N/A: E quem diria que eu consegui voltar antes de 2021? tenho surpresas para vocês, então fiquem ligados nas notas finais, e notificações.
aviso sobre o capitulo: além da presença de flashbacks, creio que é bom avisar que, a partir deste capítulo em diante, haverá menções a violência, como cenas fortes em alguns capítulos que virão, mas tentarei sinalizar todos com as devidas prevenções.
Desculpem o susto, só estou prevenindo para os possíveis leitores sensíveis , boa leitura.
− Que maldade a sua falar assim... − Ele dizia com uma voz irritantemente manhosa, enquanto eu já ouvia seus passos atrás de mim. "De onde você aprendeu a ser tão má assim?
− Talvez eu tenha aprendido com você. − Respondi por fim, assistindo seu sorriso se abrir ainda mais."
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Taehyung era somente mais um dos garotos com fama de vândalo da minha escola, e era muito bem conhecido por ser um pequeno delinquente do bairro onde morava, tinha notícias sobre ele desde o ensino fundamental, mas acabei indo para a mesma escola que ele somente quando entrei no ensino médio.
Um dia o vi ser praticamente enxotado da diretoria com outros dois garotos, estes mesmos que mal esperaram a porta ser fechada para recomeçarem uma briga com o garoto que já aparentava estar bastante machucado. Fiquei vendo a cena de longe, juntos com vários outros alunos curiosos que estavam no corredor.
Era evidente que aquela era uma briga injusta; enquanto os dois marmanjos o davam pontapés e fortes chute no garoto que ainda estava abaixado rente ao chão, Taehyung parecia somente dar atenção as suas feridas já expostas – que pareciam bem graves, até mesmo para um líder de gangue – mas não demorou muito para que ele se voltasse para aqueles dois covardes.
E com espanto, tanto eu, como os outros alunos, viram o rapaz, que de uma só vez agarrará a perna do cara mais alto dentre os dois – do qual o mesmo até tentara se desvencilhar, mas o aperto parecia ser incrivelmente firme – e jogá-lo sobre o outro garoto que ainda tentava acertá-lo com os punhos.
Ambos acabaram caindo desajeitadamente no chão sujo da escola, houve longos segundos com um silêncio constrangedor, em torno da plateia de alunos, mas, depois de alguns minutos os agressores se afastaram, ainda pude ouvir um deles murmurar algum xingamento nem nexo, que não fiz questão de dar atenção. Porém, antes que toda a plateia voltasse a se dissipar pelos corredores da escola, pude enxergar Taehyung se levantar devagar, ignorar todos a sua volta e ir em direção ao pátio em silêncio.
Naquele momento, vendo o pobre rapaz machucado onde nem se quer um colega de turma – ou que sá algum funcionário da escola – fosse o ajudar – ou, que ao menos, que se importassem – e o ver daquela forma e sendo julgado como simples cão de rua machucado, me deixou terrivelmente piedosa por ele, mesmo que boa parte de mim temesse que eu poderia ter o mesmo destino que aqueles delinquentes.
Mas eu tratei de afastar logo aqueles pensamentos, mesmo que eu não fosse alguém próxima a ele – como 99% das pessoas da escola também não o era – tinha uma grande chance do garoto me tratar asperamente, mas, até onde eu saiba, ele não tinha motivos para isso, afinal, de todos os boatos que ouvi sobre ele, nenhum fora sobre ele fazer mal a desconhecidos indefesos.
Assim, tão logo que o corredor se esvaziara fui em direção ao pátio a procura dele – o que não foi algo muito fácil, por estar tão cheio no momento do intervalo – e mesmo que tentasse, não consegui achá-lo em lugar algum, porém, enquanto circulava o local, pude enfim o avistar, na ala onde ficava os antigos bebedores – e que agora era o local usado para guardar os materiais de limpeza da escola.
Ele estava apoiado sobre uma parede imunda daquela ala abandonada da escola, e pelo rápido vislumbre que pude ter de seu rosto – antes que ele notasse minha presença – com sua expressão sofrida, que teve o incrível trabalho de escondê-la enquanto estava à vista de todos.
Sua perna ainda sangrava terrivelmente, e pude notar como ele tentava – sem sucesso – estancar este ferimento com um trapo de pano sujo, seus lábios se comprimiam fortemente, tentando conter seus murmúrios de dor e a única coisa que eu pensava era que ele deveria ir urgentemente a um hospital.
Porém, quando cheguei perto o suficiente, e ele pudesse ver claramente a sombra de minha silhueta, Taehyung se virou rapidamente mostrando uma postura defensiva, o que me fez lembrar de um animal selvagem quando encontram seu esconderijo.
Seus olhos estavam arregalados e ele não se afastava da parede da qual se apoiava – provavelmente, por estar sem energias para ficar de pé – e quando fiz menção de chega mais perto, ele se afastou levemente, arrastando-se com seus pés para mais longe – o que deu uma visão ainda mais miserável de como ele estava naquele momento – como se temesse alguma coisa – e eu literalmente não podia acreditar que esse suposto receio era em relação a mim – mas, para tentar acalmá-lo, caso isso fosse possível, levantei meus braços em rendição, pois sabe-se lá o que, ou quem, ele pensasse que eu fosse, teria de demostrar de alguma forma que não vim para fazer mal a ele.
E o mais lentamente possível fui me aproximando, não quebrado contato visual com ele que me observava atentamente, e quando cheguei bem a sua frente, fui abaixando, tanto meu dorso quanto meus braços, pacientemente, querendo mostrar que não tinha uma má intenção. Ele ainda mostrava um semblante tanto quanto que irônico como desacreditado, e depois de me encarar por mais alguns segundos, me permitiu ver seus ferimentos.
Me perguntava o que me dera nacabeça para me envolver com um cara assim, mas jamais pensei que esse encontro,teria uma influência tão grande com o meu futuro.
N/A: para mim ele mais parece um animalzinho machucado, mas o que posso fazer?
E antes, que reclamem desse minúsculo capítulo, ao menos dessa vez, posso dizer que esse não é o único que publicarei hoje--