Kendell Marano Parker.
Já se passaram duas, longas e esplendorosas semanas!
E eu estou rindo da maluca da Joana até hoje!
Obviamente que falei com o Loan, ela é minha amiga, mas prontos, é inevitável não rir.
Agora, acalmem os corações...
Tam tam tam! (Lembrem-se que vocês têm que fingir que escutaram esse som, para eu ficar feliz! )
O noivado foi oficializado!
Eu, Kendell... A vossa Kendell, estou de casamento marcado com o chefinho, o chefinho cara!
Com esse homem, parecido com o Thor! Eu!!!
Vocês acreditam?
Porque a minha ficha ainda está caindo...
É o Senhor Leão, cara!
Mas prontos, deixa eu me acalmar para seguir com as novidades.
Os meus sogros, que estranho. Parecem mais felizes que eu, e olha o tamanho da minha felicidade!
Parece que a Jenny e a Karine é que vão casar e não eu, porque há com cada coisa que me aparece.
De certeza que estão se questionando sobre ela no dia da inauguração do irmão, bem, ela tinha uma viagem de trabalho super importante, tal como o Pedro.
Agora, o casal de loucos, Joana e Loan, só Deus é que sabe como eles foram feitos.
Naquele dia, o Loan a levou para a casa dele, e só Deus sabe como se reconciliaram, agora ela diz que é uma bela amizade com benefícios, mas agora, parece que o Loan quer parar com a mulherengacia.
Ai ai...
Prontos, eles que contem a história deles.
E às minhas pestinhas?
Quando eles souberam, até gritaram Aleluia!
Só para ver, como são esses gostosos, projectos de gente e ainda me dispensaram como babá deles, porque segundo a Kelly, é o seguinte...
Flashback on.
- Ah, então vocês já não me querem como vossa babá, esplendorosa? - faço chantagem e os gostosos riem.
- É, senão você vai ter muito trabalho agora... - ela diz.
- E que trabalho? - questiono curiosa.
- É que mãe é mais que babá. - ela diz e meu coração quase explode. - Agora você é nossa mãe, vai cuidar ainda mais de nós e se continuar nossa babá também, você vai ficar sobrecarregada. - e olha a teoria dessa sapeca.
Ainnn, que vontade de apertar.
Flashback off.
Teoricamente, ser mãe e babá ao mesmo tempo é muito difícil, segundo a filósofa Kelly.
E o chefinho, Kendell?
Oh, minhas amigas, para além de ser um belo, gostoso, tarado, brutamontes de sorriso de provocar cascatas, está tudo maravilhoso, tão maravilhoso, que até anel de compromisso no dedo eu tenho. E ele ainda marcou a data de casamento para daqui à uma semana.
Loucura!? Não sei...
Só sei que quem ficou louca foi a Karine e a Jenny, que estão me fazendo ficar louca também.
Nesse preciso momento estamos no atelier de um estilista famoso, Alexander Padilha, ou algo assim, fazendo a prova do vestido de noiva outra vez, na mesma semana.
Eu sei que como muito, mas não engordo de um dia para o outro não.
- Você não acha que ele pode apertar mais a cintura, querida? - a Karine questiona observando os apertos que o Alexander fazia.
- Não, se ele apertar mais, eu vou morrer asfixiada. - respondo e elas riem.
- Tem razão, eu estou tão ansiosa. - ela diz voltando a se sentar pegando na sua taça de espumante.
E ficamos ali durante um bom tempo, já eram 20 horas da noite, quando saímos. E eu estava exausta e com fome.
Eu saí às 12 horas do trabalho e fui fazer exames na faculdade, e ontem não dormi à estudar para eles, saí às 16 horas de lá e encontrei a Jenny e a Karine me aguardando, tudo o que eu quero agora é uma cama.
- Podemos passar do Shopping, para ver alguns acessórios para o cabelo. - a Jenny que está no volante sugere.
- Jenny, eu preciso dormir! - reclamo no banco de trás.
- Será rápido. - ela responde. A Karine está falando ao celular.
- Desde que eu coma, estou morrendo de fome. - digo e vamos até ao Shopping, em plenas 20 horas, comprar acessórios de cabelo.
Só Deus!
- Vamos levar esses scrunshies também. - ela diz e eu suspiro me encostando ao batente da porta de vidro, cansada.
- Jenny, eu e a Karine estamos com fome. - reclamo, e a Karine ri acariciando o meu cabelo.
- Já vou pagar. - ela diz pela milésima vez.
Então eu me endereito do batente para pegar o petisquinho, que estavam servindo, estou morrendo de fome. Quando do nada, sinto tudo girando, uma tontura muito forte.
Estou com fome!
- Kendell! Tudo bem? - a Karine questiona me segurando, enquanto eu procuro ver as coisas nitidamente, novamente.
- Eu acho que se eu não comer agora, eu vou morrer. - digo.
- Tá, já paguei! Vamos! - aleluiaaa.
Fomos à um restaurante chique por ali, e comi, ah, se eu comi!
Minha barriga não via um pão sequer desde manhã.
- Amanhã, vamos fazer à prova das sobremesas. - a Jenny diz, enquanto entramos no estacionamento.
- Tem de ser de noite, porque amanhã tenho os últimos testes e o Liam terá uma conferência de manhã, em Los Angeles e só volta à tarde. - respondo.
- Tudo bem, vou informar a responsável do buffet. - ela diz já pegando no celular.
Mas de repente, sinto uma tontura ainda mais forte, tão forte, que só vi tudo escuro de repente.
Jennifer Blande.
- Kendell! - minha mãe grita alarmada, me fazendo tirar os olhos do celular e olhar a Kendell, agora desmaiada nos braços da mamãe.
- Kendell! - tento, acorda-lá, o que aconteceu? - Ajudem-nos à colocá-la dentro do carro. - digo aos seguranças.
O que aconteceu com a minha irmã, devemos ter a pressionado demais com os preparativos do casamento.
- Meu Deus! - minha mãe, já tremia e soluçava.
- Vamos levá-la ao hospital mãe, calma. - digo, conferindo as duas no banco de trás, enquanto ligo o carro.
E acelero, rumo ao hospital com o coração na mão, ela sequer se mexe e está me preocupando cada vez mais.
- Eu acho melhor ligarmos para o Liam! - dona Karine diz e eu concordo, ligando para ele e deixando o carro no piloto automático, estou preocupada demais, e não consigo prestar atenção em outra coisa à não ser na Kendell.
- Jenny? - a voz do meu irmão soa pelo carro, e de repente dá uma vontade de chorar.
Jennifer, sem alarmar.
- Liam, a... - não resisto, a minha voz vacila.
- O que se passou Jenny? - ele questiona.
- A Kendell, ela desmaiou. Estamos levando ela para o hospital. - consigo falar mais calmamente, observando o painel de GPS, assinalar que estamos perto.
Ouço seu suspiro, que eu bem conheço do outro lado da linha.
- Tudo bem, eu estou chegando. - ele diz e eu assinto mesmo sem ele poder ver. - E coloque esse carro no piloto automático. Não ouse conduzir assim. - ele diz antes de desligar.
É incrível a maneira dele manipular bem a preocupação, eu estou querendo chorar de tão preocupada e assustada que estou. E a dona Karine tenta acordar a Kendell sem sucesso, até os médicos levarem-na para dentro da sala de exames. E nós ficamos ali, esperando saber se ela acordou.
Eu acho que foi demasiada pressão. Eu desmaiei imenso nos preparativos do meu casamento.
- O que aconteceu? - meu irmão questiona assim que chega.
- Ela... - antes que pudéssemos falar, o médico que a atendeu vem até nós.
- Doutor, ela acordou? - mamãe questiona. - Porquê ela desmaiou? - questiona e nós aguardamos a sua resposta.
- Ela acordou e já à passamos para o quarto normal. - ele diz e uma sensação de alívio domina o meu corpo, e sinto os músculos tensos do meu irmão relaxarem.
Como eu adoro a Kendell, conseguiu meter o cabeça dura do meu irmão no lugar!
- Irei analisar os exames e voltarei com o diagnóstico. Se preferirem, podem ficar com a paciente. - ele diz e nós assentimos.
Kendell Marano Parker.
Outra vez, bata de hospital. Talvez seja um sinal de Deus dizendo que eu devo virar médica. Porque assim, não dá.
E ainda tenho testes amanhã.
Porquê a Jenny e a Karine não me deram uma bela chapada para acordar?
Estou farta de hospital.
Toda à hora soro.
Batem na porta e em seguida, vejo o Thor do chefinho entrando no quarto, junto com a Karine e a Jenny.
- Por favor, me digam que já podemos ir! - peço e eles riem, enquanto o chefinho vem dar um beijo em minha testa e acaricia o meu cabelo.
- Antes temos de saber o porquê você nos deu esse susto. - o Liam diz e eu respiro fundo e continuamos conversando até o bendito médico chegar.
- Foi fome, não é doutor? - questiona e ele sorri. - a Jenny é que me fez passar fome hoje. - digo e eles riem.
- Pois de agora em diante, terá que evitar passar fome. - ele diz sorrindo. - Os meus parabéns, a senhorita está grávida de duas semanas. - QUÊ?
- Eu estou grávida?
- Ela está grávida?
- Eu vou ser avó, outra vez?
- Eu serei tia, outra vez?
Questionamos ao mesmo tempo, fazendo o médico rir e assentir com a cabeça.
Hamn?!
Eu não sei que sentimento é esse que eu estou sentido, e acho que a minha ficha ainda não caiu, só sei que os meus olhos estão derramando lágrimas.
- Eu vou ser pai? - ouço o Liam questionar, outra vez e o médico assente rindo. - Eu vou ser pai! - ele esbraveja, e eu já não sabia se ria ou se chorava.
O Liam, vem até mim e me dá um beijo estalado na testa, ele está feliz demais.
- O Loan, tem que saber disso! - ele diz pegando no celular, nos fazendo rir.
E... eu serei mãe? Eu estou grávida?
Eu estou grávida!
- Loan, eu vou ser pai! - escutamos o Liam no video call com o Loan.
- Sim, você já é pai Li... - ele trava. - A pequena está grávida?! - seu tom altera animado. - Eu vou ser tio! - ele dá o mesmo berro que o Liam, e eu não consigo conter as minhas lágrimas.
- O papai, tem que saber disso... - o Liam diz iniciando chamadas atrás de chamadas e eu ali sem saber se queria chorar ou rir de felicidade.