Gᴀʀᴏᴛᴀ Mɪᴍᴀᴅᴀ-Lᴀs Vᴇɢᴀs||Vᴏʟ1...

By stellaautora

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Elleonor Macallister é a definição de Garota Mimada. Tendo um dos donos dos maiores Cassinos de Las Vegas com... More

✯𝐒𝐢𝐧𝐨𝐩𝐬𝐞+𝐀𝐞𝐬𝐭𝐡𝐞𝐭𝐢𝐜✯
✯𝐃𝐞𝐝𝐢𝐜𝐚𝐭𝐨́𝐫𝐢𝐚✯
✯𝐏𝐥𝐚𝐲𝐥𝐢𝐬𝐭✯
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𝐄𝐩𝐢̄𝐥𝐨𝐠𝐨
✯𝐀𝐠𝐫𝐚𝐝𝐞𝐜𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨𝐬✯
✯𝐂𝐮𝐫𝐢𝐨𝐬𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞𝐬 𝐒𝐨𝐛𝐫𝐞 𝐎 𝐋𝐢𝐯𝐫𝐨✯
✯𝐆𝐚𝐫𝐨𝐭𝐚 𝐌𝐢𝐦𝐚𝐝𝐚-𝐒𝐚𝐧 𝐅𝐫𝐚𝐧𝐜𝐢𝐬𝐜𝐨✯
Livro Novo
Desejo Insaciável - Livro Novo

34°

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By stellaautora

— EU caso com Oscar! — grito para quem quiser ouvir. Sam faz um sinal para os homens pararem e eu suspiro de alívio, bem quando Jason aparece.

— Soltem-na! — ele ordena, mas os homens obedecem a Sam, não a ele.

— Sua filha está causando muito prejuízo, Jey. — Sam diz, bebendo whisky. Ele não parece nenhum um pouco incomodado com o fato do filho estar sangrando no tapete da sua sala.

— Por favor... — minhas pernas cedem e apesar de ter dois homens fortes me segurando, eu caio de joelho, soluçando.

— Você vai se casar com meu filho de qualquer jeito, querida. Seu pai e eu já fechamos um acordo, se não lembra.

Olho para os três com raiva.

— Foda-se se fecharam um acordo ou não. Mas não vou me casar com Oscar se não deixarem Damon em paz! — minha voz não falha quando prossigo. — Eu juro, se vocês o machucarem mais, eu vou fazer das suas vidas um inferno. Acho que você esqueceu que fui criada e carrego o sobrenome de um monstro.

Sam parece considerar. Olho para Damon. Seus olhos estão fechados, mas ele ainda respira. Está inconsciente, mas mesmo assim ainda o seguram.

— Tudo bem. — Sam volta a dizer.

— Tem mais uma coisa — digo baixinho, odiando cada palavra. — Você vai mandá-lo embora quando as aulas acabarem. Ele com certeza se inscreveu em Oxford, então você vai garantir que ele volte para Inglaterra. Assim, eu dou minha palavra que vou me comportar. Caso quando vocês quiserem, apenas... Apenas deixem-no em paz e longe... E achem minha mãe.

O rosto de Oscar é uma mistura de desgosto e algo mais. Não me dou trabalho de olhar para Jason e ver o que ele acha da sua filha vendendo a sua vida, quando ele mesmo já havia feito isso.

— Você dá a sua palavra? — Sam pergunta, olhando em meus olhos.

— Sim. — minha voz é firme, sem hesitar. Sam olha para mim por mais um tempo e depois sinaliza para os homens que soltam Damon como se ele fosse um boneco.

Eu rastejo até ele o mais rápido possível, colocando sua cabeça em meu colo. Meu coração se aperta ao ver o estado em que ele está.

O olho roxo e inchado, o lábio cortado, assim como a sobrancelha. Tem sangue para todo lado. Seu nariz provavelmente está quebrado e talvez o maxilar.

— Precisamos levá-lo ao hospital. — observo seu corpo. Ele deve ter quebrado duas costelas no mínimo... Meu Deus, o que fizeram com ele...

— Você já está abusando...

— Inferno, Sam! — olho para ele e deixo que me veja exatamente como estou: devastada e se já vendi minha vida, venderia minha alma. — Ele precisa ir para o hospital!

O pai de Oscar suspira e para minha surpresa e alívio, assente.

— Coloquem o garoto no carro. — com essas cinco palavras, os homens que estavam há pouco, espancando Damon, estão agora carregando-o.

Fico de pé e antes de sair, olho para os três responsáveis por destruir qualquer esperança que eu tive de ter uma vida feliz.

— Ele não precisa saber desse... acordo. Eu lido com isso.

Não espero respostas e vou direto para o carro, onde estão colocando um Damon inconsciente. Ponho sua cabeça em meu colo novamente. Acaricio seu cabelo e beijo sua testa.

— Me desculpe.

Fratura no maxilar; punho fraturado; duas costelas fraturadas; nariz quebrado e hematomas por toda parte.

Esse foi o preço por me defender. Damon está agora em uma cama de hospital por minha causa. Eu fiz isso com ele. Desafiei meu pai e ele devolveu o golpe.

Não posso conviver com isso. Não posso mais colocar a vida de Damon em risco, porque é a segunda vez que fazem isso com ele. E por minha causa.

Damon é uma pessoa boa. E eu não estava mentindo quando disse que me apaixonei por ele. Como não se apaixonar pelos seus sorrisos ou charme de bad boy? Como não se apaixonar pelos seus olhos verdes que sempre brilham para mim? Sua voz rouca que sempre me causa arrepios? Seus beijos que me tiram o fôlego?

— Como não se apaixonar por você? — sussurro para ele e uma lágrima escorre em minha bochecha.

Aperto sua mão que não está enfaixada.

Olhando para esse Damon, penso em um Damon pequeno, vendo sua mãe apanhar e apanhando no processo. Ele me contou sobre isso, na praia.

Minha mente vagueia até três noites atrás.

Damon estava deitado, olhando para o céu, provavelmente admirando as estrelas. Uma coisa  em comum que nós temos.

Apoiei o rosto no punho e encarei seu rosto bonito. Era a terceira vez naquela noite que tirava alguns minutos para admirar o garoto que me beijou perdidamente.

— O que foi? — seus olhos deslizaram para os meus. Estavam tão verdes que podiam facilmente serem confundidos com esmeraldas.

— Por que você não tem sotaque? — perguntei a ele. É estranho ele ter morado dez anos na Inglaterra e não ter nenhum sotaque.

— Não sei. Minha tia, apesar de morar na Inglaterra, também nunca adquiriu o sotaque. Eu também não. — ele deu de ombros. Aproveitei essa brecha para perguntar mais.

— Você gostava de morar lá?

— Sim. Las Vegas é tudo o que quero esquecer. Essa cidade cega as pessoas. O dinheiro está por toda parte e a ganância também.

— É sufocante. — murmurei. Eu sei exatamente como é. Las Vegas, a cidade da ganância.

— O que mais quer saber? — um sorriso fraco se formou em seus lábios e eu corei. Minha estratégia de conseguir informações sobre ele sem parecer muito curiosa foi por água abaixo.

— Você e Oscar se odeiam? — devia ter mordido a língua para evitar a pergunta. Mas Damon não se mostrou incomodado ao responder.

— Agora, sim. Antes, não — Damon volta a olhar para o céu e eu espero. — Oscar sempre me defendeu do Sam — não escondi minha surpresa e ele riu. — Ele era o mais velho, então sempre enfrentava nosso pai e levava a pior. Sam gostava de ficar bêbado e quando se cansava de bater na nossa mãe, vinha para cima de nós. Quando... Quando ela morreu, eu fui para Inglaterra, então tudo mudou. Não vim para Las Vegas uma única vez e apesar de Oscar ter me visitado duas vezes em dez anos, não foi a mesma coisa.

— Eu sinto muito. — apertei sua mão. Damon não merecia ser afastado do irmão. Talvez as coisas fossem diferentes agora se o pai deles não fosse um desgraçado.

Damon deu de ombros, como sempre faz, diminuindo sua dor. Eu sei que quando ele quiser falar sobre isso, eu estarei aqui, até lá, não vou pressioná-lo. Então mudei de assunto.

— Namoradas? — murmurei, sentindo-me subitamente envergonhada.

— Quer mesmo saber? — ele arqueou a sobrancelha e sorriu.

— Presumo que deve ter tido alguém importante para quem você fez aquele poema. — mordi o lábio. Lembro-me do poema em seu caderno preto, na sua “festa de boas-vindas”.

Soltei um gritinho quando ele, com um movimento rápido, estava entre minhas pernas.

— Está perguntando por medo da competição? — Damon apoiou os cotovelos ao meu lado.

— Não seja ridículo! — revirei os olhos, mas dei risada quando ele beijou meu pescoço. Apreciei a sensação de seus lábios em minha pele, causando-me arrepios.

— Não... Me envolvi com algumas garotas, claro — podia sentir o sorriso malicioso e belisquei suas costas. — Mas, não, não era para ninguém específico. Mas posso dar a você se quiser. E você me dará algo em troca.

— Cana...

Ele calou minha boca com um beijo.

Solto um longo suspiro e beijo sua mão. Está machucada por causa da briga. A briga que eu causei.

Ouço um ruído estranho e eu levanto a cabeça.

— Graças a Deus... — suspiro mais uma vez e enxugo meu rosto, levantando-me para vê-lo melhor. — Como está se sentindo?

— Quem é você?

Meu coração para de bater.

Ele não pode... Ai, meu Deus! Ele perdeu a memória? Achei que isso só acontecesse em filmes...

— Estou brincando! Você precisava ver sua cara. — Damon se engasga no que devia ser uma risada e eu respiro aliviada.

— Cretino. — belisco seu braço. Não acredito que ele está fazendo piadas numa horas dessas.

Ele para de rir ou tentar rir sem fazer careta. Seu rosto está limpo, mas ainda machucado. Não foi preciso uma cirurgia no nariz, segundo o médico ou no punho. Apenas repouso. As costelas demoram umas quatro semanas ou mais para curar e ele está proibido de fazer alguma atividade que necessite de esforço.

— Está muito ruim? — Damon pergunta.

— Você vai precisar de cirurgia plástica se quiser seu rostinho bonito de novo. — nego com a cabeça.

— Eles fizeram alguma coisa com você? — mesmo em uma cama de hospital, ele está preocupado comigo. Inacreditável.

— Não. — ponho um pouco de água em um copo com canudo e seguro para ele beber.

— Não sou um inválido. — ele murmura, mas bebe a água. O mínimo que posso fazer é cuidar dele nessas poucas horas que ainda podemos ficar juntos.

Conversamos pelo tempo que os remédios permitiram. Desconversei sempre que ele tentou falar do que aconteceu. Não sei que mentira vou contar a ele para mantê-lo afastado, mas preciso manter a minha palavra. Eu sei que se contar a ele, Damon vai querer dar um jeito nisso, querer fazer dar certo, como tínhamos prometido ontem. Mas não posso fazer isso com ele.

Não posso fazer isso comigo.

— Não saia daqui até eu acordar. — Damon murmura, suas pálpebras se fechando.

Quando tenho certeza que ele apagou, levanto-me da cadeira que estava sentada há um tempo e beijo seus lábios.

— Me desculpe, de novo.

Saio do quarto logo depois, deixando para trás, não só um garoto, mas alguém que realmente acreditou em mim e olhou além da máscara de garota mimada e ficou, mesmo sabendo do caos que eu sou.


Ai, que dó, gente 😭

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