Me perdoem o atraso imenso para postar... estou terminando minha graduação e o TCC/TFG está drenando minhas energias junto com trabalho e estágio! Fico por horas no computador, e quando termino não quero nem olhar para uma tela.
Espero que gostem! Vou tentar postar mais frequentemente, pelo menos até esse semestre maluco acabar.
Espero que essa imagem amoleça o coração de vocês! Hahaha
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Sábado chegou e com ele a última visita a Hogsmeade do ano. Luna usava pelo menos três blusas e seu cachecol era tão grosso que tampava seus lábios.
- Você tá indo nadar com os ursos polares? – James puxou a touca da cabeça de Luna.
- Me devolve isso! – Luna esticou a mão que estava coberta por um par de luvas azuis.
- Você tá tão fofa! – Sirius abraçou apertado a mais baixa – Tá parecendo um filhotinho de pinguim!
- Cadê a Cris, Lu? – Peter perguntou. Lu torceu o nariz. Na noite anterior as meninas conversaram no quarto e Cris acabou por dizer que iria com Riley. Justificou-se que ele a dava mais atenção que Peter.
- Oh... Ela... não sei. Deveria estar aqui. – ela olhou para os lados como se estivesse procurando alguém. – E vocês... vão conosco? – dirigiu seu olhar aos dois marotos que sempre arrumavam um jeito de se afastar do grupo para se encontrarem com alguma menina.
- Ah, sabe como é né... – James coçou a nuca.
- O maníaco aqui convidou a Lily, ela negou, mas ele não sabe respeitar o espaço alheio. – Sirius apontou para James.
- Eu não sou manía... aquela é a Cristal saindo com o Riley?
Luna queria ter lançado um feitiço de cegueira em Peter. Os olhinhos claros do menino foram de surpresos a tristes em tão pouco tempo que Luna queria abraça-lo ali mesmo. Cristal sequer havia falado com ele.
Ela, não sabendo o que dizer, permaneceu com a boca entreaberta e as sobrancelhas unidas. Foi salva por Remus e Lily chegando.
- Bem, pessoal... vamos? – Remus se aproximou – O que houve?
- Cris tá indo pra Hogsmade com o otário do Riley. – James cuspiu o sobrenome do corvino.
- Oh... – Lily olhou para Peter e depois para Luna que estava quase se desculpando por ela.
- Vem, Rabicho. Vamos tomar cerveja amenteigada e whisky de fogo até esquecermos nossos nomes. – Sirius abraçou Peter de lado e saiu puxando o baixinho.
Potter ergueu o cotovelo para que Lily o pegasse e ela até ponderou. Achara fofíssimo o jeito que ele ficou com Luna na torre de astronomia. Talvez ele não fosse um completo babaca. Mas logo se lembrou de Severo e se virou puxando Luna pelo braço.
Remus veio atrás ouvindo as lamentações de James.
*
- Um brinde aos solteiros! – Sirius ergueu o copo. – E aos cornos também, Peter.
Todos tentaram segurar o riso, mas não conseguiram.
- Vocês são os piores amigos do mundo, sabiam? – Peter tentou parecer zangado, mas também estava rindo.
Todos beberam e riram, até que se separaram para fazer algumas compras de natal.
Lily e Luna caminharam por várias lojas, compraram presentes para Ava, Romina, Remus, Sirius, Cris, Peter e até para Potter elas compraram. Era um mini pomo de ouro em formato de chaveiro, era difícil comprar presentes para alguém que, aparentemente, tinha tudo.
- Agora você saia de perto de mim que vou comprar o seu presente! – Lily fez sinal de "xô!" para a Santiago que saiu rindo.
- Eu vou te dar um Potter de natal! – Ela gritou já correndo para a porta da loja. Ela saiu antes de ouvir a resposta de Lily. Se virou bruscamente e deu de cara no peito de alguém.
- Que nariz duro, Santiago! – Ela sequer precisou olhar para cima para ver quem estava esfregando o peito, local onde seu nariz havia batido. O cheirinho de... alguma coisa gostosa que ela não sabia identificar (mas parecia uma floresta), invadiu suas narinas. Remus.
- Ai! Me desculpe! Eu estava... fugindo da Lily. – ela sorriu e puxou seu gorro um pouco para trás. Há dias não esteve tão próxima de Remus. Ele estava com as bochechas coradas. Usava um cachecol e touca verdes em cima de uma blusa de frio laranja. Estava tão adorável que Luna teve que se segurar para não suspirar ali mesmo. Ele deu um sorrisinho tímido e Luna sentiu que de repente suas pernas não aguentavam mais o peso de seu corpo. Forçou a se focar.
- Podemos conversar? – Os dois disseram juntos e sorriram.
No mesmo instante, um senhor mais velho esbarrou em Luna, a jogando em cima de Remus. Luna arregalou seus grandes olhos castanhos. Remus estava a segurando por seus cotovelos.
- É... acho melhor a gente ir para algum lugar mais... tranquilo. – Ele riu tímido e Luna só balançou a cabeça freneticamente. Não sabia se conseguiria falar. Eles estavam tão, tão próximos.
Logo ele empurrou delicadamente Luna para frente. O frio a abraçou novamente e ela sorriu sem graça. Se puseram a caminhar até próximo da casa dos gritos.
- Acho que é o único lugar que não tem uma multidão. – Luna olhou ao redor.
- Infelizmente. – Remus disse para si mesmo.
- O que?
- Nada.
Os dois caminharam até perto da cerca e se apoiaram ali.
- Remus, eu... – Luna começou se virando para o menino.
- Não, por favor. – ele riu e olhava para qualquer lugar que não fosse ela – desculpa te interromper. É que... eu realmente queria pedir desculpas pelo modo como agi nos últimos dias. Foram dias estressantes e... Eu sei que nada justifica. Mas, me perdoe. – seus olhos cor de mel olharam dentro dos olhos escuros de Luna - Por favor.
Luna soltou o ar dos pulmões. Tentou respirar fundo quando seus pulmões pediram ar, mas quando inspirou, o ar gelado a fez ter uma crise de tosse.
Ela já estava roxa quando Remus começou a lhe dar tapinhas nas costas.
- Obrigada... obrigada... já... já passou. Obrigada.
Pular de uma ponte. Ela queria pular da ponte e cair num abismo sem fim.
- Então... você me perdoa? – Luna encarou o olhar pidão do castanho a sua frente. Ele tinha um brilho no olhar que faziam Luna perder o foco, pareciam duas grandes... Luna sequer conseguia formular alguma comparação a não ser uma estrela. Uma estrela. Bem, bem grande.
- Dios mío, parece el sol. – ela murmurou.
- O que? – ele perguntou sorrindo
- O que? – ela respondeu
- Você... acho que você disse alguma coisa em espanhol. Eu realmente não entendi. – ele deu uma risadinha e Luna o acompanhou com a maior cara de otária. Otária. Céus, como ela podia ser tão otária na frente de Remus?
- Oh... me desculpe, eu... Eu te perdoo sim. Na verdade, eu até sei porque você estava daquele jeito e era sobre isso que eu queri...
- Sim! Foram as provas! Estava tão nervoso! E... Nossa! Que bom que entende! Foram estressantes, né?! – Remus começou a falar rápido e ofegante, se virou e começou a olhar para a casa dos gritos. Luna entendera. Se calou e encarou as mãos. – O que você... você disse que queria falar comigo também.
- Ah... não era nada muito importante. É só que... o pedido para o baile ainda está de pé.
Remus engoliu seco.
- Oh... o baile. É...
- Tudo bem se já tiver um par, eu...
- É isso! Eu... me desculpe, mas alguém já me convidou. – O coraçãozinho de Luna estava, agora, despedaçado.
- Ah... que legal!
Ela sequer teve coragem de perguntar quem era. Ela só queria sair correndo dali e chorar. Malditos hormônios chorões.
- Eu... tenho que ir comprar um presente para a Lily. – Ela se virou para despedir do amigo.
Mas o destino, Merlin, Jesus, Alá, ou qualquer tipo de força superior que os guardava, não se contentou em simplesmente deixar Luna sair correndo. Quando o biquinho de Luna se aproximou da bochecha corada de Lupin, ele se virou na mesma hora e ela acabou beijando o canto dos lábios do menino.
Ambos se encararam com os olhos arregalados. Luna não conseguia falar. Tremia como uma vara verde. Sua garganta secou em tão pouco tempo que chegou a ponderar se o motivo do deserto existir era que alguma vez ele houvesse se apaixonado por alguém.
- É... até depois, então. – Remus desviou o olhar para a Casa Dos Gritos e coçou a nuca. Luna girou nos calcanhares e saiu correndo.
Espero que gostem <3 Prometo aumentar os capítulos assim que finalizar minha monografia!