Harry entrou na sala comunal da Sonserina e rapidamente olhou ao redor. Vendo Draco perto do fogo, ele se aproximou e deu um beijo de saudação no loiro antes de se deitar no sofá e usar o colo de Draco como travesseiro. Fechando os olhos, ele suspirou profundamente de contentamento.
Draco não disse uma palavra, mas deu a Harry um sorriso caloroso antes de se concentrar novamente no livro que estava lendo e distraidamente passar os dedos pelos cabelos de Harry.
"Onde você esteve, Dustin?" Blaise perguntou.
"Ele esteve com Snape," Draco respondeu distraidamente por Harry enquanto virava a página de seu livro.
Harry abriu um olho para olhar para Draco com curiosidade, mas decidiu que não valia a pena questionar como exatamente Draco sabia onde estivera. Não era como se ele fosse falar com o pai de vez em quando. Harry apenas fechou os olhos novamente, aconchegando-se mais perto de Draco.
Nem Harry nem Draco testemunharam os olhares divertidos trocados entre Blaise e Pansy. "Merlin, parece que vocês dois estão juntos há anos," Pansy disse, sua diversão clara em sua voz.
Os olhos de Harry se abriram e ele se virou para olhar para Pansy. Ele estreitou os olhos com desconfiança. "Por que você diz isso?"
"Não precisa fazer tempestade em como d'agua," Pansy respondeu. "É que vocês dois mal estão juntos há um mês, mas vocês agem como se se conhecessem há anos. Vocês estão tão confortáveis um com o outro e sempre parecem saber o que está acontecendo com o outro, mesmo quando seu parceiro não está está por perto. "
Draco abaixou seu livro e olhou para Harry pensativamente. "Devo admitir, entendo o que ela quer dizer", Draco disse com um sorriso suave para Harry. "Eu sinto que te conheço desde sempre."
Ele balançou a cabeça em confusão. "Eu sei que parece loucura, mas eu tenho quase uma sensação de déjà vu quando estou perto de você às vezes, como se realmente te conhecesse há muito mais tempo."
Harry estava ficando incrivelmente nervoso com essa conversa, apesar do fato de estar satisfeito por Draco parecer reconhecê-lo, pelo menos inconscientemente. É hora de atrapalhar essa conversa.
Harry se levantou e colocou a mão atrás da cabeça de Draco e o puxou para um beijo profundo, ao qual Draco respondeu imediatamente. Harry mordeu o lábio inferior de Draco, fazendo-o abrir os lábios e gemer de prazer. Aproveitando-se, Harry enfiou a língua dentro da boca de Draco, apreciando o sabor do chocolate e o sabor único de Draco.
Harry se afastou e caiu desossado de volta no colo de Draco, mais uma vez suspirando de contentamento. Mmmm, Harry não conseguia decidir se queria mais do sabor de Malfoy ou se queria chocolate agora.
Draco balançou levemente seus dedos na nuca de Harry e olhou para seu namorado. "Você está me saindo um belíssimo provocador", acusou.
Harry ergueu os olhos com um sorriso malicioso. "Mmmm, você também. Onde está escondendo o chocolate que está comendo?"
Os olhos de Draco se arregalaram ligeiramente antes de dar uma risada surpresa.
"Você foi pego, Draco," Blaise riu.
Harry agitou seus cílios e deu a Draco seus melhores olhos de cachorrinho. Ele se perguntou preguiçosamente se olhos de cachorrinho seriam mais eficazes com seus próprios olhos verdes em vez dos olhos escuros como seu pai. "Divide comigo?" ele implorou.
Draco bufou, mas cedeu remexendo nos bolsos de suas vestes, tirando um sapo de chocolate e entregando-o a Harry. Mas antes de Harry aceitar o doce oferecido, ele agarrou a mão de Draco, levando-a aos lábios para dar um beijo suave em seus dedos. Só então Harry pegou a guloseima e começou a desembrulhar alegremente.
Draco balançou a cabeça mesmo enquanto sorria suavemente com o gesto terno de Harry.
Pansy riu. "Veja, isso é o que quero dizer. Vocês dois simplesmente pertencem um ao outro e isso é tudo. Eu nunca vi duas pessoas se comportarem mais amorosamente do que vocês, mas vocês só se conhecem há algumas semanas."
Blaise estava rindo novamente enquanto estudava Harry e Draco. "Pessoalmente, não consigo decidir se Dustin tem Draco enrolado em seu dedo mindinho ou se é o contrário."
Harry e Draco enviaram olhares idênticos na direção de Blaise. "Acontece que são as duas coisas," Draco declarou arrogantemente. "Eu sou dele e ele é meu."
Com a velocidade e o inesperado a seu favor, Harry se levantou e sentou no colo de Draco antes que alguém pudesse responder. "Oooh, eu adoro quando você é possessivo," Harry ronronou sedutoramente, antes de reclamar a boca de Draco.
Harry devastou a boca de Draco, tornando o loiro incapaz de se lembrar do que eles estavam discutindo. Ou melhor, forçando o loiro a simplesmente não se importar mais. Tudo o que importava para Draco era que Harry não parasse.
E Harry parou. Ser forçado a parar para respirar meramente fez com que Harry trilhasse beijos ao longo da mandíbula de Draco, então pelo pescoço - lambendo, mordiscando, saboreando. Draco permitiu que sua cabeça caísse graciosamente no encosto do sofá, inclinando a cabeça para o lado para oferecer a Harry um melhor acesso enquanto ele gemia com as sensações prazerosas que Harry estava causando em seu corpo.
Draco começou a deslizar os botões de suas casas correspondentes nas vestes de Harry. Harry se afastou um pouco para dar a Draco mais espaço para manobrar, mas nunca parou de ministrar no pescoço de Draco. Atualmente ele estava dando atenção a um ponto particularmente sensível diretamente abaixo da orelha de Draco.
"Merlin," Pansy respirou. "Vocês dois não vão parar, vão?"
Harry se afastou um pouco mais e começou a desabotoar rapidamente os botões das vestes de Draco, mesmo enquanto respondia a Pansy. "Se você não quer ver nada, então não assista," ele disse, antes de plantar seus lábios na cavidade recém-exposta na base da garganta de Draco, fazendo Draco gemer de prazer novamente.
Draco havia terminado de desabotoar as vestes de Harry e espalhá-las ao redor de seus corpos, bloqueando efetivamente a visão de todos, enquanto fornecia a ele mais acesso ao mesmo tempo. As vestes de Draco foram desabotoadas e os botões de sua camisa rapidamente o seguiram. Harry pressionou para frente, trazendo-os peito com peito, pele com pele, fazendo-os gemer em uníssono.
"Você não acha que vocês dois deveriam conseguir um quarto?" Blaise perguntou ofegante.
"Somos sonserinos," Draco ofegou. "Não que sejamos os primeiros a fazer isso na sala comunal."
"Verdade, mas geralmente é apenas durante as festas e todos estão agradavelmente bêbados," Blaise respondeu, embora um tanto trêmulo.
Nem Harry nem Draco se preocuparam em responder. Com as vestes de Harry atualmente penduradas na beirada do sofá e longe de seu corpo, não era tão perceptível para ninguém observando que Harry estava balançando seus quadris contra os de Draco.
Pansy e Blaise sabiam exatamente o que estava acontecendo, mas os dois no sofá estavam quase todos bloqueados da vista dos outros na sala comunal. Qualquer outra pessoa observando os dois estava simplesmente testemunhando uma sessão de beijos muito acalorada.
A fricção que Harry estava gerando estava deixando Draco louco, mas ele queria mais. Enquanto Harry corria suas mãos sobre o peito de Draco e provocava seus mamilos, Draco agilmente desfez a frente de suas calças e juntou suas ereções em seu aperto. Seus gemidos mútuos foram abafados quando Harry colou seus lábios mais uma vez sobre os de Draco.
Quaisquer palavras de paixão e gritos de prazer foram engolidos pelos beijos profundos. Harry mergulhou sua língua dentro e fora da boca de Draco, imitando outras ações, incluindo a ação que as mãos de Draco estavam realizando no momento.
As doces sensações que estavam dando um ao outro, bem como o conhecimento de que estavam sendo observados, os levaram ao clímax em breve. Draco baixou a cabeça para as costas do sofá novamente, respirando pesadamente enquanto Harry desabava contra ele. Nenhum fez qualquer outro movimento enquanto tentavam recuperar o fôlego.
"Quem diria que assistir dois garotos se pegando seria tão quente?" Pansy disse, sua voz confusa e seus olhos ligeiramente vidrados.
Os dois meninos em questão riram baixinho. Harry abriu os olhos e de seu ponto de vista, ele podia ver Blaise se mexendo desconfortavelmente em sua cadeira, o que fez Harry rir mais.
"Tem um problema, Blaise?"
Draco ergueu a cabeça para testemunhar Blaise enviando um olhar furioso para os dois. "Vocês dois são completamente maus."
"Obrigado," Draco falou lentamente em apreciação óbvia, embora todos eles soubessem que Blaise não estava elogiando.
"De qualquer forma," Draco disse em tom de conversa, enquanto retirava disfarçadamente a varinha do bolso do robe, "por que você estava visitando seu pai, Dustin?"
Harry se sentou ligeiramente. "Oh, nada importante. Eu estava apenas checando com ele e deixando-o saber como minhas aulas estavam indo." Enquanto Harry respondia, Draco murmurou baixinho alguns feitiços de limpeza sobre eles, e então eles começaram a colocar as roupas em ordem.
Nem Pansy nem Blaise foram enganados, mas nenhum dos dois ouviu Draco realizar os feitiços de limpeza e a conversa certamente desviou a atenção do que Harry e Draco estavam fazendo.
"Você vai visitar muito o seu pai, não é?" Pansy questionou, sua sobrancelha franzida com a realização.
Harry encolheu os ombros levemente. "Sim, os horários variam, mas tento me encontrar com ele pelo menos uma vez por dia. Nunca conheci meu pai antes deste verão, então acho que você pode dizer que estamos recuperando o tempo perdido."
Era verdade, mesmo que Harry deixasse de fora o fato de que muitas de suas discussões envolviam estratégia e planejamento em relação à guerra, e muitas vezes o tempo que Harry passava com seu pai era em treinamento de um tipo ou outro. Eles honestamente ainda estavam recuperando o tempo perdido, gastando tempo para se conhecerem como pai e filho. E só porque Harry conhecia Snape há anos, ele não sabia que era seu pai antes deste verão.
Com as roupas em ordem, além das vestes que deixaram desabotoadas, Harry escorregou do colo de Draco e se deitou novamente.
"Eu realmente gostaria que Snape pudesse ter sido meu pai," Blaise disse um tanto amargamente. "Quero dizer, ele é um Comensal da Morte também, mas ele trata você muito melhor do que meu pai me trata."
"Ei, eu sei que deve ser difícil", disse Harry com compaixão. "Mas faça o que fizer, não se culpe. Alguns dos Comensais da Morte ficam mais envolvidos nas viagens de poder do que outros."
"Eu sinto que praticamente perdi meu pai e isso dói," Blaise disse calmamente.
Harry se esticou na distância entre eles e apertou a mão de Blaise. "Acredite ou não, eu entendo. Não é a mesma coisa, mas eu pensei que meu pai estava perdido até este verão. Eu não o conhecia e sei o quanto isso dói." Ele suspirou profundamente. "Não tenho certeza se há muito que você pode fazer para mudar as coisas. Tudo o que você realmente pode fazer é tomar suas próprias decisões e escolher viver bem sua vida. Apesar da maneira como ele age e das coisas que diz, tenho absoluta certeza de que no fundo, seu pai quer que você seja feliz. "
Harry fez uma pausa. "Infelizmente, seu pai está sob a influência de Voldemort e tem a crença equivocada de que segui-lo é o que faria você feliz", disse ele com tristeza, oferecendo a Blaise um leve sorriso.
Blaise bufou. "Mal orientado é uma maneira de colocar as coisas." Mas então ele sorriu suavemente. "Obrigado, Dustin. Gostariade acreditar que você está certo, de verdade."
"Fico feliz", disse Harry, dando um aperto final na mão de Blaise antes de soltar.
"Como passamos de sexo quente para este tópico deprimente?" Draco perguntou com uma careta, esperando melhorar o clima novamente.
Os outros riram, a tensão quebrada, mas Harry foi o único a responder. "Se você acha que isso foi o sexo mais quente com você agora, então você está redondamente enganado", disse ele com um sorriso malicioso dirigido a Draco.
"Ah é?" Draco perguntou, levantando uma sobrancelha questionadoramente
"Claro, eu poderia ser persuadido a levá-lo de volta para o meu quarto comigo mais tarde," Harry ofereceu com um sorriso malicioso.
"Acho que vou ter que aceitar essa oferta." Draco olhou de soslaio para seu namorado ainda posicionado com a cabeça no colo.
Nas duas horas seguintes, os quatro amigos relaxaram e gostaram da companhia um do outro. Eles evitaram qualquer outra menção a pais e Comensais da Morte, embora houvesse muito mais flertes durante a noite. A brincadeira foi divertida e Harry gostou especialmente desses momentos para conhecer melhor seus novos amigos.
*
"Por que estamos aqui de novo?" Draco choramingou.
Harry revirou os olhos. Eles estavam atualmente parados na frente do retrato da Mulher Gorda e Draco estava longe de estar feliz por estar ali.
"Draco, você sabe que preciso obter essa informação de Hermione."
"Você pode pegar amanhã," Draco respondeu, emburrado.
"A próxima reunião do DA é amanhã, como você já sabe. Se eu puder obter as informações hoje de Hermione, então podemos resolver as coisas com antecedência e deixar mais tempo para o treinamento real durante a reunião", explicou Harry pacientemente.
"Bem, por que não os encontramos na biblioteca ou na Sala Precisa, como costumamos fazer?" Draco perguntou, ainda soando mal-humorado.
"Porque Hermione mal teve a chance de me dizer antes da aula começar que ela recrutou um monte de novos membros. Não tivemos tempo de marcar uma reunião", disse Harry. "Você estava lá quando ela nos contou, e você sabe que McGonagall nos manteve ocupados durante toda a aula. Quando tive a chance de pensar sobre isso novamente, percebi que seria realmente melhor repassar isso hoje."
"Eu sei disso," Draco retrucou. "Mas eu mal estou me acostumando com a ideia de ter que trabalhar com eles. Eu com certeza não quero entrar no território da Grifinória. É simplesmente errado para os Sonserinos estarem aqui."
Harry suspirou. "Se isso te faz sentir melhor, então pense nisso como conhecer seu inimigo - você sabe, infiltrar-se no acampamento inimigo para aprender seus segredos."
Os olhos de Draco brilharam até que ele viu a decepção no rosto de Harry. Ele exalou pesadamente. "Como se você me deixasse usar qualquer informação incriminatória contra eles de qualquer maneira," ele murmurou, mas não soando tão mal-humorado quanto antes.
"Não que eu pudesse te impedir, mas eu não gostaria que você o fizesse, não", Harry respondeu cansado. "Se você coletar informações e usá-las contra os Grifinórios, será um grande revés para o DA."
"Tudo bem," Draco respondeu, parecendo quase tão cansado quanto Harry agora. "Vou tentar me comportar."
Harry o recompensou com um beijo gentil. "Obrigado." Então ele deu a Draco um sorriso malicioso. "Você se comporta e eu vou compensar você mais tarde esta noite."
Draco puxou Harry para um beijo mais profundo que deixou os dois sem fôlego. "É melhor mesmo."
Harry sorriu e então se virou para bater no retrato, na esperança de chamar a atenção de alguém.
Alguns segundos depois, Creevey abriu o retrato e olhou para eles com certo medo. Isso era uma coisa que ele com certeza não sentia falta de ser Harry Potter - ele não tinha Colin o seguindo e importunando o tempo todo agora.
"Podemos entrar?" Harry perguntou educadamente. "Precisamos conversar com Hermione e Ron sobre a reunião da AD amanhã."
"Uh", disse Creevey, parecendo extremamente nervoso sobre deixá-los entrar.
"Vá buscar Granger," Draco retrucou.
Creevey se virou e deixou o retrato se fechar. Não demorou muito para que ela abrisse novamente e Hermione estivesse gesticulando para que eles entrassem. Ela parecia um pouco desconfiada e Harry não podia culpá-la. Nem todos os grifinórios apreciariam dois sonserinos entrando em seu domínio privado.
"Por que vocês dois estão aqui?" Jack Sloper exigiu. Ele havia sido adicionado ao time de Quadribol no ano passado, mas como Harry foi banido tão cedo na temporada, ele não conheceu o garoto muito bem. Quadribol ainda era um assunto delicado na mente de Harry, já que ele ainda não conseguia jogar. Ele balançou a cabeça mentalmente para limpar os pensamentos sobre Quadribol e se concentrar na situação atual.
"Eles estão aqui para falar comigo", disse Hermione com um olhar furioso para sua colega de casa.
"Eles podem falar com você em outro lugar!" Sloper gritou. "Eles não pertencem aqui!" Houve murmúrios de concordância por toda a sala.
Harry falou, esperando acalmar a situação antes que ficasse fora de controle. "Peço desculpas por me intrometer. Nós simplesmente precisamos repassar algumas coisas para a reunião do DA de amanhã e eu não tive a chance de marcar um encontro com Hermione em outro lugar. Então eu vim aqui na esperança de pegá-la", disse ele com o que esperava foi um sorriso vencedor.
Andrew Kirke, parceiro de Sloper, falou. "Isso pode ser verdade, mas eu não confio em você. Não precisamos de um Snape e um Malfoy na torre da Grifinória," ele declarou calorosamente.
"Como se eu quisesse estar aqui," Draco zombou. Ele estava olhando ao redor da sala com desgosto óbvio.
Harry estava frustrado. Ele sabia que Draco não seria útil nesta situação. Ele passou a mão pelo cabelo em agitação. "Olha, não queremos problemas. Só precisamos repassar algumas coisas hoje, como eu disse, para não perdermos tempo durante a reunião do DA amanhã."
"Deixe-os em paz," Ginny gritou em defesa deles. "Eles estão aqui para trabalhar em coisas que vão ajudar a todos nós."
Harry e Hermione a olharam agradecidos, mas Draco, assim como muitos grifinórios, olharam para ela surpresos. Hermione estava dando uma cotovelada nas costelas de Ron.
Ron olhou para ela antes de falar. "Sim, suponho que você deva deixá-los em paz", disse ele de mau humor. "Eu e Hermione precisamos conversar sobre alguns novos membros da AD com eles. E eu prefiro estar aqui e confortável do que preso na biblioteca de novo, de qualquer maneira," ele adicionou em um tom rude.
Hermione estava devolvendo o olhar de Ron agora, mas várias pessoas estavam rindo. Todos os grifinórios sabiam que Hermione estava sempre arrastando Ron para a biblioteca. Particularmente com a ausência de Harry neste ano, Ron não tinha ninguém por perto para ajudá-lo a lutar contra o gosto de Hermione por estudar constantemente.
Hermione acenou para Harry e Draco segui-la até onde ela e Ron estavam sentados. Apesar de alguns resmungos gerais e olhares cautelosos continuando a observar cada movimento, os grifinórios calaram a boca e permitiram que os dois sonserinos entrassem totalmente na sala comunal.
Enquanto eles se sentavam, Draco parecia altamente desconfortável. Harry, por outro lado, se sentiu em casa. Esta foi realmente uma visita agridoce à torre para ele. Ele gostava de estar na Sonserina, mas a torre tinha sido seu único lar verdadeiro nos últimos cinco anos. A alegre sala comunal estava trazendo de volta muitas memórias que essencialmente o faziam sentir saudades de casa.
Hermione percebeu a repentina inquietação de Harry. "Tem certeza de que está tudo bem por estar aqui?" ela perguntou baixinho.
Draco o olhou atentamente. Afinal, foi Harry quem insistiu para que eles viessem.
"Estou bem", disse Harry. "Só cansado de lutar, eu acho."
Hermione e Draco pareceram satisfeitos com sua resposta. "Sim, e este quarto está nos deixando enjoados", Draco zombou.
Harry revirou os olhos, o que Hermione não perdeu. Não foram apenas os sonserinos que perceberam quanta influência Harry parecia ter sobre Draco.
Harry se inclinou e deu um beijo profundo em Draco. "Draco, você prometeu se comportar", ele sussurrou.
"Tudo bem," Draco respondeu. "Mas você se lembra que ainda me deve", disse ele com um leve olhar dirigido a Harry.
Harry deu a ele um sorriso malicioso. "Eu não vou esquecer, amor."
Com Draco satisfeito, eles se viraram para encarar Ron e Hermione. Os olhos de Hermione estavam ligeiramente vidrados depois de ver os dois meninos se beijarem, mas Ron estava revirando os olhos e parecendo levemente enojado.
"Você não pode fazer isso em outro lugar?" Ron explodiu.
"Oh, mas nós vamos," Draco riu.
"Vamos começar," Hermione interrompeu antes que Ron e Draco pudessem começar a se intrometer novamente.
"Concordo", disse Harry rapidamente. "O que você tem para nós?"
Com isso, os quatro mudaram para o modo de negócios.
"Bem, nós temos uma lista de pessoas que desejam entrar," Hermione começou.
"Sim, mais dez membros," Ron acrescentou.
"Isso inclui aqueles dois Ravenclaw com quem conversamos em Aritmancia?" Draco perguntou a Hermione.
Ela assentiu. "Eles se aproximaram de mim na biblioteca na noite passada e disseram que tomaram uma decisão e querem fazer parte dela. Embora eu ache que eles estão mais interessados em aprender novas informações do que acreditar que realmente precisarão delas para se defender . "
"Tudo bem", disse Harry com um encolher de ombros. "Espero que eles nunca precisem disso. Se um bônus está ajudando todos a se sairem bem nas aulas de defesa, assim como seus NOMs e NIEMs, então que seja."
"Obviamente, eles não deveriam fazer parte de nenhum dos principais grupos defensivos," Draco apontou.
"Estou pensando que eles fariam bem como parte de um dos grupos de defesa designados para o outro lado do castelo", disse Hermione.
"Mas essa não é uma boa estratégia", exclamou Ron. "Eu sei que é provável que seja uma área que não precisaria de tanta defesa, mas você não pode colocar apenas membros mais fracos lá no caso de um ataque ocorrer desse lado."
"Weasley tem razão," Draco admitiu a contragosto.
Harry estava balançando a cabeça pensativamente. "Bem, talvez precisemos misturar as equipes que atribuímos aos fundos e ao outro lado do castelo."
"Todos estarão aprendendo os feitiços, independentemente de suas intenções originais para ingressar no DA," Hermione apontou.
"Mas eles são fracos. Se eles não têm o ímpeto para aprender e esperam realmente usá-lo, é mais provável que percam o foco se uma batalha real ocorrer", disse Draco.
"Talvez pudéssemos designar um líder forte para cada um desses grupos," Ron sugeriu. "Eles vão aprender os feitiços para se defender, mas se eles tiverem alguém os direcionando, isso lhes dará algo em que se concentrar durante a batalha."
"Em geral, Lufanos e Corvinais provavelmente teriam um desempenho melhor com alguém para orientar," admitiu Hermione.
"Alguns sonserinos funcionariam bem nessas posições", disse Draco.
Hermione e Ron olharam para ele com desconfiança, mas Harry concordou. "Eu concordo. Alguns deles são fortes, determinados, conhecem seu trabalho de feitiço e podem liderar bem, mas eles não vão querer estar na frente, onde estariam mais propensos a enfrentar literalmente ex-amigos e familiares."
Hermione e Ron pareciam horrorizados e mais compreensivos ao mesmo tempo, e Draco zombou deles com desprezo. "Muitos sonserinos cresceram em circunstâncias diferentes das suas e você só agora está descobrindo, não é?" ele rosnou.
Os dois grifinórios tiveram a graça de corar levemente. "Até agora, nunca me ocorreu o quão difícil seria para você e seus amigos terem que ir contra suas famílias," Hermione admitiu baixinho.
"Erm, sem ofensa, mas todos os sonserinos têm vindo às reuniões," Ron disse nervosamente. "Eles estão realmente indo contra o lado negro?"
Harry e Draco trocaram um olhar. "Achamos que sim", disse Harry calmamente. "Eles estão tentando, pelo menos, mas vai ser difícil. Até agora, eles não foram forçados a falar contra os pais."
"Mas como você conseguiu convencer todos eles?" Hermione perguntou, parecendo confusa. "Essa é uma grande decisão, mesmo só de entrar para o promotor, mas quase todos vocês estavam lá para o primeiro encontro de verdade. Ainda estamos trabalhando para convencer muitas pessoas nas outras três casas. Estou com medo de pergunte ", ela admitiu baixinho.
Outro olhar foi trocado entre os dois sonserinos.
"Você acha que eles vão ficar calados sobre isso?" Draco sussurrou para Harry. Ron e Hermione eram os únicos outros dois que podiam ouvi-lo no canto da sala comunal.
Harry concordou. "Eles são os outros dois líderes do promotor e têm um grande interesse nele. Além disso, eles são grifinórios e não vão comprometer ninguém voluntariamente."
Draco olhou desconfiado para os dois grifinórios em questão.
Hermione e Ron pareceram desconfiados, mas concordaram que manteriam seu segredo, fosse o que fosse.
"Depois da primeira reunião inicial, Draco e eu sentamos para conversar com os outros sonserinos e tentamos abordar suas preocupações específicas", disse Harry.
Draco bufou, trazendo a atenção dos outros para ele. "Sim, podemos ter feito isso, mas o que Dustin realmente fez foi assustar todo mundo."
Harry encolheu os ombros. "Foi eficaz."
Draco bufou novamente. "Dustin trouxe uma penseira e deu a toda a sala comunal uma visão de uma típica reunião de Comensais da Morte. Muito eficaz, de fato," ele falou lentamente. Ele se inclinou para trás e apreciou as expressões de choque em seu anúncio.
"Você realmente mostrou a eles?" Ron perguntou, parecendo um pouco verde.
Harry concordou. "Eu sou uma das exceções porque cresci longe do meu pai. Muitos dos sonserinos, porém, cresceram acreditando que estariam seguindo Voldemort - quer gostassem ou não. Eles precisavam de algo concreto para mostrar a eles que ser um Comensal da Morte e seguir Voldemort não é tudo o que parece ser. "
"Eu bem sei," Draco murmurou.
Harry deu a ele um olhar preocupado. "Vamos voltar a esses novos membros", disse ele, mudando de assunto. "Ainda precisamos decidir onde colocar todos para que possamos colocá-los diretamente com seus grupos amanhã."
Hermione acenou com a cabeça decisivamente e juntou os pergaminhos que continham as listas de todos os diferentes grupos. Durante a hora seguinte, os quatro trabalharam juntos decidindo onde colocar os membros mais novos e quais membros seriam bons líderes para os vários grupos com base em seu progresso até agora no DA.
Foi uma sessão produtiva e, gradualmente, os outros Grifinórios na sala comunal relaxaram e logo não prestaram atenção ao fato de que ainda havia dois Sonserinos em seu território. Até mesmo os obstinados sabiam que Ron iria exagerar diante de qualquer um se os sonserinos, especialmente Malfoy, tentassem alguma coisa. Afinal, eles já lutavam há anos.