Seja Minha.

By Nirva_Shirley

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Eu acho que quando se mistura maluquice, loucura, prazer e poder, pode provocar uma grande colisão. E é isso... More

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Cheirinho da II Temporada.
Seja Minha - II Temporada!

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By Nirva_Shirley

Kendell Marano Parker.

Ele me maquilhou, muito mal por acaso. Pareço uma palhaça.

Fiquei em dúvida se choro ou se rio.

É uma tragicomédia.

Me vestiu feito uma boneca de pano, com um vestido de noiva, me colocou a piruca e embora a maquilhagem de palhaça de circo, estou assustadoramente semelhante a esposa morta dele.

Meu corpo está ficando dolorido, agora consigo sentir que tenho membros, embora ainda esteja pesada.

Ele me levanta, e me deixa encostada desleixadamente sobre a mesa, minhas pernas vão se dobrar a qualquer momento por não me suportar.

Que merda, esse ser psicótico fez comigo?

- Você vai usar esse colar, que estava usando quando morreu. - um arrepio corre pelo meu corpo.

Ele está me tratando como se eu fosse mesmo a esposa morta dele, que terror!

Aproveito que ele vai pegar a caixa do tal colar, e arrasto minha mão pela mesa para pegar o vaso que estava ali enfeitando.

Lágrimas caem pelos meus olhos. Eu acho que é o meu fim, nunca pensei que pegar um simples vaso a centímetros de minha mão fosse um caso extremo.

Estou tão inválida.

Alcanço o vaso e arrasto de maneira dolorosa para trás de mim.

Enquanto ele vem, feliz, desfazendo o feixo do colar, aproveito um pouco a sua distração e distância, para conseguir levantar o vaso com a minha mão agora pesada e dolorida.

Antes dele pousar o colar no meu pescoço, ouço estilhaços de vidro espalharem-se pelo chão com o contato agressivo do vaso com a sua cabeça.

Eu consegui.

Mas também caio pesada, dolorida, no chão, perto do seu corpo também caído no chão, nem sequer penso duas vezes e começo a arrastar-me a porta entreaberta.

Quando chego ao corredor, me arrependo de não ter aceitado conhecer o monstral dele quando vim tratar dos documentos.

Não sabia para onde me arrastar!

Me arrastar!

Vou me arrastando pelo chão, rumo a mesinha que tem um telefone fixo, perto das escadas.

Assim que alcanço a mesinha, ao tentar me levantar, coloco minhas mãos nos pilares da mesinha, mas foi com tanta força que derrubei a mesinha junto com o telefone fixo, fazendo um ensurdecedor.

Ele não tem funcionários? Porquê ninguém aparece?

Talvez seja melhor não aparecerem mesmo, às tantas são psicopatas como o chefe também.

Puxo o telefone fixo.

Ele é daqueles chiques, mas antigos, quase parecido ao da dona Rosinha.

Liam... Liam...

Minha mente chamava por ele, enquanto eu girava o dedo o mais depressa que conseguia, marcando o número dele.

Encaixo o telefone no ouvido e não ouço nada!

Por favor, não me digam que essa geringonça não funciona.

- Liam... - minha voz sai travada e fraca, assim que obtenho sinal de que já estava em linha.

Meu coração explode de alívio.

- Kendell, Kendell meu amor é você aonde você está? - meu coração.

- Gre... Gregory. - falo e ouço a porta do quarto bater.

Esse desgraçado vai me matar.

- Gregory? - ele questiona confuso. - Kendell, o que esse marmanjo fez? - sua voz destacava nervosismo e apreensão.

- Solta esse telefone. - o Gregory rosna vindo até mim.

- Casa, eu... estou. - é o máximo que consigo balbucear até o Gregory explodir com o celular no chão.

Lágrimas e mais lágrimas rolam pelo meu rosto.

- Você anda muito rebelde. - o Gregory diz esticando a siringa para o meu pescoço numa agressividade arrebatadora, empurrando todo o líquido pelo meu corpo, outra vez.

Liam Blande.

Eu vim acompanhar a investigação de perto, na empresa.

E nada, nenhum vestígio sequer.

- Como acontece isso numa empresa dessas? - questiono frustrado, com a carência de informação.

Não há nada, absolutamente nada nas câmeras de segurança.

O jovem que é estagiário e trabalha como seu secretário, diz que saiu e a deixou aqui trabalhando e ao menos isso está comprovado.

- Eu quero que interroguem o monitor de segurança. - digo ao TJ.

- Liam. - o tom do Loan é de repreensão, como se eu estivesse sendo inconveniente.

- Agora! - esbravejo, mediante a lentidão deles, e assim eles vão.

- Você pode estar suspeitando de pessoas inocentes Liam, calma. - o Loan clama.

- É impossível nenhuma câmera não ter registrado a saída da Kendell, Loan. Esse monitor deve estar por detrás dessa história. - eu constato o óbvio e ele assente em concordância também.

O Dain Louis está angustiado. E está sendo interrogado, afinal a empresa é dele.

Pretendia ir forçar o monitor a falar, mas me vi forçado a parar  quando o meu celular tocou exibindo um número desconhecido.

Nunca pensei em ficar aliviado por pensar em um possível pedido de resgate.

- Liam... - Kendell, essa é a voz da minha Kendell.

- Kendell, Kendell meu amor é você? - procuro confirmar o que já sei. - Aonde você está? - a questiono, sua voz está baixa e parece excassa.

- Gre... Gregory... - ela murmura com certa dificuldade.

O que esse filho da mãe, fez com ela?

- Gregory? - questiono para ter certeza do que eu entendi. - Kendell, o que esse marmanjo fez? - só por saber que esse idiota pode estar se aproveitando da minha mulher, eu fico louco.

- Solta esse telefone. - ouço o esbravejar do filho da mãe.

- Casa, eu... estou. - ela murmura com a voz apressada e falha, é tudo que ouço antes da chamada encerrar, e com informação suficiente para explodir com a cabeça do marmanjo.

- O que aconteceu com a Kendell? - ouço o Loan questionar, após escutar a curta conversa atentamente.

- Eu vou matar aquele filho da mãe. - esbravejo, saindo do recinto.

Dentro do meu carro, verifico a minha arma e é o suficiente para acelerar rumo a casa do imbecil.

Kendell Marano Parker.

Minha visão está embaçada, tentando se acostumar com a luz no recinto, outra vez.

A medida que a nitidez vem, verifico minha imagem no espelho enorme à alguns metros de mim.

Estou parecendo um fantoche, sentada em uma mesa super ornamentada e recheada de comida.

Quero chorar, por não poder usar a mão para comer isso daqui.

Pelo menos choraria de barriga cheia.

Eu não consigo me mexer, não consigo.

Não me sinto.

E isso vai me levar a loucura.

Eu não sei que coisa é essa que ele anda me injectando. Tenho medo de nunca mais voltar a mexer-me, isso se esse psicopata não me matar antes.

Ouço passos, mas não viro a cabeça.

Na verdade, nem tentar consigo.

Observo seus passos pelo espelho enorme até ele se sentar.

Observo ele deixar uma siringa cheia encima da mesa.

Quero tanto dar um belo chute de joelho no meio das pernas desse homem.

E poder falar em alto e bom tom todos os insultos que eu sei.

Ele passa o olhar de mim, para a siringa e ri.

Psicopata!

- Se comporte bem meu amor... - ele diz acariciando a piruca.

É um doente!

- Isso! - ele diz se referindo a siringa, com admiração.

Quem olha para siringa com admiração? Meu Deus!

- Isso, é uma anestesia para cavalos. - QUÊ? Ele está aplicando coisa que foi feito para um animal? Ainda por cima várias vezes maior que eu.

Cara eu sou uma pessoa!

- Eu não quero que você morra outra vez! - ele esbraveja batendo os seus punhos na mesa. - Então se comporte e comeremos como um casal feliz. - ele fala sorrindo como se fosse normal.

Então ele começa a questionar o que eu quero comer, como se eu o conseguisse responder.

- Quer... - dessa vez, antes que ele questionasse outra vez, escutasse um estrondo forte, por todo o decinto.

Deus, que seja o Liam!

- Kendell! - a voz de sete trovões esbraveja e meu coração o reconhece.




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