Touch Me (Romance Lésbico)

By becccsstory

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(Conteúdo adulto. História original.) Emma está indo para a faculdade em uma nova cidade, longe de tudo que e... More

Personagens
Notas
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 34
Agradecimentos
OFF - Grupo no Whatsapp

Capítulo 33

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By becccsstory

Emma demorou pra pegar no sono, como de costume. Aquela agitação não tinha ajudado nada sua insônia. Com o celular na mão a noite toda ela resistiu à tentação de ligar para Melinda e saber se estava tudo bem, se tudo tinha se resolvido ou se algo tinha acontecido. Mas sabia que se algo saísse do controle Melinda procuraria por ela. Bom... Ao menos esperava isso.

Ela não soube exatamente que horas pegou no sono enquanto tentava assistir algo para distrair sua mente, mas ao menos tinha conseguido. Também não soube que horas eram quando acordou com batidas insistentes na porta. Droga. Ela não tinha um dia inteiro de sossego, não era? Quem deveria ser tão cedo... Ou tarde, não sabia exatamente.

Praticamente se arrastando até a porta, Emma abriu e deu de cara com Vic, o que fez todo seu sono ir embora instantaneamente. Emma não falou nada, estava extremamente confusa, tinha acabado de acordar, sequer estava enxergando direito. Não fazia ideia do que ela queria.

- Emma. Finalmente bati na porta certa. Me desculpa, te acordei?

Hoje ela parecia mil vezes mais calma, o que fez Emma franzir a testa. Não esperava essa reação. Na verdade, estava esperando mais um show de gritarias, mas a garota estava falando com um tom surpreendentemente calmo.

- Vic. O que está fazendo aqui?

- Posso entrar?

Quando Emma hesitou, ela completou:

- Vim em paz. Prometo.

- A Melinda te mandou aqui?

Vic suspirou devagar. Ela estava com os olhos inchados obviamente resultado do choro do dia anterior e seu semblante não poderia ser mais triste.

- Não, ela não sabe que eu estou aqui.

Depois de raciocinar um pouco Emma abriu mais a porta dando espaço para ela entrar e logo fechou a porta.

- Quer sentar? – Emma perguntou já se sentando.

Vic sentou do seu lado e parecia nervosa, enxugava as mãos na calça várias vezes e respirava fundo outras várias vezes.

- Eu queria me desculpar por ontem. Eu... estava fora de mim. Tinha acabado de descobrir que... Bom, você sabe. Eu não queria ter falado aquelas coisas e nem me alterado daquele jeito, eu não sou assim.

Emma não poderia estar mais surpresa com o que Vic estava falando. Ela esfregou os olhos e o cabelo enquanto processava tudo aquilo.

- Está tudo bem, você estava nervosa. – Emma arranhou a garganta. – Eu... Também te devo um pedido de desculpas.

- Você a ama de verdade? – Vic a cortou, olhando no fundo dos olhos de Emma.

- Eu a amo. De verdade. – Emma não hesitou um só segundo para responder.

- É... Eu também. – Vic suspirou mais uma vez e parou de olhar para Emma, dessa vez encarando o chão.

Então continuou.

- Mas o problema é que ela não me ama.

- Eu não acho que ela não te...

- Não, claro, ela se importa comigo, me ama de alguma forma, mas... – Vic estava visivelmente tentando controlar o choro, não precisava ser um detetive pra perceber isso. – Mas ela não me ama como ama você.

Houve uma longa pausa. Emma realmente não sabia o que dizer naquela situação delicada. Negaria? Concordaria? Nada disso ajudaria em nada. Vic continuou.

- Quando eu a conheci eu sabia que ela tinha passado por um término complicado. Sabia que ela ainda te amava, ela mesma me disse isso. Mas... Eu achei que eu ia conseguir mudar isso, sabe? Achei que eu ia conseguir conquista-la e fazer ela esquecer você. Por um tempo eu achei que tinha conseguido, mas ela dava pequenos sinais... E aí você voltou. Eu fiquei com tanto medo de perder ela que eu fiz aquela loucura de a pedir em casamento, em local público, com uma multidão de testemunha, assim eu tinha certeza que ela não diria "não"... Ela não faria isso, sabe? Eu sei que é errado encurralar alguém desse jeito, mas... Não sei, eu estava com muito medo de perde-la.

Agora Vic não conseguia mais conter as lágrimas.

- Eu fui tão, mas tão burra. Eu sabia que ela não estava pronta. Eu sabia que ela ainda sentia algo por você. Algo que a deixava sempre com um pé atrás comigo. Eu estava sendo egoísta, pensando só em mim e no meu medo de perder alguém como ela. Acabei forçando a barra algumas vezes... Como indo morar com ela sem nem ter sido convidada, só... fui me introduzindo até ela dizer a uma amiga que morávamos juntas. Enfim... – Vic sorriu de forma triste. – Quando ela veio conversar com você eu soube na hora que eu tinha perdido ela. Na verdade, eu percebi que eu nunca a tive de verdade. Não por completo... Porque ela sempre teve esse sentimento por você. – mais uma pausa. – Sendo bem sincera com você, eu não acho que vocês duas vão viver a vida toda juntas, sabendo de tudo que ela me contou, mas... Eu sei que vocês vão ficar tentando, e tentando, porque é como se tivessem um imã que ta sempre juntando vocês de alguma forma e... Vocês querem tentar.

- Vic. Eu sei onde você quer chegar com isso. Quer me dar algum tipo de permissão pra ficar com a Melinda, mas não é assim que funciona com ela. Eu a amo, isso eu posso te confirmar. Ela ainda pode ter sentimentos por mim, mas se ela quisesse ficar comigo ela estaria aqui e não você. Não depende de você.

- Não, não depende de mim. Mas depende de você. Qual é... Você sabe que ela te ama. Se não, nada disso teria acontecido. Nada. Eu nem estaria aqui se isso não fosse verdade.

Emma suspirou. Queria estar aliviada, mas não conseguia, de forma alguma. Em todo lugar que ela pisava alguém sempre tinha que sair magoado e isso era uma grande e fodida merda.

- Eu sinto muito por toda essa situação, de verdade. – foi a única resposta que ela conseguiu dar.

- Isso ia acontecer uma hora ou outra. E, pra ser bem sincera, eu preferia mesmo que fosse agora do que depois. Poderia ser bem pior. – Vic deu uma risadinha sem ânimo. – Emma?

Emma a olhou.

- Você tem sorte. Então não desperdiça ela. Eu daria tudo para a Melinda sentir por mim o que sente por você. Não fode tudo mais uma vez, você tem uma mulher incrível te amando apesar dos seus defeitos e das burradas que você faz. Isso é raro pra caralho. Isso é o que todo mundo nessa vida quer. Você tem noção da sorte que tem, não é? Caso contrário não estaria aqui. – Vic se levantou. – Eu não vou ser mais um empecilho na história de vocês e espero de verdade que algo bom saia de tudo isso.

Emma concordou com a cabeça.

- Eu também.

- Bom, eu vou indo. Obrigada por me escutar. Tudo de bom pra você, Emma.

Vic se direcionou até a porta e a abriu.

- Vic. – Emma a chamou antes de ela partir. – Agora eu entendo porque a Melinda quis namorar com você. Obrigada por... isso. Se cuida.

- Você também.

Depois de um sorriso torto, Vic foi embora.

            Mais tarde naquele dia, Emma saiu do apartamento para andar pelo bairro. Simplesmente não aguentava mais ficar ali sem fazer nada. Ela andou por vários minutos e se encontrou andando em um túnel pouco movimentado. Mais alguns minutos andando no automático ela se viu numa colina... onde tinha uma caixa d'água.

Emma olhou pra cima e teve um flashback de quando deu o primeiro beijo em Melinda. Tudo era tão simples naquela época e ela não sabia disso. Mas apesar de tudo, não se arrependia de ter dado aquele beijo. Foi exatamente ali, naquele lugar, que tudo começou. Que seu sentimento por Melinda brotou.

Emma se direcionou para a escada de metal e subiu cada degrau com cuidado. Chegando lá em cima ela se deparou com Melinda, apoiada na cerca de ferro.

- Melinda... – Emma se aproximou dela com cuidado. – O que está fazendo aqui?

Melinda a olhou e se virou lentamente.

- Eu sempre venho aqui. Mesmo antes de te conhecer. Eu quem te trouxe aqui, lembra?

- É claro que eu lembro... Foi aqui que a gente se beijou pela primeira vez.

Melinda riu tristemente e olhou para a vista.

- Sim... – ela respirou fundo. – Aquele beijo mudou tudo.

Houve um momento de silêncio e Melinda voltou a olhara para Emma.

- A Vic terminou comigo.

Emma não poderia fingir surpresa. Não depois do que tinha acontecido mais cedo.

- Eu sei... Ela foi conversar comigo no apartamento do Tony hoje cedo.

- O que? – Melinda parecia surpresa. – O que ela falou? Meu Deus, deve ter sido uma confusão daquelas...

- Não. Não teve confusão nenhuma. A gente conversou numa boa, sem brigas. Ela... parece ser uma boa pessoa.

- Ela é... – Melinda desviou o olhar mais uma vez. – Eu estou péssima pelo que fiz com ela. Ela não merecia ser traída daquele jeito.

- Eu vou te dizer uma coisa que você me disse uma vez... Isso tudo... Não é sobre ela, Melinda. É sobre mim. E sobre você.

- Isso é egoísmo...

- Eu sei! Eu sei... Mas... Ela vai ficar bem. Ela pareceu entender...

Melinda respirou fundo e se virou de costas.

- Mesmo assim eu me sinto péssima.

Mais um momento de silêncio e Emma se aproximou um pouco mais.

- Eu não sei se o término de vocês vai mudar em algo sua decisão, mas... Eu queria te lembrar que tudo o que eu falei ontem ainda é válido. Eu vou embora amanhã... – Emma pôde perceber Melinda se contrair um pouco, mesmo de costas. – Eu quero que você volte comigo. Eu sei que você ainda está chateada com tudo o que aconteceu, mas... Eu vou esperar você.

- Eu... – Melinda finalmente se virou para Emma. – Eu quero um tempo só pra mim, Emma. Eu não sei o que vou fazer agora. Nem amanhã. Nem depois. Tem muita coisa na minha cabeça, não posso tomar uma decisão assim estando confusa desse jeito.

- Eu sei. E está tudo bem.

Emma fungou e se abraçou enquanto desviava o olhar. Emma sabia que não tinha mais nada pra se fazer naquele momento, então se virou e foi em direção a escada.

- Emma. – quando Emma se virou para ela, Melinda continuou: - Eu te amo.

- Eu também te amo.

E essa com certeza tinha sido a declaração de amor mais triste que Emma já viveu. Ela se aproximou só um pouco e então Melinda foi em sua direção com os passos apressados e depois de enrolar os braços em seu pescoço, ela a beijou, intensamente, como se fosse a última vez. E talvez fosse...

O beijo molhado e suave fez todo o corpo de Emma se esquentar em questão de segundos, mas logo foi desfeito. O abraço de Melinda foi se afrouxando até elas não estarem mais se encostando.

Emma desceu e voltou para o apartamento de Tony, na esperança de Melinda a chamar quando ela estava descendo as escadas, ou ter ido atrás dela quando ela chegou lá em baixo, até esperou algumas horas no apartamento, mas nada disso aconteceu.

Provavelmente aquele tinha sido seu último beijo.

Emma arrumou suas malas enquanto a esperança que ela tinha de Melinda aparecer ia se esvaindo aos poucos. Cada segundo, minuto e hora que se passava ficava mais claro de que ela não apareceria, ela não voltaria.

No aeroporto Emma olhava incansavelmente para os lados, esperando ver Melinda aparecendo de surpresa, como naqueles malditos filmes de romances. Sua esperança quase não existia mais nesse momento.

E a última gota de esperança se foi quando o avião decolou.
........................................................

NOTAS

Não sou muito de falar aqui, mas achei que preciso dessa vez. Queria agradecer muito a quem tá votando e comentando, é importante demais!
E queria também pedir pra vocês prepararem o coração porque o próximo capítulo será o ÚLTIMO, com muita dorzinha no meu coração porque eu amo demais essa história, mas acho que chegou onde tinha que chegar pra não ficar cansativo.
Mas estou planejando outra história novinha pra vocês que me acompanham, que começa ainda esse ano! E estou muito ansiosa pra compartilhar com vocês!
É isto. MUITO OBRIGADA!

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