Dono de Mim (Trilogia Dono de...

Od KatheLaccomt

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"Não recomendado para menores de 18 anos" Dono de Mim é uma história de amor que nasce em meio a busca do pra... Více

Prólogo
Capítulo 01 - Rodrigo
Capítulo 02 - Manuela
Capítulo 03 - Manuela
Capítulo 04 - Rodrigo
Capítulo 05 - Manuela
Capítulo 06 - Rodrigo
Capítulo 08 - Rodrigo
Capítulo 09 - Rodrigo
Capítulo 10 - Manuela
Capítulo 11 - Rodrigo
Capítulo 12 - Manuela
Capítulo 13 - Rodrigo
Capítulo 14 - Manuela
Capítulo 15 - Rodrigo
Capítulo 16 - Manuela
Capítulo 17 - Rodrigo
Capítulo 18 - Manuela
Capítulo 19 - Rodrigo
Capítulo 20 - Manuela
Capítulo 21 - Rodrigo
Capítulo 22 - Manuela
Capítulo 23 - Rodrigo
Capítulo 24 - Manuela
Capítulo 25 - Rodrigo
Capítulo 26 - Manuela
Capítulo 27 - Rodrigo
Capítulo 28 - Rodrigo

Capítulo 07 - Manuela

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Od KatheLaccomt

De frente para o espelho, analiso minha roupa para o coquetel de lançamento do novo condomínio da construtora Alcântara e Castro, empolgadérrima com Rolling in the Deep da Adele ao fundo. Cheguei de viagem ontem tarde da noite. Estou cansada, mas jamais faltaria ao evento. Sinto falta dos amigos.

Escolhi um vestido de crepe evasê na cor marfim, um pouco abaixo dos joelhos para dar uma alongada na pessoa que não é muito dotada de altura. O corpete transpassado até a cintura é simples, mas elegante. O charme ficou no decote que vai até o meio das costas, nada muito sexy, mas, para uma noite de verão no Rio, é uma boa opção. Nos pés, uma sandália dourada de salto altíssimo com tiras transpassadas na frente e fechada atrás com um laço. Brincos de ouro adornados com pérola e uma pulseira delicada de ouro compõem meu visual. Nos olhos, lápis e rímel; na boca, um gloss e cabelos soltos. Viro-me para ver se há algo destoando. Nada de ser "cheguei".

— Lembre-se, gata, "menos é mais"! – pisco para a minha imagem no espelho e sorrio. Doida de pedra! O interfone toca, tirando-me do devaneio modal.

— Sim?

— Boa noite, dona Manuela. Há um senhor chamado Bernardo Franz aguardando a senhora na portaria.

— Obrigada, seu Ricardo. Diga-lhe que já estou descendo.

Para finalizar, passo o perfume e alcanço minha clutch azul-cobalto chiquérrima. Volto ao espelho para uma última conferida e falo para mim mesma:

— Manu, hoje estamos pegáveis, comestíveis e doidas da cabeça. Prontas para a camisa de força – balanço a cabeça. — Gentem! Tenho que parar de falar comigo mesma. Isso é loucura. Sou uma executiva, uma séria mulher de negócios. Tenho que parar de fazer papel de maluca. Então, bora dar uns "pegas" no alemão.

Desço rindo por estar cada vez mais fora da casinha. Chegando à portaria, encontro um homem lindo de terno slim grafite e camisa branca esperando-me. Bernhardt Franz é um engenheiro de Berlim e está no Brasil há um ano. Ele é um pedaço de mal caminho! Tem mais ou menos um metro e oitenta de altura, porte de gente grande e deliciosamente cheiroso. Seu cabelo é loiro claríssimo, cortado até os ombros e seus olhos são de um tom diferente de verde. Se a natureza foi generosa com ele em todas as partes do corpo assim como foi com os seus pés, teremos uma ótima noite. Se é que me entendem.

— Boa noite, Franz – cumprimento ao me aproximar.

Ele beija meu rosto.

— Você conseguiu ficar mais linda do que já é – o beijo do outro lado rosto é mais demorado, e ele fala perto do meu ouvido: — Estava com saudades de você.

É hoje que caio em tentação!

— Eu também, bonitão. Vamos?

Ele coloca sua mão nas minhas costas e leva-me até o carro, abrindo a porta para que eu entre. Com o meu melhor olhar de gata assanhada, agradeço-o:

Vielen dank – eu não sei falar alemão. Aprendi o "obrigada" somente para agradar o gostosão.

Chegando ao local do evento, fico cada vez mais apreensiva. Não sei o porquê, afinal, estou em casa com amigos que amo e com o Rodrigo... que também é meu amigo, não é? Que também amo... como amigo, é claro. Que desejo... Ah, sim, eu desejo aquele corpo...

Concentre-se, mulher!

Bia apresenta-me seu acompanhante ainda na entrada. A menina agarrou seu professor de inglês que se chama Marcos. Apresento-os a Franz e logo entramos para nos juntarmos à comemoração. Cumprimento alguns conhecidos e os funcionários da construtora, até ver Arthur vindo em minha direção com os braços abertos. Já falei que ele é gostosão? Pois é, ele é! E a tiracolo vem uma... uma... Estou tentando achar uma definição cabível... Sim! Uma Barbie loira, esguia, artificial...

— Minha general, que saudade! – ele aperta-me em um abraço de urso. São nesses momentos de afeto que percebo o quanto gosto de alguém. Emocionada, retribuo seu abraço. Cristo! Como senti falta de todos eles.

— Oi, príncipe. Também estava morrendo de saudades. Como está? – pergunto enquanto aliso a lapela de seu terno.

— Estou bem. Melhor agora com você aqui – ele pisca, lembrando-me o porquê das mulheres se jogarem a sua cama.

A Barbie dá uns puxões nele, interrompendo nossa interação. Não precisava ser muito inteligente para ler o ciúme nos olhos da "peguete".

— Manu, deixa eu lhe apresentar minha amiga Louise – ok, agora vi fúria nos olhos da garota. Tem gente doida para ficar sem a cabeça essa noite. — Louise, essa é a Manuela, minha amiga e seu acompanhante, o...

— Bernhardt Franz – o alemão estende a mão para cumprimentar Arthur, que retribui o gesto.

— Prazer, Arthur Alcântara e Castro.

Em um impulso, viro-me na direção do homem que, com certeza, é o homem mais bonito do lugar. Rodrigo caminha com sua conhecida elegância, aproximando-se do grupo. Por mais que eu tente, não consigo desviar meus olhos. Ele está com um terno slim azul-marinho com risca de giz e camisa branca, tudo muito ajustado ao corpo. Nossa senhora das mulheres em perigo, me ajude! Ao seu lado, acabando com a minha excitação, está Paula. Ela é uma submissa que tem sessões avulsas com o Senhor Fodão. Assim que chegam até nós, Rodrigo afasta-se dela e abraça-me. Para acabar comigo de vez, ele fala em meu ouvido:

— Senti saudades de você.

Um estremecimento percorre meu corpo.

— Também senti saudades, Rodrigo. Como você está?

Ele afasta-se de mim e sorri.

— Muito bem. E você? – lógico que está bem, olha essa mulher ao lado. Uma beldade.

— Estou bem. Quero lhe apresentar o meu acompanhante. Franz, esses são Rodrigo e Paula.

— Muito prazer, Rodrigo – Blá-blá-blá. Todos trocam cumprimentos, e eu estou irritada sem saber o motivo.

Inesperadamente, Rodrigo coloca a mão nas minhas costas.

— Franz, você me empresta Manuela por um momento? Gostaria de apresentar algumas pessoas a ela – já nos afastando do grupo em questão, ele volta-se para a sua acompanhante: Paula, faça companhia para Franz até voltarmos, por favor.

Sem dar a chance de qualquer um falar, ele tira-me dali. Com a boca encostada em meu ouvido, ele pergunta:

— Como foi a viagem, pequena?

Isso está mexendo comigo! A falta de sexo é tão grande que afetou o meu bom senso.

— Foi produtiva.

Chegando ao bar que foi montado para a ocasião, ele fica ainda mais próximo a mim.

— Você quer alguma coisa, Manuela? – ah, eu quero. Quero que me amarre na cama e me chame de cachorra. Deus do céu! Esse perfume... Não! Preciso de um exorcismo, isso, sim. Minha cabeça está a mil, mil e uma posições... Percebo que ele me olha sério e fala comigo: Manuela?

— Oi? – respondo sem jeito.

— Está se sentindo bem?

— S-sim... – sim, meu gostosão. Vixi! Baixou a pomba gira! Acabe com a palhaçada, Manuela!

Ele continua a olhar-me com atenção e pergunta:

— Você quer alguma coisa?

— Coca-Cola.

— Certo – ele vira para o garçom fazendo nosso pedido e volta a olhar para mim com aqueles olhos intensos. — Senti sua falta. Não quero que você saia mais daqui.

Meu coração para por um segundo com aquele sorriso de canto. Será que ele sente alguma coisa por mim? Aqueles nossos almoços nos aproximaram tanto que tenho dificuldade de pensar perto desse homem. Não, ele é ele, não faço seu tipo.

— Gostaria que você fosse ao escritório, preciso de suas soluções.

Já deveria ter imaginado que eram negócios. Bem-vinda à realidade, gata.

— Irei na segunda-feira – respondo chateada.

Ele olha-me sério.

— Não pode ser amanhã ou sexta-feira?

— Não posso. Estarei disponível só na segunda-feira.

O garçom nos interrompe e entrega nosso pedido. Pela demora, achei que tinha ido fabricar o refrigerante.

— Sua Coca-Cola.

E, com isso, viro as costas e saio à procura de Franz. Minha vontade é de ir para casa, mas tenho que fazer meu papel social, afinal, a high society carioca está toda aqui. Políticos, atores, cantores e um monte de socialites desocupadas. De longe, avisto Duda com uma carinha chateada e vou em sua direção. Não gostei de vê-la daquela maneira. Maria Eduarda é uma moça muito bonita, pele clarinha, olhos castanhos esverdeados, lindos cabelos cacheados até o meio das costas e mais ou menos da minha altura.

Quando me aproximo dela, meu sexto sentido diz que há algo de errado no paraíso.

— Aconteceu alguma coisa, Duda? – ela tenta disfarçar, mas falha vergonhosamente. — Vou reformular minha pergunta, pois eu sei que está acontecendo alguma coisa. O que é?

Ela olha para todos os lugares menos para mim, e seu rosto ruboriza:

— Não é nada demais, Manu. Só estou chateada porque o Dom Miguel não veio.

Suspiro em exasperação.

— Olha, Duda, não vou insistir. Pelo menos, não agora. Quer ir para casa? Você tem toda liberdade para isso. Só não quero vê-la assim, chateada.

Arthur passa por nós e percebo que ambos trocam olhares cúmplices. Juro que castro esse homem! Ela é minha amiga e trabalha para ele, o que nos leva à proibição. Homens são cansativos!

— Vou pegar um táxi para casa. Quero ver se converso com Dom Miguel ainda hoje. E acordo cedo amanhã.

— Ok. Topa um café amanhã depois de sair do escritório? Papo de meninas. Só não quero que ninguém... – aponto para Rodrigo. — saiba.

Ela sorri.

— Fique tranquila. Amanhã, depois do serviço no shopping, combinado?

— Combinado! – respondo com entusiasmo. — Vá com Deus e cuide-se.

— Boa noite, amiga. Obrigada por se preocupar comigo.

Fiquei ali, parada, olhando Duda ir. O que anda acontecendo com essa menina? Bom, não precisa ser um gênio para saber que algo ocorre entre ela e Arthur. Mas, se eu sonhar que o príncipe das mulheres tem algo a ver com a sua tristeza, aí, sim, teremos problemas no paraíso.

Distraída com a tristeza de Duda, não me dou conta da aproximação de Paula.

— Franz é um bom rapaz, Manuela.

Sem olhá-la, respondo:

— Sim, é.

— Dá para acreditar que o Mestre Rodrigo me convidou para me apresentar à sociedade? Nem acreditei quando ligou. Acho que, dessa vez, temos tudo para sermos felizes... juntos – vejo o veneno escorrer pelo canto da boca da mulher. — Já pensou em ter alguém, Manuela? Parar de ficar procurando por aí o homem de outra?

A tensão em mim logo passa.

— Paula, está vendo aquele homem lindo ali? – aponto para o alemão.

— Franz...

— Sim, Franz. Eu tenho aquele homem louco para tirar minha roupa e me foder até perder os sentidos. Acha mesmo que estou procurando algo? – sorrio com deboche. — Boa noite, querida. Ah, sim, fala para o Rodrigo que, devido ao garanhão ali, só terei horário na segunda-feira à tarde. Tchauzinho.

Aproximo-me de Franz, o olho com carinha de gatinha manhosa e falo:

— Vamos, baby? – isso bastou para o alemão dançar a minha música.

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