Na dança do vento, eu me movo. Na sustentação do verde, suspensa eu fico. Olhando a movimentação diária das nuvens, animais e pessoas, cada um em sua lida e propósitos definidos. Estão sempre atarefados. Apesar de eu estar aqui, sou como algo invisível. Mesmo que qualquer olho possa me observar, não me veem apesar de existir. E no curto espaço de tempo que me é dado, vejo mais e observo mais que os atarefados de seu dia-a-dia. No silêncio ou no cicio, dançando junto às correntes de ar, ali eu fico até minha estação final. Sabendo que, quando o outono chegar, beijarei finalmente à terra que me deu vida.