O Garoto do Café

By BiancaSantos782373

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Dois jovens que se esbarram por um acaso e começam uma grande amizade com direito a segundas intenções. No qu... More

Mia
Miguel
Capítulo 1
Recadinho da Autora
Capítulo 2
Capítulo 3
Mudanças
Capitulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32 - 1
Capítulo 32 - 2
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40 - Parte 1
Capítulo 40 - Parte 2
Capítulo 40 - Parte 3
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56 - Parte 1
Capítulo 56 - Parte 2
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Epílogo
Agradecimentos
LIVRO NOVO

Capítulo 51

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By BiancaSantos782373

Hoje é o dia que iremos pra casa de Campo do Vitor, uma semana depois do fim das aulas e início das férias.

Como eu me atrasei, as meninas vieram aqui me pressionar, e com isso eu tive que fazer tudo na pressa. Era pra termos saído daqui 7 em ponto, e já atrasamos meia hora graças a mim.

Fazer o que né.

Nem comer eu comi ainda, tava me despedindo dos meus pais e do Bruno, então vou ter que comer na viagem.

Pego uns 3 pacotes de salgados e uma Coca-Cola botando na mochila em seguida, enquanto ouço minha mãe reclamar pela quantidade de coisas que estou levando.

Fala sério, são só duas malas médias e duas mochilas, nunca se sabe! E nem tudo que tem nas malas são roupas. Ignoro a reclamação e guardo meu lanche.

Depois disso nós fomos lá pra fora, e a Luísa chamou o Edu pra colocar as minhas malas no porta-malas, nisso eu pude ver que não tava tão cheio, por isso coube as minhas, e não era só um carro, e sim dois.

Eu: Ue! – Exclamo confusa. – Pra que dois carros?

Ouço alguém sussurrar um "lerda", mas não dou muita importância.

Edu: Minha filha, se fosse todo mundo em um carro não ia caber as coisas. – Explica enquanto termina de colocar a última mala. – Além do mais, iriamos estar acima do limite permitido.

Dou de ombros.

Levo a mochila que tem o lanche nas minhas costas.

Então entramos no carro do Edu eu, e a Luísa. O Jeep do Vitor – o qual o mesmo está, junto com a Júlia - toma a dianteira, já que será ele a guiar o caminho.

Seguindo nosso planejamento, chegaremos antes do meio dia, isso fora as paradas e o meu mísero atraso. Aproveito que estou sozinha no banco de trás pra tirar meu sapato e comer. Está tocando uma música insuportável na rádio, então decido deitar e colocar meus fones em qualquer música aleatória.

Me estico no banco e boto o resto do salgadinho na bolsa pra mais tarde.

A última coisa que escuto é o som do carro deslizando no asfalto.

---------------

Sinto alguém me balançar, mas permaneço inconsciente. Mas ao sentir um tapa na minha coxa me levanto com brusquidão.

Eu: Que foi merda? – Esfrego os olhos e olho ao redor. – Por que paramos? Não estávamos com pressa? – Pergunto ao olhar pela janela.

Minha prima me olha. Uma das portas de trás está aberta.

Luísa: Abastecer né filha. – Explica brevemente e eu murmuro um "ah" – Você não quer comprar nada? Ou ir ao banheiro? - Assinto, pego minha bolsa e saio do carro devagar.

Paramos em um posto, e o Vitor e o Edu estão abastecendo. Vou até a loja de conveniência pra comprar uma garrafa de água, lá encontro a Júlia comprando doces com cara de sono. Pelo visto não fui só eu que dormi. Vou ao banheiro e volto pro carro, pra mesma posição que eu tava. Apenas a Luísa tá aqui, o Edu ainda não chegou, e o Jeep do Vitor continua parado.

Abro a garrafa de água e tomo um gole generoso, mas deixo cair a tampinha. Me abaixo pra pegá-la e ouço o som da porta bater, deve ser o Edu.

Mas ao olhar pro banco do motorista quase me engasgo.

Ah não!

Eu: O QUE?! – olho pra minha prima em busca de respostas.

Tudo que eu recebo é uma careta pelo meu grito aleatório da minha prima e um revirar de olhos pelo novo motorista.

Luísa: Tem como você não gritar? – Pede.

Eu: O que ele – aponto pro Miguel no banco do motorista mexendo no celular – tá fazendo aqui? Desde quando ele tá aqui?

Semanas, quase um mês que eu não tenho um sinal de vida por parte dele. A última vez foi na péssima discussão. Acho que "inexistente" seria um ótimo resumo da nossa relação atual. O que aconteceu foi o seguinte; eu o magoei, ele deu o troco, eu fiquei sentida, mas não o procurei, ele muito menos.

Luísa: Você ou é muito lerda, ou se faz. Lembra que essa viagem tava marcada bem antes das briguinhas de vocês? – reviro os olhos pelo termo usado – Óbvio que eu não ia deixar nenhum dos dois faltar a uma coisa que planejamos a meses atrás. Inclusive foi quando vocês ainda olhavam na cara um do outro.

Tudo bem, eu não posso fazer nada quanto a isso, ele tá aqui, e eu vou ter que suportar passar esse tempo do lado de um cara que mexe comigo de maneiras inexplicáveis, mas que no momento, eu não o suporto.

Eu: Certo, eu sei que ele vai e tudo mais. Mas por que ele precisa ir justamente no mesmo carro que eu? – Pergunto com implicância.

Dane-se!

Luísa: Querida, eles revezaram. O Vitor tá cansado e foi apenas guiando o caminho pro Edu – aponta pro Jeep parado a nossa frente – e o Miguel veio pra cá. Simples. – Explica, e eu bufo.

Ele, que até o momento estava neutro perante nosso diálogo, se pronuncia.

Miguel: As moças já pararam de discutir pra podermos seguir? – Pergunta, e pela primeira vez em semanas ouço sua voz, maldita abstinência! Bufo com esse pensamento. – Alguma objeção, Mia?

Ele está com seu típico olhar debochado e sobrancelha arqueada. Mas devo dizer que prefiro esse olhar do que o vazio sem emoções que ele direcionava a mim.

Eu: Nada do que eu disser vai adiantar, então prefiro poupar minha saliva. – Digo, e o olho pelo espelhinho da frente.

Ele solta uma risada sem humor.

Miguel: Olha só, finalmente percebeu isso. – Provoca, e eu trinco os dentes – Não se preocupa, eu também não estou nada contente com a situação. Mas a Júlia conversou comigo e me pediu pra dar uma trégua, em nome das nossas férias. Por que isso vai ser uma coisa que eu não vou deixar você destruir. Então você só vai ter que aprender a lidar comigo, assim como eu lido com você.

Não escondo minha surpresa.

Frases com indireta? Sério Miguel?

Eu: Eu não tenho que "lidar" com você – faço aspas com os dedos – eu não te suporto lembra? – Cruzo os braços e me acomodo mais no banco.

Miguel: Jura? Nunca imaginei isso! – Debocha, com uma falsa surpresa.

É! O babaca está de volta.

Sorrio.

Isso vai ser divertido.

--------------

Mais uma hora na estrada, não aguento mais olhar pra janela. Segundo a mensagem da Júlia, já estamos bem perto da casa.

Me ajeito no banco e bufo com tédio. Até a música da rádio é entediante!

Decido mudar, mas meu braço é interrompido por uma mão segurando meu pulso.

Olho pra ele com raiva.

Eu: Me solta! – Puxo minha mão, e ele aperta-a mais firme.

Ignoro os arrepios ao sentir sua mão quente na minha pele.

Miguel: Volta pro seu lugar Mia. – Ordena, e eu estreito os olhos.

Ta achando o que meu filho?

Eu: Eu queria botar uma música decente! – Digo. Ele me solta.

Miguel: E eu queria muito que você voltasse pro seu lugar e ficasse quieta. – Diz e volta a pôr as duas mãos no volante.

Minha expressão denuncia todo o meu espanto.

Quem ele pensa que é?

Eu: Escuta aqui seu... – Sou interrompida pelo grito da minha prima.

Me viro para xingá-la.

Luísa: Olha só QUE LINDO! – Exclama e aponta o dedo pra paisagem.

Olho pro lado e percebo o motivo do choque da minha prima. Estamos passando por uma estrada de terra, mas ao longe é possível ver uma cidadezinha bem rústica, que mais parece ser uma vila. Mas o que impressiona é o enorme jardim ao lado dela, muitas flores coloridas em volta de uma pequena fonte de água enfeitam gramado ao lado da cidade. As árvores são lindas e de um verde bem vivo, a paisagem é realmente encantadora.

Depois de mais alguns minutos de estrada e de paisagens belas, entramos em um cruzamento rodeado de árvores e com algumas poucas ladeiras, então o Jeep vai nos guiando a uma estrada de cascalho que se destaca na grama verde, isso até parar em uma casa linda.

É grande e segue o padrão rústico da cidade que avistamos, tem uma piscina ao lado esquerdo e um pequeno parquinho com um balanço, um escorregador e uma caixa de areia, tem também uns bancos, isso tudo do lado direito. Os dois carros param atrás da casa e ao lado da piscina.

O mais impressionante desse lugar, é o fato de ser uma casa isolada numa floresta no meio da nada com uma paisagem incrível e encantadora. Desde que sai do carro não paro de admirar o espaço verdejante. O ar aqui é mais puro e o ambiente acolhedor! Amei esse lugar.

Vitor: É eu sei, sou demais! – Se gaba assim que entra em nosso campo de visão – Quer dizer, meu pai foi demais em nos deixar vir pra cá.

Eu: Quanto tempo vamos ficar aqui mesmo? – Pergunto ainda fascinada.

Júlia: Pouco mais de duas semanas. Por que?

Me viro pra encarar meus amigos.

Eu: Então, eu tava pensando se a gente não podia passar as férias inteiras aqui. – Sugiro – Paraty a gente pode ir quando quiser, nem é tão longe!

Todos olhamos pra Luísa, afinal ela é mais chata em relação a isso.

Visto que ela ainda está perdida olhando pra paisagem, cutuco ela do meu lado.

Luísa: O que foi? – Pergunta sorrindo. – Paraty? Nem ligo mais. Só quero ficar aqui pra sempre! Estou completamente apaixonada! Nunca tinha vindo num lugar assim.

Xxxxx: Espera só até você conhecer o riacho aqui do lado! – Comenta uma voz atrás da gente, que veio na direção da casa.

Todos nos viramos em direção a voz e no mesmo instante fico mais encantada ainda. Pelo visto o ambiente não é a única beldade desse lugar.

Um ser incrivelmente lindo vem na nossa direção. Acho que estou babando, e minhas amigas não estão muito diferentes de mim.

É um cara alto, sua pele é morena, musculoso e com olhos num tom verde esmeralda vibrantes. Seu corte de cabelo estilo militar só atenua seu rosto simétrico e seu sorriso é com certeza sua marca registrada, pois seus lábios são carnudos e dentes brancos completamente alinhados. Ele está com uma camisa polo cinza e calça com uma estampa militar preta, e botas também pretas.

Tenho certeza que devo estar babando muito.

Meu Deus!

Assim que ele fica próximo da gente, posso afirmar que ele fica ainda mais lindo sob o sol escaldante que está fazendo agora.

O Vitor o cumprimenta e eles trocam algumas palavras, pra depois se apresentar.

Vitor: Gente, esse é o Marco. Ele é filho dos caseiros da casa, ele vai nos ajudar enquanto seus pais não chegam. – Explica.

Nisso o Marco – nome lindo por sinal – cumprimenta todos com um aperto de mão.

Júlia: Você mora por aqui mesmo? – Questiona.

Ele assente.

Marco: Eu e minha família moramos na cidade que vocês passaram, é bem próximo. Mas passamos maior parte do tempo aqui mesmo. – Responde com as mãos no bolso, e sem tirar o sorriso do rosto.

Amei a simpatia dele.

Em seguida ele diz que vai nos apresentar a casa e nos ajuda a pegar as malas. Ele pegou uma das minhas e isso me fez gostar dele ainda mais.

Dei um nó das duas mochilas e as coloquei nas costas, na mão eu levo a mala mais leve. Pra entrar na casa, passamos pela piscina até o jardim da frente, e daqui já dá pra ver que ela é muito clara graças a enorme quantidade de janelas nela. Tem uma escada de cada lado, e se encontram numa plataforma alta pra depois chegar na porta da frente, achei lindo esse detalhe, a porta não é exatamente no chão. E embaixo da plataforma tem algumas flores e plantas.

A casa é de madeira escura, mas em contraste a isso a porta da frente é de cor clara, e essa mesma cor é presente em alguns detalhes na janela. Deixando a casa rústica, mas sofisticada.

Marco: Tem 4 quartos e dois banheiros, um em cada corredor. A cozinha é pra lá – aponta pra direção dela – e ali tem uma varanda que dá pra ver o por do sol.

Luísa: Legal.

Ele assente e faz um gesto com a mão nos chamando.

Marco: Venham, vou mostrar os quartos. – Pede e sai andando.

Na verdade, quem devia tá sendo nosso guia era o Vitor, afinal a casa é dele. Mas ele foi lá pra fora atender uma ligação.

O Marco nos leva aos quartos, e pelo que pude ver, todos seguem o mesmo padrão. Cama de casal, armário, banco em frente a janela e umas escrivaninhas. Não foi por essa simplicidade que deixou de ser lindo. Ele levou todo mundo pra cada quarto e ajudou com as respectivas malas.

Faltava só o meu quarto e o do traste. Então quando deixamos a Lu e o Edu no deles, o Marco nos leva a nossa deixa.

Marco: Pronto. O de vocês tem vista privilegiada, minha mãe diz que daqui tem visão pro nascer da Lua. – Diz assim que deixa minha mala no canto do quarto.

Rio pela confusão dele.

Eu: Não somos um casal – Explico, e me divirto com a cara de constrangimento dele ao olhar pra gente.

Ele fica fofo com vergonha!

Marco: Oh! Me desculpem, eu achei que eram todos casais! – Fala constrangido.

Balanço a cabeça negativamente ao notar seu desconforto.

Miguel: Você não é o primeiro a achar isso. – Diz irônico, encostado na soleira da porta;

Que babaca, o rapaz todo constrangido e ele numa grosseria dessas. Reviro os olhos.

Idiota!

Então eles saem do quarto e eu deixo minhas coisas em cima do sofá da janela e faço o que eu queria fazer desde o momento que olhei pra essa cama;

Me jogar nela. Então não escuto mais nada ao meu redor.


---------------------

Oi pessoas! 

Primeiramente, queria dizer que cancelei a viagem deles pra Paraty, pq ia ficar muito complicado pra mim abordar dois lugares diferentes, com detalhes e em menos de 10 capítulos, então decidi tirar. Quando eu for editar o livro, vou retirar todas essas pontas soltas.

Segundamente, esse lugar que eles estão é completamente fictício. Sim, a história se passa no Brasil, no RJ, mas esse lugar da casa de campo no Vitor NÃO EXISTE!

E pra finalizar, queria dizer que também cancelei o plano de dois capítulos por semana, pq eu não consigo fazer nada com planejamento. Se sair mais de um na semana, é pura sorte mesmo. Eu até tento, mas volto a dizer que minha meta é apenas 1 POR SEMANA. Eu postava no domingo, mas como sou muito ansiosa vivia soltando fora do prazo. Então pra facilitar, vou alternar os dias. Os dias que podem ter capítulos vão ser quinta e domingo. Não vai sair nesses dois dias, vai ser um por semana, OU na quinta OU no domingo. Qualquer outro dia que sair é um bônus, mas os dias de postagem são só esses mesmos.

Bjos  

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