Pov: Sabrina.
Meu primeiro dia de aula em um ambiente novo, naquele momento o que eu mais queria era não estar ali.
Pessoas caminhavam de um lado pro outro, mas eu nem sabia qual era minha sala ainda.
Três meninas passam por mim e me olham com uma cara feia provavelmente elas devem ser bem populares.
Elas param bem na minha frente e me encaram de cima até em baixo.
- Você é nova aqui?. - Uma delas perguntou.
- Sim sou.
- Acho bom você ficar esperta ou vai sofrer.
- Como assim?.
- Você vai entender depois.
- Não façam nada comigo por favor.
- Nois não, mas elas sim.
Ela dirige seu olhar pra um grupo de meninas são quatro meninas bem altas e fortes. Eu aqui achando que essas meninas eram as piores, mas acabo de mudar minha opinião.
- Tá bom obrigada pelo aviso.
- Vem com a gente vamos ajudar você a achar sua sala. - A mesma garota disse.
- Tava precisando mesmo de ajuda, eu sou Sabrina e vocês quem são?.
- Eu sou Pietra, essa é a Larissa e a outra é a Mirela.
Larissa- É um prazer Sabrina.
Eu- O prazer é meu. -Dou um leve sorriso.
Mirela- Sua sala é a mesma que a nossa.
Eu- Essa é a professora?.
Pietra- Sim essa mesma.
Larissa- O nome dela é Helena ela é insuportável.
Entrei na sala e me sentei atrás da Mirela. Logo chegou as quatro valentonas que eu tinha visto no corredor. Uma delas está aproximando-se bem perto de mim.
- Então você é a aluna nova?.
- Sim sou.
- Cabelo bonitinho esse seu em.
- Ah obrigada.
- Isso não foi um elogio.
Já vi que as coisas por aqui vão ser difíceis. E sem contar aquele quadro orroroso da Maria madalena a diretora que faleceu a uns anos atrás e depois disso a escola recebeu o nome em homenagem.
Pietra- Fica longe dessas meninas Sabrina se você não quiser se meter em briga.
Eu- Pode deixar não quero arrumar briga. E aquele quadro no pátio de quem é?.
Pietra- O quadro da Maria madalena a antiga diretora da escola aquela que morreu esfaquiada.
Eu- Nossa que coisa horrorosa.
Pietra- Melhor não brincamos com isso vai que ela sai do quadro.
Larissa- Para de assustar a menina Pietra.
Eu- Não tudo bem eu gosto desse tipo de história.
Pietra- Então você curte filmes de terror?.
Eu- Sim gosto muito.
Pietra- Eu também amo.
Eu- Já vi que vamos se dar bem.
Quem diria que eu iria me tornar amiga delas. Chegou a hora do intervalo e eu sai da sala com as meninas.
Caminhei até a fila da merenda e elas estão logo atrás de mim, depois de sermos servidas me sento em uma das mesas com elas.
Quando vejo um cabelo na comida e então resolvi não comer mais.
Levantei e fui até a lata do lixo e joguei a comida lá, voltei e sentei de novo.
Eu- Vocês ainda vão continuar comendo isso?.
Pietra- Sim vamos.
Eu- Vocês que sabem.
Mirela- Tá uma delícia.
Eu- Então façam bom proveito.
Não sei como elas conseguem comer essa comida, pelo que percebi a higiene por aqui tá em falta a sala é uma sujeira danada nem sei como estou conseguindo ficar lá.
A aula dessa professora dá um sono incontrolável sinceramente não vejo a hora de ir embora.
Minha mãe precisa me tirar dessa escola tenho que voltar a morar com meu pai, preciso ficar perto das minhas amigas e do meu grupo de skatistas.
Enfim o sinal do intervalo bate eu e as meninas seguimos até a nossa sala e entramos, logo me sento em meu lugar e a professora chega logo em seguida.
Professora- Então turma vamos continuar a nossa aula agora vamos ver um novo tema Pg progressão geométrica.
Tem aula pior do que matemática acho que não em. Não consigo ir bem nessa matéria o máximo que eu tiro é 5 e olhe lá. Ela começa a explicar e eu não entendo nadica de nada.
Quando a aula finalmente acaba eu quase grito um aleluia, não estava mais aguentando aquela aula chata.
Eu- Ainda bem que acabou a aula em.
Larissa- Ainda bem por que?. Matemática é uma matéria tão legal.
Pietra- Liga não Sabrina ela é doente da cabeça, só sendo mesmo pra gostar disso.
Eu- Como já falei você é bem parecida comigo.
Pietra- Vamos ser muito boas amigas.
Larissa- Vão ficar de conversinha ou vão embora?.
Pietra- Credo parece que está expulsando a gente.
Eu- Verdade.
Mirela- E você não vem Larissa?.
Larissa- Não vou esperar o Iago.
Eu- Gente quem é Iago?.
Mirela- Iago é um amigo da Larissa bom pelomenos é o que ela diz.
Pietra- Acho que ela gosta dele.
Larissa- Somos só amigos, falando nele olha ele ali.
Eu- Então até amanhã Larissa.
Observei de longe ela indo falar com ele não queria dizer nada mas que gato em, um pedaço de mal caminho esse Iago.
Mas não sou fura olho e nem talarica até porque eu já passei por isso e sei como é doloroso. Realmente ela tem muita sorte e eles formam um belo casal desejo que sejam muito felizes.
Mirela- Vamos Sabrina.
Eu- Ah desculpa eu estava longe.
Mirela- Percebi, eles formam um belo casal né?.
Eu- Sim era isso que eu estava pensando.
Pietra- Uma hora nois também vamos encontrar alguém.
Eu- Acho que não vou ficar nessa escola por muito tempo.
Pietra- Mas por que?.
Eu- Vocês são muito legais mas eu gosto da minha outra cidade e sinto falta dos meus amigos.
Mirela- Por que você veio morar aqui?.
Eu- Na verdade foi meu pai que me mandou porque não tinha condições de ficar comigo.
Pietra- Mas você é feliz morando com a sua mãe?.
Eu- Não muito ela até que é legal mas eu não me sinto bem perto dela.
Mirela- Minha mãe me abandonou quando eu era pequena então nem sei como que é a relação de mãe e filha.
Eu- Nossa que triste sinto muito.
Mirela- Eu moro com a minha avó e ela é como uma mãe pra mim.
Eu- Entendo minha mãe também não me via muito e foi meio que obrigada agora a cuidar de mim.
Pietra- Como é seu pai, você era feliz morando com ele?.
Eu- Não muito também, ele me prendia muito só queria que eu fizesse suas vontades, reclamava quando eu saia com meus amigos pra andar de skeite.
Mirela- Nossa você não se dá bem com nenhum dos dois.
Eu- Meus pais são tão parecidos que parecem até serem da mesma família.
Mirela- Mas qual deles é pior?.
Eu- Sem dúvidas meu pai.
Vou ter de pensar bastante sobre esse assunto se eu ficar com a minha mãe ainda sim não vou ter liberdade, mas por outro lado se eu voltar a morar com meu pai ele talvez não me aceite de volta e também vai ficar na minha cola.
Preciso de mais liberdade, eu poderia fugir pra bem longe um lugar afastado daqui, pelomenos até eles se tocarem de como eu me sinto por eles praticamente me prenderem.
Mas isso tudo está prestes a mudar porque assim que eu fizer 18 anos e terminar os estudos vou arrumar um emprego e cair fora daqui é o melhor que eu faço.
Enquanto isso tenho que fazer uma escolha se eu fugir certamente vão me encontrar e não valerá a pena o jeito é encarar isso de frente.
Eu- Mãe, eu tenho uma coisa que preciso te dizer.
Mãe- Pode falar Sabrina estou ouvindo.
Eu- Não estou gostando de morar aqui.
Mãe- Como assim não está gostando, aqui tem tudo o que você precisa e mais um pouco.
Eu- Tenho saudades da minha antiga cidade da minha casa do meu pai e das minhas amigas e também dos meus amigos.
Mãe- Amigos homens?.
Eu- Na verdade meninos!.
Mãe- De onde você conhece eles?.
Eu- Da pista de skate.
Mãe- Espero que você não tenha nada com nenhum deles.
Eu- Ter o que?.
Mãe- Você sabe exatamente do que eu estou falando.
Eu- Na verdade não sei.
Mãe- Espero que você não tenha um namorico é isso.
Eu- Fica tranquila eu não tenho mas mesmo que eu tivesse qual seria o problema?.
Mãe- O problema é que você é muito nova pra isso.
Eu- Mãe, eu não sou mais uma criança já vou fazer 18 anos.
Mãe- Pra mim continua sendo uma criança.
Eu- Quando eu sair daqui e me virar com minhas próprias mãos aí sim vou parar de ser uma criança né só assim.
Mãe- Então vai, abre aquela porta e sai Sabrina.
Eu- Sim, mas vou voltar pra casa do meu Pai.
Mãe- Menina quantas vezes eu vou ter que te dizer. Seu pai não tem condições pra cuidar de você.
O seu lugar agora é aqui comigo.
Eu- Você não entende mesmo né.
Mãe- Você que não me entende só estou fazendo o que é melhor pra você e isso é pro seu próprio bem.
Eu- Se quisesse mesmo o meu bem me deixaria ficar aonde eu quero.
Mãe- Não Sabrina, você vai ficar aqui esqueça seus amigos e arrume outros a várias adolescentes da sua idade por aqui.
Eu- Ninguém vai substituir eles posso até arrumar outros mas eles são únicos.
Mãe- Bobagem, amizades vem e vão.
Eu- Bobagem pra você, por que você não vai lá na sua vidinha tão importante de modelo tirar umas fotos e me deixa em paz?.
Mãe- Não fale assim comigo menina eu sou sua mãe.
Eu- Grande novidade. -Eu entrei no quarto e tranquei a porta.
Mãe- Sabrina, abre essa porta.
Eu- NÃO. -Eu gritei.
Mãe- Você vai aprender uma lição sua menina mimadinha tudo isso só está acontecendo, porque o inútil do seu pai não soube te educar mas comigo você vai ter de entrar na linha.
Eu- Sai daqui. -Peguei um traseiro ponho no rosto e comecei a chorar.
Mãe- Chora pode chorar, não vai adiantar você vai me pagar menina ah se vai.
Eu- Vai lá contrata um assino e me mata só falta isso mesmo.
Mãe- Poderia fazer isso mesmo não seria uma má ideia.
Eu- Ou faz melhor você mesma me mata.
Mãe- Seria uma a menos na minha vida.
Eu- Você não gosta de mim só tava fingindo isso.
Mãe- Claro que eu não gosto de você.
Eu- Sabia.
Mãe- Nossa descobriu a América todos sabem que eu te deixei com seu pai por causa da minha carreira de modelo, não queria que você atrapalhasse a minha vida, pena que não funcionou por muito tempo né sua insolente.
Eu- Vai se livra logo de mim afinal pra você eu não valo nada.
Mãe- Eu poderia te mandar pra bem longe daqui mas ainda vou decidir o que vou fazer com você.
Eu- Odeio você e também odeio meu pai, são tudo as mesmas cobras nem sei como podem ser meus pais.
Mãe- Nem eu acredito que você é minha filha eu deveria ter me livrado de você antes.
O que será que ela vai fazer comigo em.
No começo era tão boazinha e dócil só queria mesmo me conquistar pra depois mostrar o que de fato ela é uma cobra.
Notas da autora: Deixe a baixo o seu comentário me dizendo o que achou, vote clicando na estrelinha sua estrela é muito importante para mim. Você está gostando?. Espero muito que sim um grande beijo e até o próximo capítulo.