ﾟ･:*✿ᴊᴜɴɢᴋᴏᴏᴋ✿*:･ﾟ
Todo trabalhador merece sua recompensa, desde reconhecimento financeiro a um banho relaxante e cama quando chega em casa. Talvez pensando nisso a noite resolveu presentear meu amado, deixando tudo do jeitinho que ele gosta.
Do lado de fora a chuva cai na medida certa, o que possibilita as janelas continuarem abertas. Jimin está na varanda sentado em uma espreguiçadeira tomando seu chá verde.
Que por sinal é horrível.
Estou olhando de longe admirado por sua beleza, como sempre costumo fazer. Ele está vestido em seu hobby branco velho e seus cabelos estão molhados penteados para trás. Daqui tenho a visão de seu belo queixo, onde quero beijá-lo com carinho e amor.
Os últimos dias não estão sendo fáceis confesso, mas com Jimin a meu lado tudo se torna mais simples. Desde que me assumi perdi inúmeros seguidores nas redes sociais e tive que lidar com rompimentos de contratos publicitários, simplismente porque não querem vincular suas marcas a um homem gay.
É como se com quem eu durmo modificasse algo no meu poder de influencia.
Obviamente foram inventadas várias desculpas para justificar o rompimento, isso me rendeu algum dinheiro e um coração partido. Estou tentando não demonstrar o como estou afetado, não quero que Jimin tenha com o que se preocupar, quero que seu foco seja apenas sua carreira.
Ele merece isso.
Coisas assim machucam, em um dia você é amado e no outro é irrelevante. Muitas pessoas que estiveram do meu lado torcendo por minha recuperação, me viraram as costas. Mas quem realmente interessa nunca me deixou, 10 anos não significam absolutamente nada perto de tudo que ainda temos para viver.
Nós decidimos que vamos nos casar este ano, cientes de que em nosso país não é permitido, estamos procurando uma forma de fazer isso em um outro. Mas não quero esperar chegar este dia, para entregar algo a ele.
Eu estava passeando pelo centro com a minha mãe na semana passada, quando passamos em frente a uma joalheria. Fiquei tentado a entrar; acabei não resistindo e comprei uma aliança com diamantes para meu esposo, noivo, namorado, amante e amigo.
Dificilmente haverá ocasiões onde será possível fazer o uso do objeto. Porém, eu não me importo gostei, comprei e vou dar pra ele hoje. Não é nenhuma data especial ou algo do tipo, sou só eu um apaixonado incosequeente querendo reafirmar a intenção mútua que dividimos.
Nós apenas decidimos que vamos oficializar nossa únião, nunca houve um pedido. Tendo a convicção de que Jimin vencerá a próxima luta e ganhará maior projeção no país, será questão de tempo para que ganhe o mundo, nossas vidas se tornaram um caos novamente, por isso tenho que fazer isso agora.
— O que você está fazendo? Posso sentir a sua presença — Perguntou o belo homem de cabelos castanhos dono do meu coração, sem se virar.
— Nada, apenas apreciando o presente que a vida me deu — Respondo me aproximando lentamente, até estar próximo o suficiente para tocar em seus ombros.
— E eu posso saber que presente é esse? — Questinou levantando a cabeça para olhar pra mim, daqui de cima sorrio e depois deposito um beijo em sua testa.
— Bom... É um tal do amor da minha vida também conhecido como, você!
— Isso foi fofo e brega, muito brega por sinal. Eu amo tanto você! — Disse levando o braço pra trás para então me segurar pela nuca, e me puxar e me dar um beijo simples.
— Eu também te amo você sabe, muito por sinal, amo tanto que sinto que se te perder vou enlouquecer completamente. E quanto a ser brega, esse é um simples detalhe na vida de quem ama demais — Jimin sorriu e fechou a cara em seguida.
— Senta aqui meu amor — Ele falou sério deixando sua xícara de lado, para bater nas pernas indicando onde devo me sentar.
Obediente dei a volta de 180° graus para me sentar em suas pernas, de frente pra ele. Jimin levou as mãos até me rosto e sorriu suavemente, o que aliviou sua expressão séria, sorri de volta e me curvei para um breve selar em seus lábios, coisa que jamais irei me cansar de fazer.
— Eu não gosto que fale assim meu bem, — Com delicadeza, prendeu uma mecha de meu cabelo que caía sobre meu rosto atrás de minha orelha. — não diga essas bobagens.
— Ué? Por que bobagem? Tá querendo deixar seu manquinho perna de pau, é?
— Meu Deus, quando foi que você ficou ridículo assim? — Esbravejou explodindo em uma risada alta. — Você sabe muito bem que não é isso, e pare de falar assim sobre você.
— E eu não sou manco?
— É um pouquinho, quase nada graças a fisioterapia especializada seu ingrato. E é óbvio que eu jamais deixarei meu manquinho perna de pau — Sorrateiramente as mãos que intercalavam entre meu rosto e cabelo desceram para minhas nádegas, onde Jimin afunda os dedos na carne e morde suavemente o lábio inferior.
— Ei!
— Ei, o que? Uh?... — Questinou se aproximando com a boca em meu ouvido. Seu tom é baixo e grave, me arrepia com inteiro ao que a ponta de seu nariz serpentia pelo meu pescoço.
Não me dei o trabalho de responder, apenas joguei a cabeça para trás, para dar liberdade para que Jimin continue a fazer, seja lá o que ele esteja planejando. .
Sorrateiro levei uma de minhas mãos para dentro de seu roupão e deslizei sobre seu peito, com a outra segurei sua nuca, enquanto me derreto sentindo suas mãos apertando minha bunda e sua língua em meu lóbulo.
— Hum... Isso é bom — Resfoleguei quase que totalmente rendido.
Nesse momento Jimin sorri, sobe as mãos até minha cintura onde aperta me deixando ainda mais próximo, sem deixar as carícias entre minha orelha e pescoço. Desta vez usa a destra para tirar a presilha que prendia meu cabelo, fazendo com que os fios escorreguem para meu rosto.
— Você gosta quando eu faço assim? — Sua pergunta veio acompanhada de uma sucção em meu lóbulo, junto de um puxão de cabelo.
— G-gosto, eu... mmmm.
— Você? — Sussurrou me segurando firme pela nuca, antes que eu pudesse responder, virou meu rosto para me dar um beijo quente.
Ficamos assim por alguns segundos, até que eu o afaste com cuidado e mantenha nossas testas coladas, respirando devagar sentindo o calor percorrer por nossos corpos.
— Já chega, vamos sair daqui. Quero te mostrar uma coisa — Digo mesmo não sendo essa a vontade de meu corpo, minha fala está pesada e arrastada, preciso me esforçar para não acabar arrancando esse hobby de seu corpo, para ama-lô aqui mesmo.
Jimin arqueia a sombrancelha e se afasta me olhando com estranhamento, me recomponho afastando as minhas mãos de seu corpo e me preparo para levantar.
— Espera! — Pediu me segurando pela mão. — Jeon Jungkook está negando fogo? Vamos agora ligar para o seu médico. — Debochou sorrindo.
— A-ha muito engraçado você — Resmunguei conseguindo me afastar dessa vez.
— É sério, isso é no mínimo estranho vindo de você — Comentou se levantando também.
— Está sugerindo que eu sou um pervertido? — Deu de ombros, revirei os olhos. — Olha você me respeita, além disso não estou negando nada, quero que venha pro nosso quarto comigo, tenho uma coisa pra você.
Mais uma vez um belo sorriso toma de conta da expressão de Jimin, enquanto eu apenas tento agir naturalmente tentando não deixar na cara que preparei um ambiente pra nós dois. Ele se aproxima e me abraça por trás, enquanto caminhamos preguiçosamente para o quarto, diz:
— Eu não me esqueci da massagem que você prometeu. Na verdade, não me esqueci de nada que você falou — Sorri e neguei com a cabeça.
— Só me acompanha, seu abusado!
Sorridente Jimin faz o que pedi e segura com mais firmeza na minha cintura, andamos com dificuldade devido a diferença de altura, entretanto me esforço para não fazer nem uma piada referente a isso. Neste momento eu só quero dizer o quanto o amo e o quero para o resto da vida.
A poucos passos da porta de nosso quarto meu coração dispara, eu me pergunto será que Jimin vai gostar do presente? É claro que não precisamos de nenhum objeto para representar nosso amor, muito menos um pedido para algo que está claro que é o que queremos.
Mesmo assim decidi que faria algo simples e simbólico, não sei o que ele achará disso. Depois que chegamos do treino deixei que tomasse seu banho enquanto preparei o jantar, quando terminou deixei o sozinho fazendo seu chá, eu já imaginava que ele fosse ficar na varanda olhando para lugar nenhum, como de costume todas as vezes que chove.
Principalmente porque sei que algo aconteceu, desde o dia que ele saio atrás do Taehyung tenho percebido Jimin meio tenso, por alguma razão ele ainda não me disse o que aconteceu. Pretendo descobrir mais tarde, mas agora, chegou a hora.
Estamos prestes a abrir a porta do quarto que arrumei especialmente para esse momento, enquanto meu pequeno ficou desperso do lado de fora. Nada especial, apenas champanhe e algumas rosas sobre a cama, algo que como ele mesmo diria: "brega!".
Eu não me importo, sei que no fundo ele adora. Hoje vamos fazer amor a luz de velas.
Com uma mão na maçaneta e a outra sobre a de Jimin que permanece segurado a minha cintura. Começo a abrir a porta devagar, com cheiro das velas aromáticas que acendi vindo a nosso encontro.
Ao que escancarei toda a porta, Jimin me soltou e suspirou parecendo apreciar o aroma ao mesmo tempo que analisa todo ambiente. Sorrindo parecendo surpreso, aponta para a escrivaninha ao lado da cama.
— Cheirinho de maçã verde... Aquilo é óleo de massagem?
— É sim, neném! Gostou das velinhas? — Perguntei meio sem jeito, ainda sem saber como fazer.
— Eu adorei, obrigado meu amor. Está tudo tão... brega, e lindo! — Ele agradeceu todo lindinho, se colocando de frente pra mim para me abraçar pela cintura.
Beijei seus cabelos e aproveitei um pouco mais de seu abraço, ao mesmo tempo que meu coração fica descompassado. Não sei explicar ao certo o motivo do meu nervosismo, mas acredito que seja normal, tendo em vista de que não importa o que eu faça, ainda não será o suficiente para tudo que ele merece.
— Eu te amo, fortinho! — Ponderei sincero.
— Fortinho? Isso é novo! Está tudo tão lindinho, obrigado de verdade meu amor. Eu deveria ter desconfiado quando chegamos e você não propôs que tomassemos banho juntos, para você sabe? Foder! — Com a cabeça apoiada em meu peito, Jimin comentou se balançando de um lado para o outro como em uma dança sem música.
— Você realmente acha que eu sou um pervertido e quanto ao banho, podemos fazer isso mais tarde.
— Combinado, agora... Eu já posso tirar a roupa? — Questionou se afastado levemente para brincar com a gola da minha camisa, me olhando com um olhar inocente mas um tanto insolente. — Assim, só pra você saber... Estou usando aquela Calvin Klein que você adora.
Embora Jimin tenha mencionado meu ponto fraco, me forço a manter minha concentração para fazer o que pretendo. É claro que eu quero retirar sua cueca cavada com elástico de arco-íris, mas essa parte, também deixamos para mais tarde. Sei que ele está usando apenas para me agradar, já que odeia a peça com todas as forças.
É como ele diz, "amor é sacrifício e renuncia".
— Não, não pode! Quero que se sente um pouquinho — Pedi sem conseguir disfarçar meu nervosismo.
— Ok! Agora estou ficando preocupado, o que aconteceu?
— Nada meu bem, só senta por favor — Peço novamente, desta vez afastando seu corpo para acompanhá-lo até a beirada da cama.
Sem dizer mais nada Jimin me acompanha andando de costas enquanto o guio, olhando em meus olhos em pura ansiedade. Ele está confuso pobrezinho, eu diria que um tanto apreensivo, espero que essa tensão se alivie no momento em que me ajoelhar.
— Meu amor, você sabe que eu te amo, né? — Comecei com Jimin já sentado, ajoelhado no meio de suas pernas e tocando em seu rosto para força-lo a me olhar.
— Sim, mas...
— Psiu! — Beijo seus lábios rapidamente. — Aguenta aí só um pouquinho — Peço me levantando para ir até minha gaveta; de onde tirei a caixinha felpuda que contém as alianças.
Curioso Jimin me acompanhou com os olhos a todo tempo, agora ele parece mais confuso ainda fitando o objeto em minhas mãos. Parado respiro fundo enquanto encaro a caixinha sob a luz baixa.
Meio desajeitado começo a dar as passadas em sua direção, voltando para a mesma posição inicial. Jimin morde o lábio inferior parecendo ansioso, deixei um sorriso escapar ao me deparar com a cena.
Definitivamente quando estamos fora da acadêmia, somos apenas um casal comum. Sua expressão doce, está longe de se parecer com a do lutador em busca de ascensão capaz de derrubar muito marmanjo com apenas um soco.
— Você é tão lindo, se eu pudesse te pouparia de todos socos na cara.
— Fofo e brega de novo! Mas acredito que não era isso que você gostaria de dizer, o que você tem aí, uh? Não é nenhum brinquedo erótico ou comida, é?
Revirei os olhos fingindo irritação, Jimin gargalhou alto e se jogou para trás se deitando na cama.
— Amor, você está estragando tudo. Para! — Sentenciei manhoso me sentando no chão.
— Me perdoa, bebê! — Responde ainda rindo.
— Eu desisto, não quero mais te pedir em casamento.
— Espera o que?! — Posso ouvir o som de sua movimentação sobre a cama e rapidamente, sinto seu toque sobre mim.
Levantei a cabeça para olhar em sua face, de cenho franzido ele abre e fecha a boca várias vezes, parecendo não saber o que falar. Não era assim que eu pretendia fazer minha abordagem, mas hoje Jimin está inspirado.
— Posso falar agora? — Pergunto meio emburrado, sentindo suas mãos alisarem meus cabelos.
— A-ah! P-pode! — Afastou as mãos.
— Obrigado! — Agradeço me colocando de joelho outra vez.
Com cuidado pego a caixinha que apoiei no chão e desse jeito, descabelado de bermuda e descalço, dobrei uma das pernas para ficar naquela pose clichê, do homem apaixonado mais uma caixinha de alianças.
Sua reação é um tanto inesperada, por estarmos juntos a tanto tempo e eu já saber qual será sua resposta. Realmente não esperava vê-lo tão surpreso.
— Faz dez anos desde que nos conhecemos, desde lá nunca mais nos separamos. Em meio a altos e baixos, aqui estamos, sendo eu e você. Sendo nós! Embora nós já tenhamos uma decisão formada, achei que esse ato tão bobo, pudesse de alguma forma nos fortalecer ainda mais. Pensei em te levar para jantar, para um chalé, hotel ou algo assim. Porém, acho que a simplicidade combina com a gente.
— Querido, eu...
— Não vou dizer que irei te amar e te respeitar. Porque eu já te amo e te respeito. Mas prometo que continuarei te amando e respeitando pelo resto de nossas vidas, você aceita se casar comigo?
Silêncio.
Jimin não faz nada além de cobrir a boca com as mãos, seus olhos marejados estão conectados aos meus e com cuidado, abro a caixinha exibindo as alianças em ouro branco 24k com um ponto em diamante.
— Onde ficou o lance de que a simplicidade combina com a gente? — Finalmente a voz de Jimin é ouvida.
— Eu posso trocar por uma banhada a ouro com strass, basta você dizer que sim. E faça isso logo, meus joelhos estão doendo — Adverti em brincadeira, porém com um fundo de verdade.
— De jeito nenhum, é minha! Vamos coloca no meu dedo — Pediu estendendo a mão esquerda deixando seus pequenos dedos afastados. — e agora? Esquerda ou direita?
— Você nem aceitou ainda, primeiro você aceita depois decidimos — Sugeri me sentando no chão.
Isso não é muito romântico.
— É claro que eu aceito, — Sem muito cuidado se jogou em cima de mim, me fazendo cair no chão. A caixinha caiu e eu estou desesperado com medo de perder as alianças, mas Jimin está beijado meu rosto com tanta devoção que me esforço bastante, para não interromper. Eu amo ser amado assim. — aceitei quando nasci. Tudo isso não é uma coincidência — Um beijinho na ponta do meu nariz. — Foi o destino, como se estivéssemos esperando nós florescemos até nós sofrermos... — Outro em minha testa. — Tinha que ser assim você sabe, eu sei — dessa vez o beijo foi em meus olhos, mania que sempre me arranca sorrisos. — Você sou eu...
— E eu sou você!
Por último, Jimin beija meus lábios.
A essa altura eu já me desprendi totalmente do objeto que está abandonando no chão, para abraça-lo pela cintura e afastar meus lábios como um pedindo silêncioso para que ele me beije com mais profundidade, deu certo.
— Eu amo muito, você — Sussurrou se afastando aos poucos, mas antes de nos separarmos por completo, mais um selar é desferido em meus lábios. — Agora, eu realmente quero trocar alianças.
— Que alianças, aquelas que você me fez derrubar no chão?
— Jungkook seu irresponsável! — Repreendeu e se levantou de pressa. — Acende a luz vamos procurar.
— Tudo foi mais romântico na minha cabeça — Comentei me levantando para ir até o interruptor.
Acendo a luz e me encosto na parede de braços cruzados, daqui assisto Jimin literalmente de 4 em busca da caixinha, ao encontrar se senta no chão na posição borboleta em cima do tapete. Como uma criança curiosa, abre o recipiente com encantamento, depois sorri me olha e me chama com a mão.
Volto a apagar a luz para deixar o quarto iluminado apenas com as velas e depois me encaminho até ele para me sentar na mesma posição em sua frente. Seus olhos se encontram com os meus e ele abre um novo sorriso genuíno, sinto vontade de suspirar diante de sua beleza.
— Toma! — Me devolve a caixinha.
Aceito o objeto e assisto ele estender as duas mãos para mim, diante da minha expressão de confusão pergunta: — Noivo ou marido? Eis a questão.
— Eu e você, nós. É isso que importa, entretanto eu escolho a esquerda — Seguro sua mão. — Do lado esquerdo, ela fica mais próxima do coração.
— Você fez de novo!
— Já sei fofo e brega — Falo como um adolescente implicante. — Eu já entendi, já chega de estragar o clima seu chato.
— Existe algum clima melhor do que a gente sendo a gente? — Perguntou, sorri negando com a cabeça. Depois puxo sua mão até a minha boca e a beijo.
— Recebe essa aliança sinal do meu amor, sinal de um amor divino que nos escolheu. E nos entregou um ao outro. E cala a boca que eu já sei o que você vai dizer — Brinquei, sua reação foi rir alto e cobrir a boca com a mão livre se jogando pra trás todo espaçoso.
— Eu 'tô tão feliz, não sei o que dizer — Foi o que disse ao se recompor focado em me observar colocando a aliança em seu dedo, novamente levo sua mão até a minha boca. Dessa vez para beijar a aliança.
— Me dá é minha vez — Se referiu ao par da aliança em seu dedo. — Eu não sabia que queria que você pedisse a minha mão, até que fizesse isso meu amor.
— Não foi nada, nenê — Murmuro estendendo minha mão como uma princesa da Disney.
— Agora é minha vez, me deixa falar. Bom, eu só quero agradecer por tudo que já vivemos e tudo que ainda iremos viver: obrigado por ter se aproximado, obrigado por me dar um lar, obrigado por me fazer feliz, obrigado por me amar na mesma proporção que eu te amo e obrigado por ser perfeito pra mim. Você também quer se casar comigo?
— Desde que o mundo é mundo.
— Lindo!
Todo desajeitado dessa vez quem toma minha mão é ele, deslizando a aliança sobre meu dedo: — Eu me comprometo a amá-lo seriamente, em todas suas formas. Agora e para sempre. Prometo que nunca vou esquecer que esse é um amor para toda a vida. E sempre sabendo na parte mais profunda da minha alma que não importa quais desafios venham nos separar, sempre encontraremos o caminho de volta para o outro.
Com carinho também beija a minha mão, depois disso enlançamos nossas mãos e trocamos um beijo casto, as coisas não saíram como eu planejei. Por outro lado, saiu exatamente como deveria.
— Esse é o momento em que eu deveria te beijar com toda minha sede, te pegar no colo para irmos para cama e fodermos loucamente. Mas eu não quero fazer isso agora, podemos ficar abraçadinhos lá fora assistindo a chuva?
— Sim mas... Podemos beber champanhe? — Olhou para trás por cima dos ombros em direção a garrafa no baldinho de gelo.
— Podemos.
— Não dou meia hora para você dizer que álcool te deixa quente, e que precisa que apaguem sei fogo.
— Me conhece tão bem.
웃❤유
5 DAYS LATER, JEJU
Finalmente chegou o momento divisor de águas na carreira de Jimin, o dia da luta.
Com a aposentadoria de alguns campeões e o aumento da visibilidade do MMA, o boxe corre atrás de público e novas estrelas. Tendo isto em vista, o Conselho Mundial de Boxe aprovou a criação de uma Copa do Mundo.
Hoje daqui a algumas horas iremos descobrir quem será o meio médio a representar a Coréia do Sul. E eu não tenho dúvidas de que será o Jimin, o meu Jimin.
O principal objetivo desse torneio é desenvolver pugilistas que em um futuro próximo poderão ser novos ídolos no quadrilátero. Vencendo a copa do mundo, Jimin terá a visibilidade e a força que precisamos para levarmos para disputar o Mundial das principais federações do mundo.
Existem outras formas de ascender profissionalmente no boxe, mas essa foi a escolhida por mim a minha equipe. Mesmo que ainda não seja oficial, já que Jimin ainda não montou sua equipe oficialmente.
Até o momento quem irá acompanhar, sou eu Namjoon e Hoseok. Minha função obviamente é treinar e ajudar a melhorar sua técnica, defesa e força. No boxe profissional tudo isso é muito exigido, Namjoon me ajuda com essa parte, principalmente com técnicas de trabalho mental, já que no boxe é necessário treinar o corpo e a mente.
Hoseok, cuida da parte burocrática.
Depois desse título será muito mais fácil conseguir lutas através das associações de boxe que ele já está inscrito, como a: WBA, WBC, WBO, IBF. Assim poderá ter a chance de disputador lutas com o objetivo maior, o título mundial.
Analisando o histórico do adversário de Jimin, sabemos que essa não será uma luta fácil. Pelo fator de que o mesmo tem histórico de lutas bastante agressivas e sangrentas, sua estratégia de competição é ferir o máximo possível.
Existem vários golpes que são proibidos durantes as lutas de Boxe, como: cabeçadas, joelhadas, socos na nuca ou abaixo da linha de cintura, golpear o adversário no chão ou segurá-lo pela cabeça. Em combates profissionais há a divisão de 12 rounds de 3 minutos, com intervalo de 1 minuto entre eles.
O vencedor é definido por nocaute, quando um atleta coloca o outro no chão após um golpe e este não consegue retornar ao combate em 10 segundos, ou nocaute técnico quando um oponente se mantém em pé, mas o árbitro o considera sem condições de prosseguir ou por decisão dos juízes, quando
nenhuma dessas situações anteriores ocorre durante o tempo de luta.
Além disso o treinador pode jogar a toalha para garantir a integridade de seu atleta, nos esportes de combate, quando o córner do lutador joga a toalha significa que eles estão solicitando ao árbitro que interrompa a luta, para preservar o seu atleta de uma lesão maior, e dê a vitória ao adversário.
É necessário um profissionalismo maior da minha parte, para não agir como o esposo neste momento. Caso contrário, jogaria a toalha a qualquer momento para garantir que nenhum soco seja desferido contra meu querido.
Acabamos de chegar juntos na cerimônia de pesagem, onde iremos confimar o peso de Jimin e conhecer pessoalmente seu adversário. Diferente do MMA que faz a cerimônia um dia antes da luta, no boxe a pesagem é feita na manhã que antecede a luta.
Já temos noção que a essa hora os burburinhos na mídia sobre o fato de eu e meu meu lutador termos chegado de mãos dadas, devem estar por toda a parte. Por estar em início de carreira, este evento é menos badalado que o convencional, mesmo assim não há dúvidas que meu nome esteja aparecendo por aí neste momento.
— Eu já mencionei que amo a sua tatuagem? — Perguntei discreto analisando o corpo de Jimin, que usa apenas uma bermuda deixando seus músculos todos a vista.
— É eu sei, você gosta do meu unicórnio — Falou sorrindo.
Voltamos nossa atenção para a evento que ainda está acontecendo no momento em que sua categoria é chamada para ir até a frente: — Categoria peso médio, até 73 kilos. Título coreano que vai ser disputado aqui. — Jimin está atento a ocasião, já seu adversário não para de encara-lo a nenhum momento. — Diga seu nome e cidade, depois suba na balança — Disse o responsável pela pesagem para Jimin.
— Park Jimin, Seul — Respondeu depois subiu na balança.
— 71 kilos e 600 gramas, dentro da categoria — Comemoramos em silêncio e Jimin volta para seu lugar. — Agora é sua vez, pode vir até aqui.
Com um sorriso debochado, o rapaz encarou Jimin novamente antes de fazer o mesmo processo e subir na balança: — Kim Seokjin, Daegu.
🥊Continua...
Olha eu aqui, olha eu aqui. Eis que o capítulo termina completamente diferente de como começou, isso é ser Park Jhessuk.
Primeira att do ano, Feliz ano novo a todos, amo vocês!
P.S: Eu imagino a tatuagem do Jimin, mais ou menos assim!
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