♦ Waste the Night ♦

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-Não ligues ao que o Luke faz. - oiço o Michael - Ele só não acha que a banda vá ter sucesso.
-Se não tentarem não vai mesmo. - digo, ainda chateada pela atitude do Luke. Como é que alguém pode ser tão arrogante? Ele torna fácil a tarefa de odiá-lo. Também não vou desperdiçar a noite a pensar nisto.
-Podias juntar-te a nós. Tu és uma ótima cantora. - diz o Ashton.
Coro. Apesar de ter adorado o elogio sou demasiado tímida para cantar em frente de alguém. Eles só me ouviram a cantar porque a Chloe me gravou enquanto eu estava distraída porque senão nem ela teria ouvido.
-Ash, sabes que não consigo. Mas obrigada.
Ele sorri para mim e eu retribuo timidamente.
-Vocês enojam-me. - diz o Michael e a seguir atira-se para cima do Ash e o Calum não demora muito a juntar-se a eles. Eles riem-se e fazem-me rir. Quando dou por mim a Chloe já me puxou para o molho também. Acabamos todos no chão de barriga para cima a olhar para o teto e a rir.
A festa já acabou a algum tempo e a casa está vazia. E desarrumada.
-Fico feliz por vos ter conhecido. - digo e estou a ser sincera. Apesar de pensar sempre que os populares eram uns convencidos e arrogantes fico feliz por fazer parte deste grupo de populares divertidos e simpáticos.
-E nós a ti! - diz o Ash.
-Sem alguém responsável seríamos um grupo perdido. - diz o Michael.
-Adoro-vos! - grita o Calum.
Olho para o relógio e mando um salto. É muito tarde e eu já devia estar em casa. Amanhã há escola!
-Tenho de ir! E vocês também! Nem pensem em baldar-se!
Todos se riem mas eu continuo séria.
-Queres boleia? - pergunta o Calum - Vou levar a Chloe, posso levar-te também.
Penso um pouco. Da última vez que fui com eles estive a segurar a vela. E eu sei que eles gostam de estar sozinhos.
-Não é preciso, obrigada.
-Eu levava-te mas vim com o Michael e acho que vou cá ficar porque ele é um preguiçoso e não me vai levar a casa. - diz o Ash.
-Tens cá quarto, não tens?
Michael boceja e Ash está a olhar para as escadas.
Olha na mesma direção e vejo Luke.
-Eu posso levar-te.
-Secalhar é melhor eu levá-la. - diz o Michael.
-Eu não sou nenhum monstro, ok? Posso levá-la.
-Mas tens sido um otário para ela. - diz o Ash.
Luke ri-se do insulto e sinto-me mal por estar metida ali no meio.
-Calma! - digo - Eu posso ir com o Luke.
-Estou no carro à espera. - diz - Até já, Michael e Ash. Até amanhã Calum.
O amigo faz-lhe um aceno e ele sai.
-Tens a certeza? - pergunta o Ash.
Confirmo com um aceno de cabeça. Despeço-me de todos e vou até ao carro do Luke.
Sento-me no lugar ao lado do condutor e vejo que a Rachel está no de trás, a dormir profundamente.
-Adormeceu?
-Sim. Estava a falar, fui buscar uma bebida e quando voltei estava a dormir na minha cama.
Pergunto-me se ele estará mesmo interessado nela ou se é só para diversão.
Começou a conduzir e e concentrou-se na estrada.Apanhou-me de surpresa quando me dirigiu a palavra.
-Achas mesmo que deveríamos fazer uma banda? - pergunta.
Sorrio levemente mas não olho para ele.
-Sim. Gostei de vos ouvir. São muito bons.
Ele não sorri, mas vejo que gostou do elogio.
-Serias minha fã? - pergunta com uma expressão divertida.
-Seria vossa fã.
Ele sorri e parece descontraído. Prefiro mil vezes este Luke.
-É verdade que cantas?
-A...sim.
-Podias cantar para mim?
Por alguma razão achei aquela pergunta bastante íntima e fez-me corar.
-Nunca cantei para ninguém. Desculpa.
-Tudo bem. Eu hei-de ouvir-te.
-Pareces confiante.
-E estou. - estaciona o carro e olha para mim - Chegámos.
-Obrigada.
-Vai abrir a porta. Eu levo a Rachel para dentro.
Saio do carro e faço o que ele me pediu. Indico o quarto e ele leva a Rachel ao colo pousando-a na cama.
-Queres comer alguma coisa? - pergunto quando chegamos à sala - Apesar de serem 2h da manhã eu estou cheia de fome.
-Aceito. - diz e segue-me até à cozinha.
Tiro uma pizza pequena do congelador e coloco-a no forno. Quando me viro de novo o Luke está praticamente colado a mim.
-Luke.
-Gosto quando dizes o meu nome. - afasta-se um pouco mas ainda está perto o suficiente para eu sentir o calor do seu corpo.
Fico a olhar para ele e ele para mim. Brinca com o piercing do lábio o que me faz fixar o olhar na sua boca. Ele aproxima-se mais e eu coloco as mãos no seu peito para manter a distância.
-E gosto quando te fazes de difícil, meu anjo.
-Não estou a fazer-me de difícil, apenas não estou interessada. E não me chames "meu anjo".
-Nada feito, meu anjo.
Reviro os olhos e dirijo-me ao forno. A pizza está pronta e eu coloco-a num prato e corto-a em fatias.
Tiro uma e começo a comer. Luke antes de fazer o mesmo observa-me deixando-me desconfortável.
-O que foi? - pergunto.
-Tenho aquela sensação de te já conhecer há mais tempo do que aquilo que acho.
Não, não, não. Não te lembres.
-Isso é absurdo. - digo. Mas é a verdade.
-És capaz de ter razão. Mas de qualquer das maneiras o sentimento não desaparece.
Continuamos a comer e eu fico com receio que ele se lembre de mim. Ou de como me tratava.

-Até depois, meu anjo. Sonha comigo. - diz antes de sair com um sorriso convencido.
-Isso querias tu.
Ele ri-se e vai para o carro.

I don't wanna let it burn in the city lights ♦

Broken Boy ♦Luke Hemmings♦Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt