Cinco aulas de sedução || Tae...

By Y00NGISEXY

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Não bastava estar em uma paixão platônica, tinha que ser justamente pelo garoto mais popular da escola que ne... More

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A proposta
Nada a perder
Sutiãs e calças que valorizam a bunda
Boliche e aula dois
Ele é genuíno
Dois jogos
Vocês são um casal engraçado
Não parece mais uma boa ideia
Eu sempre vejo você
Segredos da madrugada
Cruzando linhas
Navios na noite
Sentimentos e sensações
Aula Quatro
Bônus: o nosso "era uma vez"

Fio invisível do destino

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By Y00NGISEXY

Nada aconteceu entre mim e Taehyung na noite em que ele dormiu na minha casa após o cinema. Aliás, nada sexual é o que quero dizer. Nós comemos e quebramos nossa promessa de ir dormir cedo já que assistimos o primeiro filme de high school musical todo, com direito ao Kim cantando todas as músicas do filme e usando o controle da tv de microfone imaginário enquanto eu ria tanto a ponto de lagrimar cada vez que ele incorporava o Troy cantando de olhos fechados e tudo mais.

Não tivemos muito tempo para conversar na quinta, porque ele realmente precisava descansar para o jogo do dia seguinte e aproveitei a noite para sair com meu pai que havia chegado da viagem. Queria poder dizer que estava tranquila, mas seria mentira porque por mais que eu tentasse me distrair minha mente sempre ia em direção a Taehyung e o rumo que nossa relação havia tomado.

Ainda havia uma pequena parte em meu interior que esperava que ele falasse algo, que dissesse que sentia por mim mais do que amizade, mas eu já o conhecia o suficiente para saber que ele não faria isso, mesmo que o sentimento fosse recíproco ele esperaria a atitude partir de mim e isso estava me enlouquecendo. Em meus próprios pensamentos eu repassava diversas vezes nossa conversa onde ele me confessou suas inseguranças em relação ao amor, sobre como ele queria ser a prioridade de alguém. Eu queria mostrar que ele havia se tornado minha prioridade, queria que ele se sentisse seguro comigo, mas por onde começar a fazer isso?

Quando a sexta chegou eu dei graças a Deus por termos sido liberados das aulas por causa dos preparativos pra final, que seria na nossa escola, porque assim eu podia ficar o dia inteiro jogada na cama vivendo minha crise existencial e repassando na minha mente todos os acontecimentos da última semana, desde o primeiro beijo com Taehyung até a última vez que ele saiu da minha casa às seis horas da manhã.

Ah, e no meio disso tudo teve minha "saída" com Jimin que na verdade só foi para que eu pudesse fazer o que devia ser feito.


Quarta - 16:37
Flashback on

Ter chegado primeiro não ajudava em nada minha ansiedade, porque a cada vez que eu ouvia o barulho da porta da lanchonete sendo aberta meu coração acelerava com o nervosismo somente para murchar ao perceber que ainda não era Jimin.

Quando ele finalmente chegou, minha primeira reação foi me arrepender de tê-lo chamado ali, estava sendo precipitado da minha parte fazer aquilo sem nem levar em consideração a opinião de Taehyung? Talvez, mas não era como se eu fosse contar exatamente tudo naquele momento.

— Desculpa chamar assim do nada. -dei um sorriso nervoso quando ele disse oi e sentou em minha frente. — É que eu realmente queria falar com você.

— Tá tudo bem, Maria? -uma expressão de preocupação tomou conta do rosto do loiro. — Você tá pálida!
Somos interrompidos pelo garçom que chega para anotar nossos pedidos, Jimin pede um hambúrguer com batata frita e refrigerante enquanto eu peço um milk shake de chocolate e uma porção de batatas fritas.

— Só to um pouco nervosa. -ri sem graça, respirando fundo, assim que o garçom se retirou após anotar nossos pedidos. — Nem sei por onde começar.

— Que tal do começo? -o tom divertido na voz de Jimin me faz relaxar e acabo rindo, assentindo e concordando com ele. O começo era realmente um bom lugar para começar e então é por lá que inicio.

Jimin escutou com atenção enquanto eu contava sobre como esbarrei em Taehyung naquela festa, riu quando falei que joguei cerveja nele e emitiu um som de surpresa quando falei do meu acordo maluco com o Kim. Há um sorriso em seus lábios enquanto me escuta falar sobre alguns dos momentos que eu e Tae vivemos, algumas de nossas conversas, brincadeiras e sobre como o Kim vinha tentando me ajudar a conquistar a atenção dele. Omito a parte dos beijos, do sexo e das noites em que dividimos a mesma cama, porque essa parte é pessoal demais para que eu conte assim sendo que ainda nem Mirae que era minha melhor amiga sabia ainda.

— Você gosta dele, não gosta? -Jimin é direto em perguntar assim que termino de dizer tudo que eu queria dizer sobre a minha relação com Taehyung e não contenho o sorriso ao pensar sobre isso, sobre gostar dele.

— É tão óbvio? -dessa vez é o loiro quem ri e eu entendo como um sim, o que se mostra certo quando ele balança a cabeça positivamente. — Não sei quando aconteceu, quando eu vi... Ele já estava aqui, sem pedir espaço, ele só chegou.

— Me sinto muito lento por não ter percebido os sinais. Sério, como cai tão fácil naquele papo estranho de ele começar a falar de você como quem não quer nada. E as trocas de mensagens quando saíamos em grupo? Não acredito que minha ficha não caiu. -ele ria enquanto falava isso e eu não conseguia evitar rir junto. — Parando pra pensar, faz sentido a reação dele ter sido estranha quando falei que vinha encontrar você.

— Ele sabe que você veio encontrar comigo? -minha voz soa mais alterada do que imaginei, aquilo não estava nos meus planos, eu não queria que ele soubesse ainda.

— Sabe, mas fica calma porque eu conheço o Tae o suficiente pra saber que se não falarmos nada ele também não vai perguntar, caso você ainda queira omitir essa nossa conversa por mais um tempo. -a ideia era ele não saber de nada ainda, mas era tarde demais para isso e só me restava aceitar. Só podia torcer para que as mil ideias erradas que ele provavelmente criaria sobre isso não estragassem as coisas entre nós dois. — Você planeja dizer que gosta dele? Porque assim, agora pra mim parece óbvio que ele também gosta de você.

— Sim, mas ainda não sei como exatamente fazer isso. -suspiro derrotada, eu queria que fosse especial, queria que fosse de uma forma que Tae realmente acreditasse na intensidade do que eu estava sentindo.

— Tae é um cara simples, você só precisa abrir seu coração de maneira sincera pra ele. -Jimin me aconselhando era realmente uma virada de jogo que eu não esperava, mas estava contente com a situação.

— Acho que você tem razão. -dei uma risada nervosa, pensando sobre o que ele havia me falado. Em tese era simples, mas na prática tudo é sempre mais difícil. — Ah, Jimin... Desculpe ter mentindo.

— Não se preocupa com isso. Confesso que me sinto lisonjeado por você ter se metido nisso pra tentar me conquistar. -rimos juntos e fico feliz pelas coisas estarem mais leves do que imaginei que estariam. — E fico feliz por você e por Tae, de verdade. Ele é meu melhor amigo, quero que ele seja feliz e ter alguém pra amar e que o ame também me parece um bom começo. Só me prometa que vai cuidar dele quando eu for embora.

— Você vai embora? -arregalei os olhos ao ouvir aquilo, era a primeira vez que eu escutava que ele estava partindo.

— Vou passar um ano no Canadá, fazendo intercâmbio. Sempre foi um sonho meu sabe? -havia um brilho no olhar dele ao falar sobre isso e não pude evitar um sorriso. — Mas prometo que no meio do ano venho passar uns dias aqui e espero que você e Tae estejam juntos para que possamos sair em grupo como nos velhos tempos.

— Também espero. -a fala escapa dos meus lábios sem que eu perceba e um sorriso tímido surge em meu rosto, minha reação faz Jimin rir e sei que minhas bochechas devem estar mais vermelhas. — E quanto a promessa, sim se ele deixar eu prometo que vou cuidar dele todos os dias.

Nosso pedido finalmente chega e nós continuamos nossa conversa enquanto comemos, Jimin tem muitas perguntas e não me importo de responder cada uma delas. No fim de tudo ele não parecia chateado, muito pelo contrário parecia genuinamente feliz e torcendo por mim com Taehyung. Pode ser que não sejamos feito para ser um casal, mas quem sabe não poderíamos ser ótimos amigos. Algo me dizia que sim.

Flashback off


Eu sabia que Jimin estava certo, tudo que eu precisava era falar com Taehyung de maneira sincera, no fundo eu sabia que eu estava complicando algo que poderia ser simples. Faltavam apenas quatro horas para o jogo e eu precisava fazer algo antes de o mesmo começar, me condenei mentalmente por deixado para última hora porém é como dizem: assim é mais emocionante.

Antes mesmo de levantar para me arrumar envio uma mensagem pedindo para Mirae me encontrar no shopping, sei que ela vai querer me matar quando souber que demorei tanto para contar tudo que estava acontecendo, mas que ao mesmo tempo ela ficaria tão animada que esqueceria tudo e me ajudaria a comprar um presente para Taehyung. Eu ainda não sabia exatamente o queria comprar, mas sabia que queria algo realmente significativo e que demonstrasse tudo que eu sentia por ele. Não seria uma tarefa fácil, mas eu estava disposta a conseguir.


[...]

Minha melhor amiga não conseguiu ficar com raiva por mais do que cinco segundo porque ela estava em êxtase, repetiu umas cinquenta vezes que finalmente eu havia percebido que Taehyung era perfeito pra mim. Bom, pelo menos uma missão estava sendo bem sucedida aquela tarde porque quanto a missão de comprar um presente para Taehyung essa estava sendo um desastre. Já havia mais de uma hora que estávamos rodando o shopping, fomos cada loja possível e ainda assim eu não conseguia achar nada que tivesse um significado.

— A gente pode ir em outro shopping. -Mirae tentou me confortar quando me joguei em um banco, me sentindo derrotada.

— Faltam duas horas pro jogo, daqui uma hora ele deve ir pra escola, não tenho mais tempo. -praticamente choramingo e minha melhor amiga me olha com dó.

— Você ainda pode se declarar depois sabe? -ela se sentou ao meu lado, encostando a cabeça em meu ombro. — Não é o fim do mundo.

— Não queria que ele jogasse hoje pensando que eu vou sair com outro cara, entende? -pergunto baixinho e sinto ela balançar a cabeça positivamente. — Mas também não queria me declarar de qualquer jeito.

Ergo o olhar, observando a pequena loja de bijuterias a minha frente, eu já havia passado por ela no mínimo umas três vezes aquele dia, mas nem mesmo havia cogitado a ideia de entrar porque não passava pela minha cabeça que lá pudesse ter algo que eu quisesse.

— Quer olhar? -ouço a voz de Mirae perguntando, nem mesmo havia notado que ela estava me observando a ponto de perceber onde meu olhar estava focado. Ela me conhecia tão bem que até isso conseguia enxergar, era quase como se pudesse ler meus pensamentos.

— Tentar não custa. -assim que a resposta sai pelos meus lábios o corpo ao meu lado automaticamente se colocou de pé, a animação e o otimismo do sorriso dela me contagiaram e em meu interior uma pontada de esperança surgiu.

Ao passar pela porta percebi que o local era ainda menor do que aparentava, mas a diversidade brincos, pulseiras, anéis e colares me surpreende. As pulseiras me chamam atenção, talvez uma com um pingente com significado pudesse ser uma boa opção.

— Boa tarde, meninas! -a voz simpática da vendedora me faz virar em direção a ela. — Procurando por algo específico?

— A minha melhor amiga aqui está planejando fazer uma bela declaração de amor e queria dar algo com significado. -encolho os ombros, constrangida pelo modo com Mirae me expõe. — Mas ela não sabe bem o quê.

— Eu tenho uma ideia. -a moça de cabelos longos escuros sorri antes de ir para atrás do balcão. Observo apreensiva e cheia de expectativas enquanto ela parece procurar algo. — Essa é nossa ultima peça, um rapaz havia pedido para guardar e mesmo não sendo algo que costumamos fazer eu guardei, mas já faz um tempão então acho que ele não vai mais voltar. Aqui! Não sei se você...

— É perfeito! - a interrompo ao ver o que ela havia acabado de colocar no balcão e sinto meus olhos marejarem, mas não me importo porque estou tão feliz que não consigo controlar. — Eu vou ficar com elas.

— Isso é lindo, Maria! -ouço a voz de Mirae dizendo ao meu lado e olho pra ela sem conseguir conter o sorriso.

— Obrigada por me ajudar. -a abraço de maneira rápida e desajeitada. Quero agradecê-la de maneira apropriada, mas o grande relógio na parede atrás do balcão indica que não tenho muito tempo para fazer isso.

Pago apressada, recebendo a pequena sacola com o presente escolhido. Antes mesmo de sair da loja já estou com o celular em mãos para pedir o uber até a casa de Taehyung e sinto um frio na barriga quando começo a digitar primeiro o endereço de Mirae, porque o mínimo que posso fazer é deixar ela em casa, e depois o dele.

— Vai dar tudo certo. -minha melhor amiga disse assim que chegamos a parte externa do shopping para esperar o uber e dei um sorriso nervoso.

Apesar de ter quase 90% de certeza que daria certo ainda haviam 10% de medo de dar errado e era impressionante o quão alto esses 10% estavam soando naquele momento.

Uma ideia surgiu em minha mente no momento em que entrei no carro, porque percebi que ainda não sabia exatamente o que dizer e se não planejasse acabaria falando nada com nada para Taehyung.

— Moço, o senhor teria papel e caneta para me emprestar? -para minha surpresa e felicidade ele tinha, mal contenho minha alegria quando ele tira do porta luvas alguns papéis de anotação e uma caneta.

As folha são pequenas, então uso três frente e verso para escrever o que quero, tentando organizar da melhor maneira possível meus sentimentos em palavras. Mal me despeço de Mirae porque estou afobada demais escrevendo e prometo pra mim mesma que irei me desculpar com ela na hora do jogo, mas naquele momento não podia perder tempo.

Termino de escrever exatamente um minuto antes do carro parar em frentea casa de Taehyung. Sinto meu estômago revirar novamente de ansiedade enquanto agradeço ao motorista e saio do carro. A cada passo que dou em direção a porta meu coração bate mais rápido e me pergunto quando foi que aquele caminho pareceu tão longo.
Respiro fundo antes de tocar a campainha, me perguntando se seria Taehyung ou a mão dele a atender a porta, resposta essa que não tarda a vim quando em poucos instantes a porta é aberta.

— Maria? -a um olhar de surpresa no rosto da mulher ao me ver ali e sei que é porque Tae disse a ela que havíamos "terminado".

— Oi, boa tarde! -dou meu melhor sorriso, ou pelo menos o melhor que consigo dar naquele momento em que sinto minhas mão suarem.

— Está tudo bem querida? -ela ainda é gentil e sorri de maneira amorosa enquanto dá espaço para que eu entre.

— Está sim... É, eu queria falar com ele. -mordo o lábio inferior, me sentindo rídicula por ter falado o óbvio, é claro que ela sabia que eu queria falar com ele. — Se for possível, claro.

— Ele está no quarto. Você pode entrar. -há um tom encorajador e me sinto alíviada por sentir que ela ainda torce por mim com ele. — E boa sorte!

Retribuo o sorriso que ela me dá antes de caminhar em passos lentos até a porta que sei me levará até o quarto do Kim. Consigo ouvir o barulho do chuveiro então sei que ele está tomando banho, me pergunto se devo bater ou se devo esperar ele terminar pra entrar, mas o que faço é abrir a porta lentamente e entrar fazendo o mínimo barulho que consigo.

Sento na cama deixando em minha frente a sacola preta da loja de bijuterias e apertando em minhas mãos as folhas onde escrevi as coisas que eu planejava que Taehyung soubesse. Continuo encarando nervosa a porta do banheiro até ouvir o som da maçaneta sendo movida e nesse momento meu nervosismo triplica.

— Maria? -uma risada sai da minha boca ao ouvir meu nome em tom de pergunta pela segunda vez em cerca de cinco minutos, mas qualquer riso some quando meu olhar desce pelo peitoral nú do garoto a minha frente. Ele usa somente um short preto, nenhuma camisa e esfrega a toalha nos cabelos molhados.

— Será que você pode vestir uma camisa? -e então é a vez dele rir após escutar o tom quase que desesperado na minha voz e eu nem preciso ver meu próprio reflexo para saber que estou corada.

— Minha beleza te desconcentra, gatinha? -o tom divertido na voz dele enquanto pega uma camiseta branca que estava em cima da cama e a veste me faz relaxar um pouco, sei que não preciso ficar tão nervosa porque é ele ali.

— Sempre. -retribuo de maneira travessa e a vez dele ficar um pouco tímido. — Desculpa aparecer assim do nada, eu tinha uma coisa muito urgente pra te falar.

— Tinha? -ele arqueia uma sobrancelha de maneira quase desafiadora, me fazendo dar uma risada soprada. Taehyung se senta de frente pra mim em silêncio e sei que esse é o momento, ele espera que eu diga.

— Tenho... Na verdade, tá mais pra mostrar do que dizer. -estendo os papéis em direção a ele que encara confuso antes de pegar. Observo enquanto ele passa os olhos pelas folhas e nesse momento meu coração erra não só uma, mas umas mil batidas.

— Gatinha, desculpa falar isso, mas não to entendendo sua letra. -ele ri de maneira nervosa e eu tenho vontade de abrir um buraco no chão e me enfiar dentro. — Você vai ter que ler pra mim.

— Droga, desculpa, eu escrevi no carro vindo pra cá. Tive menos de quinze minutos. -me justifico ao pegar os papeis de volta da mão dele. Certo, aquilo não estava nos meus planos, mas eu já estava ali e com toda certeza Tae não me deixaria ir sem ler.

— Não precisa ficar nervosa, você sabe disso. -há um brilho no olhos dele que faz com que eu quase perca minha própria respiração, nesse momento sei que ele está tão ansioso quanto eu e é isso que me motiva a começar a ler.

Porque sei que não preciso ter vergonha ou medo, porque é ele, o garoto que sabia minhas manias, que ja tinha visto meu lado esquentado e meu lado fofo, que sabia que eu amava morango porém odiava tudo que fosse feito dessa fruta, que conhecia meus medos, o garoto que me viu nua muito antes de me ver sem roupa.

Eu sempre acreditei em destino, você sabe disso, sempre acreditei que as coisas acontecem como tem que acontecer e que tudo nos guia há um momento, um local ou alguém.

Eu costumava ficar ansiosa sobre como seria ver o destino agir, será que eu iria esbarrar em um cara no última dia de férias e chegando na escola eu o veria lá? Será que um desconhecido se apaixonaria por mim no metrô e depois magicamente me encontraria em um café?

Eu tinha tantas ideias que acho que quando finalmente aconteceu eu nem percebi. Afinal, quais eram as chances de eu esbarrar em você naquela festa? Quais eram as chances de sua mãe brigar naquele dia e teimar em conhecer sua suposta namorada? Quais eram a chances de eu escutar, de eu ser a primeira pessoa a aparecer na sua frente? Sei que você não sabe bem se acredita em destino, mas pra mim isso tudo parece algo muito mais forte que o acaso.

Não sei em que momento me vi esperando sua mensagem de boa noite ou em que momento você passou a ocupar tanto meus pensamentos, mas arrisco dizer que eu já estava apaixonada antes de eu saber o gosto que seus lábios tinham, antes de saber como era o calor da sua pele na minha, só fui lenta demais em perceber.

Uma vez você me disse que queria alguém que quisesse te ganhar e nossa, como eu quero te ganhar, Tae. Quero te ganhar todos os dias e se você quiser também é exatamente o que eu vou fazer, porque independente de como isso termine conhecer e me apaixonar por você estava no meu destino.

Não quero guardar apenas um dança pra você, porque quero que todas sejam suas mesmo que eu pise no seu pé a cada dez segundos. Não quero ser sua amiga escondido, quero andar de mãos dadas com você enquanto saímos com nossos amigos.

No fim, acho que inconscientemente você me deu a melhor aula de todas: te conhecer.

Solto ar de forma pesada quando termino de ler e só então percebo que eu mal respirava enquanto lia aquelas palavras. Meus olhos procuram ansiosos os de Taehyung e a surpresa ao notar que os olhos dele estavam cheio de lágrimas me atinge.

— Você tá chorando?

— Claro! -ele diz em meio a uma fungada e um sorriso quadrado que ele tenta esconder com o braço surge em seu rosto. — Você me fala tudo isso e espera que eu não vá chorar? Gatinha, achei que me conhecesse...

Não o deixo terminar de falar, leva uma fração de segundos para que o rosto dele esteja entre minhas mãos e os meus lábios colem nos dele de forma desajeitada.

Sei que ele é pego de supresa porque leva um tempo até que a boca dele comece a se movimentar contra minha, mas quando ele finalmente processa o que está acontecendo suas mãos vão até minha cintura, puxando meu corpo para perto dele e fazendo com que nós dois caíssemos deitados no colchão em meio a selinhos e risadas.

— Eu amo você, desculpa não ter dito antes, desculpa ser tão frouxo e ter mentido naquele dia no seu banheiro. Eu agora acredito em destino, porque só ele pra me trazer alguém como você. -sorrio que nem idiota, mas não importo de ser boba por ele.

— Comprei um presente pra você. -levanto o tronco ficando sentada e procurando em que parte da cama as pulseiras foram parar, — Na verdade a ideia é usarmos juntos...

Taehyung volta a se sentar observando eu tirar da sacola o que havia comprado. Não estou mais nervosa, tudo que consigo sentir é felicidade enquanto pego a mão dele para colocar a pulseira vermelha em seu pulso.

— Um fio invisível conecta os que estão destinados a conhecer-se. Independente do tempo, lugar ou circunstância, o fio pode esticar ou emaranhar-se mas nunca irá se partir. -ele recita a lenda com um sorriso no rosto. — Eu vi essas pulseiras em uma loja uns dias depois de assistirmos your name, pensei em você e pedi pra vendedora guardar, mas acabei esquecendo de voltar...

— Onde eu comprei a vendedora me disse que tinham pedido para guardar, mas que a pessoa não voltou. -trocamos um olhar cúmplice e então começamos a rir ao mesmo tempo.

— Sabe, gatinha, eu entendi sua letra muito bem. Mas queria ouvir você lendo, achei que seria mais emocionante. -ele me lançou uma piscada e tenho vontade bater naquela cara linda só pra encher de beijos depois. — Você tem que concordar comigo que foi bem mais cheio de emoção do que se eu lesse.

— Você é impossível, Taehyung! -por mais que eu revire os olhos não consigo evitar a risada e ele aproveita o momento para me beijar mais uma vez.

— Sou nada, pra você eu sou facinho facinho. -e la está ele, o garoto por quem fiquei com os quatro pneus arriados. — Droga, queria ficar aqui com você o resto da noite, mas tenho um jogo pra vencer hoje. Mas assim, bem que você podia deixar eu pular sua janela hoje...

— Olha, se você não deixar nenhum gol passar, quem sabe eu possa pensar no seu caso... -apesar do tom de falsa inocência em minha voz não tem nada de inocente na forma como o olho e vejo um sorriso malandro surgir no rosto dele.

— Pois hoje eu vou virar uma muralha naquele gol, você vai ver! -jogo a cabeça pra trás, dando uma risada alta porque não duvido nem um pouco da determinação dele. Taehyung fica de pé e eu o observo arrumar suas coisas na mochila, incrível a capacidade dele de ser absurdamente lindo fazendo qualquer coisa.

— Tae, sabe o que eu tava pensando? Você me prometeu cinco aulas, mas só me deu quatro. Falta uma ainda. -falo de forma divertida e ele sorri, indo até mim e colando nossos lábios em um selinho rápido antes de me responder.

— Ser você mesma. -ele faz um carinho na minha bochecha com o polegar antes de um sorriso sacana surgir em seu rosto. — Essa é a quinta aula de de sedução.



####
Sim, sei que demorei mais que o prometido ahshshsh não me matem, é difícil finalizar essa história (mesmo que pela segunda vez)

5ads tem um significado enorme pra mim, espero que vcs tenham gostado e fico feliz de poder compartilhar ela

tem muita de mim nessa história, muito de coisas que eu realmente acredito com todo meu coração

sim, eu acredito que de uma forma ou de outra tudo está destinado a acontecer e quis tentardemonstrar essa minha crença aqui

eh isto, sei que ainda tem algumas pontinhas frouxas que irei apertar no capítulo bônus que prometo que vai vir um dia ahshshshsh

não sei como terminar aqui, então vou apenas parar de falar kkkk beijosss

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