Amor à segunda vista • COMPLE...

By autoramillyferreira

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(EM CORREÇÃO) Conseguir um bom apartamento em Nova York com uma vista incrível, um ótímo espaço e por um preç... More

Prólogo
um
dois
três
quatro
cinco
seis
sete
oito
nove
dez
onze
doze
treze
catorze
quinze
dezesseis
dezessete
dezoito
dezenove
vinte
vinte e um
vinte e dois
vinte e quatro
vinte e cinco
vinte e seis
vinte e sete
vinte e oito
vinte e nove
trinta
trinta e um
trinta e dois
trinta e três
trinta e quatro
trinta e cinco
trinta e seis
trinta e sete
trinta e oito
trinta e nove
Epílogo
Felizes para sempre
Livro novo
AVISO
DEAN

vinte e três

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By autoramillyferreira

Preciso de alguns bons segundos para finalmente processar o que acabou de acontecer. Meu corpo parece estar em uma espécie de transe, enquanto uma onda elétrica corre pelas minhas veias e parece deixar todas as minhas artérias pulsantes. Meu coração está batendo tão forte que parece prestes a pular pela garganta a qualquer momento. Sinto-me um tanto… inebriado. 

Olho para Teri parada ali na minha frente. Ela parece tão perdida quanto eu, mas tão incrivelmente sexy naquele vestido preto com um zíper frontal. Peguei-me imaginando várias vezes abrindo aquele zíper, observando enquanto camada por camada de pele aparecia… Eu devo estar muito louco. É impossível odiar uma pessoa em um instante e no outro simplesmente se sentir profundamente atraída por ela. Mas talvez não tenha sido tão de repente quanto eu estou pensando. Talvez… Teri tenha me conquistado pouco a pouco com o seu jeito atrapalhado e tagarela de ser. 

— Tyler, eu… 

— Não — corto-a, fazendo-a engolir em seco as palavras. — Falaremos sobre isso amanhã. 

Ela me olha um pouco confusa. 

— Mas… 

— Hoje é o meu aniversário — digo. — Não quero correr o risco de estragarmos tudo. 

Teri engole em seco mais uma vez. 

— Ok. 

— Mas quero que saiba… — dou um passo à frente, olhando dentro dos seus olhos. — Que eu gostei muito do beijo… — coloco uma mecha do seu cabelo para trás da orelha e depois me curvo um pouco, depositando um beijo demorado no seu pescoço. Sinto a sua pele se arrepiar por completo e sorrio contra a mesma, roçando os lábios até chegar em sua orelha. — E pretendo repetir. 

Afasto-me, alarmado, quando percebo alguns barulhos. Olho por cima do ombro da Teri e ela também se vira, então um homem com os braços nos ombros de duas garotas loiras de biquínis, os três parecendo completamente bêbados, adentram o espaço aos risos e tropeços. Trinco o maxilar. Por que sempre surge alguém para atrapalhar? 

Teri olha para mim novamente e só então posso perceber a cor vermelha que toma as suas bochechas. Não consigo evitar um sorriso presunçoso; gosto da forma como ela fica quando está tímida, o que eu achei que era praticamente impossível para alguém como ela. Mas pelo visto, eu causo esse efeito na mesma. 

— Quer ir para casa? 

Ela franze o cenho. 

— Mas acabamos de chegar — protesta.  

Dou de ombros. 

— Isso aqui não faz muito o meu estilo. Então, o que me diz? 

— O que estamos esperando? — revida. 

Sorrio para ela. 

Mais uma vez, encontro-me segurando a mão dela enquanto deixamos tudo isso para trás. Eu nem mesmo consigo ver Denzel uma última vez antes de ir embora, mas sei que posso agradecer pela festa uma outra hora. Agora eu tenho planos mais interessantes, e ele está usando um vestido que parece muito, muito fácil de tirar… 

Sinto-me estranhamente nervoso enquanto dirijo. O ar está carregado de uma tensão sexual que parece insuportável, e fico me perguntando se ela também está pensando em tirar as minhas roupas. Eu nunca me senti assim antes… Sempre fui um cara confiante, certo do que eu quero, mas com Teri tudo parece meio instável. Não que isso seja uma coisa ruim, mas ela não é um caso de uma noite. Se isso não der certo, vamos ter que conviver todos os dias com isso, pois moramos sob o mesmo teto. 

Finalmente consigo parar na garagem do prédio. A subida de elevador é preenchida de um silêncio assustador. Nenhum dos dois arrisca dizer nem uma só palavra, mas posso senti-la meio inquieta ao meu lado. Ansiedade? Nervosismo? Os dois? Eu deveria simplesmente puxá-la para mais um beijo ou esperar um pouco mais até ter certeza de que tudo está seguro? 

Essas perguntas me perseguem até estarmos dentro do apartamento. Fico um pouco para trás, hesitante, e Teri dá alguns passos até estar a poucos metros da janela. Então ela se vira, banhada pela luz do luar. Nossos olhares se encontram mesmo com a escuridão do apartamento. 

Um sinal… Eu só preciso de um sinal… 

E quando ela não diz nada, eu pergunto: 

— Quer um pedaço de bolo? 

Vejo um pequeno sorriso surgir. 

— Quero. 

Vamos em silêncio até a cozinha. Eu não me preocupo em ligar a luz; vou até a geladeira e tiro de lá a torta intocável. Eu resisti muito à vontade de comer um pedacinho, pois queria fazer isso junto com ela. Argh. Se meu irmão me visse agora, iria dizer que estou parecendo um idiota apaixonado com corações flutuando sobre a cabeça. Mas não estou apaixonado… é só uma atração. 

Corto duas fatias generosas enquanto Teri chuta os sapatos para longe. Ela é bem bagunceira, mas isso não me incomoda agora. Pego uma garrafa de vinho e lanço um sorriso por cima do ombro quando vejo-a desabar de bunda no chão, recostando-se nos armários. 

— Bela aterrissagem — debocho. 

— Não enche — ouço-a murmurar. 

Pego os primeiros dois copos que encontro pela frente e nos sirvo de um pouco de vinho. Acomodo-me ao lado dela no chão e comemos em silêncio por um tempo. 

— Hmmm. Está muito gostoso. — Elogio. 

— Está, não está? — concorda, sem olhar para mim. 

Bebo um gole generoso de vinho. Péssimo acompanhamento para um pedaço de torta, mas pelo menos é uma boa bebida. 

— Então… — começa ela. — 30 anos, hein? Como é ter essa idade? 

Teri finalmente olha para mim. Novamente estamos tão perto… 

— Eu continuo sendo um babaca, então acho que não muda muita coisa. 

Ela ri baixinho. 

— Até que você é um babaca legal. 

— Estou me sentindo muito lisonjeado. 

Ela me encara. Eu daria tudo para poder enxergar o castanho e o verde dos seus olhos agora. Lembro-me de achar fascinante. 

— Você deveria estar casado agora, pensando em ter filhos… — diz ela. 

Bebo um gole generoso do vinho, e só paro quando não resta mais nada no copo. 

— Não existe idade certa para o amor. 

Teri morde o lábio inferior. 

— Você esqueceu de fazer um pedido — inclina a cabeça, indicando os pratos sujos de chantilly da torta. 

— Na verdade, eu fiz, sim. Mas isso é bobagem. Se pedidos de aniversário realmente se realizassem, você estaria em cima de mim neste exato momento. 

Encaramo-nos por um segundo que parece uma eternidade. Em um movimento rápido, Teri se ergue e senta no meu colo, e minha única reação é segurá-la bem firme enquanto a mesma me beija de um jeito selvagem. Não consigo evitar gemer contra os seus lábios quando ela empurra o corpo para baixo, pressionando sobre o meu colo. Sinto a calça jeans ficar cada vez mais apertada. Eu preciso desesperadamente dela… é isso. Apenas por essa noite e depois isso vai acabar e podemos seguir nossas vidas. 

Descolo nossos lábios apenas para poder beijar o seu pescoço, inalando aquele cheiro incrível de rosas que parece estar por toda parte. Desço os beijos para o osso da clavícula, busto, e enfim chego até o decote deixado pelo zíper um pouco aberto. Teri segura firme os meus ombros enquanto eu mesmo trato de descer o zíper lentamente, beijando cada centímetro de pele que é revelada. Ouço-a suspirar e se remexer, inquieta. Vou até onde consigo alcançar e depois volto para os seus lábios, segurando seus cabelos sedosos e longos. 

Desesperado para levar isso mais adiante, seguro-a antes de colocá-la sobre o chão, deitando sobre a mesma em seguida. Ela prende as pernas ao meu redor, me puxando para mais perto. Beijo seu pescoço mais uma vez. É simplesmente viciante. Gosto da forma que sua pele se arrepia e que ela mergulha os dedos no meu cabelo. 

— Tyler? — sua voz soa baixinha na minha mente inebriada. 

— Hum? — murmuro, pois só sou capaz de fazer isso no momento. 

— Rápido demais… 

Demoro um segundo para processar suas palavras. Ergo a cabeça e encontro hesitação quando olho para o seu rosto. Estamos indo rápido demais… Estou deixando os meus instintos primitivos falarem mais alto, mas se ela deixasse, eu juro que faria amor com ela aqui mesmo nesse chão frio… 

— Você não quer? — preciso perguntar. 

Ela parece profundamente constrangida. 

— Eu quero… quero muito. Eu só… — então eu vejo um conflito interno nela. Não é apenas o "rápido demais", mas sinto que tem algo que ela não quer me contar; algo que a incomoda. 

— Está tudo bem — sussurro, mesmo me sentindo extremamente dolorido. 

— Desculpa… 

— Não precisa se desculpar — toco o seu queixo carinhosamente com o polegar. — Não vamos fazer isso se você não quiser. 

Teri ainda não parece convencida. 

— Você… Não está chateado? 

— Por que eu estaria chateado? — retruco. — É o seu corpo, e é meu dever respeitar os seus limites. 

Ela parece emocionada de tão agradecida. Fico apreensivo por um instante. Será que ela se sentia forçada a transar com o ex-namorado por algum motivo? Mas não é algo que eu possa perguntar agora. 

— Obrigada, Tyler. 

— Não precisa me agradecer por nada — afasto alguns fios de cabelo do seu rosto e pressiono os meus lábios sobre os seus antes de finalmente me afastar. 

Droga. Estou tão, tão excitado, que chega dói. Agradeço por estar escuro o suficiente para ela não perceber o estado crítico do meu amiguinho que parece querer rasgar a calça. 

Banho gelado. É disso que eu preciso. 

— Bom… — quebro o silêncio. — Acho melhor irmos nos deitar. Está tarde. 

Teri permanece no chão enquanto eu me levanto e levo a louça suja para a pia. Ofereço minhas mãos para ajudá-la a levantar. Agora ela está aqui parada na minha frente e eu não sei bem o que fazer. Aproximo-me, louco para unir nossos lábios de novo, de novo e de novo, mas acabo me desviando no meio do caminho e deposito um beijo demorado na sua bochecha. Sofro para me afastar, porém sei que é o certo a se fazer. Talvez seja melhor me manter do lado onde é seguro. 

— Boa noite, Teri. 

Então a deixo. Sinto-me ligeiramente fraco enquanto ando até o meu quarto. Arranco minhas roupas, deixando-as pelo caminho, e literalmente mergulho debaixo da água gelada, ansioso para acalmar as coisas. Fico lá parado, sentindo a água cair sobre a minha cabeça e escorrer para o resto do corpo, sem me importar que a temperatura esteja congelante. 

Ah, Teri Grace… o que você está fazendo comigo? 

Visto roupas confortáveis e caio na cama. Sei que tudo isso é inútil, que vou passar a noite em claro pensando nela. Encaro o teto como se fosse a coisa mais interessante que eu pudesse olhar. Lembro-me da primeira vez que a vi e de como eu a achei estranha. Recordo-me da primeira briga que deu brecha para várias outras. De uma forma ou de outra, Teri sempre esteve nos meus pensamentos, sendo a odiando, sendo a desejando… 

Solto um longo suspiro e me viro, agora passando a encarar a parede. Nossos beijos e carícias das últimas horas estão passando pela minha cabeça em um loop infinito, e minhas mãos formigam ao lembrar da maciez da sua pele. 

Meus olhos ganham foco quando vejo uma pequena fresta de luz surgir no quarto. Olho para a porta e penso estar tendo alucinações, mas lá está ela… Usando uma calça folgada e camiseta, agarrada ao travesseiro. Nossos olhares se encontram por um momento. 

— Posso dormir aqui com você hoje? — pergunta ela baixinho, tímida. 

Como posso dizer não para ela agora? 

— Claro. 

Teri fecha a porta com um clique suave e se aproxima cuidadosamente. Abro espaço para ela se acomodar do lado esquerdo entre os lençóis quentes com o meu calor corporal. Péssima ideia, eu sei, mas talvez tê-la por perto é tudo o que eu preciso para poder dormir, pois não vou precisar pensar no que ela está fazendo no quarto ao lado, se também não está conseguindo dormir porque está pensando em mim… 

Teri deita de costas para mim. Solto um suspiro e caio novamente sobre o travesseiro, encarando o teto mais uma vez. 

— Tyler? 

— Sim? — respondo em meio a escuridão. 

— Você… poderia me abraçar? 

Olho para ela, mas a mesma não se vira em momento algum. Parece completamente tensa. Aproximo-me devagar e passo o meu braço ao seu redor, encaixando nossos corpos como uma peça de quebra-cabeça. Escondo o rosto na curva do seu pescoço e sinto-a prender a respiração por um segundo antes de relaxar em meus braços. Não consigo evitar um sorriso. 

Sei que agora eu posso dormir em paz. 

NOTAS DA AUTORA

MAIS DE 3K, GALERINHA! SE EU TÔ SURTANDO?! ESTÃO OUVINDO MEUS GRITOS DAÍ?!
Então... muito obrigada. Sério mesmo. Ter vocês por aqui é uma honra.

E sobre o capítulo... gostaram? Porque eu toda au au pra esses dois. 🤤

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