Capítulo 13

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Celeste

Rhysand não me deixou sair da cama, e ficou de olho em mim enquanto eu o encarava de braços cruzados.

— Deixa eu andar um pouquinho. -choraminguei.

— Seu ferimento está se curando, quer mesmo abrir os pontos? -ele me encarou.

— Você pode curar isso facilmente com magia. —falei— e foi um ferimento de bala, é pequenininho a perfuração. -argumentei.

— Não é não. —ele me encarou confuso— havia tanto sangue..

— A bala perfura igual uma flecha. —falei— ela não faz um corte gigante igual a uma espada.

— Deixe-me ver. -ele se aproximou.

Eu levantei a blusa até o abdômen e ele com cuidado o  desenfaixou.

— Realmente. -ele encarou o ferimento.

— Viu? -o encarei convencida.

— Madja retirou a... A bala. —ele disse— uma coisa tão pequena fez você quase morrer e eu entrar em desespero completo.

— Poisé. -assenti.

Sua mão tocou o lugar e sinto dor, ao mesmo tempo que a pele arder e formigar, a sua magia retumbando.

Eu então encaro o meu abdômen, sem ferimento, sem sangue, apenas uma pequena cicatriz.

E eu não sentia mais dor alguma.

Eu suspirei aliviada.

— Quê? -encarei Rhysand que me olhava.

— Sente dores? Alguma coisa? -ele perguntou.

Eu neguei.

Ele suspirou aliviado.

— Graças a mãe. -ele disse, como se tivesse tirado um peso enorme das costas.

— Vem cá. -bati em meu colo.

Ele subiu na cama, suas botas e meias sumindo, ele deitou abraçando a minha cintura, sua cabeça deitada ali.

Eu acariciei os seus cabelos pretos azulados.

— Bebê illyriano. -cantarolei, acariciando o seu rosto.

Ele me apertou contra si suavemente.

Ele deixou um beijo em meu abdômen ainda exposto, e então subiu, um beijo em minha clavícula, e então em meu pescoço, minha orelha, bochecha e queixo, então os lábios do grão-senhor colaram-se aos meus.

Eu retribuí seu beijo, sentindo o fervor que o grão-senhor pusera, o fogo com o qual ele incendiava com os lábios, deixando o beijo profundo e necessitado.

— Que fogo é esse? Senhor Rhys, não que eu esteja reclamando, mas pensei que você fosse da igreja. -soltei uma risada contra os seus lábios.

Ele corou levemente, soltando um riso baixo.

— Desculpe, é difícil me controlar depois que aceitou. -ele disse.

— Aceitei o que? -pisquei.

Ele arregalou levemente os olhos.

— Ser... S-ser cortejada! -ele gaguejou, sorrindo amarelo.

Eu franzi o cenho.

— Ah, está assim por isso? -pentei seus cabelos com meus dedos.

Ele assentiu, beijando minhas mãos.

— Imagine se eu tivesse aceitado um pedido de casamento. -soltei uma risada.

— É até mais sério. -ele murmurou.

Corte De Mundos OpostosWhere stories live. Discover now