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Coringa on

Trouxemos a Babi pra casa da dona Rita e o pai dela tá cuidando dos ferimentos.

Ela não quis ir pro hospital, resolvi não descurtir, sei que não se sentiria confortável.

V: ela vai ficar bem tia - Carol abraçou ela que chorava .

Deixei o bak e a Tainá no comando enquanto fico aqui , e vou ficar por um bom tempo .

V: eu preciso ir ver os meninos no hospital me liguem se precisarem de mim.- assenti e vi o Pedro saindo do quarto da Babi .

Ele tava com uma cara estranha e se aproximou de mim.

P: preciso falar com você - assenti e segui ele até a cozinha- Ela tá em choque- acenei com a cabeça- quer ir embora .
C: Do Alemão? Quer ir pra casa do pai ?
P: não coringa, ela quer voltar pros Estados Unidos .

Meu estômago se revirou e sentir o ar se esvaindo dos meus pulmões.

C: ela não pode ir. Você tá apoiando essa loucura ?
P: de jeito nenhum, quero que ela fique, mas se ela for óbvio que vou junto .

Ela não vai. Não vou deixar isso acontecer .

Ela voltou faz pouco tempo, não pode deixar a gente de novo, quer dizer a mãe e o irmão .


Entro no quarto e vejo ela deitada encolhida na cama . Seu rosto tá bem machucado .

Meu sangue ferve, quero me socar por ter proporcionado essa situação.

Os olhos delas se abriram e ficaram me encarando, me aproximei e deitei do outro lado da cama.

C: Pedro me contou que você quer ir embora - não consigo ver a expressão dela, pois ela continua de costas pra mim.-  acho que você não precisa ir.
B: vou me sentir mais segura - ela disse com a voz baixa
C: você não corre mais perigo meio metro- suspirei e deitei de lado- sei que tudo está difícil agora, não vai por favor. Você vai superar isso, sua família está aqui pra te ajudar
B: não posso prometer nada-  disse baixinho.

O silêncio se instalou no quero e por impulso me aproximei dela e passei meu braço pela sua cintura abraçando .

Seu corpo deu um pulinho e depois ficou rígido ao meu toque . Merda Victor não é o momento, ela estava sendo assediada seu burro.

Fui tirar meu braço mas ela segurou mantendo no lugar e entrelaçando nossos dedos .

C: eu vou cuidar de você, você está em segurança agora, tudo vai se resolver- ela fungou .

Não vou dizer que entendo o que ela tá passando, porque não entendo.  Não consigo imaginar ela nas mão mãos daquele verme sofrendo .

C: vai ficar tudo bem - acariciei sua mão com o dedão

Voltan on

Sai do quarto  do Mob, ele está bem só precisa ficar mais um tempo em observação. Graças a Deus esses dois não tem ficha suja .

V: oi- disse entrando no quarto do Arthur
Cr: oi- ele disse com a voz rouca - minha irmã ?
V: tá em casa- sentei na poltrona ao lado do leito
Cr: ela tá bem ?
V: não, mais vai ficar- sorri - Babi é uma pessoa forte .
Cr: conseguiram pegar o filho da puta
V:hmm- mordi o lábio - ele tá morto, a Babi fez o que foi preciso
Cr: droga, mais que merda .

Sei o que ele tá pensando. Babi sempre quis salvar vidas e agora tirou uma. Foi por necessidade mas ainda sim ela matou alguém, vai ser difícil pra ela superar isso .

V: e você como tá ?
Cr: louco pra ir embora- bufou - a comida daqui é uma merda. Só queria a lasanha da minha mãe . E outra essa camisola deixa minha bunda a mostra, a enfermeira que tem idade pra ser minha mãe ficou olhando -gargalhei - ri não otaria - fiz careta  e ele mostrou o dedo .

É estranho, não mandei ele se fuder nenhuma vez hoje.

Cr: você vai ficar aqui ?
V: que ?
Cr: tipo acompanhante - ele deu de ombros
V: quer que eu fique ?
Cr: quero - ele disse bem rápido - quer dize se você quiser por mim tudo bem - sorri
V: só vou avisar o pessoal - ele assentiu

De volta ao Alemão Onde as histórias ganham vida. Descobre agora