Amar é a forma mais banal e incontrolável de se entregar a tristeza, e eu me entreguei, sem forças pra reagir, sem saber se poderia fugir. Depositei toda minha felicidade em algo inexistente, opaco, e as cinzas tomaram conta do meu mundo já pouco colorido. A lua brilhava todas as noites, assim como Alice, mas essa brilhava até no mais escuro dos breus, uma brilho que me condicionava e multilava, encantava e derrotava. Viver se tornou um karma quando devia ser um prazer, o fato é que todos prezam pelo tempo de vida de uma pessoa, mas ninguém pela intensidade desse tempo, e percebi que minha hora de cortar as coisas chegou, os pulsos, o amor, a vida.
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