The Son of Stark!

By BellaViking

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Nem tudo que ocorre nas nossas vidas, pode ser considerado péssimo... e uma prova disso, era a história de Pe... More

Prólogo
A New Life!
Shopping.
Bedroom!
Engagement?
Dinner!
Karen
Are you a Stark?
Avengers?
Doubts...
Meeting!
Gwen and Spider-Man
Spider Brat.
Academic Decathlon!
Sinister Sixth
Dad!
Memoirs?
My Father Will be Back!
The Comeback!
Family Moment!
Mystery?
Final Match!
GoodBye
Epílogo

Nightmares?

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By BellaViking


Novamente ele estava naquele mesmo lugar, onde tudo era tão familiar, mas ao mesmo tempo estranho. A sala mesclava de várias tonalidades de marrom, com as cortinas brancas dando um charme ao local. Porém, o que realmente chamava a atenção, era aquele elegante piano, que se encontrava, junto com a mulher que estava sentada no banquinho.

Os dedos da mulher, flutuavam graciosamente nas teclas do piano, deixando uma melodia magnífica invadir os ouvidos, do adolescente que se encontrava deitado no sofá carmim. E para acompanhar aquela melodia encantadora, a voz suave e doce, de ninguém menos que Maria Stark. Tudo estava em perfeita harmonia, enquanto a mulher loira de lábios vermelhos, cantava para o passar o tempo.

Retirando o cobertor da face, um adolescente – que aparentava ter 1anos - surgiu, com uma gorro de natal. Parando de cantar, a mulher olha de relance para o filho que se levantava e apenas observava para o pai. A melodia instrumental continuava a ter espaço no cômodo, enquanto Tony Stark e Howard Stark, soltavam farpas um no outro. Sem demonstrar nenhum carinho ou afeição, entristecendo a loira, que preferiu ignorar as ações do filho e marido.

- Seja carinhoso, ele estava estudando fora, amor. – Maria comenta, se deleitando com as teclas do piano.

- Sério? E estudou quem? Qual era o nome dela? – Howard pergunta, retirando o gorro da cabeça de Tony.

- Candice... – Tony responde, olhando de relance para a mãe.

- Me faz o favor, nao me incendeia a casa antes de Segunda Feira.

- Ah, então voltam segunda? Que bom saber disso... – Tony comenta divertido, se afastando de Howard – Vou planejar a festa da touca para antes! – nenhum dos adultos responde, então Tony continua – Para onde vão?

- Seu pai e eu vamos paras as Bahamas, tirar férias. – Maria responde decentemente e logo Howard interveio.

- Talvez façamos uma parada...

- No Pentágono, né? Não se preocupa, vai adorar o menu final de ano da cafeteria de lá! – o menino comenta sarcástico, se afastando mais dos pais.

- Dizem que o sarcasmo é uma medida para o potencial, se for verdade, você será um grande homem, algum dia. – Tony não olha para os pais, apenas cruza os braços – Eu vou pegar as malas...

- Ele sente muito a sua falta... – Maria comenta, olhando carinhosamente para o seu filho – E francamente, - ela se levanta e logo caminha até o filho – você vai sentir a nossa. Porque essa é a última vez, que vamos estar todos juntos. – Tony olha para baixo, enquanto a mãe continuava – Sabe o que vai acontecer, meu bem? Diz alguma coisa... vai se arrepender se não dizer!

O garoto olhou para o pai, e depois para a mãe, mas nada saiu da sua garganta. Nenhuma palavra, apenas ele ficou olhando para os seus pais. De repente, logo a sala começa a escurecer, se transformando em uma imagem noturna, onde um carro batido em uma árvore, saindo fumaça e dois corpos falecidos no chão. O Stark, reconhecia aqueles corpos, eram de seus pais, que haviam sido assassinados a sangue frio.

O garoto fechou os olhos, enquanto tentava apagar aquela imagem dos seus pais frios, com o sangue escorrendo. Assim que ele abriu os olhos, ele não era mais um garoto, agora ele era um homem. Um homem crescido e de família, ele conseguia ouvir as gargalhas que ecoavam dentro do Audi, as gargalhadas que Seth e Mary davam, as palhaçadas.

Suas mãos estavam no volante, enquanto ele admirava a beleza que o rodeava. Ele conseguia ouvir o coração de Seth batendo, enquanto ele brincava com aquela aranha de pelúcia. Ele conseguia ver o brilho no olhar azul da mulher, enquanto ela observava amorosamente o seu noivo e filho. Tudo estava tão perfeito, tão certo, e devia continuar assim, e não mudar repentinamente. Logo Tony pode ver o carro em que se encontrava capotar, enquanto o choro de Seth preenchia o carro.

E então, tudo ficou escuro, apenas o choro de Seth era ouvida e uma gargalhada sinistra ao mesmo tempo. Aos poucos, uma luz surgiu, chamando a atenção do Stark. A passos largos, o engenheiro correu em direção a essa luz, e quando finalmente chegou no fim. Sentiu seu peito afundar em tristeza e aflição, seus olhos marejaram, enquanto sua respiração ficou descompensada.

Um caixão pequeno estava presente, onde havia um corpo de uma criança. Os cabelos castanhos dele, estavam perfeitamente ajeitados, seu corpo coberto com um terno preto, o deixando lindo. Seus olhos estavam fechados, como se ele estivesse em um sono profundo. Mas o que o fez, se desmanchar, foi perceber que o peito do menino não se movimentava.

Levando a mão hesitante, até a face do filho, Tony pode sentir a pele gelada. E logo os lábios do menino começaram a ficar roxos, enquanto sua pele, cada vez mais pálida. O Stark soltou um berro sofrido, quando manchas de sangue começaram a infiltrar a roupa do menino e a face. Pegando o filho no colo, o homem chorava e implorava freneticamente para ter o filho de volta, mas em vez de ganhar o filho sorrindo, o corpo do menino, começava a esfarelar, passando entre os dedos do pai.

As lágrimas rolavam desesperadamente na face do homem, enquanto ele estava caído no chão, abraçando a si mesmo. Olhando para a frente, Tony pode ver um corredor cinza, com algumas portas. O Stark reconheceria aquele lugar, mesmo se estivesse com os olhos fechados. Era um dos corredores do MIT.

Se levantando, o homem caminha em direção para uma mulher, que encarava alguma coisa na - sua frente. Parando ao lado da mulher, ele logo reconheceu ela... Era mais uma das milhares de pessoas que o culpava de tudo, todos os desastres que esse mundo já havia enfrentado. Até hoje, ele se lembra de como aquelas palavras que ela falou, cortaram ele por dentro. Principalmente, porque era tudo verdade...

- Dizem que existe uma correlação, entre generosidade e culpa. – a voz dela, preencheu aquele corredor, que estava começando a ficar pequeno – Mas se tem dinheiro, deve fazer acontecer. Não é?

- Por que? Por que está me torturando? – a voz do Stark saiu embargada e quebrada, ele não queria mais isso, primeiro o seus pais? Depois Seth? Agora era quem?

- Trabalho no departamento do Estado, Recursos Humanos. – Tony negava com a cabeça, enquanto ouvia a mulher falar – Eu sei que é chato, mas fez com que meu filho, fosse criado.

- Por favor, pare... – o olhar do gênio estava quebrado, ele não aguentaria mais.

- O que ele se tornou? Trouxe orgulho pra mim... – a mulher empurra uma foto para ele, Tony não queria ver, porém a imagem se alastrou na sua mente, do garoto sorrindo – O nome dele era Charles Spencer, você matou ele!

- Por favor...

- Em Sokovia! Não que isso possa interessar voce! – a mulher acusava Tony, com um olhar de julgamento – Você acha que luta por nós? Você só luta por você mesmo! Quem vai vingar o meu filho, Stark? Ele está morto, e a culpa é sua!

Logo vários julgamentos que ele carregou durante sua vida inteira, começaram a surgir. "Você é um monstro, Stark!" , "Está tentando redimir, depois de matar tantas pessoas, Stark!" , "Você o matou!" , "Você só luta por si só!" , "Você é assassino!" , " Tony Stark, o Mercador da Morte!". Tantas frases ecoando da sua mente, o fazendo se sentir tão vulnerável, tão monstro...

Ele não queria... ele nunca quis isso! E como se as frases em si só, não fosse horrível o suficiente. Imagens de pessoas o julgando, o condenado, por ter feito algo errado, começaram a surgir. Seu pai, o julgando sempre que via, Steve e basicamente todos os vingadores, o julgando... O olhar falando, o que a boca simplesmente não falava... Wanda e Pietro, o culpando pela a morte dos pais, o chamando de assassino... e ainda existia as milhares de pessoas, que ele arriscava a droga da vida, para salvar, o culpando.

- Para! – Tony grita com a voz totalmente em desespero – Eu não quero mais isso! Por favor... – logo tudo para, e Tony olha em volta, encontrando seus pais com manchas de sangue e seu filho junto com Mary.

- Você devia ter nós salvado, Anthony. – Maria acusa, e pela a primeira vez, o olhar dela era decepcionado.

- Eu sabia que você seria uma decepção... nem salvar seus próprios pais, conseguiu! – Howard rosna, o torturando mais ainda.

- Eu tinha uma vida perfeita, antes de te conhecer... e agora eu estou morta! – Mary exclama, o olhando com nojo.

- Você poderia ter me salvado do Richard! – Seth acusa, e a cada palavra ele crescia, se tornando no Peter – Mas voce não fez nada, me deixou!

Tony não aguentou mais, ao ver a decepção e o julgamento estampado na face de Peter. Até o seu próprio filho o julgava, o condenava... talvez todos estavam certos, talvez ele seja mesmo um monstro. Um monstro que devia morrer!

Tony acordou ofegando com aquela droga de pesadelo. Sua respiração estava claramente descompensada, e o suor escorria da sua face. Ele podia sentir as lágrimas rolando, enquanto seu peito cada vez mais, afundava em aflição e medo. Ele estava desesperado, estava horrorizado com aquele sonho.

Nunca na sua vida, ele teve um sonho parecido, e isso apenas o assustava cada vez mais. Pepper, se encontrava sentada ao lado de Tony, massageando as costas dele. A ruiva acordou, quando ouviu o noivo soltar um gemido doloroso, como se algo o machucasse. E aparentemente, algo realmente estava o machucando.

- Chefe, devo avisar que seus batimentos cardíacos estão acelerados. – Sexta fala, fazendo o bilionário tentar controlar a respiração.

- Tony, está tudo bem... eu estou aqui! – Pepper exclama, puxando o homem para mais perto - Calma, querido.

- Ele me odeia... ele me odeia... – o gênio balbucia, fazendo a ruiva franzir o cenho.

- Quem te odeia?

- O Peter... ele me culpa por tudo... - Tony fechou os olhos – Ela também me culpa pela morte do filho... Meus pais também me culpam... Os vingadores também...

- Shiu... – a Potts faz Tony o olhar nos olhos – Peter não te culpa por nada, ele te ama muito, Tony. Seus pais, também! Você não tem culpa do que ocorreu em Sokovia e nem dos Vingadores.

Tony não falou mais nada, apenas continuou naquela posição durante mais alguns minutos, tentando esquecer daquele pesadelo, que o atormentava. Não era segredo para os mais próximos, que Tony era um homem quebrado, um homem que não sabia ao certo o que iria fazer, para concertar os seus erros. Ele tentava concertar todos, tentava mudar, mas sempre tinha aquela pessoa que o culpava, que o condenava, e isso destruía Tony.

- Senhor, Peter está com os batimentos cardíacos elevado e está em aflição também. – SEXTA comenta, fazendo o Stark olhar para o teto.

- Eu preciso ver o que está acontecendo... – o gênio murmura, se levantando.

- Tá bom... eu estou aqui. – Tony assente, enquanto cambaleava até o quarto do filho.

*

*

*

Peter sempre adorou visitar o parque, na verdade, era um dos passatempo dele favorito, quando saia com a mãe – o que ocorria bastante. Mas desta vez estava diferente de como ele se lembrava, mas não era um diferente ruim. Muito pelo ao contrário, era um diferente que ele havia gostado, era um diferente agradável.

A primeira diferença, era que ele não era um garoto de dez anos, ele era um adolescente, de quase dezesseis anos. Outra mudança, era o parque, que estava bem mais cuidado do que antes, com mais vida, mas harmonia. Outra mudança, é que não era a sua mãe e ele, que estavam sentados na toalha xadrez, enquanto degustavam um pão com manteiga de amendoim.

Mas sim, seu pai, que estava deitado totalmente relaxado na toalha, enquanto sorria alegremente. E ao lado dele, estava Pepper, que mordia um pedaço do pão, enquanto assentia sobre algo, e ria na direção de Peter. Estava apenas eles dois, e Peter naquele lugar, e o pequeno Stark sorria, enquanto observava seu pai e a Potts, passando uma tarde em família, como se isso fosse algo normal, algo que eles faziam desde sempre.

Uma parte de Peter, realmente desejava que isso fosse algo normal para ele. Mas levando em circunstancia tudo que ele já passou, era difícil acreditar que a vida dele seria normal. Às vezes, ele achava que nunca teria uma vida normal, sem precisar se preocupar com mortes, acidentes, bandidos, vilões. Mas, sendo quem ele é, isso era algo totalmente impossível de acontecer.

- Quando você vai voltar para nós, Peter? – a voz de Pepper, chama a atenção do menino, que a olhou com o cenho franzindo.

- Mas eu estou aqui, Pepper. – o menino responde, levemente confuso.

- Quando você vai voltar para casa, Peter? – desta vez, Tony pergunta, sorrindo triste.

- Eu estou aqui, Tony! – Peter exclama, percebendo que algo estava errado – Por que vocês nao me veem?

- Quando eu vou ter meu filho de volta, Peter? – a voz e expressão de Tony, pareciam mergulhadas em aflição – Por que eu perdi o meu menino?

- Tony! Eu estou aq... – o menino foi interrompido, quando uma mão grande, encobriu sua boca.

Olhando assustado para trás, Peter sentiu mil sensações apoderar dele. Suas pernas logo começaram a ficar bambas, sua respiração acerelada, seu coração sambava no seu peito. Seus olhos de corça, brilhavam pânico, enquanto a face mergulhava em medo e desespero. Alguns lágrimas começaram a descer lentamente, e ele sentia os tremores percorrer o seu corpo, ao reconhecer aquele homem.

Ele nunca iria esquecer, o seu bicho papão pessoal, nunca na sua vida toda. Os cabelos castanhos escuros, caindo na sua testa, a barba mal feita, que atormentava Peter profundamente. Mas o que mais fazia Peter tremer, era aqueles olhos escuros, tão escuro como a noite, que sempre perseguia Peter na escuridão. Ele em si próprio, já era o pesadelo de Peter.

O menino estremeceu, quando aquela risada que o atormentou durante a sua vida, emergiu na garganta do homem. O Stark fechou os olhos fortemente, enquanto tentava acordar daquele pesadelo. Ele havia morrido, não podia estar ali! Richard Parker, não podia fazer nenhum mal a ele, entretanto, isso não acalmava Peter.

- Achou que tinha fugido de mim, Peter? – a voz do homem, causou um frio na espinha do menino.

- Você morreu! Você não me assusta mais! – o sorriso diabólico de Richard brinca na face, enquanto ele olhava para alguém atrás de Peter.

- Você se despediu do papai? E da noiva dele? – o menino o olha confuso – Isso vai ser mais divertido.

- Me deixa em paz! Você nao pode me machucar! – Peter exclama, porém, em resposta Richard mostra Pepper e Tony, que continuavam balbuciando a mesma pergunta.

- Eles estão te esperando em casa, Peter... – Richard murmura, fazendo o menino novamente estremecer – Você é um garoto muito levado, Peter...

E com isso, Richard pega uma arma do seu cinto, e mira na direção do casal. Peter gritou ferozmente, tentando salvar uma parte da sua família. Mas foi tarde demais, logo dois disparos pode ser ouvido, e sem mais delongas, as balas atravessaram o corpo de Pepper e Tony. O menino, gritou dolorosamente, enquanto as lágrimas rolavam da sua face.

Richard jogou Peter em cima do sangue dos dois, e o menino apenas tremeu enquanto tentava acudir o casal. A risada do Richard, entrava cada vez mais na mente de Peter, enquanto ele tentava salvar a vida de Pepper e Tony. Mas era tarde demais, o casal havia falecido, e Peter não pode fazer nada, apenas assistir a morte deles.

- Você foi o culpado, Peter! – Richard exclama e ainda completa – Você nunca vai se livrar de mim!

Peter se remexia na cama, enquanto gritava dolorosamente, para Tony e Pepper. Suas mãos, apertavam fortemente as cobertas, seus cabelos estavam grudados na testa, enquanto lágrimas sofridas escorriam da sua face, que se encontrava totalmente em pânico. O menino, estava ouvindo os disparos consecutivamente, fazendo seu corpo tremer.

Tony, assim que adentrou no quarto, pediu para SEXTA ligar em 25%, e literalmente sentiu que estava preste a ter um treco, quando viu a situação do filho. Correndo a passos rápidos na casa do filho, o Stark, depositou as mãos no ombro de Peter – que se encolheu. O menino ainda estava preso no pesadelo, e o mesmo, não estava sendo nem um pouco agradável, mas sim, perturbador.

- Peter? Peter? – Tony o chamava com a voz calma, fazendo o menino resmungar com a voz quebrada.

- Por favor... não... – o Stark júnior, formou uma careta de dor.

- Bambino? – Tony sacudiu levemente os ombros de Peter, fazendo ele acordar assustado.

Peter literalmente quase pulou da cama, seus olhos estavam arregalados em puro pânico, sua face o medo prevalecia, junto com a aflição. A respiração dele, estava totalmente descompensada, e sua mãos tremiam violentamente, junto com os lábios. E parar dar o retoque final, as lágrima rolavam dos olhos de Peter.

Tony conhecia muito bem aquela sensação, Peter estava tendo uma crise. Felizmente, o Stark sabia como ajudar o filho, e logo tratou de fazer isso. O Homem, começou a falar palavras encorajadoras, enquanto mostrava como ele deveria respirar. Peter tentava manter o foco no pai, mas sua mente sempre viajava para o corpo ensanguentado de Pepper e Tony, e ele todo sujo do sangue de ambos.

- Ele está aqui? Ele está aqui? – a voz do menino estava desesperada, enquanto ele olhava para os lados.

- Quem está aqui, Bambino? – a voz do gênio, saia como um sussurro ao mesmo tempo, doce.

- Ele... Richard... – os olhos do menino, se encontraram com os do pai – Ele matou você e Pepper... por causa de mim!

- Hey, foi um pesadelo... Eu e Pepper estamos bem. – Tony logo abraça o filho, que agarrou fortemente o pai, enquanto chorava – Richard não vai fazer nada com voce, Peter. Eu não vou deixar ninguém te machucar, Bambino.

- Eu não quero te perder de novo... – Peter murmura aflito e fungando – eu não quero...

- Você nunca vai me perder, meu filhote. Eu vou estar com você, sempre.

Tony, logo deitou Peter na cama, e deitou ao lado do mesmo. O homem fazia carinho nos cabelos encalorados de Peter, enquanto cantarolava uma música. Passou alguns minutos, e Peter já estava bem mais calmo, os olhos pesando, porém, ele continuava segurando fortemente o pai, com medo de perder ele.

- Te amo demais, Bambino. – Tony murmura, beijando a têmpora de Peter.

- Também te amo, - Peter resmunga com a voz sonolenta e totalmente embargado no sono – pai.

Assim que ouviu aquela palavra, Tony sentiu seus olhos logo marejarem, enquanto olhava para o menino que havia pegado no sono em seus braços. Seu coração, estava transbordando de alegria e ternura, e o mesmo não conseguiu segurar o sorriso que surgiu. Peter tinha o chamado de pai, pela a primeira vez, seu filho o chamou assim...

O engenheiro, sabia muito bem que amanhã Peter nem ia se lembrar, que havia o chamado de pai, entretanto, Tony iria se lembrar, portanto, ele nao conseguiu segurar as emoções. Essa evolução, simplesmente deixava o Stark mais feliz... pois, isso apenas demonstrava que Tony Stark estava fazendo algo certo para o filho.

*

*

*

Pepper tinha acabado de sair do quarto, totalmente vestida para mais um dia de trabalho. Caminhando até a cozinha, a ruiva continha uma expressão aflita, enquanto o seu olhar estava cansado. Tony não teve uma noite bem dormida, por causa de um pesadelo, que com certeza abalou o gênio completamente, e que vai continuar o abalando, até ele superar o mesmo, que pode demorar dias ou até mesmo, semanas.

Com um suspiro cansado, a Potts continua o seu trajeto até a cozinha. Pepper, acreditava que os pesadelos de Tony iriam diminuir, depois que Peter apareceu. Até porque, não teria como os pesadelos de Seth ser real, se o pequeno estava ali, apenas alguns metros de distância. Mas aparentemente isso não aconteceu, o que entristecia e preocupava a CEO.

Entrando no cômodo, Pepper esperava encontrar Tony tomando seu café preto, com olheiras profundas e levemente roxas, com uma expressão neutra. Entretanto, assim que entrou no lugar, os seus olhos vasculharam a procura do noivo, mas nenhum sinal que Tony estivesse passado por lá. Nem mesmo sinal que havia sido feito café, estava presente, e além disso, em cima do balcão, a xícara preta de Tony descansava da mesma maneira, que Pepper havia deixado.

Franzindo o cenho em completa confusão, a Potts deixa sua bolsa descansar em uma banqueta, enquanto ligava a cafeteira, e olhava melhor o redor. Tony não iria para o laboratório, sem desejar um bom trabalho para a ruiva e muito menos, sem se despedir de Peter. Falando no menino, o mesmo estava claramente atrasado, e isso, apenas deixou a Potts ainda mais confusa.

Pegando o cereal de Peter, a CEO despeja uma quantidade na vasilha do menino, enquanto olhava para o relógio na parede – ele era antigo, comparada com a tecnologia que a Stark tinha, porém ninguém ousava mexer, pois foi um presente da Senhora Potts. Sete horas e trinta e cinco minutos, e Peter ainda não havia acordado? Com certeza, isso era estranho... O menino, é sempre o segundo acordar naquela Torre, e normalmente, aparecia na cozinha as sete e vinte.

- SEXTA, o Peter está acordado?

- O Jovem Chefe, ainda está dormindo. Preciso avisar, que se ele não acordar dentre dez minutos, vai se atrasar. – a I.A responde, levemente preocupada.

- Eu já estou indo. – a ruiva responde, caminhando até o quarto do menino – SEXTA, fazendo o favor, fala para Tony, sair do laboratório e vim tomar café?

- O Chefe nao se encontra no laboratório, Senhorita Potts.- SEXTA responde, enquanto a Potts franze o cenho, e batia delicadamente na porta de Peter.

- Onde ele está en... – a Potts se interrompe, ao ver a cena mais linda deste mundo.

O quarto de Peter estava do jeito que ele sempre deixava. Lições e livros de escola, espalhadas na sua escrivaninha, e em volta dela. Algumas peças de LEGO, organizadas em alguns montes, no canto direito do quarto. E ao lado do seu criado mudo, junto com o abajur, um porta retrato – com a foto que Pepper havia dado -, e o livro pela a metade do Harry Potter.

Mas, o que realmente chamou a atenção de Pepper, foi os dois corpos dormindo pacificamente na cama. Se aproximando mais, a Potts deixa um sorriso meigo surgir na face, enquanto admirava aquela cena tão linda, que fazia seu coração derreter de fofura. Tony dormia pacificamente, com um braço envolta de Peter, como uma barra de proteção, enquanto o outro, o garoto se encontrava agarrado fortemente.

Os cabelos de ambos, estavam caídos na testa, e a expressão dos dois Stark's era simplesmente idênticas, até mesmo a respiração deles estava em plena sincronia. A Potts, continuava olhando para o seu noivo, e o seu filho adotivo, porque querendo ou não, Peter sempre foi um filho para a ruiva. Afinal, ela praticamente acompanhou a gravidez de Mary, o nascimento e uma parte do desenvolvimento do menino.

Mary cuidou de Peter sozinha – com apenas ajuda de May – aproximadamente sete anos. E durante cinco anos, May foi a única responsável de Peter, o ensinando e o cuidando. Mas agora, Pepper estava lá, e não hesitaria em continuar fazendo o seu papel de segunda mãe. Ela não acompanhou uma parte do crescimento de Peter, e isso a entristecia, porém, agora ela nunca iria descuidar disso!

- Senhorita Potts, lamento interromper os seus pensamentos, mas o pequeno Peter, vai se atrasar se não acordar agora. – SEXTA comenta, com a voz baixa.

- SEXTA, tira uma foto e arquiva na minha pasta, fazendo o favor. – Pepper pede, enquanto caminhava até o noivo, e o acordava lentamente, ela se sentia horrível por acordar os dois, que estavam em um sonho tão relaxante - Hey, amor, acorda.

- Pepper? – Tony balbucia, com a voz grogue e olhando para os lados – O que aconteceu?

- Aparentemente, você dormiu no quarto do Petey. – a CEO responde, olhando para o menino, que continuava dormindo e roncando baixinho, o Stark suspira frustrado – O que foi?

- Ele teve um pesadelo. – Tony responde, observando com os olhos ainda sonolentos, a ruiva – Peter sonhou com o desgraçado do Richard, assassinando nós dois.

- Oh, meu Deus. – a mulher balbucia, fazendo leves círculos na pele exposta de Peter – Você acha que Richard, de alguma forma abusou... - Pepper não consegue pronunciar a palavra, porém Tony entendeu – sem May ou Mary saber?

- Eu não sei... mas se ele tocou no meu filho, eu juro que trago aquele canalha de volta, apenas para eu mesmo o matar. – os olhos de Tony, estavam carregados de fúria, e sua voz, saiu mais como um rosnado, mas ele logo muda para aflição – Eu devia ter salvado ele, devia ter sido um pai melhor.

- Não podemos mudar o passado, Tony... Mas o futuro e o presente, sim. – Pepper forma um sorriso genuíno – E podemos começar agora, acordando ele! – o gênio deu um sorriso fraco, enquanto percebia Pepper o acordar delicadamente – Peter?

- Pirralho? Hora de acordar... – Peter solta alguns murmúrios sonolentos, enquanto abria lentamente os olhos.

- Pepper? Tony? – o pequeno esfrega os olhos – O que aconteceu?

- Nada... apenas, está atrasado. – a Potts responde, vendo Peter despertar rapidamente, e literalmente pular da cama, catando a roupa já vista em cima da cadeira.

- Happy odeia me esperar muito! E além disso, MJ tem um comunicado importante para passar antes das aulas... ela vai me matar! – Peter exclamava desesperado, e estava preste a tirar a camisa, mas logo ele repara nos dois adultos, e sente suas bochechas corarem.

- Eu vou arrumar o café. – a mulher murmura, deixando um beijo estalado na testa de Peter.

- E eu, vou deixar você se trocar! – Tony exclama, se levantando da cama e passando por Peter, bagunçando os cabelos do mesmo.

- Hey, Tony, - o bilionário o olha, um pouco tristonho por ser chamado pelo nome, mas logo espanta esse sentimento – obrigado por ter me ajudado hoje a noite.

- Você também me ajudou, Peter. – o garoto apenas sorri fraco – Eu estou aqui para o que der e vier, Pety, não se esqueça disso.

- Tá... – e com isso, Tony Stark deixa o seu filho se trocar, e caminha até a noiva com um sorriso. Pepper estava certa, não dava para ele mudar o passado, mas o futuro e o presente, sim... e era isso que ele ia fazer.




* Em primeiro lugar, eu sinto muito por ter feito vocês passarem por essa angustia ou qualquer sentimento!

* Peter chamou pela a primeira vez, Tony de Pai! FINALMENTE!

* Espero que tenham gostado!

* Desculpa qualquer erro ortográfico...

* Até mais!

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