PRÍNCIPE DA PERDIÇÃO (DEGUSTA...

By Laniqueiroz

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Príncipes Di Castellani: lindos, orgulhosos, irresistíveis e... Apaixonados! 3/3 Ele a despreza... Mas a dese... More

Sinopse
Sinopse
Prólogo
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Quatorze
Comunicado
Capítulo Quinze
Capítulo Dezesseis
Capítulo Dezessete
Capítulo Dezoito
Capítulo Dezenove
Capítulo Vinte
Capítulo Vinte e Dois
Capítulo Vinte e Três
Capítulo Vinte Quatro
Epílogo
Comunicado
Comunicado
Comunicado
Comunicado
Comunicado
Comunicado: venda dos príncipes

Capítulo Vinte e Um

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By Laniqueiroz

Olá, princesas! cap. 21 quentinho. 

Dedico o cap. aso dois grupos do face e à vcs do watt. Amo tê-las comigo! Obrigada, amores!

Estamos chegando ao final da trama e da trilogia. Muitas emoções neses capítulo finais. N deixem de conferir, dar estrelinhas e comentar. Eu e ele contamos com vcs!

Boa leitura! Muitas bjokas!

Lani

CAPÍTULO VINTE E UM

Jayden

_ Ohhh! Jay! Amor... Oh, Deus... _ Cassie balbuciou, seu rosto rubro colado no colchão, suas mãos entrelaçadas nas costas, o corpo começando estremecer. Segurei seu quadril com uma mão e levei a outra para o cinto em volta do seu pescoço como uma coleira. Ela adora isso e eu também, porra! Dei um puxão na correia trazendo-a para tomar meu pau. Arremeti com mais força, me afundando até as bolas em seu rabinho gostoso e apertado.

_ Isso, escrava! _ tirei tudo e estoquei duro de volta, o som da minha pélvis contra sua bunda ressoando alto no quarto. _ é gostoso assim? Hum? Responda, putinha! _ peguei um ritmo frenético, brutal, comendo-a sem dó. Dei um tapa forte em sua nádega. Soltou um gemido alto, animalesco. Porra! Ela ama isso. _ é gostoso me deixar foder seu cuzinho assim? Me deixar comer minha puta do jeito que bem quiser? Diga, escrava! Diga, porra!

_ Sim! Oh, meu Deus! Sim... Eu amo isso! _ chiou, sua voz entrecortada. _ amo isso, meu senhor. _ rosnei com sua admissão. _ segure na cama, minha putinha. Isso vai ser muito duro. _ miou e firmou as palmas na borda do colchão. Girei o quadril bem devagar. Gemeu enlouquecida. Sorri e mordi suas costas, convulsionou e voltei a meter com fúria, sacudindo-a toda. Eu estava perto. Um choque gostoso tomou conta das minhas bolas. Deslizei minha mão pelo seu torso, amassei seus peitos, puxando os mamilos e desci para sua bocetinha melada. Dei um tapa de mão aberta. Gritou, sua bunda vindo me encontrar em cada golpe. Toquei seu clitóris suavemente e o massageei.

_ Ahhh! Cassie... Amor, eu vou gozar! Agora, anjo! Goze comigo! Goze, amor... _ rugi, sentindo meu pau expandir dolorosamente. Me enterrei com tudo até o fundo e ela soltou o primeiro soluço, seguido de um gemido lindo pra caralho quando gozou. Foi o meu fim. O primeiro jorrou saiu e esporrei duro em seu canal escaldante. _ ohhhhhhhhhh! Caralho! Que rabo mais gostoso, meu anjo... Cristo! Delicioso...  _ grunhi, meu corpo todo sendo tomado por espasmos violentos. Fechei minhas mãos em seu pescoço e continuei arremetendo. Nossos gemidos e grunhidos se misturando. Seus braços cederam e caímos no colchão. Meus movimentos foram acalmando até parar completamente enterrado nela. Ela só arquejava agora. Deslizei o nariz em suas costas parando na nuca e fiz uma trilha de beijos até o ombro direito. Puxei seu queixo e nossos olhares se encontraram. Eu nunca me canso disso. Essa imagem dela saciada, dominada embaixo de mim. Os olhos azuis incríveis anuviados de prazer. _ obrigado, meu anjo. _ sussurrei antes de tomar seus lábios num beijo suave, saciado. _ eu precisava disso hoje.

_ Humm... _ ronronou. Ri baixinho, mordiscando sua boca.

_ Peguei muito pesado, Srª Di Castellani? Você parece bem fodida.

_ Humm... _ concordou, rindo fracamente. Gargalhei.

_ Você só vai dizer isso? _ provoquei em sua boca.

_ Humm... _ ronronou de novo.

_ Muito eloquente, amor. _ zombei, beijando a ponta de seu nariz e saí dela devagar. Levantei suas pernas e a acomodei no centro da cama. Tire o cinto com cuidado, massageando seu pescoço. Fui até o banheiro, me limpei e peguei uma toalha úmida. Limpei-a, sorrindo baixinho dos sons que fazia mesmo estando completamente gasta. Me aconcheguei a ela por trás e puxei o lençol sobre nós. _ eu te amo, meu anjo. _ sussurrei, beijando seu ombro.

_ Também te amo, grandão. _ murmurou de volta, gemendo languidamente em meus braços. Caímos num sono profundo momentos depois.

Acordei com zumbidos do meu celular. Tateei e o peguei sobre o criado-mudo.

_ Dom, irmão, diga que é algo importante para me acordar a essa hora, seu bastardo. _ rosnei. Ele riu do outro lado.

_ Sim, irmão estamos aqui na sua sala, seu bastardo mal humorado. E já são oito horas, para seu governo. _ havia um riso malicioso em sua voz quando completou: _ vejo que a noite foi bem agitada, irmão... _ bufei me levantando. Cristo! A tensão toda de ontem e depois a longa sessão de sexo gostoso me fizeram apagar. Não costumo dormir até essa hora.

_ Cale a boca, idiota! _ grunhi, mas já estava rindo. Me espreguicei e olhei minha linda mulher adormecida. _ já estou descendo. Só vou, hum, acordar Cassie e... _ ele gargalhou dessa vez. Idiota!

_ Hum, realmente agitada, hein, irmão? _ provocou outra vez.

_ Vou quebrar a sua cara bonita quando chegar aí, irmão. _ rosnei e desliguei.

Cerca de meia hora depois, descemos do elevador direto na sala. Dom virou na nossa direção e um sorriso enorme tomou seu rosto. Ok. Eu já não quero quebrar a cara dele. Eu amo esse bastardo provocador. Helena se levantou do sofá com a pequena e rechonchuda Anna Júlia nos braços. Minha sobrinha estava linda. Ela ria e olhava tudo a volta com olhinhos verdes curiosos.

_ Dom, que surpresa, irmão. _ disse quando me aproximei. Ele me puxou para nosso abraço de caras, enquanto Cassie se dirigia à Helena cumprimentando-a. _ pensei que chegaria junto com Leon na semana que vem. _ algo passou rapidamente nos olhos dele, mas ele sorriu em seguida.

_ Resolvemos antecipar nossa visita, Jay. Leon chega daqui a pouco também. _ revelou e virou para Cassie que beijava a cabecinha de Anna Júlia. _ E como está minha mais nova cunhada? _ Cassie sorriu estendendo a mão. Ele a puxou para um abraço afetuoso e a beijou na face.

_ Eu vou bem. Como vai, Dom? _ ela disse tranquila. Fui até Helena a abraçando e beijando. Tomei a princesinha sorridente nos braços. Ela havia crescido muito. É incrível como apenas um mês faz muita diferença para os bebês.

_ Vou bem, querida. _ disse, num tom mais sério agora. _ ficaremos todos muito melhor em breve quando todo esse circo que criaram para o Jay for desfeito. _ ela assentiu e nesse momento as risadas de Lucas e Samuel foram ouvidas. Logo as babás entraram na sala trazendo os dois bagunceiros pela mão. Eles não queriam mais colo, preferiam ficar no chão, desorganizando tudo à sua volta. Sorri, indo até eles com Anna Júlia.

_ Ei, campeões! Vejam só quem chegou? _ me abaixei ao nível deles, mostrando a pequena. _ priminha.

_ Pimia! _ disseram os dois de uma vez. Dom e Helena vieram até eles os levantando nos braços. Depois disso foi uma algazarra.

Leon, Júlia e os filhos chegaram no início da tarde e a creche estava completa. Damien se jogou em mim como sempre fazia e a pequena Antonella fez o mesmo com Helena, sua madrinha. Meu peito estava bem mais leve em tê-los aqui comigo. Meus irmãos são grandes caras e estão realmente empenhados em me ajudar a chegar ao fundo dessa situação fodida. Sei que ambos têm novidades para mim, mas não tocamos no assunto na frente das nossas mulheres. Nos permitimos apreciar esses momentos em família. O resto seria resolvido depois, estou bem confiante nisso. Dom nos distraiu com suas aventuras em Las Vegas. Ele e Helena foram flagrados de novo em uma sacada. Não faziam sexo dessa vez, graças a Deus. Mas ainda assim as fotos eram bem ousadas. Essa irreverência dele era algo que ninguém tiraria. Contou-nos detalhes do casamento de nosso tio. Leon o acusou de ser má influência para tio Max e todos gargalharam. Dom era mesmo o mais impetuoso de nós três. Estávamos todos envolvidos na conversa quando Cassie recebeu uma ligação de um de nossos encarregados de obras informando de um problema na obra do Fogs.

_ Eu preciso ir conferir isso de perto, amor. _ avisou, levantando-se do sofá, tentando conter os avanços de Lucas para seu colo. Sim, o colo da mãe eles ainda querem. Meus filhos não são nada bobos.

Eu a entendo perfeitamente. Somos tão parecidos nesse aspecto. Ela ama sua profissão e é malditamente perfeccionista, assim como eu. Nem ousaria pedir para deixar isso para amanhã.

_ Vá com Isaac e Greg. _ disse baixinho puxando-a para meus braços. Ela sorriu, corando meio encabulada com os olhares de meus irmãos e as esposas em nós. Sorri perverso e a beijei. Não um beijo suave. Devorei sua boca. Assovios soaram e não precisava olhar para saber que eram de Dom. Bastardo! Risos discretos foram ouvidos depois. _ não demore, anjo e qualquer coisa me chame. _ ela apenas assentiu, seu rosto em chamas pela minha performance de homem das cavernas. Ela subiu para o quarto e pouco depois desceu numa calça jeans e camiseta azul. Linda pra caralho. Sem maquiagem alguma e ainda era a mulher mais linda que já vi. Despediu-se de todos e soprou beijos para nossos pequenos e os sobrinhos. Nossos olhares se prenderam por alguns segundos. Deu-me um riso meio travesso, meio tímido e me soprou um beijo também antes de se virar e ir em direção à porta. Meus olhos a seguiram relutantes em se afastar. Fui tragado para a conversa outra vez, no entanto, uma saudade inexplicável, um sentimento de perda momentânea se instalou em mim com sua saída.

_ O Serviço Secreto descobriu uma movimentação em duas das contas privadas de Mark Springs há dois dias. _ Leon me informou assim que entramos no escritório pouco tempo depois que Cassie saiu e minhas cunhadas subiram para seus quartos. Isso com certeza teve minha atenção imediata.

_ Que merda é essa? _ rosnei indo em direção ao bar. _ mortos não movimentam contas até onde sei, irmão. _ peguei três copos e nos servi pequenas doses de uísque.

_ Oww! Jay, tem alguma coisa fodida acontecendo, irmão. _ Dom, exclamou, pegando seu copo. _ também tenho algo muito suspeito.

_ Si, mortos não movimentam contas. _ Leon concordou recebendo seu copo também. _ Mas que tal um comparsa que tivesse acesso a tudo do Springs? _ seus olhos brilhavam e eu podia ouvir as engrenagens funcionando. Algo passou lá na íris escura e ele franziu o cenho. _ ou pode ser que... _ sacudiu a cabeça. _ não, essa hipótese é muito fantasiosa.

_ Fale, Leon. _ Dom e eu pedimos ao mesmo tempo. Ele nos encarou sério.

_ Pode ser que Mark Springs tenha forjado sua morte. _ oh! Isso era realmente assustador. Por que diabos ele faria isso? _ já pensaram que depois de ser descoberto em seus esquemas, preso, perdendo todo o prestígio... _ pausou de novo. _ foi o que eu disse, irmãos. É fantasioso, mas essa hipótese já me ocorreu. Ele estava metido com tráfico e isso não e incomum nesse meio. Traficantes trocam de identidade o tempo todo e alguns chegam ao extremo de forjar a morte apenas para se manter incógnitos.

Eu e Dom ficamos momentaneamente mudos. Era de fato uma ideia bem louca, mas podia fazer sentido. O asqueroso ficaria livre e de quebra ainda provocaria um caos na minha vida, como de fato aconteceu depois da sua morte, ou suposta morte. Virei-me para Dom.

_ Então, o que descobriu, irmão? _ ele ficou sério também.

_ Carl aparece como sócio em um resort do Springs na Tailândia. _ Cristo! Esse verme esteve mesmo rastejando à minha volta o tempo todo e eu nunca fui capaz de perceber nada? _ minha suspeita é que estavam ou estão juntos nessa, irmão. Se quer saber eu nunca engoli aquele cara.

Leon rosnou e concordou. Minha cabeça dava voltas com tantas suposições e nada de respostas concretas. Situação fodida do caralho! Eu alimentei uma cobra esse tempo todo, porra! Abri o jogo sobre os últimos acontecimentos entre eu e o maldito fura olho. Eles ficaram tão possessos quanto eu ao descobrir que o imbecil estava de olho na minha mulher.

Meu interfone tocou e a governanta informou que os detetives Lewis e Marrone me aguardavam na sala. Cristo! Espero que tenham boas notícias. Pedi que os acompanhasse ao escritório.

_ Irmãos, esses são os detetives Lewis e Marrone, encarregados do caso Springs. _ disse assim que entraram. _ esses são Leon e Dominic, senhores, meus irmãos. _ Houve cumprimentos rápidos.

_ Temos novidades, senhor King. _ Lewis se adiantou. Ele é bem direto. Gosto disso. _ e não parecem boas. _ tornou muito sério me entregando um envelope. Franzi o cenho e o abri. Eram fotos. Muitas fotos. E as merdas não paravam de chegar, rosnei ao ver a primeira imagem.

_ Reconhece a garota nessas fotos? _ santo Deus! Era Mark e... Sílvia, a porra da prima vadia. Estava com os cabelos negros, mas era ela. Tenho certeza. Que porra é essa? Qual a relação dessa puta com o asqueroso? Então, a próxima foto me respondeu. Eles estavam num beijo indecente no que parecia um estacionamento. _ foram tiradas no Rio há um mês. _ me informou o detetive. _ onde está a prima de sua mulher, senhor? Precisamos conversar com ela.

Boa pergunta. Ela não deu as caras o dia todo. Pensei que estivesse no quarto, envergonhada pela cena ridícula na piscina. Franzi o cenho, aquela sensação de perda quando Cassie saiu se intensificando. Saquei o celular.

_ Traga Cassie de volta, Isaac! _ bradei começando a entender que tinha mais uma cobra sob o meu teto. A vinda dela tinha um propósito e essa merda não era boa. Ninguém em sã consciência viria para o meio de um fogo cruzado. Ela estava nisso e Cassie precisava saber.

_ O que houve, Jay? _ inquiriu alerta do outro lado da linha.

_ Aconteceu algo, amigo. _ suspirei pesadamente. _ traga minha mulher para casa, parceiro. Agora. _ meu tom foi mais seco do que gostaria. Ele não discutiu, assentiu e desligou em seguida.

_ Que prima é essa, Jay? _ Leon estreitou os olhos.

_ Um encosto que chegou há dois dias do Brasil. Eu não engoli a história que contou a Cassie. _ suspirei mostrando as fotos à ele e Dom. _ mas agora faz sentido. Ela está nisso. Porra! Ela tentou me seduzir ontem. Uma puta do caralho! _ cerrei os dentes, muito irado. Ela foi plantada aqui dentro da minha casa. Quem sabe o que ainda iria fazer se não tivéssemos descoberto? Meus filhos. Cristo! Meus filhos estavam expostos e nós nem sequer desconfiávamos. Eu vou matar essa vadia!

Subi enfurecido até o quarto que estava ocupando, mas não a encontrei. Estava silencioso. Olhei seu closet. Ainda estava tudo lá. Não a vi o dia todo. Minhas mãos coçavam e eu não responderia por mim quando a encontrasse. Ela se aproveitou do bom coração de Cassie. Maldita puta!

Cerca de dez minutos depois Isaac me chamou.

_ Jay... _ seu tom foi sinistro. _ ela não está aqui dentro, parceiro. _ meu mundo desabou quando ouvi as palavras seguintes. _ e o mestre de obras está... Morto. _ meu coração acelerou e meus ouvidos zumbiram. Oh! Meu Deus! Alguém a levou. Alguém levou a minha Cassie.

Cassandra

Desci do carro na frente da mansão do Fogs. As obras estavam a todo vapor. Nesse ritmo entregaremos antes do prazo. Detive-me uns momentos olhando a fachada inspirada na arquitetura grega. Ficaria linda. Isaac parou do meu lado.

_ Não há necessidade de me acompanhar lá dentro, Isaac. _ falei, mas ele meneou a cabeça em desagrado.

_ Jay nunca me perdoaria, Cassie. Sinto muito, mas vou segui-la a cada passo que der lá dentro. _ disse conciso. Revirei os olhos e o deixei me seguir para o interior da casa. Cumprimentei os ajudantes. O encarregado estava lá na suíte, me informaram. Subimos as escadas, o pó subindo a cada passo que dávamos. Qualquer mulher odiaria isso, mas eu não. Eu amo essa fase de construção, aonde tudo vai tomando forma. Paramos na porta e eu tentei mais uma vez.

_ Isaac, isso é ridículo. O homem lá dentro vai ficar sem jeito com você me seguindo por todo o cômodo. _ ele bufou. _ fique aqui na porta se isso o faz sentir melhor. Qualquer coisa eu grito, pode ficar tranquilo. A casa é toda cercada pela segurança do próprio Fogs. Eu não corro risco aqui. _ ele suspirou vencido e concordou se prostrando na parede contrária como um sentinela. Sorri-lhe e girei a maçaneta. Silêncio me saudou. Andei até a varanda e nada do homem. Dirigi-me até o banheiro enorme dividido em dois espaços. Não havia nada no primeiro. Fui até o espaço da banheira e um grito teria escapado da minha garganta se eu não tivesse sido arremessada com força contra a parede, uma mão grande me cobrindo a boca e nariz. Oh! Meu Deus! O encarregado de obras estava caído sobre a borda. Um buraco de bala no meio da testa. Seus olhos estavam abertos, esbugalhados. Um cenário de horror. O ar estava deixando meus pulmões, só então percebi que havia um pano úmido na mão que me asfixiava. Um odor forte entrando nas minhas narinas, fazendo meus olhos revirarem. Cravei minhas unhas nos antebraços duros do meu agressor. Mas eu não tinha mais forças. Não consegui lutar contra a inconsciência. Meu corpo foi amolecendo, meus olhos se fechando e a escuridão me tragou e vez.

Senti tapas moderados nas minhas faces. Gemi, tentando me mexer. Meus pulsos estavam contidos por algemas. Algemas? Meus olhos se abriram e os fechei de novo. A claridade me cegando momentaneamente. Tentei movimentar as pernas, mas também estavam contidas, meus tornozelos amarrados afastados. Eu estava presa numa cama. Gemi de novo. Oh! Meu Deus! O que é isso? Onde estou? Meu cérebro atordoado trouxe as últimas imagens e arregalei os olhos, um grito saindo finalmente da minha garganta ao lembrar o horror. O encarregado morto, uma figura forte me asfixiando. Eu devo ter desmaiado.

_ Hum, vejo que a bela adormecida acordou finalmente. _ minha cabeça girou na direção da voz. Uma voz conhecida. Ela entrou no meu campo de visão e eu franzi o cenho. Sílvia? O que? _ você dormiu por horas, querida. Já estávamos preocupados. _ disse, mas seu tom não era de preocupação e seus cabelos estavam pretos de novo. Então, um lento sorriso foi se abrindo no seu rosto, junto com uma expressão sinistra que eu nunca havia visto antes. _ é isso, prima. Você foi sequestrada. Há alguém que quer você. Quer muito, na verdade. _ torceu o nariz me analisando de cima a baixo com desdém. _ embora eu não consiga imaginar o que ele viu em você. Você é tão sem graça, prima. Nada pessoal. _ levantou as mãos como em desculpas.

_ Q-quem me sequestrou? _ gaguejei molhando os lábios. Tentando puxar meus tornozelos, mas eles estavam bem firmes. _ Sílvia, que brincadeira de mau gosto é essa? Por favor, o que está acontecendo? _ lamentei, meus olhos enchendo de lágrimas. Oh! Deus! Isaac. Eu não devia ter insistido em entrar lá sozinha. Gemi de desgosto. Então o barulho da porta se abrindo me fez olhar na direção e o ar fugiu dos meus pulmões. Meu sangue gelou nas veias quando ele levantou a cabeça. Bile me vindo à boca. Oh! Deus! Não!

Ele ficou lá aos pés da cama me olhando. Seu olhar flamejando em cima de mim com algo selvagem, perverso, mas não da forma que Jay me olhava. Esse olhar era quase doente, obsessivo.

_ Demorou um pouco, mas eu finalmente tenho você onde sempre quis, Cassie. _ disse entre dentes. _ eu quis você por dois malditos anos! Dois anos, porra! _ se alterou e começou a afrouxar a gravata. _ agora você é minha. Minha! Aquele maldito bandidinho de rua a roubou de mim. Agora estou pegando de volta!

_ Oh! Meu Deus! Não! Por favor! _ gritei entre soluços, o pânico tomando conta de mim porque ele estava vindo para me estuprar. Tirou o terno e já desabotoava a camisa. Eu me sacudi freneticamente agitando meus pulsos e tornozelos. Eles doeram. Senti as algemas cortando a carne. Gritei de dor e pavor. Oh! Deus! Jay! Onde você está? Ele não descobriu o que houve ainda? _ oh! Deus! Jay! _ berrei a plenos pulmões. Ele gargalhou jogando a cabeça para trás. Sílvia o seguiu. Os dois gargalhando. O som doentio, odioso. _ pelo amor de Deus! Você não pode deixa-lo me estuprar! Sil, você é minha prima. Temos o mesmo sangue. Não o deixe, por favor, eu te imploro... _ chorei, soluços sacudindo todo o meu corpo. Minha cabeça latejando. O odor da substância que inalei ainda muito forte em minhas vias nasais.

_ Não há nada que ela possa fazer, meu anjo. _ zombou terminando de abrir a camisa. E nesse momento a porta foi aberta de novo. Pela segunda vez eu pensei que ia vomitar de pavor porque o homem na minha frente era alguém que pensei que nunca mais veria na minha vida, especialmente porque ele estava morto.

_ Santo Deus! Mark? _ ele andou até um dos lados da cama, os olhos azuis pálidos me fixaram com o ódio e repulsa característicos. Eu estava zonza, devo estar vendo coisas. _ você morreu. Co-como está...

_ Olá, irmãzinha. _ sorriu friamente. _ vejo que se encontra numa situação difícil, não é? _ oh! Deus! Era ele mesmo. Mas como isso era possível? Eu fui ao velório dele... Então, me ocorreu que o caixão esteve lacrado o tempo todo. Ninguém viu o corpo.

_ Por quê? _ sussurrei sentindo minhas forças me abandonarem. Ele meneou a cabeça e olhou na direção de Carl que continuava a se despir com um único propósito em mente.

_ O que pensa que está fazendo, seu imbecil? _ sibilou.

_ O que está vendo, parceiro. Eu vou ter a mulher que aquele maldito me roubou há dois anos. _ rosnou puxando o cinto com violência. Um frio deslizou na minha espinha eu comecei a rezar freneticamente para que Jay entrasse a qualquer momento pela porta e me tirar desse cenário de terror.

_ Não, não vai. _ Mark rosnou de volta. _ vista sua roupa, porra! _ bradou, cerrando os punhos. _ eu não sou um estuprador de merda! Ela está aqui por uma razão. Atrair o maldito King para mim! Você não vai tocá-la, seu monte de lixo doente! _ isso deveria ter me aliviado, mas não funcionou porque agora sei o que Mark quer. Ele com certeza não quer uma reunião amigável. Isso é um maldito acerto de contas. Oh! Meu Deus! Ele quer matar o Jay! Carl rangeu os dentes e voltou a se vestir. Soltei o ar devagar. Jay, amor, eu fui tão burra. Me perdoe, amor. _ você pode me agradecer depois, bastardinha. _ voltou a me olhar. _ essa foi por pouco, não foi? _ riu cínico. _ ele não vai tocá-la, querida. _ disse e seu rosto se contorceu num riso maquiavélico quando acrescentou: _ desde que você traga seu marido para mim. Temos assuntos pendentes, como manda-lo para o inferno, por exemplo. _ novos soluços irromperam na minha garganta. _ você tem duas horas para pensar. Tenho assuntos a resolver e vou levar Carl comigo. Isso te dará mais tranquilidade, estou supondo. Mas pense logo porque não vou ser capaz de segurar a obsessão que o imbecil tem por você por muito tempo. _ ele se virou na direção de Sílvia e fez um movimento com o indicador, chamando-a. Ela abriu um sorriso enorme e no segundo seguinte os dois estavam se comendo num beijo asqueroso. Meu queixo caiu aberto e vômito veio na minha boca pela enésima vez hoje. Ela realmente era uma traidora. Ah, Cristo! Eu fui tão burra em abrir as portas da minha casa para ela. Meu sangue, meu próprio sangue. Os dois. Mais lágrimas pularam dos meus olhos e eu pedi a Deus fervorosamente que me deixasse voltar para meu marido e filhos. Eu não posso fazer o que eles querem. Nunca vou trazer o homem que eu amo para uma emboscada. Duas horas. Eu tenho duas horas para pensar em algo antes deles voltarem. Isso era tão injusto. Imagens de nós ontem no nosso jantar encheram minha mente. Ele dizendo que o que seus sentimentos vão além das três famosas palavras. A música que cantou para mim. Eu chorava copiosamente agora, um medo descomunal de nunca mais vê-lo, senti-lo, me paralisando. Não é justo tudo isso. Eu daria tudo para voltar no tempo e ter permitido Isaac entrar comigo naquele quarto. Perdoe-me, amor. Por favor, me perdoe...

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