Aurora
Arrrrg aquele arrogante me tira do sério, além de tudo tive que atende-lo e por mais incrível que pareça deixou 100 dólares para gorjeta, oque vai me ajudar a não precisar andar tanto a pé, estou cansada de andar a pé todos os dias, sim eu tenho um salário, mas ele não sobra, quando tenho que pagar as contas de casa, minha comida e os remédios do papai.
Estou de volta ao hospital, quando o Dr. Rodriguez, me dá uma luz;
- carinho, veja, lembrei de uma pessoa que vai poder te ajudar- meu peito se encheu de esperança.
- Diga doutor, quem é a alma caridosa?
- Vá ao castelo da família real, a rainha Vivian, tem um coração enorme, conte a ela sua história, tenho certeza, que ela vai encontrar uma maneira de te ajudar, corra menina, vá ajudar seu pai!!
Dei-lhe um beijo no rosto e corri o máximo que conseguia.
Cheguei no castelo e fiquei esperando, me disseram que alguém da realeza ia me atender.
Depois de esperar, mais de duas horas, eu realmente ficaria o quanto fosse necessário,para ajudar meu pai.
Então as portas se abriram e lá estava ele, com terno e gravata, conversando com algum tipo de conselheiro e assim que me vê, da um sorriso cafajeste, achei que ele fosse rico, mas nunca imaginei que ele fosse um príncipe, um bem cafajeste.
- oque devo a honra, de sua presença?
- Eu preciso de dinheiro!
- Todos precisam, petulante.
Arrrrg que ódio, deveria ser a rainha, não esse grosso, ele não vai me ajudar.
- Anda petulante, diga, para que você quer o dinheiro?
- Não precisa mais, eu vou conseguir de outra forma, passar bem, senhor dono do mundo.
Sai de lá, não me importando que acabei de desacatar um membro da família real, depois de muito andar, começou a cair uma grande chuva e me abriguei de baixo de um toldo, e tinha um letreiro luminoso escrito caliente, foi ali que eu decidi ir pedir ajuda.
Entrei sem saber, muito oque iria encontrar, era escuro mas bem luxuoso, oque iluminava era apenas luzes vermelhas, um palco grande com duas barras de ferro no meio, e várias cadeiras estofadas, parecia que tinha um segundo andar, logo fui barrada por um segurança.
- Ei, oque você quer aqui?
Me assustei com o tamanho e a feição dele.
- oi?
- oi, oque garotinha? Vamos diga logo ou saia daqui.
- preciso falar com o dono ou alguém responsável.
Ele sorriu, e tremi com o olhar que me deu.
- mais uma garota, vamos logo princesinha, falar com a madame Esmer.
Acompanhei ele entre as mesas e um bar, com quatro rapazes e uma moça arrumando os copos e bebidas, até que chegamos em frente a uma porta e escutei um entre com sotaque forte, mas tinha certeza que espanhola ou latina não era, entrei e vi uma mulher de aproximadamente uns cinquenta anos, com um olhar misterioso.
- Então, carinho, você quer falar comigo?
- Sim Senhora... Disse receosa
- xiuuuu carinho, não me chame de Senhora, se quiser me chame de madame Esmer, ou sua amiga, em que posso te ajudar?
- Eu preciso de um empréstimo, olha eu pago direitinho, meu pai está morrendo, me ajude, pelo amor da virgenzinha do Pilar - disse afobada, já com os olhos cheios de lágrimas.
- Ei, não, não chore, eu vou te emprestar, quanto precisa?
Estava fácil demais, mas não poderia me dar o luxo de pensar, teria que aceitar, então receosa disse.
- Preciso de duzentos mil dólares.
- Nossa é muita coisa, mas vamos fazer assim, eu te empresto esse dinheiro e você vem trabalhar para mim, e ainda fica com uma pequena parte do que ganhar, ok?
Era minha única opção, meu erro não foi perguntar oque eu iria fazer, e ali estava eu Aurora La Rosa começando uma fase, que eu queria apagar de minha vida.
- Aceito, Senhora, diga quando consegue me entregar esse valor, desculpe estou desesperada para a cirurgia do meu pai.
- Sim, vejo isso, sente-se vou lhe entregar o dinheiro e leve-o até o hospital para que operem seu pai e, volte aqui amanhã, para lhe ensinar o trabalho.
Eu não sabia se sentia alívio ou alegria, mas tinha certeza que ia salvar meu pai e cravar meu destino.
Gente, e essa Madame Esmer, hein?
Oque será da nossa petulante, mais amada?
Oque estão achando?