My best half - PansMione - Co...

By loony_798

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Sinopse: Palavras. Segundo o dicionário, "unidades da língua escrita, situadas entre dois espaços em branco"... More

Onde anda você
Compromisso
Palavras ao vento
Sinceramente
Apenas mais uma de amor
Pensando em você
Te trouxe essa canção
Me espera
Mesmo sem estar
Leve e Suave

O amor em nós

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By loony_798

N/A:
Oi, pessoas. Chegamos ao último capítulo. Vamos chorar juntos. Maaaas... teremos ainda um epílogo pra despedida não ser assim tão drástica. Obrigada por terem acompanhado até aqui.

Quero deixar um agradecimento também à S_liss, porque essa fic não teria saído se ela não tivesse topado embarcar na ideia comigo. E esse capítulo eu enchi muito a paciência dela, para saber como a Pansy e o Blaise se comportariam (pois é, eu escrevi os capítulos da Mione e ela da Pansy). Gratidão infinita pela paciência que ela teve naquela quase madrugada.

Já falei muito. Espero que gostem do capítulo tanto quanto nós. Boa leitura!

💌


Era já noite naquela sexta-feira e Hermione estava de pijama em sua cama, as costas apoiadas no travesseiro e a atenção totalmente voltada para um livro que falava algo sobre o ministério da magia russo. A janela estava aberta quase em sua totalidade, apesar do frio, mas ela sentia que precisava daquele ar que entrava pelo cômodo. E foi justamente isso que fez com que ela fosse surpreendida por uma coruja adentrando seu quarto, o que a fez jogar o livro no chão devido ao susto.

— Você quer me matar do coração? — ela perguntou ao animal que sobrevoava seu quarto. Hermione e sua eterna mania de dirigir a palavra a seres que não responderiam.

A coruja voou pelo cômodo por poucos segundos, como se avaliasse o melhor local para deixar o envelope e, ao que parece, decidiu que seria no colo da morena que estava sobre a cama. Então, sem enrolações, a ave deixou o envelope ali e saiu pela janela tão subitamente quanto havia entrado.

— Audaciosa essa coruja!

Hermione resmungou e levantou para pegar o livro caído no chão. Em seguida, se sentou na cama, pegando o envelope nas mãos e não reconhecendo a caligrafia ali contida. Achou bastante estranho, principalmente o fato de ali estar grafado seu nome completo. Então, com cuidado e certa apreensão, ela abriu o envelope e começou a ler. Ao ver o nome de Pansy ali mencionado, as lágrimas já tomaram conta de seus olhos, juntamente com uma exagerada preocupação. Será que havia acontecido algo com a garota?

Ela continuou a leitura num ritmo acelerado, querendo logo chegar ao fim para compreender o teor daquela carta e, principalmente, saber quem a havia escrito. Pansy tinha sido tão misteriosa sobre sua situação atual de vida que Hermione não sabia quem poderia estar escrevendo por ela.

Então era Blaise. Blaise Zabini era o remetente daquela carta. Da carta que fez Hermione desabar. Como num passe de mágica, num golpe mais rápido do que Avada Kedavra, a morena começou a sentir um misto de sentimentos, mas talvez as lágrimas que desciam copiosas representassem principalmente dois deles: arrependimento e culpa. Ela se sentia completamente covarde por ter fugido do que estava sentindo. E não apenas covarde, mas egoísta. Como ela não tinha parado para pensar no impacto que a falta de suas respostas causaria em Pansy? Ela achou que fugir era a melhor alternativa. Mas achou errado. E como isso a consumia agora.

Após um momento se corroendo com a culpa, Hermione lembrou das últimas palavras escritas por Blaise. “Não tenha vergonha de si, não tenha medo de amar. O amor é lindo.” Sim, o garoto estava certíssimo e, agora, diante desse turbilhão de sentimentos, ela havia decidido parar de fugir do que sentia.

— Eu a amo — ela sussurrou entre as lágrimas. — Eu amo a Pansy... E eu fiz ela sofrer… Eu sou um monstro… — As frases continuavam, entre lágrimas e gesticulações, como se Hermione confessasse algo a alguém. — Eu ignorei não só o que eu tava sentindo, eu ignorei o que ela tava sentindo também…

As mãos de Hermione estavam trêmulas quando ela pegou o primeiro papel e caneta que encontrou em sua frente. Sem formalidades, sem grandes palavras e manchando a tinta com algumas lágrimas, ela escreveu.

“Zabini, eu cometi o maior erro da minha vida e a única coisa que eu quero nesse momento é repará-lo. Se me ajudar com isso, terei uma eterna dívida com você, porque tenho certeza que é a situação mais importante que já me deparei ao longo dos anos que já vivi. Obrigada por cuidar da Pansy enquanto eu estava fugindo e, consequentemente, a machucando. Conto com você e agradeço por ter aberto os meus olhos. Hermione.”

Assim que colocou o pedaço de papel em um envelope e o despachou pela sua coruja, Hermione decidiu abrir a última gaveta de sua cômoda. De lá, retirou todas as cartas que havia guardado sem ler. Sem pressa, ela leu uma a uma. Releu tantas vezes quanto foi necessário para absorver as palavras incluídas ali. Chorou o tempo inteiro. E teve certeza de que, se ela soubesse onde encontrar Pansy, não hesitaria em ir até lá, ainda que estivesse no meio da madrugada.

Aquela madrugada se resumiu a lágrimas, pensamentos inconstantes e ansiedade. Hermione não dormiu. E aparentemente, Blaise também não, pois ambos trocaram diversos bilhetes durante a madrugada, sendo o último deles na manhã do sábado. Blaise já tinha um plano. E Hermione, bem, ela apenas concordava. Estava disposta a fazer qualquer coisa para reparar os danos que havia provocado nos últimos meses.

Vencida pelo cansaço — afinal não havia dormido durante a noite —, Hermione caiu no sono após receber a última resposta de Blaise, combinando tudo para o sábado à noite. Já passava de uma da tarde quando Harry, preocupado, bateu na porta do quarto da amiga. Ela nunca demorava tanto para acordar. Como não obteve resposta, ele abriu a porta com cuidado e resolveu entrar para checar se estava tudo bem.

Encontrou o chão repleto de pergaminhos e papéis. Hermione, por sua vez, estava deitada com uma foto pendendo de sua mão. Em parte para evitar que a foto caísse e em parte por curiosidade, o garoto pegou a foto que Hermione segurava e olhou com atenção. Pansy Parkinson sussurrava algo no ouvido da Hermione mais jovem, que jogava a cabeça pra trás, rindo. Ele ficou alguns segundos observando as garotas repetirem seus movimentos e, sem que percebesse, um sorriso tomou conta de seu rosto.

Então, ele lembrou da breve conversa que teve com Hermione no dia em que ela estava com um sorriso abobado no rosto. Lembrou também como, dias depois, Hermione tinha ficado mais reclusa e se enfiado em mais responsabilidades e tarefas do que já tinha. Será que Pansy tinha a ver com isso?

Harry pousou a foto parcialmente embaixo do travesseiro de Hermione e começou a chamar a amiga baixinho, numa tentativa de acordá-la. Pouco depois, obteve sucesso na sua missão.

— Harry? Que horas são? — Hermione questionou com os olhos semicerrados e levantando, desajeitada.

— Exatamente uma e quarenta e sete. Você tá bem? Nunca te vi dormir até essa hora. Fiquei preocupado…

— Merlin! Eu não deveria ter dormido até essa hora… — A morena começou a se levantar e parou abruptamente, percebendo as cartas espalhadas, assim como a foto perto de seu travesseiro. Sentiu o rosto corar e lembrou da realidade. — Harry, a gente precisa conversar… Eu… — A garota começou a dizer e engoliu em seco antes de prosseguir, desviando o olhar. — Eu… Tô apaixonada. E eu vou me encontrar com… com ela… hoje à noite. Sim, com ela. Harry, eu não sei o que você vai pensar de mim depois de eu admitir isso, mas é isso. Eu tô perdidamente apaixonada. E não é por um garoto, é por uma…

— É pela Pansy, não é? — Harry riu. Hermione estava claramente nervosa, ansiosa e em desespero. Quando ficava assim, ela não parava de falar, atropelando as palavras. Então, ele repetiu as palavras que costumavam ajudar nessas horas. — Respira… Respirou? Continua respirando que eu vou buscar alguma coisa pra você comer. Depois quero todos os detalhes de como isso aconteceu.

E assim foi. Enquanto se alimentava — e isso se prolongou para depois de terminar também — Harry soube de toda a história. Hermione se sentiu aliviada. Já Harry, não cabia em si de felicidade pela melhor amiga.

💌

Blaise e Pansy adentraram a cafeteria por volta das 18:30. O garoto havia reservado o local — que não abria à noite, a menos que houvesse reserva — para Pansy e Hermione, porém sua amiga não sabia do pequeno detalhe. Por volta de quinze minutos após a chegada dos dois, Hermione chegou também.

Assim que viu a morena entrar no local, a passos tímidos, Blaise levantou com um sorriso no rosto, andou até Pansy — que estava sentada de costas para a entrada do local — depositando um beijo em sua testa e, em seguida, sussurrando alguma coisa em seu ouvido.

Então, se dirigiu para a saída, cruzando com Hermione no caminho.

— Ela é toda sua. Boa sorte — ele disse, piscando o olho para a garota, antes de continuar seu trajeto.

Hermione suspirou longamente e mordeu o lábio inferior, sem conter o sorriso, no entanto. Ela estava bastante apreensiva, mas ao mesmo tempo estava esperançosa. O coração acelerado decidiu acelerar ainda mais quando viu Pansy se virar para a sua direção, com uma expressão confusa, tentando compreender o que Blaise havia dito e, neste ato, deixando notável o lenço da Grifinória em seu pescoço.

A morena desviou o olhar, num ato automático, tentando esconder os olhos marejados. Porém, logo decidiu que deixar que Pansy visse aquilo fazia parte de assumir o que sentia, então prosseguiu até a mesa, ocupando o lugar que até pouco tempo atrás Blaise ocupava.

Pansy se permitiu apreciar as feições da menina mulher à sua frente. Permitiu-se sentir aquilo que havia jurado enterrar após a última carta enviada e então, como um lembrete, ela lembrou das suas palavras.

— Você veio com o… — Hermione começou a dizer, olhando para o lenço que havia dado à garota, mas foi interrompida por ela.

— Desculpa pela última carta, eu não queria jogar aquilo em você, não quis que escapasse dessa forma…

— Pansy… — A morena levou as próprias mãos até as mãos de Pansy, segurando com carinho, depois criou coragem e a encarou. — Se existe alguém nesse lugar que precisa se desculpar, essa pessoa sou eu. Deixei minha insegurança tomar conta de mim e me dominar. Eu nunca fui tão feliz na minha vida como quando tava conversando com você através daquelas cartas ou naquele último ano que estudamos juntas em Hogwarts. Se eu precisasse conjurar um patrono agora, você sem dúvidas estaria na minha lembrança mais feliz… E eu preciso realmente me desculpar por ter feito isso com a gente. Eu preciso que você me perdoe e me dê a chance de consertar tudo o que fiz nesses últimos meses. — Hermione já estava chorando enquanto falava. — Quando você disse naquela carta que esse sentimento não era só de amizade, eu sabia que realmente não era. Eu já disse isso pro Harry, pro Rony e pro Blaise, mas agora eu preciso dizer pra você. Eu… tô apaixonada por você, Pansy.

Pansy sentiu seu corpo travar. Seu coração estava bem mais rápido que o normal, sua respiração havia sido suspensa por alguns segundos e seus olhos admiravam a mulher sentada ali. Ela havia acabado de dizer que estava apaixonada por si. Tentava formular alguma resposta coerente, mas nada parecia querer sair, então apenas relaxou os ombros e se permitiu sorrir com a mão ainda junta da de Hermione, que interpretou aquele sorriso como algo positivo e sorriu também.

— O que nós vamos comer? — Hermione se limitou a perguntar.

Depois da risada e resposta de Pansy, ela chamou a garçonete e fez o pedido. Parece que, finalmente, as coisas estavam começando a ir bem para as duas.

💌

N/A:

Eu sei que todo mundo tava ansiando por esse encontro, mas deixa ele todinho pra imaginação de vocês. A prévia ali foi o ponto principal. O Harry foi fofinho e o Blaise o próprio reizinho fazendo isso tudo acontecer.

Acabou, mas sexta que vem o epílogo tá aí.

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