Acidentalmente Apaixonados

Capítulo 9 - Degustação

Melanie

Eu não consigo me lembrar da porcaria do nome desse cara, por isso eu não devo ficar com raiva e beber, mistura perfeita para cometer idiotice. Dou mais uma olhada para o balcão e lá está o Tom, os seus olhos estão pegando fogo enquanto me analisa, viro-me e continuo dançando Timber do Pitbull.

- Ei gata, vamos para um lugar mais tranquilo? - Estava demorando, olho para o cara que estou ficando e dou um sorriso, nem ferrando eu dou pra ele.

- Não quero um lugar tranquilo, preciso de agitação e tequila. - Ele murcha imediatamente e eu estou saltitando interiormente. - Vou beber mais duas doses. - Dou uma piscada e saio dançando entre os corpos suados.

Chego no balcão e viro mais duas doses rapidamente, sinto uma gota escorrer pela minha boca e ir para o meu decote, olho para o homem que está me fuzilando, ele lambe os lábios e o nosso olhar trava. Limpo o canto da minha boca passando a língua pelos meus dentes, a raiva é substituída por um desejo insano. A única imagem que vem na minha cabeça e do Tom no meu balcão sem camisa e eu bebendo tequila naquele tanquinho de tirar o fôlego.

- Meeeeel só falta cinco doses! - Alguém grita ao meu lado quebrando a nossa conexão. Viro-me e dou de cara com uma Bia eufórica e bêbada, o que é comum.

- Tu já estás alegre né gatinha, vamos beber até cair. - Grito de volta e viro mais uma dose que desce queimando tudo. Puxo a Bia para o meio da sala e começamos a dançar loucamente.

Começo a sentir o efeito da tequila e sei que preciso terminar com todas as doses antes que elas me derrubem. Vou para o banheiro dar uma olhada no meu cabelo que está uma bagunça, faço um rabo de cavalo alto e lavo o rosto. Volto para a cozinha e mais duas doses estão dentro.

- Você deveria ir mais devagar! - Aquela voz rouca e profunda sussurra no meu ouvido me deixando arrepiada. Viro-me e o Tom está muito perto.

- Carlos? - Ele me olha confuso e tento ao máximo não rir. - Quem é esse, é o idiota que você está se esfregando. - Respiro fundo.

- Não, Carlos é o meu pai! Pensei que era ele, já que é o único homem que manda em mim. Vê se cuida da tua vida e não enche. - Quem ele pensa que é esfregando, esfregando? Ai que idiota.

- Não quero mandar em você, só não quero que faça besteira! - Ele se aproxima mais quase colando o seu corpo ao meu. Força Melanie, não entrega os pontos agora.

- Muito perto Thomas, a tua namorada não vai gostar! - Solto um gemido quando ele agarra a minha cintura forte. Corpo maldito porque tem que me trair. - Morena eu não namoro eu fodo! - Ele morde o meu pescoço e sinto sua ereção pressionada na minha barriga.

- Tom preciso de ajuda para trocar o barril! - Graças a Deus, ele se vira e eu abro os olhos o Mike está na nossa frente.

- Não tem outra pessoa que possa te ajudar Mike? - Sua mão ainda repousa na minha cintura e quando tento me libertar agarra mais forte.

- Eu tentei trocar, mas aquela válvula maldita não deixa. - O Tom passa a mão que não está em mim pelos cabelos. Ele se vira e toca levemente os meus lábios com os seus. - Não sai daqui, já volto!

Vejo-o se afastar e tento controlar meu corpo novamente. - Merda! - Viro as últimas doses e limpo o balcão enquanto um cara passa por mim. - Ei me ajuda a subir aqui.

- Com todo o prazer gata. - O cara me coloca sentada no balcão, dou um sorriso e fico em pé! Começo a balançar meus quadris e fecho os olhos, dançar me faz esquecer tudo a batida me envolve a letra me consome e eu me perco na música.

Abro os olhos e encontro o olhar de desejo do Tom e isso me deixa acessa, passo as minhas mãos pelo meu corpo e fecho os olhos novamente, sinto alguém tocar em mim e dois segundos depois sou arrancada da bancada, braços fortes estão atrás dos meus joelhos e nas minhas costas.