia de orelha a orelha.
Vega- Bom dia minha rainha.
Nyele- Só se for pra você.
Vega- Está de mal humor hoje ? Eu tenho algo que vai te fazer sorrir.
       Ele abre uma gaveta na cômoda e pega uma caixa, abre nas minhas costas e então me mostra no reflexo do espelho oque tinha em mãos.

       Ele abre uma gaveta na cômoda e pega uma caixa, abre nas minhas costas e então me mostra no reflexo do espelho oque tinha em mãos

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Vega- Quero que use.
        Disse pondo em meu pescoço e depois colocando as mãos novamente em meus ombros os massageando.
Nyele- Obrigada, mas não vai me comprar.
        Me levantei e o olhei, ele sorriu me desafiando.
Vega- Vai me dizer que não gostou de ontem a noite ?
Nyele-Não tenho nada a comentar.
Vega- Sei...já está pronta ?
Nyele- Sim.
Vega- Então vamos.
           Ele abriu a porta e me estendeu a mão, eu a recusei e passei por ele, que não se abalou e colocou sua mão em minha cintura caminhando ao meu lado.
           Quando chegamos a uma parte próxima do salão vimos um amontoado de gente.
Vega- Oque significa isso ?
           Um pirata saiu do meio e todos abriram espaço para olhar a mim e ao Vega, o pirata estava pálido como se visse um fantasma.
Vega- Oque houve ?
Pirata- Capitão, o barco de Baruk foi destruído sem deixar nenhum sobrevivente , mas em meio aos pedaços encontramos isso.
        Ele mostra um pedaço de bandeira negra e quando vejo os símbolos eu falo em um fio de voz.
Nyele- Nero.
Vega- Como você conhece ?- ele se vira para me encarar.
Nyele- Eu vi em um livro, nesse castelo.
Titânia- A garota está certa, se é realmente ele, vamos ter que nos preparar.
Vega- Ouçam todos! Partiremos hoje e nos prepararemos para eliminar Nero e sua tripulação, nos encontraremos daqui à quatro meses, na ilha de Pandora.
Prince- Por que tão longo o prazo ?
Vega- Vamos precisar de muita ajuda e preparo, arranjem toda a ajuda possível e usem rotas novas, não façam viagens desnecessárias e se encontrarem alguem​ do bando dele a ordem é destruir, chega de conversa, vamos zarpar.

Amor pirata Where stories live. Discover now