TRIPPING • jjk + pjm

By lucytokcf

70.4K 9.8K 10.9K

Park Jimin é acostumado a não ver felicidade e sentido na vida que lhe rodeia. E, depois de passar por três p... More

×ʇɹɐʇs×
×ǝnפoןoɹd×
×ǝʌıןɐ ןǝǝɟ ɐʋʋɐʍ×
×ǝɔıoʌ ɹnoʎ ɹɐǝɥ oʇ פʋoן ı×
×ɹǝʌǝʋ ʋɐɥʇ ɹǝʇʇǝq sı ǝʇɐן×
×ρǝsnɟʋoɔ os ǝɯ sǝʞɐɯ×
×noʎ ɹəʌo ɓʋıddıɹʇ×
×ɓʋı||ɐɟ ɯoɹɟ ɟ|əsʎɯ doʇs ʇ'ʋɐɔ ı×
׿ʍoʋʞ oʇ ʇʋɐʍ ʎ||ɐəɹ ı oρ×
×əı| ɐ əɯ ||əʇ×
×ʇsəq sʍoʋʞ əsɹəʌıʋn×
×ıı|ɐɐ×
×əʋoəɯos əʌo| noʎ ʋəɥʍ×
×ρʋıɯ ʎɯ ʋo sı ɥʇnoʎ ɟo ɹəʍod əɥʇ×
×əɯoɥ əɯ əʞɐʇ×
×ʇıɐʍ ρʋɐ ʇıs sı ʍoʋ ɹoɟ oρ əʍ ||ɐ×
×ʎɐʍɐ əρɐɟ noʎ |əəɟ ʋɐɔ ı×
×əɹəɥʇ ɓʋıʎ| noʎ əəs ı ʍoʋ×
×ʇsnρʋooɯ əɥʇ ʋı əʌo| ʎɯ ʎɹɹnq ||'ı×
×dəə|s noʎ ɥɔʇɐʍ ||'ı×
×əʌo| ɟo ʎɹəʇsʎɯ əɥʇ əq ρəssə|q×
×ɯoρʋɐɹ ʇ'ʋsı əʌo|×
×ρ|ɹoʍ əɥʇ ʋı əɹəɥʍəɯos ʎɐρ s'əʋıʇʋə|ɐʌ s'ʇı×
×ʎɐρ sɐɯʇsıɹɥɔ |nɟıʇnɐəq×
×|noəs noʎ əʌo| ı ,sρɹoʍ əɯɐs əɥʇ əɹɐ əʇɐɥ ρʋɐ əʌo| ɟı×
×ʇɥɓıʋ ʇɐ dn əɯ dəəʞ ʎəɥʇ ,ʎɹnq oʇ ρɐɥ əʌ'ı sρʋəıɹɟ əɥʇ×
׿əρıs ɹəɥʇo əɥʇ oʇ ʇı əʞɐɯ əʍ ʋəɥʍ ɹəʇʇəq əq səʌı| ɹno ||ıʍ×
×ʋı əɯ ɓʋı||nd sdəəʞ ʎρoq ɹnoʎ ,əʇnʋıɯ ɐ ɹoɟ ɓʋıʋʍoɹρ ʋəəq əʌ'ı×

×ʇəʎ ρəʇɹɐʇs ʇ'ʋsɐɥ sɹno ρʋɐ ʎɹoʇs ɐ sɐɥ ʎρoqʎɹəʌə×

1.3K 122 121
By lucytokcf

oi, gente! como estão?

então, usando os anúncios iniciais para avisar que TRIPPING está dando os passos em direção aos capítulos finais... olhei o planejamento essa semana e acabei percebendo que temos por volta de dez capítulos até o final. tudo depende de como eu vou achar melhor para contar os acontecimentos principais, mas creio que não passe desse número de capítulos (e queria avisá-los quanto a isso)

e, falando em finalização de fic, vem a parte chatinha: a revisão. TRIPPING vai entrar em revisão e vocês podem acabar recebendo algumas notificações de atts antigas, mas não se preocupem. eu vou dar o meu melhor para que a revisão não tome muito do meu tempo de escrita!

usem a tag #CaiporasECabritos no twitter, divulguem a fic e comentem bastante!

boa leitura (:

ŦŴ€ŇŦ¥-Ş€V€ŇŦĦ ĆĦΔƤŦ€Ř

Os meses seguintes passaram voando, provavelmente porque tudo o que é bom passa rápido. A vida continuou nos trilhos e Jimin conseguiu tirar da cabeça o pensamento de que, depois de mais algum tempo, era provável que tudo iria descarrilhar.

Quase dois meses haviam se passado desde a viagem à Seul e o aniversário de Hoseok estava cada vez mais próximo de acontecer. Jimin e Jungkook continuavam juntos, dormindo sempre na mesma cama, passando mais de vinte horas por dia ao lado um do outro, sem ao menos se cansar. E, quando se ficava tão próximo a alguém que não se reclamava por um segundo sequer... Essa é uma das formas de se saber que o amor é, realmente, verdadeiro.

Eram todos os dias de Jimin, Jungkook e Chohee, que havia desenvolvido uma dificuldade respiratória aparentemente grave em pouco tempo. Jungkook parecia estar aceitando o fato de que a hora dela estava próxima, coisa que Jimin já havia aceitado há um bom tempo — provavelmente desde que Hoseok comprou ela e disse que não sabia a sua idade, mas que ela já havia tido toda uma vida com outra família. Então, faziam pipoca, colocavam vários cobertores grossos na sala e assistiam a filmes com Chohee no colo, garantindo sempre que ela não ficaria tão estressada. E, quando os dois decidiam trocar alguns afetos, era a hora das crianças irem dormir, e eles a voltavam para a gaiola e a guardavam no quarto, deixando-a em paz.

Jungkook parecia ter parado de pensar em Kwangsun. Na verdade, ele nunca mais fora passar tanto tempo na casa de Hyeri como fizera no dia em que voltaram de viagem, e nunca mais pareceu hesitar quando o assunto era ficar longe do padrasto. Mas Jimin ainda tinha certo receio. Sabia que, dentro de Jungkook, algo muito forte era capaz de fazê-lo mudar de ideia rapidamente, a qualquer momento.

Um dia, enquanto assistiam "A Princesa e o Sapo", Jimin chorava pela morte cruel do Ray e Jungkook o aconchegava em seus braços, o mais velho sugeriu:

— Deveríamos ir para a Disney, um dia... As passagens pra Tóquio não são tão caras e, se conseguirmos uma promoção, podemos nos planejar pra ir em alguns anos.

Jimin sorriu, mesmo fungando e enxugando suas lágrimas, porque ouvir Jungkook dizer que eles ainda estariam juntos por mais "alguns anos" já era algo incrível para si. E também porque ele tinha muita vontade de ir visitar o parque.

— Seria legal. — Respondeu Jimin, ainda com os olhos cheios de lágrimas. — Mas a gente precisa voltar em Seul pra patinar na Lotte World primeiro!

— Isso é confirmado, e creio que não precise demorar tanto pra acontecer... — Respondeu Jungkook, então pareceu se lembrar. — Mas precisa ser depois de eu encontrar meu apartamento. Não posso gastar tanto do meu dinheiro por agora.

— Tá tudo bem, hyung. — E, fungando mais uma vez, virou-se para deixar um beijo rápido em sua bochecha, que foi completado por um selinho em sua boca. — Até lá, a gente já vai tá cheio da grana e podemos até comprar uma câmera de qualidade pra filmar tudo.

— Pra filmar nós dois? — Jimin perguntou, agora ainda mais interessado.

— Pra filmar você. Uma obra de arte dessas deve ser registrada.

Jimin deu risada do exagero, mas ele amava a ideia de andar pelas ruas de Tóquio e passar um dia na Disney, enquanto Jungkook andava atrás de si o filmando com adoração. Tinha que ter a certeza de que estaria bem arrumado quando o momento chegasse, deixou uma nota mental sobre isso.

— Adorei a ideia. — Respondeu, deixando mais um beijo no pescoço de Jeon, que o retribuiu com mais um selinho demorado na sua boca.

A forma como Park passou a enxergar Yoongi e Hoseok foi a única coisa que mudou drasticamente nesse tempo. Ele agora não os via mais com o mesmo desconforto de antes, e eles conseguiam ficar os três juntos tranquilamente, sem que houvesse problema algum ou qualquer ofensa disparada. O assunto fluía sempre com facilidade, talvez graças ao fato de que eles três possuíam interesses bem semelhantes.

— Não, Yoongi, eu não gosto dele.

— Como é que alguém consegue não gostar dele? Esse cara é o dono da música internacional.

— Eu só não vejo graça nas músicas dele, e nem nele... Não faz o meu estilo.

— Jimin, você...

— Para com isso, Yoongi. — Era sempre Hoseok quem o interrompia. — Não é todo mundo que gosta do Drake, beleza?

— É de foder mesmo, esse mundo... — O outro reclamava, piscando os olhos devagar e os revirando como se estivesse entediado.

Tudo bem, talvez os interesses deles em relação à música não fossem exatamente compatíveis.

A festa de aniversário de 21 anos de Hoseok seria no mesmo estilo da de Jungkook. Iriam todos para a sua casa e dormiriam lá, mas passariam no cinema para assistir a um filme antes, já que a comemoração cairia em um sábado. Os sete juntos; nenhuma briga, nenhum desentendimento. Apenas uma tarde de diversão entre amigos, que eram quase uma família, que eram um completo caos.

E, quando foram decidir qual filme veriam, já na porta do cinema, todos com suas próprias mochilas e materiais pessoais nas costas, Jimin foi o que sobrou para decidir.

— Ninguém mais aguenta filme de romance, Jimin! — Namjoon falou, olhando feio para Taehyung.

— Errado. Tem que ser romance. Como vamos aguentar assistir um filme de terror sabendo que Caipora vai dormir na mesma casa que a gente? — Taehyung se pronunciou, falando mais alto que o amigo. — Eu não me arrisco.

Jungkook revirou os olhos e Jimin segurou sua risada.

O grupo estava dividido entre: Hoseok, Jungkook e Taehyung queriam assistir à uma comédia romântica água com açúcar, que estava sendo até mesmo mal falada pela crítica; e Seokjin, Namjoon e Yoongi, que queriam ver um filme de terror, desses remakes que não fazem total jus ao original.

E Jimin tinha preferência pelo de romance, obviamente. Afinal, se ele achava que era muito rendido à Jungkook antes da viagem, depois que voltaram ele estava ainda mais. E isso até nas mínimas coisas.

Também tinha Taehyung, que era um elemento mais que decisivo na declaração da preferência de times de Jimin. Mas, no final das contas, ele usou o melhor argumento que tinha, para que a escolha da decisão não caísse sobre si como algo premeditado e injusto.

— A gente nem devia estar discutindo isso. O aniversariante é o Hoseok, é ele quem escolhe.

E, então, compraram os ingressos para aquela sessão, o que resultou em muitos resmungos vindos dos outros três do grupo. Mas Jimin não ligava, ele estava satisfeito. E, agora, a culpa nem era dele; era de Jung Hoseok, o aniversariante.

— Sorte a minha ter você no meu time, Caipora. — Taehyung disse para Jungkook, alto o suficiente para que Jimin, ao outro lado do moreno, ouvisse, mas baixo o suficiente para que os outros não escutassem.

E, quando Tae tentou dar a mão para Seokjin, ele se afastou. Aqueles dois funcionavam daquela forma. Eram dramáticos por alguns minutos quando não conseguiam o que queriam dentro do relacionamento, mas desde que voltaram da viagem estavam sendo o casal mais grudento do grupo. Apenas a forma como se olhavam já entregava a paixão extrema e boba que sentiam um pelo outro. Uma baita evolução para Seokjin.

Jimin os achava fofos.

Não tão fofos quanto ele e Jungkook, mas muito fofos.

Não demorou e, no meio da sessão, Jin já estava aninhado contra o pescoço de Taehyung. E o filme nem era tão romântico assim.

Saíram da sala juntos, Namjoon mexendo no celular enquanto conversava com alguns colegas da universidade e Hoseok revirando os olhos para ele. E, quando o mais velho foi obrigado por todos do grupo a largar o celular, contou para os amigos o que estava acontecendo.

Basicamente, a formatura dele estava prestes a acontecer e ele estava tentando conseguir ingressos com os amigos para que todos os outro seis da Moondust pudessem ir — e mais a professora, que ele finalmente estava criando coragem para chamar.

— Finalmente vai chamar ela, Nam... — Seokjin comentou, as mãos entrelaçadas à de Taehyung enquanto seguiam até o carro do universitário. — Digo, ela só te conhece de rosto, mas acho difícil recusar a proposta de alguém tão pomposo quanto você.

— Pomposo... — Hoseok não deixava nada passar.

— Eu fico nervoso mesmo assim, porque aquela mulher é perfeita. Deus, eu diria. — Namjoon respondeu e Park achou engraçado pelo simples fato de ele estar falando tão bem de alguém que nem ao menos conhecia de verdade. Como Jiae era simpática, eles já deveriam ter trocado alguns cumprimentos entre as aulas na Moondust; só isso. — Ela é tão bonita e carismática, eu me tremo inteiro quando chego perto. Espero não surtar...

— Eu entendo, Nam. — Todos olharam para Seokjin como se, ao contrário dele, não entendessem. — Ela é realmente bonita. Acho que todo mundo que entra na Moondust se sente atraído por ela. Todo mundo que sente atração por mulheres, no caso.

Então os outros amigos se olharam fundo, trocando expressões de dúvida entre eles. E, quando pareciam ter sanado todas, Taehyung foi o primeiro a dizer:

— É, eu sou realmente gay.

E os outro cinco concordaram com frases curtas e acenos de cabeça.

Mas que a professora era linda e carismática, disso Jimin tinha consciência.

— Mas agora eu só tenho olhos pra você, Tae. Sabe disso, não é?

Jimin segurou mais uma risada. Se ele achava que ele e Jungkook conseguiam ser os mais bregas do grupo...

Taehyung apenas deu um selinho rápido em Seokjin, um sorriso enorme estampando seu rosto e seus olhos. Era bom vê-lo feliz e satisfeito daquela forma. Park ficava feliz junto.

— Taehyung não precisa mais de mim, finalmente. — Hoseok disse, fazendo com que todos rissem, com aquela postura superior de que um cargo importante havia sido passado para outras mãos. Seokjin se divertia junto, parecendo não se importar.

Afinal, como eles dois sempre falavam: para conviver com Taehyung, tinha que aturar Hoseok, e vice-versa.

Eles dois ainda eram muito grudados, mas não tinham mais aquele jeito de "amigos que se pegam quando bem sentem vontade". E os dois estavam super bem da forma como estavam, com seus respectivos parceiros.

Tudo estava bem.

Espremeram-se no carro de Namjoon e seguiram para a casa de Hoseok, onde foram recebidos, como sempre, por uma Jung Nayoung sorridente e muito feliz. Ela distribuiu abraços pelos meninos e beijou o rosto de Hoseok, então os avisou que o jantar estava quase pronto.

Eles comeram um jjajangmyun delicioso enquanto ouviam a senhora Jung contar histórias sobre a infância de Hoseok. Ela o teve muito cedo, em Gwangju, e acabou se mudando para a cidade onde moravam atualmente para criá-lo. Como era mãe solteira, tomar conta de um filho em uma cidade menor e longe das críticas da família se tornava uma tarefa exponencialmente mais fácil.

Contou sobre o dia em que Hoseok falou para ela que estava gostando de um menino na escola; ele tinha apenas 13 anos. Ela o pediu para que ele a contasse caso algo de ruim acontecesse e que mantivesse sempre cuidado em relação ao mundo ao seu redor, como falava desde que ele nascera. Mas disse que, no fundo, ela não havia aceitado aquilo completamente.

— Então eu comecei a pesquisar muito sobre. A ler artigos de países de fora, comprar livros de romance e a conversar mais com o meu amor sobre isso e sobre os cuidados que ele deveria sempre ter. Não foi fácil, mas eu acabei me acostumando. — Ela falava tudo entre uma mordida e outra do jjajangmyun, do qual já estava repetindo pela terceira vez. — É difícil entender algo quando nunca passou por isso antes. Mas hoje eu sou uma mãe muito mais satisfeita e feliz.

Os meninos entendiam, claro. Porque Nayoung não ficou na comodidade de apenas recusar apoio ao único filho e continuar vendo o seu mundo como uma verdade indiscutível. Ela correu atrás de entender e se esforçou para isso. E, enquanto dizia tudo aquilo, Hoseok segurava sua mão e sorria para ela. Parecia imensamente grato.

— E é legal discutir sobre os meus namoradinhos com meu bem mais precioso, preciso dizer. — Completou, rindo com genuinidade.

— Ela tem um gosto verdadeiramente discutível, se me permitem dizer. — Hoseok julgou, então ela puxou a própria mão para longe da dele de forma abrupta e dramática.

— Eu queria que meus pais fossem assim. — Taehyung disse e, quando Jimin olhou para o lado, percebeu pelo olhar dos meninos que eles já conheciam aquela história. E que ela não parecia terminar bem. — Pelo menos o meu tio me deu todo o apoio que me faltava. As pessoas em Seul têm a mente um pouco mais aberta.

Então todas as hipóteses de Park quanto à relação de Tae com o dono do hotel estavam certas.

— Bom, eu nunca me assumi, mas estou bem assim. — Yoongi continuou o assunto. — Eu nunca fui apegado à minha família mesmo, não acho que vá fazer diferença caso eles saibam ou não.

Entre Jungkook e Jimin, faltavam apenas Seokjin e Namjoon. E Park tinha medo do rumo que aquela conversa poderia tomar quando chegasse ao namorado...

— Eu só me assumi pra Seokjun, mas creio que minha família não vá se doer muito com isso... Eles são tranquilos. — Foi a vez de Jin, que deu de ombros.

Namjoon olhou diretamente para Jungkook, sem falar nada. Afinal, ele precisava dizer alguma coisa?

E Jimin sentiu seu corpo tensionar de uma forma desnecessária. Jungkook nunca havia falado para nenhum dos outros seis à mesa sobre o verdadeiro motivo de estar morando com Jimin. Não sabia como aquela conversa iria se seguir...

Mas, com a expressão mais neutra e natural que Park já o vira fazer, Jungkook respondeu:

— Só me assumi pra tia Hyeri. Ela é incrível, não só quanto a isso, mas quanto a tudo. — E encerrou sua vez dando mais uma abocanhada no jjajangmyun em sua frente.

As atenções caíram facilmente em Jimin. Seu coração ainda batia acelerado e ele ainda se recuperava da tensão repentina pela qual havia acabado de passar. Ao seu lado, Jungkook parecia calmo e despreocupado, antes de repousar uma mão em sua coxa e acariciará-lo ali, numa tentativa de passá-lo tranquilidade.

— E você, Jimin? — Namjoon perguntou, parecendo notar os olhos perturbados do mais novo do grupo. — Se não quiser falar, tá tudo bem...

Piscou algumas vezes. Respirou fundo. Tentou raciocinar que estava realmente tudo bem.

— Eu... Já contei pro meu pai. Sobre Jungkook e tal... — Falou, vendo os olhos dos amigos se arregalarem. Aquilo era informação nova, não para ele, mas para eles. — E ele nos apoia pra caramba. Nunca contei pra minha mãe e confesso que tenho um pouco de medo...

— Medo de ela não aceitar? — Nayoung perguntou, ao seu lado.

— Mais medo de as coisas ficarem esquisitas entre nós dois. Eu sempre fui muito apegado à ela, sabe...

Jung olhou para o alto enquanto mastigava sua comida, parecendo tentar imaginar um cenário em sua cabeça. Então voltou a atenção para Jimin, o olhar mais sereno e a postura mais calma.

— Olha, Jimin, eu já conversei bastante com a sua mãe e acho que ela teria uma postura não muito diferente da minha. Tem a possibilidade de ela estranhar no começo, mas ela é uma mulher incrível e eu acredito que vá te aceitar pelo que você é. Não estou te pressionando, mas acho que se abrir com ela será algo bom pros dois. — Sorriu para ele, como em sinal de conforto. — E eu também duvido muito que alguém consiga ficar zangado com esse seu rostinho. Eu não ousaria...

Todos na mesa riram. Até mesmo Yoongi, que já ousara brigar com Park, algumas vezes. Corajoso...

— Obrigado, Nayoung. — Ainda era estranho para ele chamá-la dessa maneira íntima.

— Por nada, meu bem. Espero que dê tudo certo. Quem quer bolo?

Foram todos cantar parabéns como se não houvessem acabado de terminar uma conversa de alta importância.

Depois, foram todos fazer o que era típico de festas do pijama entre eles: juntaram-se nos colchões no chão da sala e assistiram a mais alguns filmes. "Cartas para Julieta" e "P.S. Eu Te Amo" estavam na lista; Taehyung chorou nos dois.

Quando Namjoon já estava dormindo e Yoongi e Seokjin estavam prestes a seguir pelo mesmo caminho, Hoseok decidiu desligar a TV e todos se prepararam para dormir. Deitaram juntos nos colchões, os casais ao lado uns dos outros enquanto Namjoon ficava na pontinha da cama improvisada, quase caindo no chão.

No dia seguinte, passaram a manhã inteira de ressaca. Jeon e Park nem ao menos almoçaram quando chegaram em casa, foram direto para o quarto de Jimin e dormiram mais um pouco. Era sempre bom dormir na casa de Hoseok com os meninos, mas o cansaço que acompanhava no dia seguinte era sempre péssimo. Não era do tipo "não dormi e estou cansado"; mas do tipo "eu dormi, mas se não me deitar novamente agora o meu corpo vai ceder de uma vez".

Ao acordar, Jimin encontrou Jungkook sentado na frente da escrivaninha, provavelmente trabalhando em alguns currículos e recebendo algum dinheiro curto por conta disso. Jimin já havia perguntado para ele se ele mentia ao fazer aqueles trabalhos, só por curiosidade própria.

— Eu sei lá, vida. — Respondeu, e Jimin amava quando ele o chamava assim, embora só o fizesse quando os dois estavam juntos e sozinhos.

— Como assim? Você não sabe se mente?

— Eu só junto as informações que me passam e monto um currículo organizado pra isso. Às vezes, pra algumas instituições que têm uma forma específica de currículo, eu preciso arrumar o layout... Então, se tem alguém que mente, são as pessoas que me dizem o que devo enviar. Porque eu não mudo nada por conta própria.

Jimin deu risada daquilo mesmo sem saber o por quê. Era engraçado pensar que algumas pessoas mentiam no currículo quando ele nem ao menos tinha ideia do que colocar em um. Além disso, como alguém entra no primeiro emprego? O currículo vai estar praticamente vazio, certo? Alguém gostaria de contratar uma pessoa sem experiência alguma? Sempre se tem um ponta pé inicial...

Ele precisaria pensar naquilo, mais cedo ou mais tarde. Sentia que seus pais tentavam sempre o pressionar o mínimo possível em relação à emprego desde que ele voltara da Fire. Mas, até o fim do ano, queria encontrar alguma coisa para fazer. Algum lugar para ganhar um dinheirinho que ele poderia chamar de seu.

— Acordou? — Jungkook perguntou, sorrindo para ele enquanto o mais novo andava em sua direção.

— Ainda não, mas tô quase. — Foi o que Jimin respondeu, abrindo a gaiola de Chohee para pegá-la em suas mãos.

Ela estava tão frágil...

Olhou para Jungkook, que intercalava olhares entre o namorado e a filha de outra espécie. Ele suspirou, parecendo conversar com Jimin mesmo sem precisar de palavras. Eles dois sabiam o que os esperava.

— Eu tô começando a aceitar o fato de que a hora dela tá chegando, e me preparando pra isso... — Jeon falou, estendendo a mão para que Jimin passasse ela para ele; segurou-a com cuidado e carinho. — Eu só não quero que ela sofra...

— Ela recebe muito carinho, hyung. Vamos só ter a certeza de que ela receba toda a atenção possível até que o dia chegue. — Jimin deixou um beijo no topo da cabeça de Jungkook, confortando-o.

Eram raros os momentos em que ele era o responsável por assegurar o conforto e a calma do outro. Mas, quando o fazia, não media esforços.

— Podemos ir fazer um piquenique com ela amanhã. O que acha? — Jungkook que teve a ideia, os olhos brilhando enquanto ele a falava, provavelmente imaginando a situação. — Podemos ir pro mesmo parque onde foi o seu aniversário, lá pro horário do almoço.

— Pode ser! — Jimin sorria grande. — Mas temos aula, então não podemos demorar.

— Tudo bem. Vai ser bom!

Guardaram Chohee na gaiola e iniciaram a sessão diária de beijos que sempre acontecia à tarde. Era o momento do dia que tinham juntos, naquele quarto, e que o sol já não batia mais tão forte na janela. Era o momento ideal.

Já não nevava mais, mas ainda fazia frio. Essa chegada da primavera era encantadora para Park. Ele estava animado para que tudo começasse a florescer, ainda mais animado para presenciar isso com seu namorado.

Seu namorado, Jeon Jungkook.

O namorado que o entendia sempre que possível, e que tentava ao máximo entender quando não conseguia.

O namorado que tinha os melhores beijos e que fazia Park entender que os beijos dele também eram incríveis.

O namorado que sempre estava por perto e que, quando não estava, era tudo o que Jimin precisava. Ter ele por perto.

E continuaram se beijando até que Yangmi batesse à porta e eles se afastassem como dois atletas olímpicos, cada um em direção a um canto diferente do quarto. Deram risada do desespero e, quando a porta foi aberta para que ela os chamasse para jantar, eles não conseguiam mais parar de rir.

— Vou jogar Overwatch com o Tae depois do jantar, quer jogar com a gente? Faz tempo que não jogamos juntos, eu e ele... — Jungkook perguntou, quando finalmente conseguiram se recompor e seguiam para a sala de jantar.

— Eu realmente não sou bom nessas coisas, hyung. — Jimin falou, mesmo que nunca tivesse tentado.

— Vamos, Jimin! Você vai gostar! Eu explico pra ele que é você no controle, quando for a sua vez, pra ele não se estressar tanto.

"Jimin". Estavam fora do quarto, fora do mundinho deles. Aquele era o modo sigiloso.

— Beleza. Eu jogo com vocês.

Jungkook deu leves pulinhos de felicidade, então sentou-se à mesa com a família do namorado e, juntos, comeram uma espécie de cachorro-quente que Yangmi inventara de fazer. Não parecia um cachorro quente, mas ela jurou que era. Não tinha nem gosto de cachorro quente, e Jimin não quis perguntar do que era feito. No fim das contas, acabou sendo gostoso.

E Park realmente não levava o jeito para os games. Ele não conseguia sustentar uma partida sem que morresse em menos de dois minutos, Taehyung ignorando todos os fatos agravantes possíveis e o xingando de uma forma que nunca ousaria fazer. Jungkook ria ao lado de Jimin, distribuindo beijos por suas bochechas em forma de consolo.

— Eu consigo ouvir os estalos dos beijos aqui, Caipora! — Os gritos indignados de Taehyung reverberaram nos fones de ouvido deles. — Deixa de ser seboso!

Foram dormir tarde naquela noite e Jimin, mesmo ainda não entendendo a dinâmica do jogo, gostou muito de jogar Overwatch.

⇢⇢⇢

Yangmi ajudou os dois a preparar alguns sanduíches, que comeriam durante o piquenique que seria feito no parque entre Jimin, Jungkook e Chohee. Eles saíram na hora do almoço, depois de se despedirem da senhora Park e de Mina.

Jimin usava uma mochila, onde guardava tudo de que precisariam para que o almoço em família corresse bem. Pegaram a bicicleta de Jungkook no quintal da casa de Hyeri e, quando subiu na garupa, Park colocou a hamster entre ele e Jungkook, agarrando-o com força para que ele mesmo não acabasse caindo.

— Fazia tempo que eu não andava de bike... — Jungkook disse, andando em zigue-zague e deixando Jimin nervoso. — Estava com saudades.

— Eu também estava, hyung. — Jimin respondeu, checando para ver se Chohee estava bem. — Pra Heezinha está sendo a primeira vez, não é?

Jungkook soltou uma risada leve por achar Jimin a coisa mais fofa já existente. Ele provavelmente era exatamente isso.

Pedalaram por mais algum tempo até que chegassem no parque onde, em outubro, Jimin fora surpreendido por seus amigos em uma festa surpresa das mais maldosas possíveis. Sem fazer muito esforço, ele conseguia ver os meninos saindo de trás das árvores, ele agachado no chão enquanto chorava e Chohee no meio deles, carregada por Namjoon. No final das contas, a lembrança era uma de suas favoritas.

E, quando aquilo tudo aconteceu, Jungkook ainda não havia tido a situação com Kwangsun... Era difícil para Jimin se lembrar dos dias em que tudo estava realmente bem e Jeon não vivia junto dele, na mesma casa. Os dias em que estava tudo normal.

Talvez morar juntos devesse ser o novo normal deles...

— Eu vou começar a ver apartamentos para alugar essa semana. Agora sim essa história fica mais real. — Jungkook falou quando já estavam sentados na toalha, mordiscando pedaços de seus sanduíches enquanto olhavam para Chohee.

— Que bom, hyung. — Jimin achou engraçada a forma como ele pareceu ler sua mente e soltou uma risada fraca. — Você trabalha bastante pra isso. Espero que encontre um lugar bom pra morar.

— Sim, mas algumas das visitas vão rolar em dias da semana. Isso meio que significa que eu vou acabar perdendo algumas aulas da Moondust...

— Ah...

— Pois é.

Ficaram em silêncio. Não tinham o que fazer — ele precisava visitar esses apartamentos e, se precisasse perder algumas aulas, perderia. Mas Jimin sabia a diferença que sentir as frequências das músicas em seu corpo e responder aos seus estímulos por meio da dança fazia na vida dos dois.

A dança era uma válvula de escape para eles. Das mais fortes e poderosas.

— Hyung, eu posso passar as coreografias pra você, quando não puder ir! — O sorriso de Park se iluminou com a ideia. — Assim, você pode ir ver os apartamentos e continuar não perdendo nada das aulas.

— É uma ótima ideia, vida. — Jungkook se inclinou e deu um beijo na boca do namorado, sentindo alguns farelos do pão que ele comia tocando sua boca. — Obrigado por isso.

Jimin sorriu até que seus olhos formassem duas linhas finas, em sinal de felicidade verdadeira e genuína. Gostava de fazer Jungkook feliz e gostava quando o mais velho deixava claro que ele estava fazendo isso. Falar "obrigado" era um exemplo disso.

"Obrigado por isso". "Obrigado por ser você".

Conversaram por mais algum tempo e Jimin deixou que Jungkook colocasse algumas músicas em seu celular. Ele cantava cada uma delas com paixão, enquanto batucava seus dedos na toalha sob si, acompanhando cada nuance no ritmo da música.

— Namjoon-hyung que me ensinou a fazer isso. Sentir a música nos dedos, mesmo sem estar tocando. Sentir os acordes e as diferentes vozes... — Falou, enquanto batucava "Hideous", do Mehro. — Tenta, vida. É gostoso.

Jimin até tentou — nunca recusava algo quando Jungkook o chamava daquela forma —, mas as suas batidas acabaram sendo um pouco lentas demais para a música. A sua forma de dançar seguia esse mesmo padrão, como se seu cérebro demorasse um milésimo de segundo a mais que os outros da turma para processar o movimento seguinte, e ele considerava esse como o seu charme pessoal, até mesmo quando era aluno da Fire e dançava em meio a plateias imensas. Jungkook falou que ele estava indo bem na batucada.

Então, quando terminaram de comer, ouviram mais algumas músicas e conversaram sobre coisas extremamente aleatórias — cobre como o clima em transição entre o inverno e a primavera era gostoso, por exemplo — com Chohee, que dormiu durante todo o passeio, mas que foi uma ótima companhia mesmo assim. Era importante tê-la ali.

Quando estavam prestes a voltar para a casa, já juntando as coisas no chão, Jungkook pediu licença para dar uma volta de bicicleta.

Pegou-a e, montado no banco, pedalou em direção à pista de asfalto levemente inclinada pela qual haviam chegado lá. Jimin o observava subir e descer a ladeira pouco íngrime, sumir na curva em sua parte mais baixa e voltar pedalando para cima, com ainda mais vontade.

Não havia carro algum passando por ali. Era início de tarde de uma segunda-feira, então eles sabiam que estaria pouco movimentado. E, por conta disso, os dois levaram um susto quando, ao descer a ladeira com velocidade, um carro grande surgiu na curva, na direção oposta a Jeon, de repente.

Jungkook tremeu sobre a bicicleta enquanto o carro não fazia muito esforço para desviar dele. Eles não estavam tão próximos, mas o susto fez com que Jeon freasse com a roda da frente e capotasse com a bicicleta na mesma direção, protegendo o rosto ao atingir o chão.

Jimin sentiu a quebra de expectativa causada pelo susto atingi-lo com uma vontade irracional de rir, mas ele se segurou para não fazê-lo quando viu que Jungkook não conseguia tirar a bicicleta de cima de si. O motorista do carro seguiu sua viagem tranquilamente.

— Hyung! — Jimin gritou, correndo até ele para ajudá-lo a se levantar. — O papai já volta, Chohee!

Mesmo de longe, Park viu que Jungkook riu disso.

E, mesmo de longe, conseguiu ver os arranhões que percorriam os braços de Jungkook, bem como o rasgo em sua calça larga e comprida, que revelava um machucado feio e ensanguentado no joelho.

— Que merda... Eu me assustei demais. — Jungkook falou, usando a ajuda de Jimin para afastar a bicicleta de si e se levantar; o guidão estava um pouco torto. Respirou fundo e, então, olhou para Jimin. — Tá chorando?

E, antes que pudesse responder algo, Jimin começou a soluçar. Jungkook deu risada do seu desespero, achando que ele estava chorando pelo susto que os dois haviam levado. Abraçou-o e o confortou ali. Em situações ordinárias, ele seria o abraçado depois de uma queda daquelas...

— Tá tudo bem, vida. Foi só um susto. — Agachou-se para pegar a bicicleta e, enquanto empurrava ela e Jimin de volta para perto de Chohee, continuou: — Nossa, tá ardendo pra cacete...

E então o choro de Park se intensificou. Ele nem conseguia falar, mas Jungkook entendeu tudo.

— Vida! Jimin... — Chamou duas vezes e, nas duas, foi ignorado. — Você tá chorando por minha causa?

— Hyung... — Jimin soluçou entre uma sílaba e outra, então o abraçou mais uma vez, um pouco mais forte, antes de agachar e de aproximar o rosto de seu joelho ralado. — Hyung, a gente precisa cuidar disso...

Jimin sempre se segurava para não chorar quando via Jungkook mal. Mas vê-lo machucado e, ainda assim, sem precisar de apoio emocional... Ele se viu com um passe-livre para desabar à vontade. Ver Jungkook machucado doía mais em Jimin do que doía no próprio Jungkook.

Que idiota.

— Jimin, eu vou precisar que você pilote até em casa, O.K.? — A forma como ele falou "casa", como se fosse a dele também, fez Park querer beijá-lo apenas por isso, sentir o salgado de suas lágrimas entre os beijos. — Mas você precisa se acalmar primeiro. Eu tô bem, já disse. Não precisa ficar assim...

Em respirações profundas, Jimin foi se acalmando e se recompondo. Não podia acreditar que havia chorado tanto por um machucado em Jungkook — mas também não podia acreditar que Jungkook havia se machucado; aquilo parecia ser tão injusto, em sua cabeça...

Se tinha alguma pessoa no mundo que não merecia nem ao menos sentir o incômodo do puxão de um fio de cabelo, essa pessoa era Jeon Jungkook.

E, quando Jimin secou as lágrimas de seu rosto, montaram os três na bicicleta e seguiram para a cada deles. Que era a casa onde moravam, juntos, como uma família.

— Obrigado pela companhia, Chohee. — Jungkook falou, sentado na garupa. Ela ainda dormia. — O papai fez merda, mas valeu à pena...

— Não se fala palavrão na frente de criança, Jungkook! — Jimin o repreendeu, focado em pilotar com a bicicleta torta, tendo grandes dificuldades com isso.

— Você só se esquece que ela é bem mais velha que a gente, né? Em idade de hamster, ela deve ter uns 80 anos... — Ele deu risada enquanto falava, mas Jimin podia sentir a tristeza em sua voz.

Eles estavam se esforçando para quando o dia chegasse. Estavam se esforçando de verdade.

Quando chegaram em casa, Yangmi os ajudou a lavar Jungkook. Ele ficou apenas de cueca na frente dela e de Jimin, que lavavam os seus machucados com cuidado e dobravam suas roupas. A calça teria que virar uma bermuda, isso era uma certeza.

Jimin tomou conta dos braços, uma vez que não aguentou lidar com o machucado maior que ele tinha no joelho. Aquilo viraria uma casca enorme e tão desconfortável quanto. Quem precisa ir visitar apartamentos quando um tombo de bicicleta já é o suficiente para estragar qualquer plano de dança que se tenha?

Ele grunhiu quando Yangmi passou o antisséptico em seu joelho e em seus braços, da forma como fazia quando era criança e Kwangsun cuidava de seus ferimentos, e Jimin quis tampar as orelhas ao ouvi-lo sentir dor. A mãe de Park não sentiu estranhamento algum naquilo: Jeon de cueca, em sua frente, grunhindo como uma criança prestes a engatar no choro. Para ela, Jungkook era como um filho seu, também.

Ela o adorava. Plena e verdadeiramente.

Jimin achou tudo um pouco estranho. Pensava em como ver Jungkook de cueca era algo extremamente normal para si, além de ser extremamente superficial. Mas vê-lo de cueca na frente de sua mãe... Isso era realmente estranho para si. Entretanto, era necessário.

Jungkook não sentia nada além de gratidão. Na verdade, ele sentia dor, uma dor que não sentia há bastante tempo e que o incomodava apenas por estar lá. Mas, acima de tudo, ele era grato a Jimin. Grato a Yangmi, grato a Dongsun, grato a Mina, grato a Chohee, grato a seja lá quem tivesse comprado aquele antisséptico que ardia em sua pele... Ele era grato àquela família.

Ele seria grato eternamente à ela.

cσηтıηυα...

usem #CaiporasECabritos!!!

Continue Reading

You'll Also Like

274K 32.2K 32
𝐋𝐈𝐓𝐓𝐋𝐄 𝐎𝐋𝐃𝐄𝐑┃Após a morte dos seus pais, Eliza Swan foi acolhida por seu irmão mais velho, Charlie, e desde então, foi morar com o mesmo e...
527K 27.7K 100
• DARK ROMANCE LEVE 𝐎𝐍𝐃𝐄 nessa história intensa e repleta de reviravoltas, Ruby é um exemplo de resiliência, coragem e determinação. Ela é uma pr...
80.1K 5.5K 27
Isís tem 17 anos, ela está no terceiro ano do ensino médio, Isis é a típica nerd da escola apesar de sua aparência não ser de uma, ela é a melhor ami...
128K 12.4K 23
⚽️ 𝗢𝗡𝗗𝗘 𝗟𝗮𝘆𝗹𝗮 perde seu pai por uma fatalidade. Nisso, teria que passar a morar com sua mãe e seu padrasto, o que era seu pesadelo. Em mei...