Capítulo 58

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Celeste

A alegria havia voltado para aquela casa, por uma única notícia.

O bebê estava vivo.

Todos choraram, alegria e alívio, e agora Cassian estava agarrado comigo na sacada, ameaçando não me soltar jamais.

— Não quero você fazendo qualquer esforço, muito menos lutando, ok? Pense em nossa bebê. -ele disse.

— Não vou, eu aprendi a lição. -murmurei.

Ele beijou o meu pescoço.

— Está viva. -o general mal podia conter a alegria em suas palavras.

Um sorriso cresceu em meus lábios.

— Sim, ela está viva. -sorri.

Ele me abraçou apertado.

Então me virou para si, se ajoelhando, ele ergueu a minha blusa, deixando beijos em meu ventre.

— Ei, papai está aqui, princesa. -ele sussurrou.

Eu acariciei seus cabelos, ouvindo um ronronar do grande macho.

— Tenho que ir ao acampamento. -ele disse, subindo até mim.

— Eu quero ir.

— Ah, não vai não. -cruzou os braços.

— Vou sim. -falei.

— Você não pode se esforçar. -ele disse.

— Quem vai me levar é você. —cutuquei sua bochecha— einh?

Ele negou.

— Fiz um escudo em meu ventre, pra me precavir. -falei.

Ele me encarou.

— Me leva, leãozinho. -falei.

Eu lhe dei um selinho, em segundos ele desmanchou a marra.

— Por favor. -bati meus cílios.

— Está bem. —suspirou em derrota— mas fique perto de mim, a todo o instante, não pode sair. -falou.

— Ok.

Ele me beijou, profundamente, sua língua se enroscando com a minha.

Ele soltou um ruído de satisfação assim como eu.

— Branquinha, por que nós não...

— Está na hora, vamos. -disse Rhysand surgindo.

— Empata. -Cassian bufou.

— Sou mesmo, bora. -disse o grão-senhor.

Cassian me pegou em seu colo.

— Convenceu ele a te levar, né?

— Sim. -sorri convencida.

Cassian beijou minha testa, antes de se lançar ao céu comigo.

Me segurando firmemente em seus braços, como se eu fosse sua vida. E talvez.. para ele eu seja, eu e nossa filha.

∆∆

Pousamos no acampamento, Cassian me pôs com cuidado no chão.

— Chegamos. -falou.

— U, que lugar horrível. -inclinei a cabeça.

— Horrível é apelido. -ele disse.

Eu enfiei minhas mãos nos bolsos de minha jaqueta de couro.

Corte De Mundos OpostosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora