A caminhada não era tão curta. Alexia convenceu Emma a não chamar um Uber e se ir andando até sua casa, o que lhes roubaria cerca de meia hora, mas ela queria caminhar. A noite estava fria e calma, poucos carros na rua, assim como poucas pessoas. O cheiro da cidade dava a Emma uma boa nostalgia de quando ela andava por ali quando era mais nova, em sua bicicleta e de repente ela decidiu que queria ter uma bicicleta novamente.
Durante o caminho elas riam e conversavam besteiras, às vezes até algumas coisas indecentes sussurradas no ouvido, mesmo sem ter ninguém por perto que pudesse ouvir.
- Alexia!!! – Emma ouviu alguém chamar de longe.
- Ah, não acredito nisso. – Alexia murmurou quando virou em direção à voz, tirando o braço de Emma de cima de seu ombro. – O que você quer, Kim?! – Alexia gritou de volta enquanto a garota não se aproximava.
Elas estavam no meio de uma rua tranquila com poucas casas. Emma se afastou um pouco e tirou um cigarro do bolso enquanto deixava as duas se resolverem, apenas assistindo enquanto fumava.
- Porque você não retornou minhas ligações? – Kim se aproximou.
- Acho que isso já se responde sozinho, não acha Kim? – Alexia foi direta.
- Você não pode simplesmente sumir sem dar explicações.
Alexia deu uma risadinha.
- A gente não tinha nada, Kim, eu sempre deixei isso claro. Nós só saímos algumas vezes.
Estava realmente divertido assistir aquela cena e Emma teve que dar uma risadinha. Merda. Agora ela saiu da invisibilidade quando Kim a olhou, com raiva, diferente daquela simpatia da primeira vez que Emma havia a visto.
- Você está saindo com ela agora? É seu brinquedinho da vez? – Kim perguntou a Alexia.
Ela estava ficando cada vez mais alterada, o que deixou Emma mais atenta.
- Não é da sua conta. Olha só, Kim. Eu não preciso ficar me explicando pra ninguém, muito menos pra você. É só superar e seguir a vida, me deixa em paz.
Alexia se virou e voltou a andar. Um barulho de metal estalando chamou a atenção de Emma... Aquilo era...?
- Porra. – o cigarro caiu de sua mão e todos os músculos de Emma ficaram rígidos quando ela viu Kim apontando uma arma para Alexia.
Alexia se virou e congelou quando viu a arma apontada diretamente para seu rosto há apenas alguns metros de distância.
- O que você está fazendo? – Alexia perguntou com cuidado. – Kim?
- Ei... Baixa essa arma, Kim. Você está nervosa, não deveria tomar nenhuma atitude nesse estado.
- Cala a boca. – Kim apontou a arma pra Emma e depois voltou a mira para Alexia, que já estava pálida pelo nervosismo.
Emma tentou pensar em alguma forma de desarmar Kim, mas nada que resolvesse a situação de uma forma pacífica, então tomou cuidado com cada palavra e movimento que fazia.
- Você não pode tratar as pessoas como merda e depois sair impune, Alexia.
Enquanto Kim falava, Emma foi se aproximando lentamente, com as mãos erguidas para que Kim pudesse vê-las.
- Eu achei que o que a gente tinha era diferente. Achei que você realmente se importava comigo. Mas não. Eu fui só mais um passatempo seu. – Enquanto Kim falava, Emma se aproximou sorrateiramente de Alexia e logo a colocou para trás do seu corpo, a protegendo, enquanto uma mão ficava estendida para Kim, como sinal de tranquilidade, para ela ficar mais calma.
- Kim, guarda a arma. Por favor. Não desperdiça sua vida por causa disso. Você sabe que pra atirar nela vai ter que atirar em mim também. Não vale a pena, vai embora. Você vai ficar bem.
- Eu não vou matar ela, porra! – Kim gritou. – Eu só quero que ela sinta como é se sentir insignificante, como se não valesse nada. Um segundo e você deixaria de existir se eu quisesse. Levaria um segundo! Isso é quanto insignificante você pode ser também!
- Eu sinto muito, Kim. – Alexia disse com a voz trêmula. – Mas eu não fiz nada pra magoar você diretamente. Você me conhece, sabe que eu não sou uma boa pessoa pra um relacionamento. Eu não estou pronta pra isso. Eu sinto muito!
- Foda-se! Nunca mais fale comigo na sua vida! – Kim se virou e com passos apressados foi embora.
Emma e Alexia demoraram para se moverem novamente. Somente quando a distância de Kim foi segura o suficiente. O corpo inteiro de Emma tremia quando ela se virou para Alexia, que apenas a abraçou forte enquanto soluçava.
- Meu Deus! – Alexia disse com a voz abafada, ainda sem acreditar no que tinha acabado de acontecer.
- Vamos. – Emma abraçou Alexia com força. – Está tudo bem, vamos.
Elas apressaram os passos e saíram dali o mais rápido possível. O trajeto que ainda duraria uns 15 minutos durou 5 pela pressa de seus passos e finalmente chegaram na casa de Alexia.
Sua mãe e seu padrasto estavam dormindo e a casa estava silenciosa. Emma conduziu Alexia para a cozinha e pegou um copo d'água para ela, que ainda estava muito abalada e tremia demais. Emma não estava diferente. Que loucura!
- Eu não acredito que ela fez isso. – Alexia disse enxugando algumas lágrimas depois de tomar alguns goles da água. – Porra... – ela murmurou, ainda perplexa. – Eu não sabia que a Kim seria capaz de uma coisa dessas.
- Isso é loucura. – foi a única coisa que Emma conseguiu expressar.
- Meu Deus.
- Vamos subir, tomar um banho pra relaxar e descansar, tentar esquecer que isso aconteceu.
- Impossível esquecer a porra de uma arma apontada na sua cara. Ela poderia ter me matado, Emma!
- Mas não matou, ela não tinha essa intenção, Alexia. Ela só quis te assustar.
- E conseguiu.
- Vamos subir...
Emma pegou o copo da mão de Alexia e a conduziu até o quarto dela.
Alguns longos momentos depois elas estavam deitadas na cama de Alexia, enroladas em um edredom grosso enquanto algum programa aleatório passava na televisão que ficava de frente para a cama. Foi a tentativa frustrada de Emma para fazer Alexia se distrair, mas ela não conseguia focar por muito tempo sem pensar no que tinha acontecido.
- Foi a coisa mais insana que eu já senti na vida. – Alexia murmurou.
- Eu também. Você precisa tomar mais cuidado com as pessoas que você sai. Existem pessoas realmente descontroladas por aí.
- E se ela tivesse atirado?
- Para com isso, ela não atirou, está tudo bem.
- Meu Deus, Emma. – Alexia suspirou e a olhou no fundo dos olhos. – Promete pra mim que nunca vai apontar uma arma pra mim?
Emma teve que rir.
- Eu não sou tão descontrolada a esse ponto. Não se preocupe.
- Promete!
- Eu prometo, claro.
Alexia abraçou Emma em baixo das cobertas e então murmurou.
- Obrigada por ter ficado na minha frente pra me proteger. Você é maluca, não devia ter feito isso, mas obrigada.
Emma riu baixinho.
- Não precisa agradecer. Está tudo bem agora.
Alexia se virou de costas para Emma que a abraçou por trás, a aconchegando naquele clima bom, tentando demonstrar para Alexia que ela não tinha com o que se preocupar agora, que tudo estava bem.
Alexia mexia nos dedos de Emma delicadamente enquanto ela a abraçava. Aqueles foram os toques mais íntimos que Emma e Alexia já tiveram, o que fez Emma sorrir por um momento. Houve um momento de silêncio e tranquilidade, com pequenas carícias.
Alexia parecia estar mais calma e relaxada, seu corpo dizia isso, pois já não estava completamente tenso. Emma ficou confusa quando Alexia segurou sua mão e a levou até sua boca, esfregando os lábios e dando uma pequena mordida em um dos dedos. Emma não reagiu àquilo, apesar de ter percebido uma pequena provocação, mas poderia estar entendendo errado.
Alexia soltou um suspiro e se aconchegou mais para trás, movendo seu corpo contra o de Emma com uma nítida provocação.
Atrás de Alexia, Emma levou sua boca até o ouvido dela e sussurrou:
- Tem certeza?
- Tenho... – Alexia sussurrou de volta quando chupou dois dedos de Emma e os conduziu de sua boca até seu peito. - Preciso disso.
Alexia afastou o fino tecido da blusa que vestia, descobrindo um de seus mamilos, esfregando nele os dedos de Emma que ela tinha acabado de chupar. Emma soltou a respiração em seu ouvido enquanto observava aquela cena que fez uma onda de prazer lhe atravessar, tirando qualquer clima tenso que havia antes.
Por algum motivo, Emma gostou de ser conduzida daquele jeito e deixou com que Alexia continuasse. Sua mão continuou descendo de acordo com o que Alexia levava, até que ela a colocou dentro de sua calça moletom. Infelizmente o tecido da calcinha ainda a separava de sentir Alexia por completo, mas ela foi paciente.
Alexia abriu suas pernas e Emma, que já não estava mais sendo guiada, começou a acaricia-la ali, por cima da calcinha, com movimentos delicados e circulares. Alexia suspirou e moveu seu quadril como se ansiasse por mais daqueles toques. Emma a provocou o máximo que pôde, masturbando-a por cima da calcinha até ela sentir o tecido ficar molhado pela excitação de Alexia, que rebolava e abria cada vez mais suas pernas, dando espaço para Emma.
Emma não conseguiu mais ficar nas provocações, ela queria sentir Alexia de verdade, sem nenhum tecido atrapalhando o contato, então afastou a fina calcinha com seus dedos e encontrou seu centro molhado. Seus dedos deslizaram pra cima e pra baixo, acariciando a buceta de Alexia com delicadeza. Ela estava tão molhada...
Alexia dobrou um de seus joelhos, se abrindo completamente e colocou a mão por cima da de Emma, dando mais pressão em seus toques. Alexia gemeu baixinho e mordeu seu lábio enquanto era tocada, seu quadril já não estava mais parado e acompanhava os movimentos.
Emma salivou quando Alexia soltou um gemido mais alto e não quis esperar mais para penetrá-la. Um dedo entrou, deslizando deliciosamente, fazendo Alexia gemer de uma forma manhosa.
De repente Alexia fechou suas pernas e tirou a mão de Emma de sua buceta, a fazendo grunhir de desaprovação, mas a cena que ela viu a seguir a fez suspirar.
Alexia se sentou na cama e tirou primeiro sua blusa, depois se levantou e tirou sua calça e qualquer outro tecido que tivesse em seu corpo, ficando completamente nua.
Emma se sentou na beira da cama para admira-la mais perto, então Alexia tirou também a sua blusa, a soltando no chão. Bem de frente para a cama de Alexia tinha um grande espelho que Emma não pôde evitar olhar. Como se quisesse lhe dar um pequeno show, Alexia se sentou em seu colo com as pernas separadas e se empinou, dando a Emma a melhor vista que ela poderia ter naquele momento.
Emma suspirou e acariciou o traseiro de Alexia com vontade enquanto a olhava pelo espelho. Deus, Alexia era perfeita. Depois de a acariciar com vontade, Emma deu um belo tapa em um dos lados do traseiro de Alexia, que provavelmente deixaria a marca de seus dedos. Alexia gemeu e se empinou um pouco mais e com a boca no ouvido de Emma, ela sussurrou:
- Mais um.
Emma atendeu seu pedido de prontidão, dando mais um tapa. Alexia gemeu de satisfação e sorriu maliciosamente em seu ouvido.
- Você é muito safada. – Emma se pegou murmurando.
- E você gosta. – Alexia respondeu ainda com a boca colada em seu ouvido, dando uma pequena lambida que fez Emma se arrepiar da cabeça aos pés.
Antes que Emma pudesse responder, Alexia a calou com um beijo intenso. Daí pra frente foi tudo muito carnal. Os beijos intensos, língua pra todos os lados, mãos maliciosas exigentes e gemidos.
Emma pôs Alexia de quatro na cama e após lamber seus dedos a fodeu com vontade, puxando seus cabelos, fazendo Alexia gemer freneticamente até ela ficar a ponto de gozar. Emma a faria gozar nessa mesma posição, mas Alexia a fez parar e se virou de frente pra ela, ainda deitada, de pernas abertas. Emma soube na hora o que ela queria e atendeu de prontidão. A chupou da melhor forma que pôde enquanto ainda a fodia, sem dar tempo de pausa para os gemidos de Alexia, provando seu sabor adocicado, a deixando ainda mais molhada com sua saliva.
Alexia não aguentou muito tempo e depois de um "Meu Deus!" ela gozou enquanto Emma a chupava.
Um sexo cru, carnal, sem rodeios, do jeito que Emma gostava e fazia antes de Melinda, antes de toda essa merda que era sua vida pós Melinda.
- Lembra do nosso trato? – Alexia sussurrou, ainda ofegante.
Emma murmurou concordando.
- Ainda está de pé? – Alexia completou.
- Sim, por favor. A não ser que seja tarde demais pra você...
Alexia riu com deboche.
- Claro que não, eu não estou apaixonada por você, sua convencida.
- Nem eu por você. – Emma retrucou, também rindo.
- Ótimo.
- Bom.
- Vamos de novo?
- Sim. – Emma ainda estava excitada com tudo aquilo, ainda não tinha gozado, então pra ela foi fácil continuar.
Para Alexia não pareceu ser tão difícil. Emma a fez gozar mais duas vezes naquela noite.