Cinco anos se passaram, os melhores cinco anos da minha vida.
Eu e Tom fomos para Sonserina, continuamos amigos de Abraxas, Òrion, Evan e Canopus Lestrange.
Bom óbvio que para Tom eles são seus "aliados", mas para mim, são meus melhores amigos. Conheci duas meninas que também as considero muito, Walburga Black e Mafalda Prewett.
Iniciamos hoje o nosso sexto ano, confesso que nessas férias todos ficamos muito diferentes, os meninos cresceram e ficaram com cara de homens, as meninas criaram volumes onde antes não tinham e bem, foi um choque quando vi todos tão diferentes do ano passado.
Tom, principalmente foi o que mais mudará, ele cresceu tanto que a minha cabeça bate em seu ombro, seus braços estão musculosos na medida certa, seu rosto ficou o mais angelical possível e sua voz, á sua voz, ficou grossa e suave. Tom se tornou aquilo que as meninas chamam de perfeição. Ele é o próprio quadro Noite Estrelada, do Van Gogh.
Não vou mentir também dizendo que minha bundinha e meus seios que eram pequenos deram uma crescida. Do 34 saltei para o 40 de sutiã. Fora o meu brozeado, que não sei da onde surgiu já que não fico muito tempo no sol.
Essas férias favoreceram a todos, com toda certeza do mundo.
Contudo, uma coisa muito da estranha está rolando entre mim e o Tom, quando o abraço sinto meu corpo se arrepiar por inteiro, quando beijo sua bochecha, fico com um gostinho de quero mais, quando ele pega em minha mão, sinto um choque gostoso na mesma e quando ele me chama de sua Freya, minha nossa, eu me sinto nas nuvens.
Um sentimento novo, que não estou sabendo lidar, na verdade, estou decidida a me afastar de Tom, não posso ter pensamentos como esses com ele, não com ele.
- Freya, você vive no mundo da Lua né? - Abraxas fala ao acariciar meu cabelo.
- Desculpa pessoal, não estou muito focada hoje - respondo com as bochechas coradas.
-Já estamos acostumados, Isi - Canopus fala tirando risadas de todos presentes.
Estamos sentados no salão comunal, todos os sonserinos do sexto ano, ao meu lado está Abraxas, no chão está Canopus e Òrion, que tem os cabelos acariciados por Walburga, ao lado dela está Evan e Mafalda.
Já em outro sofá se encontra Nott, Irma Crabbe e Alphard, que é irmão da Walburga. Em uma poltrona se encontra meu querido irmão, sentado como um verdadeiro Lorde e que nesse momento não tira os olhos de mim e de Aby.
Todos já estamos com roupas de dormir, afinal já são 23:30 e meu irmão já acabou sua ronda á meia hora atrás.
- Gente tá tudo muito bom, mas, eu já estou com sono e vou pra cama - fala Mafalda se levantando e indo em direção as escadas do dormitório feminino.
Em seguida Walburga e Irma se despedem também, fazendo com que a maioria se levante e vá para seus respectivos dormitórios.
- Você vai ficar, Isi? - me pergunta Aby ao se levantar do sofá.
- Sim Aby, eu vou ficar aqui mais um poquinho - beijo sua bochecha e termino de falar - agora pode ir, boa noite Aby.
- Boa noite Isi - ele responde ao sair em direção ao seu dormitório.
Fico sentindo mais um pouco o calor que a lareira emana, até que sinto alguém sentar ao meu lado.
Esse alguém possui o melhor cheiro do mundo, um cheiro inconfundível para mim. Não me mexo para olha-lo apenas continuo olhando a lareira.
- Freya - ele me chama com aquele tom de voz que ele sabe que me tem, aveludado e carinhoso.
- Hum? - respondo sem tentar demonstrar que estou meu rendendo a ele.
- Senta aqui - me viro para ele enquanto ele bate em sua perna apontando onde devo me sentar. Merda, estou fodida pra caramba.
Sem nenhuma vontade me levanto do sofá e me sento em seu colo com os pés e pernas no sofá, fazendo com que apenas minha bunda e minhas coxas fiquem em seu colo.
Olhando para para baixo, percebo que minha camisola verde está um pouco acima da metade da minha coxa, mais um pouco e daria para ver a minha calcinha fina.
Quando penso em abaixar a mesma mas Tom faz uma coisa da qual eu nunca esperaria. Ele passa seus longos dedos levemente em minhas coxas, num vai e vem gostoso, que de forma involuntária me deixa excitada.
Passo uma mão atrás de seu pescoço e a outra uso pra desenhar o contorno de rosto, olhos, nariz, bochechas e boca.
Ele fecha os olhos como se estivesse gostando da minha carícia e fala:
- Minha Freya - meu coração se aquece - não quero você tão perto de Abraxas.
- Por que Tommy? - pergunto intrigada, prestando bastante atenção em seu rosto, enquanto acaricio seu rosto e seu cabelo.
- Ele não é quem diz ser, Freya - ele me responde fechando novamente os olhos.
Quando estava prestes a perguntar o por que daquilo, sua mão sobe minha camisola a fazendo ficar acima da minha calcinha.
Fico em choque e sem perceber paro os movimentos com minha mão em seu cabelo.
- não pare, minha Freya - ele fala ao passar sua mão em minha bunda a apertando suavemente. Solto um ronronar baixinho e Tom abre os seus olhos para me olhar atento.
Continuo acariciando seu cabelo enquanto sua mão esquerda é colocada debaixo da minha camisola puxando minha calcinha por trás a fazendo roçar minha vagina gostosamente, enquanto a outra mão tira minha perna esquerda do sofá, me deixando exposta para ele, que apenas passa a mão na parte interior da minha coxa.
Estremeço em seus braços e dou uma mexida em seu colo.
- Oh, minha Freya, você me deixa louco - fala em seguida mordendo o lóbulo da minha orelha.
Ao escutar essas palavras foi como se um balde de água caindo em cima do meu corpo, me levanto rapidamente de seu colo e arrumando minha camisola, falo:
- Não podemos fazer isso, Tommy, somos irmãos gêmeos...você não pode sentir isso por mim.
Ele me olha de forma pensativa, estranha e apenas fala:
- Certo Freya, vamos esquecer isso, sim?
- Sim, Tommy - assim como esqueci nosso selinho no segundo ano, nosso beijo no terceiro e nosso outro beijo na floresta proibida no quinto.
- Sente aqui do meu lado, Freya...preciso do seu carinho e amor - ele suspira.
Me sento ao seu lado e delicadamente coloco sua cabeça em meu colo, acariciando seu rosto e seu cabelo.
- Eu te amo, Tommy - ao me abaixar para dar um beijo em sua bochecha.
- você é única em minha vida, Freya - ele responde ao beijar a minha mão.
Ele pode nunca ter me falado que me ama, mas sei que isso é o seu modo de dizer o quanto sou importante em sua vida.
Fico pensando por um tempo e finalmente falo o que me dói mas sei que é necessário:
- Precisamos nos afastar, Tommy
- Não, não precisamos, vamos esquecer isso - ele fala me olhando aflito.
- Precisamos Tommy, eu não posso fazer isso com a gente, isso nos levaria pra um abismo e não tem volta, Tommy... não posso arriscar nossas vidas desse jeito - falo com os olhos marejados, prontos pra soltar as lágrimas.
- NÃO, não pode se afastar de mim, Freya... você é tudo pra mim - ele segura minhas mãos.
- Tom, não faça as coisas se tornarem difíceis pra nós - falo me levantando.
- Não Freya, você não pode me negar de te ter...p-por favor minha Freya - ele pede com os olhos em desespero.
- Por favor Tom, pelo nosso bem, você tem que me deixar se afastar ... - falo e sem dar tempo de ele me responder, corro pela escada do dormitório feminino e quando chego no banheiro, simplesmente desabo em lágrimas soluçando de tanto chorar.
Escuto coisas se quebrando e sei que Tom deve estar furioso, sinto sua magia instável, ele poderia explodir a escola agora, mas não posso nos levar para o buraco.
Sem conseguir pensar mais apenas me deito no chão frio do banheiro e durmo com a esperança de que o dia de amanhã seja melhor que hoje.