Capítulo 2 - Estes Olhos

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ANDREW

Logo após chegarmos de uma missão de um nível altíssimo, até mesmo para os soldados mais casca-grossa dos EUA, com toda a equipe sã e salva, após descermos do nosso tão amado monstrengo cinza de asas, nos dirigimos para o Bar mais visitado pelas Equipes Seals.

Aonde ficamos até por volta de uma da manhã, eu e meu irmão já estávamos cansados após um longo combate contra insurgentes no Oriente Médio e um voô mais longo ainda. Quando nos demos por conta já era passado de uma da manhã e meu irmão estava louco para ver a sua bebê que estava no mundo há poucos meses, então decidimos ir para casa. Ainda teria que deixá-lo em casa, entramos na minha pick-up, que modéstia a parte, é o meu xodó. É uma linda GMC Sierra num verde-militar. Só não era mais lindo do que a mulher que o Senhor Deus colocaria na minha em alguns instantes e de uma forma um tanto quanto inconveniente.
As vezes nos momentos mais inesperáveis, temos as melhores surpresas. Ao deixar o estacionamento do bar, apenas alguns metros depois, sinto um forte impacto na traseira do meu carro.

ÓTIMO!

Um bêbado havia batido no carro. Supondo esta alternativa, Chris e eu descemos do carro, mas ambos calmos e frios como fomos treinados para ser. Meu irmão e eu temos uma particularidade em comum, temos o nosso glorioso tridente tatuado nas costas, cada um tem uma parte de forma que nosso tridente só fica completo quando estamos um ao lado do outro. Ao mesmo tempo que calmos também estamos alerta e com nossas Glocks por baixo da camisa xadrez (típico estereótipo de militares).

Aprendemos isso com nosso pai, um respeitado veterano dos Seals que fez parte da Delta Force e por isso todos na base olhavam para nós com um elevado grau de expectativa, pois nosso pai era uma lenda viva que participou da mais difícil missão dos Seals.
Mas isso é uma história para outro dia, focando na batida do meu carro. Para minha surpresa, era uma mulher e ela parecia estar apavorada.

Alivio minha expressão para não assustar a pobre coitada, ela possuía olhos fundos e parecia estar exausta.

Ao mesmo tempo, em que a mesma parecia cansada, pude notar que ela era bonita. Na verdade, ela era extremamente bonita, me atrevo a dizer que ela era a mulher mais linda que eu já tinha visto. Definitivamente era alguém que eu gostaria de ter por perto.

Volto meu foco para toda a situação, ela tentava se justificar e pedir desculpas. Em outra situação eu realmente ficaria furioso, mas eu jamais gritaria com uma mulher, principalmente se ela demonstrasse fragilidade. Acredito que este era o caso, parecia que ela iria chorar a qualquer momento.

- E como eu sei que você não irá fugir? - Digo após ela pedir para deixarmos assim, ela arregala os olhos, pega um papel, escreve algo e me entrega o mesmo.

Seu nome era Priya Morrison, ela é médica e trabalha na emergência do hospital central. Também tinha um número de telefone e um endereço, sabia que ela não fugiria, queria apenas fazer ela rir. Porém, ela pareceu levar a sério.

Priya parecia estar um pouco nervosa e, de certa forma, desorientada? Era engraçado ver ela assim. Ela é diferente. Seus cabelos eram longos e iam quase na altura da bunda, ela usava óculos e tinha olhos escuros como jabuticaba, seus lábios eram rosados e carnudos, sua pele era branca e parecia ser extremamente macia.

Andrew se controle!

Era engraçado ver como ela estava confusa, no meio disso tudo, eu sequer havia me apresentado e a mesma sequer havia perguntado meu nome. Após emprestar meu celular para que ela pudesse chamar um guincho, Chris se aproxima e fala próximo do meu ouvido:

- Oferece uma carona para ela. Já está tarde e pode ser perigoso - ele ri levemente, nunca perde a oportunidade de torrar minha paciência - Eu vi que você não parou de olhar ela.

- Fica quieto Chris - advirto Chris, visto que Priya estava se aproximando novamente.

- Consegui, muito obrigada! - ela sorri enquanto me devolve meu celular. Espera aí, ela tem covinhas?! - Agora é só esperar pelo guincho... Bem, com todo o susto, acabei nem perguntando o nome de vocês - envergonhada a mesma se desculpa conosco - É sério, me desculpem. Perco a linha do raciocínio quando estou nervosa e exausta.

- Sou Andrew e este é meu irmão Christian - troco um aperto de mãos com ela, e pude constatar minha teoria de que sua pele era realmente macia e suave, suas mãos eram pequenas em contraste com as minhas.

Christian troca um aperto de mãos com ela, ele não era muito sociável com estranhos ainda mais com mulheres que ele não conhece, Chris mantém apenas o respeito e a educação.

Após os apertos de mão, demora cerca de 20 min para que o guincho finalmente chegasse e quando finalmente chegou, a dona dos olhos mais lindos disse que iria para casa. Sozinha??? Madrugada!!?? A cidade pode até ser tranquila, mas ainda, sim, é perigoso para uma mulher andar sozinha.

- Olha, está tarde - digo - Entra e te damos uma carona. Minha casa fica em direção à sua.

- Não quero atrapalhar e mal os conheço, com todo o respeito - ela se justifica, não a levo a mal e compreendo seu receio.

- Fica tranquila, se quiséssemos te fazer algo não estaríamos sendo gentis - acabo contrapondo seu argumento, não era o meu perfil permitir uma situação dessas - Não mordo, não se preocupe - adiciono para arrancar uma risada dela, que som agradável - Jamais deixaria uma mulher sozinha desse jeito. Entra aí.

Após aceitar meu convite, Christian vai diretamente para o banco de trás. Ele me paga. Priya se acomoda no banco e coloca o sinto de segurança e, enquanto eu e ela conversamos, Chris fez questão de ficar calado o tempo todo.

Ela ria algumas vezes enquanto conversávamos, descobri que ela era apenas um ano mais nova que eu, morava sozinha e trabalhava muito. Priya pareceu triste quando disse que morava sozinha e que por isso não se importava em dobrar turnos, o que hoje a colocou em perigo visto que a mesma dormiu ao volante.

Eu realmente me interessei por ela, mas não ofereci a carona com segundas intenções. Isso não faz parte da minha pessoa, deixar que uma mulher fique sozinha e vulnerável. Não faz parte da minha criação esta questão.

Irei me lembrar muito bem daqueles olhos escuros e seus lindos lábios carnudos e rosados

Olá meus caros
Tudo bem?

Prendendo trazer a "Inefável" duas perspectivas de narrativa, como se ficasse bem destacado o pensamento e a personalidade da Priya e do Andrew. Po

Dedico INEFÁVEL ao Amor da Minha Vida - A.

INEFÁVELWhere stories live. Discover now