Starlight ☆ | HOB [Modern Au]

By GegeXianle

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"Oh luz das estrelas, não chore Nós vamos fazer isso direito antes de amanhã Nós vamos encontrar um lugar ond... More

Demo Tape ~ Introdução
Track 1
Track 2
Track 3
Track 4
Track 5
Track 6
Track 7
Track 8
Track 9
Track 10
Track 11
Track 12
Track 13
Track 14
Track 15
Track 16
Track 17
Track 18
B-Side 1
B-Side 2
B-Side 3
B-Side 4
B-Side 5
B-Side 6
B-Side 7

Other Side 19

248 38 140
By GegeXianle

Nota da Autora:

Por enquanto, voltaremos para o enredo que foca nos integrantes da banda Four Great Calamities. Então, considere que estamos virando o lado do disco.
    Aqui se inicia o Lado B, também conhecido como Other Side. ^^"
    Em breve voltaremos aos B-sides com Mu Qing e o Feng Xin, juntamente com o confuso Fu Sheng.
     Agradeço por acompanharem, sejam todos bem vindos e obrigada por estarem aqui.

🎸🎼🎸🎼🎸🎼

Quem preserva as flores mais ordinárias revela o próprio coração

Deixou a cadeira que ocupava abruptamente.

Os pés da cadeira no chão da livraria fizeram um som desagradável e Hua Cheng franziu de leve a testa:

— Vamos para casa, E-Ming.

Ele ainda estava na entrada e seu tom não era necessariamente bravo, mas algo contido, se havia algum perigo, era apenas no brilho carmesim de seu único olho.

E ao ouvir seu meio irmão, E-Ming sacudiu a cabeça numa negativa, engolindo à seco, o pomo de adão em seu pescoço subindo e descendo num movimento sutil e cuidadoso como seu olhar na defensiva.

Xie Lian quase suspirou, mas em vez disso, foi até E-Ming a passos calmos, tocando de leve seus ombros a mirar-se em seus olhos.

— Tudo bem. Você não quer ir, mas... Por que, E-Ming?

— Eu te disse porque... — E-Ming articulou fracamente.

Hua Cheng adentrou a livraria e Ruo Ye veio logo atrás a observar a situação.

— Pode ter dito, mas não para mim. Posso saber a razão? — Hua Cheng argumentou, cruzando os braços. — Se não vier comigo, duvido muito que queira voltar para casa da nossa mãe... Para onde você iria então, E-Ming?

O rapaz estreitou o olhar a encarar Hua Cheng, na sua voz desafiadora como um canivete em riste entre os dedos, havia uma provocação:

— Para as ruas... Aonde mais?

Aquilo era demais, Hua Cheng sabia que E-Ming estava fazendo de propósito e isso o tirava do sério!

— Seu pequeno pedaço de lixo inútil... — Hua Cheng cuspiu entre dentes. — Nesse ritmo vai voltar para o reformatório. É isso que você quer?

A verdade é que os dois irmãos pareciam estar se rodeando como dois animais ferozes prestes a saltarem na jugular um do outro e Xie Lian estava entre os dois.

Ruo Ye tinha a respiração em suspenso, pronto para intervir caso a briga se instalasse em sua livraria.

— Sabe o que eu quero? — E-Ming rebateu. — O que eu realmente quero? Porque você não volta para sua merda de vidinha perfeita? Eu não faço parte dela! 

— Eu não paguei sua fiança para voltar para as ruas! — Hua Cheng admoestou, um tanto friamente.

Xie Lian alternou seu olhar entre os dois irmãos e já que estava no meio, afastou os dois com seus braços.

— Ei, muita calma... Vocês dois! Pelo visto tiveram emoção demais por um dia... Precisam esfriar a cabeça para terem uma conversa decente, certo?

E Hua Cheng e E-Ming trocaram olhares ainda com visível hostilidade, mas Hua Cheng mirou-se em seguida em Xie Lian, desanuviando seu trejeito frígido.

— Eu concordo, mas... O que Gege sugere?

Xie Lian pareceu inspirar profundamente antes de responder.

— Se não se importar, posso cuidar do seu irmão por essa noite... E amanhã de manhã, vocês podem conversar com mais calma.

Este acabou sendo o ensejo para Ruo Ye se pronunciar e se aproximar dos três.

— Ah, não... Lian, amanhã você tem que dar aula cedo. Eu posso abrir a livraria a hora que eu quiser. Deixa que eu tomo conta do garoto essa noite.

Xie Lian coçou a testa pensativo, era verdade... Tinha que estar na escola bem cedo e isso talvez fosse complicado, um rapaz confuso como E-Ming poderia fugir de vez num descuido.

— Tem certeza, Ruo Ye? Sei bem que você só tem a livraria para tirar o seu sustento.

E-Ming alternava-se em buscar Ruo Ye e Xie Lian, enquanto suas feridas recém desinfetadas ardiam sob as bandagens limpas. Ele na verdade estava um pouco desconfortável... Por que aqueles dois estranhos eram tão amáveis com quem mal conheciam?

Eles não tinham acabado de ouvir sobre ter ido parar num reformatório? Sobre ter tido a fiança paga? Não estava claro que sua pessoa, E-Ming, era uma desgraça cuspida na sarjeta?

— Sério mesmo, Lian... —A voz de Ruo Ye quebrou seu fluxo inconsistente e lamentável de pensamentos. — Por mim tudo bem.

Xie Lian então assentiu e voltou-se para os irmãos.

— E por vocês dois? Ruo Ye mora aqui mesmo, no segundo pavimento por cima da livraria  ShangYuan. Tudo bem, San Lang? Se importa de voltar aqui amanhã?

— Se Gege pensa ser o mais acertado, eu não me importo.

Até que Hua Cheng encarou seu irmão, sua expressão sempre mudava drasticamente quando retornava na direção dele.

— E-Ming... De acordo?

A vontade de E-Ming era continuar criando caso... Ele olhou desdenhoso para Hua Cheng:

— Hum! Agora se fazendo de bonzinho?... Que se dane, tanto faz.

Evidente que Xie Lian estava atento a tensão, como cada provocação gratuita de E-Ming fazia o rosto de Hua Cheng ficar escuro. Por isso ele tocou afável o braço do moço de óculos que havia se apresentado como San Lang.

— Bom, se estamos devidamente combinados... Vamos deixar Ruo Ye fechar a livraria para se recolher com E-Ming.

— Então... Eu te acompanho, Gege. Posso aparecer por volta das nove da manhã?

A pergunta era dirigida a Ruo Ye que já estava olhando quieto em sua direção.

— Como preferir... A entrada para meu sobrado fica na lateral do prédio, tem um interfone.

Naturalmente que Xie Lian desejou boa noite e agradeceu pelo café, logo em seguida saindo da livraria com Hua Cheng.

Enquanto os dois se afastavam gradualmente na calçada, Ruo Ye apagou as luzes dentro da livraria, trancou a porta, descendo a porta de metal que protegia o estabelecimento e sem demora, subiu com E-Ming ao sobrado por um atalho nos fundos da própria livraria ShangYuan.

O trânsito local já não era tão intenso.

As pessoas em sua maior parte já tinham voltado para casa de seus trabalhos e Hua Cheng e Xie Lian seguiam lado a lado na calçada, com a brisa noturna soprando entre eles.

Hua Cheng estava sinceramente preocupado porque Xie Lian estava calado, distraído e talvez perdido em pensamentos, estava prestes a se desculpar por sua conduta com E-Ming dentro da livraria, quando repentino, Xie Lian o fitou... Causando-lhe um sobressalto íntimo imperceptível.

— San Lang... E-Ming me contou que o empurrou contra um veículo que vinha na via. Você está realmente bem? Não quer ir até ao pronto socorro checar se não se feriu?

— Não se preocupe, Gege. — Hua Cheng sorriu. — O carro não vinha em alta velocidade, portanto não sofri nenhuma lesão. Aliás... Se me permite, gostaria de acompanha-lo até sua casa, como forma de agradecimento.             

— Minha casa não fica realmente longe, San Lang. Não há necessidade de se preocupar com isso.   

Xie Lian o disse de forma simples e calorosa e seus braços se esbarraram enquanto caminhavam, o sorriso de Hua Cheng se tornou ainda mais espontâneo.

— Mas, eu insisto... Se Gege não tivesse me ajudado, E-Ming poderia ter sumido mais uma vez.

— Ah... Sobre isso, San Lang... Eu não pude ignorar, sua mãe... Ela sabe que E-Ming se encontra nessa situação?

— Ela é parte do problema. Na verdade é uma história enfadonha e longa demais... Em resumo, eu quero ter a guarda de E-Ming, ele precisa voltar para a escola. Nunca estive tão determinado a isto quanto agora.

Xie Lian assentiu atento, tentando entender todas as nuances da situação, até as ocultas.

— San Lang não pode interceder antes por E-Ming, mas sem dúvida quer ser um bom irmão.

— Sim, mas... — Hua Cheng soou um pouco sombrio. — Será mesmo que ele ficará bem com seu amigo da livraria?

— Ruo Ye? Oh, sim... — Xie Lian confirmou colocando as mãos no bolso do casaco. — Se quiser, eu posso ligar para Ruo Ye mais tarde, para me assegurar que tudo está bem.

Os dois viraram duas esquinas e entraram na Alameda Xiang Ri Kui*, que estava quieta, as casinhas do entorno com um certo ar de humildade bucólica.

— Não... — Hua Cheng refutou vislumbrando a iluminação da rua. — Não precisa disso, Gege. Eu ouvi bem quando seu amigo da livraria disse que precisava acordar cedo. Quer dizer que Gege é professor?

Claro que quando Hua Cheng perguntou, ele já sabia perfeitamente toda resposta, mas poder demonstrar interesse e sorrir para a pessoa de que gostava era imperdível.

E eventualmente esse jeito de sorrir, cheio de apresso, desconcertava Xie Lian.

Ele desviou o olhar por um momento, limpando a garganta antes de responder.

— Não é nada demais, San Lang... Não pense que é assim um trabalho tão importante...

Os dois finalmente desviaram o caminho para um caminho de pedras, entre os espaços cresciam flores miúdas que a maioria considerava que era mato, mas Xie Lian caminhava com cuidado para não pisar em nenhuma delas.

Quando se deu conta, estavam de fronte a porta, sob o telheiro coberto com telhas de barro avermelhadas.

— Bem... — Xie Lian se virou após encarar a porta envernizada em madeira escura e se deparou com Hua Cheng de fronte a ele e... Como ele era alto aliás! — Chegamos... Obrigado por me acompanhar, San Lang.

Talvez, se fosse um pouco mais cedo, Xie Lian o convidaria para tomar um chá ou mesmo um café e na verdade, até queria saber um pouco mais sobre a história provavelmente conturbada sobre esses dois irmãos.

No instante que se virou e agradeceu, em seguida hesitou sem saber exatamente a razão... Ele não tinha que ir trabalhar cedo?

Xie Lian estava começando a ficar desconcertado consigo mesmo, apertando um lábio no outro.

— Eu que agradeço. — Hua Cheng deferiu suavemente com a cabeça, fitando-o tão perto sob aquele telheiro sobre a porta. — Tenha uma boa noite, Gege.   

— Ah, sim... Boa noite, San Lang.

Os ombros de Xie Lian relaxaram por segundos e observou o homem lhe dar as costas sem pressa visível.

Xie Lian já ia segurando na maçaneta, tirando a chave do bolso, quando de repente chamou:

— San Lang!

E Hua Cheng prontamente se virou sem ter se afastado demasiado, sorrindo para si mesmo um segundo antes.

— Sim... Gege?

— Por favor... Me dê notícias sobre sua conversa de amanhã com E-Ming?

— Claro... Nos veremos de novo, não se preocupe.

E tendo o dito, Hua Cheng se virou e seguiu o caminho pela trilha feito de pedras que daria na calçada da Alameda.

Xie Lian não entrou imediatamente, ele observou Hua Cheng ir embora e notou que ele também não pisou nas flores miúdas entre as pedras em tonalidade azulada, ele passou com certo cuidado como se a cada passo trocado sorrisse para cada uma delas.

Quando finalmente Xie Lian destrancou sua porta e entrou, ele tinha certeza que Hua Cheng não era tão ruim quanto E-Ming havia sugerido na livraria.

Um homem que se importava com flores que para a maioria eram tão desprezíveis, devia saber amar de todo coração.


Nota de rodapé: Alameda Xiang Ri Kui* = Alameda Girassol

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