Reencontrar

By Mja_rabia

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Os reencontros mais bonitos da vida são quando nós mesmos nos visitamos. Indo ao encontro dos nossos sonhos m... More

Nota
ABERTURA
PRÓLOGO
Cap 1. Paralelos
Cap 2. Cotidiano
Cap. 3 - Coincidências
Cap. 4 - Encontros
Cap. 05 - Primeira Vez

Cap. 6 - Jantar

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By Mja_rabia

A mineira respirou fundo tentando lutar contra os pensamentos que pareciam pipocar lembranças que por muito tempo ela enterrou em sua mente, mas junto do ar que ela aspirou do ambiente veio também o cheiro tão conhecido e característico, que mesmo há tanto tempo sem senti-lo nem uma vida inteira seria suficiente para fazê-la esquecer dele. Cheiro de lavanda, o cheiro de Bianca. Quando os seus sentidos identificaram aquele aroma e com a visão da carioca ali a sua frente a luta estava perdida e sua cabeça foi invadida com as lembranças que ela não conseguia mais evitar.

As batidas do seu coração já não estavam de modo normal, sua mente ficou bagunçada. Foram tantos momentos lindos que as duas viveram, há quase treze anos atrás. Quando foi pra São Paulo, passou meses tentando entrar em contato com Bianca, em vão. Depois do término, se arrependeu amargamente e sofreu muito com a falta da carioca, das suas gargalhadas, do seu bom humor, entusiasmo, força de vontade e cuidado para com ela. Mas, pela forma que a carioca estava ignorando os seus olhares, naquele jantar, ficou claro que o rancor permanecia. De alguma forma, ela se sentiu péssima, tão qual a época do término.

Gizelly, Bianca e Marcela tinham engatado um papo com a advogada explicando sobre o quanto o Sentinelas era importante, e como o seu lançamento estava fazendo a diferença na sua vida. Foi a deixa que Manoela encontrou para conversar com a amiga sobre o que estava percebendo.

Mn: Você não vai me falar que essa era aquela Bianca, né? Aquela que você falava sempre nos nossos primeiros semestres de faculdade. – perguntou Manu, quase sussurrando em um canto mais afastado da sala. Olhava sem piscar para a amiga, apreensiva, esperando uma resposta de Rafaella que continuava a beber goles generosos de vinho.

R: Eu acho que só pode ser uma sósia, tô sem acreditar com tamanha coincidência, Manu... Eu não sei nem o que dizer. É ela, o perfume de lavanda... Eu... – foi difícil continuar, prendeu o choro.

M: Calma, respira. Tenta conversar com ela, afinal, a gente não acredita em coincidências, Rafa. Tenta conversar alguma coisa, marcar um outro encontro para você esclarecer alguns pontos e... – foram interrompidas por Gizelly e Marcela que estavam muito empolgadas fazendo uma contagem regressiva, para soltar o IGTV de lançamento do Sentinelas.

G: Aeeeeee, meu filho nasceu, xentê! Nem acredito que isso tá acontecendo.

Mc: Nosso filho, né sua peste?! Dá um abraço aqui, deu tudo certo!

As outras três mulheres, mesmo tensas pelo que estava acontecendo em paralelo, acabam se contagiando pela alegria de Marcela e Gizelly e foram cumprimentar as amigas. Depois, elas fizeram um brinde e um belo discurso.

Mc: Quero agradecer que vocês vieram, mulheres que escolhemos a dedo para nos acompanharem neste momento tão especial, que é o nascimento desse projeto que eu e a Gi estávamos nos dedicando nos últimos meses. Porque quando nos conhecemos, vimos que tínhamos propósitos parecidos e não podíamos deixar eles adormecidos.

G: E assim, nasceu o Sentinela. Da vontade de duas mulheres de levar informação sobre feminismo, autoestima e violência contra mulher para o maior número de mulheres possível e também lutar pelos nossos direitos cada vez mais. E ter mulheres inspiradoras, no lançamento com a gente tá sendo tudo.

Todas brindaram e embarcaram em uma conversa sobre o caso da Mari Ferrer, que estava em voga na mídia. Depois falaram sobre as opressões que as mulheres sofrem apenas por serem mulheres, nos ambientes de trabalho. Porém, Rafa não conseguia interagir. Bianca estava conseguindo fingir melhor e se envolvendo mais na conversa. E sempre que podiam, Marcela, Gizelly e Manu trocavam olhares percebendo quando pegavam as outras duas olhando uma pra outra.

A sua taça, nunca vazia, estava tendo mais a atenção de Rafaella do que a conversa das amigas que agora falavam de foras que já tinham dado em homens inconvenientes, de forma divertida.

Mn: Sério, na faculdade tinha um menino completamente alucinado por mim, tinha medo. Eram cartas, fazia de tudo para sentar comigo no bandejão, amava ficar falando de mim para os amigos dele e jurava que me compraria com passeios de lancha no Guarujá... Agora vive em Miami.

G: Ahhhh, lembrei quem é. Eu não entendo como ele era aluno de psicologia... Fora que era amigo do Rodolfo. Ele só tem amigo Minion...

Mn: Hoje ele virou coach.

R: Odeio coaches. Por mim, sumiriam todos do mapa!!!

G: A Boazuda de Higienópolis está na Terra, meu povo. Achei que estivesse no mundo da Lua.

R: Aí, não enche, Titchela!!

Todos se surpreenderam com a falta de filtro de Rafaella, claramente a bebida já estava a deixando alterada.

Assim que Bianca levantou para ir à cozinha, Rafaella a seguiu com os olhos e não perdeu tempo, foi atrás da mais baixa.

Bianca foi buscar alguns snacks que estavam na despensa, como conhecia bem o apartamento da amiga. Então, quando estava terminando de separar as embalagens escuta alguém chegando na cozinha.

R: O tempo só deixou você ainda mais bonita... – Rafaella foi categórica e o álcool ajudou.

Bianca gelou, deixou o pacote de Ovitos cair no chão, logo o pegou de volta e foi em direção a pia.

R: Quer ajuda?

B: Não precisa. – disse, desviando do olhar da mais alta.

R: Olha, só pode ser o destino... você ser amiga da Marcela, eu ser amiga da Gi, elas se tornarem amigas e... esse encontro.

B: Se foi destino eu não sei, mas eu preferia que não tivesse acontecido esse encontro. – descarregou na mineira, agora encarando os seus olhos verdes, que não esconderam a decepção na fala da diretora de marketing.

R: Eu sei que eu fui muito errada com você, que eu posso ter te magoado. Mas, tem...

B: Pode ter me magoado? Pode ter me magoado?! – aumentou o tom de voz e apontou o dedo para Rafaella. Todo o controle emocional que ela apresentou, até antes de ser abordada pela ex-namorada parece que estava indo embora. – Você não sabe o que eu passei, não tem noção do que eu vivi. Tu não teve o mínimo de decência comigo... Eu... Olha, eu não vou ficar me explicando e falando qualquer coisa com você, Rafaella. A gente não tem o que conversar. Essa conversa tinha que ter rolado há 13 anos atrás quando eu tentei de tudo para falar com você e nem uma carta você me retornou. – Rafa mantinha os olhos em Bianca e escutava cada palavra com o seu coração doendo cada vez mais e os olhos marejando.

R: E-u... Eu... – respirou fundo para não desabar ali e tentou continuar. – Eu só quero essa chance para tentar me explicar. Não precisa dizer nada. Vamos marcar alguma coisa. Amanhã, no lugar que você achar melhor ...

B: Não, obrigada! Tô indo. Talvez a gente se encontre por causa da Marcela, mas só por isso.

Bianca pegou a bandeja com as coisas que tinha separado e saiu da cozinha sem olhar para trás.

B: Gente, eu acho melhor eu me retirar. Tá tarde, amanhã eu quero curtir minha filhota que tá precisando da minha atenção. Obrigada pelo convite, Ma.

Marcela levantou contestando a atitude da amiga. – Pode desistir disso agora! Tá doida? Vamos beber mais um pouco, falar mais mal de macho, a Manu tem histórias ótimas, né Manu?! – Olhou cúmplice para psicóloga.

Mn: Com certeza, falar mal de macho é um grande hobbie que a gente vai adquirindo com o tempo e com as experiências amorosas desastrosas. – Bianca não teve como não sorrir, mas se manteve firme.

B: Olha, seria ótimo, Manu. Amei conhecer vocês, de verdade. Mas, eu tenho que ir.

No batente da porta da cozinha, apareceu uma Rafaella com os olhos levemente vermelhos.

R: Não precisa mentir para elas, pode falar que você está indo embora por minha causa!

Bianca fechou os olhos, respirou fundo e as outras três se olharam mais uma vez, mas Gizelly não aguentou ficar calada desta vez.

G: Eu acho que é melhor lavar essa roupa suja, logo... – Bianca interrompeu.

B: Bom, eu vou indo. Vai ser melhor... – se despediu de Marcela, Gizelly e Manu com um beijo e um abraço e somente olhou rapidamente para Rafaella, abriu a porta e chamou o elevador.

Assim que Bianca bateu a porta, o choro que Rafaella segurava, foi difícil de ser contido. Desse modo, prontamente Manoela levantou e foi confortar a amiga.

Mn: Rafa, calma amiga. – disse abraçando a mais alta, que com esse abraço, colocou pra fora todo o choro que estava entalado. As duas amigas ficaram assim por algum tempo, até que Rafa se acalmasse.

Enquanto isso, Marcela perguntou a Gizelly se ela podia explicar o que estava acontecendo.

Mc: Eu percebi que tinha algo errado assim que a Bia sentou aqui com a gente, mas de onde elas se conhecem? O que aconteceu?

G: A Bianca nunca te contou de um namoro que ela teve com uma mulher? – Marcela encarou Gizelly por alguns segundos até que se lembrou de algumas conversas que teve com Bianca.

Mc: Aí! – disse colocando a mão na testa. – Eu acho que já disse algo sobre uma mineira que fudeu com a vida dela quando era mais nova e por isso, sempre foge de relacionamentos sérios. E isso é verdade porque a Bia não consegue parar com ninguém.

As duas param a conversa, pois, Manoela e Rafaella estavam retornando para a mesa de centro e se sentam uma do lado da outra novamente, e de frente para elas.

Gizelly percebendo a fisionomia abatida da amiga tenta confortá-la de alguma forma também.

G: Vamo tá parando de choro. Olha, sei que não foi fácil esse encontro, mas, você guardou tanto tempo esse assunto dentro de você, talvez seja o momento de colocar pra fora, nem que seja com a gente.

Mn: Concordo com a Titchela, fala o que você está sentindo, amiga.

Rafaella olha para as amigas e para Marcela que se adianta:

Mc: Rafa, pode ficar tranquila que assim como vocês "psis", Eu vou manter sigilo, mesmo sendo bastante amiga da Bia. Pode falar o que se sentir confortável. – Rafaella sorriu timidamente.

R: Obrigada, Ma. Eu nem sei por onde começar, meninas. Parece que um caminhão passou por cima de mim. Tá muito surreal, isso tudo. Eu realmente achei que nunca mais ia ver a Bia, nunca quis nem procurar em rede social, tanta coisa aconteceu que eu preferi tentar deletar essa parte da minha vida. Passou tanto tempo, eu jurava que tinha conseguido. Porém, hoje ficou claro que não. – limpou uma lágrima solitária que caiu em seu rosto. – Inclusive ontem foi aniversário dela... Fiquei angustiada o dia todo, quando cheguei em casa, li a carta que ela me mandou no aniversário dela de 16 anos, em 2007.

G: Meu Deus, você contando parece novela... Não é possível que depois desses anos todos o seu drama sapatão vai voltar, Rafa!

Marcela e Manoela repreenderam Gizelly com o olhar.

G: Que é, vocês duas? Tô mentindo? Mas, conta Rafa, ela tá muito magoada ainda?

R: Você não percebeu, Gizelly? Ela foi embora por minha causa.

Mc: A Bia normalmente foge dos problemas... Dá um tempo pra ela.

R: Acho que ela não quer um tempo, Ma. Quer distância.

Mn: Amiga, a gente sabe como cada pessoa tem um tempo diferente. Tenta absorver tudo isso, falar com o Veras, seu psicólogo sobre isso.

G: Mas, o que você sentiu ao vê-la?

R: Mais do que eu imaginava que sentia...

As quatro continuaram por mais um tempo ali, com Rafaella contando um pouco para Marcela sobre a sua história com a Bia e depois foi ficando tarde, a madrugada chegou e ela resolveu ir embora, afinal, tinha passado do horário que imaginava que estaria em casa.

_____

No relógio estava marcando 01h35 da manhã. Rafaella tinha os saltos em uma mão, o celular na outra e uma aparência péssima, quando entrou em seu apartamento.

Rodolfo assistia uma luta na televisão e a observou entrando.

Rd: Sério, que ocê saiu pra isso? Chegar nesse estado?

R: Rodolfo, a gente conversa quando acordarmos, por favor.

Rd: Não, eu quero conversar agora. A minha mulher sai para um jantar entre amigas e chega bêbada e toda relaxada em casa. Olha o seu estado, Rafaella. Tá parecendo uma menininha. – Rafaella, fita o marido com raiva.

R: Será que você vai querer falar sobre chegar em casa bêbado? Você é mestre nisso. Quer que eu cite quantas vezes isso aconteceu?

Rd: Não dá para comparar. Fora que já faz tempo, depois da Alice foram poucas vezes. Aliás, você me largou com ela, ela chorou várias vezes te querendo, mandei várias mensagens e você simplesmente ignorou. Queria se livrar da gente hoje?

A cabeça da psicóloga estava girando, ela não queria discutir relação naquele momento.

R: Rodolfo, eu realmente não vou ficar aqui discutindo. Eu realmente cheguei mais tarde do que o previsto, mas, de resto, cala a boca! Vou tomar um banho e dormir.

Saiu em passos largos, com uma mão arrastando na parede a usando de guia para o seu caminho, passou no quarto da Alice, deu um beijo na filha adormecida, e foi para o banho.

____

Bianca estava fingindo que nada tinha acontecido na noite anterior. Mas, Venturotti conhece bem a amiga e não deixou escapar a cara de choro com que Bianca chegou em casa.

Só não comentou assim que viu, pois, a amiga correu para o quarto da filha, para pegá-la para dormir com ela.

B2: Vai me contar o que aconteceu nesse jantar? - questionou sentando com ela na mesa do café, e se servindo de uma xícara.

Bianca descarregou tudo de uma vez. – a sócia da Marcela é melhor amiga da minha ex, que ferrou com o meu emocional na adolescência.

B2: O quê? – Bianca estava incrédula com a informação que a amiga acabara de passar. – tu só pode tá de brincadeira. Como isso? Sabia que essa Gizelly não ia trazer boa coisa... – Disse a última em um tom quase imperceptível.

B: Ahhh, então por isso tu não quis ir no jantar ontem. Tu tá é com ciúmes da Marcela!

B2: Olha aqui, a gente tá falando é de você. Não foge não! Ohhh Boca Rosa, pode falar tudo.

Bianca explicou tudo que aconteceu na noite anterior e quando ia contar para a amiga o que tinha ocorrido, uma voz irreconhecível vindo da garagem chamou a atenção das amigas.

Mo: Bia, Maju?

B: Mamain, não creio!

I: Achou que ia se ver livre da gente, é?

B: Voltou pirralha, achei que ia ficar pra sempre lá em Porto Seguro.

I: Por mim eu ia mesmo. Mas, tenho que terminar o último mês da escola.

B2: Ano que vem é cursinho, hein Íris?!

I: Nem me fala...

Mo: Viemos fazer um convite, bora pra praia? Um bate volta?

Bianca e Venturotti se olharam, até que a diretora de marketing teve uma ideia.

B: Por que a gente não passa a noite em um hotel bacana e voltamos só segunda de manhã? Eu tenho reunião só quase no final da tarde. Eu tô precisando desse descanso e principalmente a Maria Júlia.

I: Pô, fechou. Melhor ainda.

Mo: Cê que sabe, minha filha.

B: Bora, Bianca?

B2: Pô Prin, não vai dar. Combinei com a Ma de ficar com ela, já que vacilei ontem.

B: Beleza, tá certa. Vai dar atenção pra tua mulher. Aproveita a casa se quiser, faz um negocinho legal pra ela na piscina. A Ma merece.

B2: Finalmente fazendo uma coisa massa, Boca Rosa.

Mo: Eu acho muito engraçado quando você e o Miguel chamam a Bia assim. Isso é tão nostálgico, né filha?

B: Pois é, mãe... Eu que o diga. – disse com pensamento distante.

I: Ihhh, tá toda estranha! Que foi? – perguntou a irmã mais nova, tirando a mais velha do transe.

B: Tô indo lá em cima acordar a Maju e arrumar ela. Mãe, ajeita alguma coisa para ela comer no caminho. Não vai dar tempo dela comer. E B2, vê se tem vaga naquele hotel mara em Ilhabela. Vamos aproveitar que ainda tá cedo e sair rápido pra gente curtir o sábado também.

____

Bianca, apesar de em vários momentos se pegar pensando na noite anterior, estava ali se divertindo com a filha e a irmã, brincando de arminha de água, com as mais novas.

MJ: Mamãe, olha aqui! – disse a criança jogando, atirando um jato de água na cara da mãe que tentou se proteger com os braços. Sendo assim, mais que depressa, a pequena saiu correndo para fugir da mãe que a contra-atacaria.

B: É assim. Tu vai se ver comigo, Maria Júlia.

Enquanto corria atrás da filha, começou a receber jatos de água da irmã mais nova.

B: Pô, isso é complô contra mim. Vocês duas querem me ver derrotada.

I: Exatamente, melhor se render. Desiste.

B: Jamais, vou até o fim. Olha só!

Bianca começou a jogar jatos de água nas duas mais novas enquanto Mônica filmava com o seu celular a brincadeira das filhas e da neta encantada.

As quatro estavam hospedadas em um hotel de luxo em Ilhabela, chamado: TW Guaimbê Exclusive Suítes.

Enquanto Íris e Maju terminavam de tomar banho juntas, Bianca conversava com sua mãe.

Mo: Tá vendo como tá sendo bom pra você?

B: Tá sendo ótimo, mãe. Hoje mais do que nunca eu precisava relaxar.

Mo: Assim que eu pisei na sua casa, vi que sua carinha não estava boa. Fora tudo que você tinha me dito, sobre a Maju. Que bom que ela gostou da psicóloga.

B: Eu estou surpresa. Ela só fala em como as duas são super espiãs e que elas tem um segredo. Essa clínica é mega conceituada, a escola que indicou.

Mo: Pelo jeito a psicóloga tem jeito pra criança mesmo.

B: Sexta que vem eu que tenho que ir.

Mo: É e já marca uma sessão pra você. Tem que diminuir esse ritmo de trabalho.

Bianca respirou fundo porque não queria brigar com a mãe.

B: Mãe, eu sei que tô trabalhando muito, mas, olha onde estamos, olha a minha casa, a vida confortável que todos temos agora... Não tô jogando na cara, é o maior prazer da minha vida proporcionar tudo isso pra gente e por isso mesmo trabalho. Sei que esse ano tudo saiu do controle, mas agora eu vou dar um jeito. Prometo. Eu só não quero que nunca a Maju passe pelo que a gente passou depois que o papai morreu, e também quero crescer profissionalmente, eu amo meu trabalho.

Mo: Eu sei disso, meu amor. A questão é que eu não quero que você se prive do convívio com a sua filha, e que essa relação linda, fique prejudicada por causa do seu trabalho. Então fico feliz que vocês vão tratar disso tudo.

B: Vamos sim, vai dar tudo certo, mamain. – Afirmou a carioca, abraçando a mais velha.

___

Depois de mais uma discussão, Rodolfo saiu para jogar futevôlei, segundo ele. E finalmente Alice dormiu, depois de ter passado o dia agitada e manhosa. Sensível, com certeza ela deve ter percebido o clima entre os pais e principalmente a energia baixa da mãe, que não conseguia tirar o embate com Bianca e ela de sua mente.

Estava no chão de seu closet, com a sua caixa de lembranças, olhando para uma foto das duas, tirada no No Capricho, já tinha relido algumas cartas e estava relembrando essa época tão bonita da sua vida e se culpando por ter terminado com Bianca.

No meio desses devaneios, pensou alto "como seria se eu tivesse enfrentado minha mãe?"

____

Olá! Como prometido, voltei mais cedo desta vez!

E ai, o que acham deste encontro Rafa e Bia? Vem muita coisa por ai viu!

Vocês já me seguem no twitter? Lá conseguimos interagir melhor mja_rabia!

Até muito em breve! 

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