Capítulo 8

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Oi, oie, povo. Eu demorei, mais consegui ficar satisfeito com o capítulo 8 e o 9. Isso mesmo. Já terminei o 9 também, e vou postar em dose dupla para vocês, como pedido de desculpas. Se encontrarem a falta da letra "d" em alguma palavra me avisem, meu teclado tá uma bosta. Mesmo que eu tenha revisado pode acontecer de alguma parte do texto ter me passado desapercebida. 

Espero que gostem.

Participem do meu Fã Clube: FC dos escritos de Matheus Gaudard <3 (é só pesquisar por esse nome no facebook). Boa leitura!

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Capítulo 8

A luz adentrava no quarto, estendendo-se sobre a cama. Raiava no meu corpo nu, de bruços, aquecendo de leve minha pele branca. Eu me agarrava a um travesseiro macio, de fronha sedosa. Provavelmente incorporado de penas. Não desconfortante como o meu de espuma. A cortina esvoaçava sem direção ou ritmo certo, desordenando-se com o vento que eu pensara ser matutino, adentrando pela janela aberta; trouxe até o meu nariz o cheiro de água doce que subia lá de fora para dentro do quarto. Meus olhos já estavam grudados na imagem do jovem garoto embaraçado aos lençóis, distante e pensativo, que refletia no espelho de corpo inteiro, pregado verticalmente na parede ao lado da cama, de modo que representava o avesso de toda a amplitude do quarto. Funguei também mais um perfume da natureza que vinha lá de fora, cheiro de rosas, se bem me lembro das que adornavam o quintal da minha falecida avó, ouvindo junto a voz dos pássaros cantando longe.

O vento soprou mais forte, importunando a cortina branca mais uma vez, deixando a luz do sol manifestar-se fortemente sobre o vidro polido e metalizado, luzindo em meus olhos de maneira que uma passageira cegueira de pano de fundo branco puxasse-me para aquele agora. Fechei os olhos. A imagem de Diego puxando-me os cabelos degenerou-se na escuridão, que logo foi tomando o clarão de minhas vistas. As abri em seguida, lembrando de M. e sua língua ousada sobre minhas nádegas.

E foi assim que eu despertei. Com um tesão matinal gostoso. Esquecendo da realidade e dos problemas, dos medos e das angustias que vinha com ela. Apesar da bexiga dolorida, eu não me importava, sempre achei deleitoso aquela ereção. Era um dos momentos em que eu podia sentir meu pau o mais rígido possível que ele conseguia ficar. Enchia-me de vida poder senti-lo logo de manhã. Desconfortava, às vezes, deitar sobre ele naquele estado. Enfiei uma mão debaixo do meu corpo e o apertei, mordendo-me os lábios. Rocei meus dedos delicados em sua glande. Rasgando a pele que o cobria. Virei-me de barriga para cima, de olhos fechados, e forcei para o lado esquerdo o meu pênis. Um prazer crivou-o até a cabeça. Apertei ele com mais força. E senti como um gozo sem a esporra espirrando para fora.

Argh! Um desejo arranhou-me os lábios.

Abri os olhos, novamente. Despojei-me dos desejos. E subitamente ergui meu tronco. Pesado. Um choque de realidade. Às vezes acordamos ainda com um pé nos sonhos, mas quando o outro pé tem sua sola furada pela realidade, a vida perde a graça: lembramos, infelizmente, de todos os mal-estares que sentimos. Deixei meu corpo a luz do sol, à mercê do estranho sentimento que apropriou-me durante meu sono na madrugada passada, e que por alguns minutos, talvez menos do que dois, eu havia me esquecido completamente. Quem sabe não passara de um pesadelo? Foi o que pensei ao tentar abrir os olhos no fim daquela noite, mas estavam tão famintos de sono que o esforço foi em vão. Maldita intuição de que algo de estranho havia por ali. E antes mesmo que eu tentasse refletir sobre algo qualquer, sobre o anel, ou... O que mesmo M. havia falado? Dormine? Consegui apenas perguntar-me de qual língua se trataria aquela, então eu caí profundamente num segundo sono, sentindo uma mão leve correr pelo meu corpo. O frio do seu toque me fizera encolher.

Os Sete Pecados (Romance Gay)Where stories live. Discover now