Quem Sou Eu?

By sashamorbeck

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Memórias são como um livro de história que se encontra em qualquer livraria, sua franquia é ilimitada e seu... More

A Garota sem Memórias
Amnésia
Capa Amarela?!
Um Nome

E Agora?

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By sashamorbeck

As coisas haviam ficado claras, mas ao mesmo tempo tão escuras quanto antes. Eu já sabia as respostas de algumas perguntas que me eram fundamentais: Como e por que eu estava no hospital.

- Descanse agora. Hoje foi um dia cheio, é muita informação para quem não tinha nenhuma.

O Dr. Max despediu-se de mim. Realmente havia sido um dia cheio de informações, eu estava com as pálpebras pesadas, meu corpo pedia por um descanso.

.........................

-Uaaaaaaaah!

Eu abri os olhos relutante, olhei no relógio que havia na parede, marcava 19:30 h, eu dormi por algumas belas horas.

Com dificuldade, apoiei-me nos meus cotovelos e consegui sentar-me na cama, esfreguei meus olhos enquanto desprendia um bocejo. Coloquei meus pés descalços no chão frio e liso, tentei ficar de pé, mas não tinha a força necessária para tal, conformei-me com meu estado de fraquesa e dor, sim, meu corpo ainda estava amplamente dolorido.

- Toc toc!!

A porta se abriu, e uma senhora com uma roupa azul e um avental branco entrou empurrando um carrinho metálico. Alguns fios grisalhos escapavam da sua touca transparente.

- Você deve esta faminta, não é mocinha?! Ela tinha um sorriso gentil em seu rosto cansado.

- *grrrrr*!! Meu estômago roncou ferozmente como um animal.

- Acho que seu estômago respondeu por você. Ela riu do barulho tremendo que demonstrava quão grande era minha fome.

- D-desculpe-me!! Senti meu rosto esquentar, fiquei envergonhada com a situação.

- Não precisa desculpar-se, você precisa se alimentar.

- ãham! Estou mesmo com muita fome.

Ela me ajudou a me ajeitar na cama, e me repreendeu por ter tentado levantar.

Tinha alguns botões na lateral da cama, e quando apertei um que tinha uma seta para cima, a cama ficou meio curvada, deixando meu tronco mais ereto. Ela tirou uma pequena mesinha que estava debaixo do carrinho metálico e pois sobre o meu colo. Com cuidado colocou a bandeja em cima da mesinha, retirando uma cobertura, apresentando a mim uma sopa de legumes e alguns pãozinho ao lado. O cheiro era maravilhoso, me deu água na boca.

- Hummm, ela parece ótima, obrigado.

- Bom, aproveite sua sopa, eu voltarei em alguns instantes. Ela foi embora, me deixando aproveitar minha refeição.

Eu esperimentei a sopa, o cheiro não estava mentindo, estava deliciosa. Dizem que comida de hospital sempre tem gosto de remédio, talvez essa aqui fosse uma ecessão, mas também dizem que quando se estar com fome tudo tem gosto bom, se isso for verdade prefiro deixar minha fome me enganar.

....

- E então, como estava a sopa? A senhora de antes entrou novamente.

- Estava muito boa, obrigado. Falei enquanto limpava com a mão algumas migalhas de pão da minha boca.

- Que bom que gostou.

Ela retirou a mesinha de cima de mim e pois em cima do carrinho metálico.

- Até mais, mocinha.

- Até.

Mais horas se passaram, eram 22:10 h, e meu sono não vinha, mas era de se esperar depois de uma tarde inteira de sono profundo.

Não havia nada que eu pode-se fazer, eu me encontrava em um tédio rigoroso.

Começaram a passar uma multidão de pensamentos pela minha cabeça, fiquei imaginando quem eu era, de onde eu vinha, quais eram meus sonhos, meus pesadelos, quais eram meus medos, qual era minha cor favorita? Acho que são essas simples coisas que formam uma existência, e já que eu não sabia a resposta pra nenhuma das perguntas, eu me permiti fazer mais uma: - Será que eu existo?

Pronto, agora eu estava em uma crise existencial, acabei de lascar com a mínima confiança própria que eu ainda tinha. E agora?

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