M A R I A E D U A R D A
Eu realmente preciso largar essa vida de Julieta e estudar, meu Romeu já tá velho demais pra se preocupar com Enem.
Essa manhã despertei com profunda vontade de dormir novamente, meu corpo parecia estar preso; já que uma montanha dormia praticamente em cima de mim. Cocei os olhos irritada com a claridade em meu rosto e sentei na cama, ouvindo protestos de Lucas.
— Coé, amor. ‐ Sua voz soou, rouca pelo sono, sua mão encontrando-se com a barra de minha calcinha e puxando meu corpo em sua direção. — Volta pra cama, minha branquinha.
Me levantei rindo de sua preguiça e levantei os braços, me espreguiçando. Segunda feira com toda certeza é um terror.
— O senhor deveria acordar também, hm? Tem que me levar na escola! - Caminhei em direção ao banheiro ouvindo o maior resmungar enquanto se sentava.
Retirei a roupa que usava, colocando no cesto pra lavar. Entrei debaixo do chuveiro me escorando na parede pelo sono. Enquanto lavava o cabelo com calma, ouvi 9 box se abrir e senti mãos em minhas cintura.
— Cada dia mais gostosa, não tenho psicológico pra isso não po. ‐ Lucas disse, deixando um beijo em meu pescoço enquanto eu terminava de retirar condicionador de meu cabelo longo.
Me virei abraçando seu pescoço, minha mente viajando enquanto eu pensava como queria ficar ali para sempre, em seus braços.
[...]
Enquanto terminava de colocar minha roupa, via Lucas com um cigarro na boca sentado já varanda, celular em mãos e olhar em meu corpo. Eu me sentia bem quando ele me desejava, em toda minha adolescência eu nunca reconheci 1% de meu corpo ou achei atraente.
Vesti uma leg preta e a camiseta do uniforme, vans nos pés e penteei o cabelo algumas vezes antes de finalizar meu processo de arrumação.
Peguei minha mochila no canto do quarto e esperei Lucas, que apagava seu cigarro e vinha até mim, passando por mim e deixando um tapa em minha bunda. Choraminguei estressada, eu amava e odiava ao mesmo tempo.
— Bora, minha gatinha. - O maior pegou a mochila de minhas costas, descendo as escadas enquanto eu andava atrás dele observando o mesmo com meus pensamentos pecaminosos.
Enquanto eu caminhava em direção a porta, Lucas cruzou os braços me olhando com uma sobrancelha arqueada, me fingi de sonsa desviando o olhar da mesa do café.
— Maria, senta. - Mandou, apontando para a mesa.
Praguejando e choramingando, me sentei ali e comecei a fazer um achocolatado enquanto o mesmo me observava com os olhos de falcão.
Assim que terminei de comer, me levantei; sentindo uma leve ânsia me tomar. Segui atrás dele coçando os olhos pelo sono e peguei o capacete sobre a janela, indo em direção à sua moto atrás do rapaz.
Lucas subiu na moto, colocando seu capacete e me entregou minha mochila, que ele mesmo já havia reclamado sobre ser muito pesada para minhas costas de borboletinha. Segurei em seu ombro e subi na moto, abraçando sua cintura.
— Longe dos piazinho, minha Mariazinha. - O mesmo disse enquanto colocava uma das mãos em minha cocha, eu ri deixando uma mordida em suas costas.
Assim havia se iniciado mais um dia.