Ao acordar, vesti o uniforme e sim, passei o batom vermelho.
Entrei no grande salão e fiquei procurando alguém que me procurasse.
Ninguém aparentemente ligou, menos duas pessoas, Cedrico Diggory e Draco Malfoy.
Fui interrompida por Ólivio Wood:
- Oii, é Spellman, eu queria perguntar se você vai continuar no time...
- Já disse que é Amélia pra você, mas não, não vou poder, sou a capitã sonserina agora, tudo graças a você.
- Não, claro que não, você que ganhou o jogo ontem.
- Nós, mas se não fosse por você, eu nem teria chance, obrigada de verdade.
- Não tem de que, sempre que precisar.
- O mesmo para você. Se vemos então - eu disse querendo encerrar a conversa, estava curiosa demais sobre o escritor da carta.
- É, até qualquer dia.
Cheguei na mesa, fui recebida pelo time. Finneas:
- Bom dia toda poderosa.
- Bom dia, Finn.
- Aí meu Merlin, ganhei um apelido, amei.
Draco tirou Noah do meu lado e se sentou:
- Bom dia.
- Bom dia Loiro, o que achou do batom? - peguntei e logo em seguida fiz um biquinho. Senti aquela vergonha alheia de mim mesma, mas era necessário.
- A-achei legal.
- Hum - pensei comigo mesma que ele ficou confuso quando eu perguntei, então provavelmente não era ele.
- Roi irmãzinha linda do meu coração - disse Pan sentando-se do meu lado, sendo bem sincera até esqueci que ela existia - Oi Draquinho - disse arrancando um selinho dele, sabia que tinha caroço nesse angu, ele pareceu assustado, aí que eu me toquei, eles REALMENTE não tinham nada.
- Já falei que não temos na- interrompi o loiro, não ia deixar que ele chatiasse a minha "irmã".
- Oi Pan, como você tá?
- Ai eu to ótima, amei o seu batom, me empresta amanhã? - vi os garotos do time revirarem os olhos, dois deles, Terence e Jaden, até sairam de perto.
- Claro, viu a Asty e o Blás? - quando eu falei isso percebi que Noah atiçou o ouvido. Hum será que ele gosta da Astória? OU DO BLÁSIO?
- Eles tomaram café cedo. Mas eu vi a Astoria com um dos gêmeos Weasly - sendo bem sincera, a Pancyria, não odiava os Weasly, até porque nossas famílias sempre foram muito próximas, mas ela fingia que não gostava deles, apenas por ser sonserina. Eu nem cheguei a perceber mas olhei para o lado e todos tinham saído dali, incluido o Malfoy.
- Então Pan, você e o Malfoy, huh?
- Ah, nós estamos muito bem - iludida diria - Ele sempre me da presentes fofos e diz o quanto me ama.
- Que fofos, a fanfic já veio pronta.
- Que?
- Nada não. Nem sei daonde tirei essa.
🐍💚
- Juntem-se. Venham ver. - estávamos na aula do professor Lockhart, todos os alunos em volta da mesa de batalhas grande e comprida - Pelos ocorridos da semana. Dumbledore me pediu pra começar um Clube de Duelos para treiná-los. Para lutar contra o mal. Assim como eu fiz diversas vezes... Para mais leiam meu livro. Deixe-me apresentar meu assistente. SEVERUS SNAPE - o professor sombrio subiu na mesa com uma cara de cu - Vamos fazer uma pequena demonstração.
Eles começaram com um comprimento básico. Senti as mãos de Malfoy na minha cintura. Olhei pra trás e o time estava ao meu redor. Finn cochichou no meu ouvido - Relaxa Rainha, se algo ocorrer, estaremos aqui para te proteger - dei um riso abafado, ele me traz uma vibe bissexual sei lá.
Os professores iam começar a luta. Draco colocou-se na minha frente.
- Ei, ei, não tô enxergando nada - sussurrei. Abracei ele pela cintura para me apoiar melhor, e apoiei meu rosto no meu seu pescoço, para conseguir ver. Senti que seus pelos se arrepiaram - Cunhadinho - e dei uma risadinha, o que fez com que ele tremesse ainda mais.
- Sabe que eu e ela não temos nada, não é?
- Sei sim, mas não estraga a felicidade da minha irmã.
- Igual ela estraga a sua? - ain, essa doeu.
- Presta atenção, loiro.
Pra resumir a "batalha" Snape deu um pau em Lockhart.
- Preciso de dois voluntários - eu ergui a mão, ele me ignorou - Porque não Potter e Weasly?
- Melhor não, a varinha do Sr Weasly é péssima. Eu sugiro alguém de minha casa, querida Spellman. - disse Severus.
- Não, nem pensar, eu vou - disse Malfoy.
- Relaxa aí loiro, você sabe que eu dou conta - disse subindo na mesa.
- PREPARAR VARINHAS.
Sorri para Potter, nesses momentos que o sangue sonserino falava mais alto. Eu era competitiva. Não vou perder para ele, nem fodendo.
- TÁ com medinho, Pottah? (imitei o sotaque de Draco).
- Nos seus sonhos, Spellman.
- QUANDO EU FALAR 3. Feiticos para desarmar.
Primeiro lancei Everte Statum, voou longe. Potter me lançou Rictusempra. Que me fez voar. Os meninos queriam subir na mesa, mas foram parados pela mão de Snape que indicou "calma, ela consegue". Levantei.
- Serpensortia - uma naja saiu rastejando em direção ao garoto - Rondeie o Potter, mas não o machuque, apenas o assuste.
- Não, rondeie ela, vá pra cima dela.
- A cobra é minha Potter, ela faz o que eu mandar.
Ouvi cochichos pelo salão. A cobra me obedeceu. Mas espera. Potter estava me entendendo. As pessoas do salão pareciam perdidas. Então. Será?
- Vipera Evanesca - lançou Snape e a cobra queimou.
Todos começaram a nos encarar. Saí da mesa ainda ouvindo os cochicos, fui em direção à uma porta, assim como Mione, Weasly e Potter.
🐍💚
- Vocês são ofidioglotas. - Hermione constatou.
- Porque não nos contaram?
- Eu não sabia, em minha defesa. - me justifiquei.
- O que é o odifio..? - começou o Testa Rachada.
- Ofidioglotas, fala com cobras.
- E-eu não sabia. Mas e dai, várias pessoas aqui fazem isso.
- Aí que tá, nos temos um dom nada comum Harry - falei.
- E o que isso tem de ruim? - o de óculos perguntou.
- Salazar Sonserina, também era, por isso as Serpentes. Agora a escola vai pensar que um de vocês é o Herdeiro. - Falou Ron
- Mas eu não sou! - exclamou Potter - Não posso ser - ele olhou pra mim.
- Nem olha pra mim, a lenda fala sobre herdeirO, não herdeirA. Muito menos herdeirE.
- Isso não significa nada! Vamos investigar! - disse a grifana.
🐍💚
Andava pelos corredores, e as pessoas ainda me encaravam, a essa hora da tarde, provavelmente Hogwarts toda já sabia que eu era Ofidioglota. Eu gostava de atenção mas não nesse nível. Estava andando e esbarrei em algo. Ou melhor, algo esbarrou em mim.
- Me desculpe Amélia.
- Está tudo bem Ced, só me ajude a levantar - nem terminei a frase ele ja tinha me erguido - Obrigada.
- Por nada, engraçado que sempre nos encontramos assim não é mesmo?
- Não acho engraçado - o sorriso dele desapareceu - Desculpa querido, é que eu estou com a cabeça cheia, não queria te tratar mal.
- Está tudo bem, todos temos dias ruins.
- Lufano sendo lufano, que gracinha - apertei suas bochechas ele corou um pouco.
- Então eu estava mesmo te procurando, nunca mais se falamos, depois do piquenique.
- É, eu ando meio, hm, ocupada.
- Entendo, sabe quando vai estar livre?
- Certeza certeza, não, mas assim que eu resolver uma coisa, o que acha de outro encontro? - fui bem direta mesmo, ele pareceu gostar.
- É, claro, claro, incrível, era esse mesmo meu ponto, é ...
- Cof cof - olhei para trás e estavam : Noah, Finn, Draco, Josh, Jade, Caleb e Terrence. Os garotos do MEU time. Com cara nada boa.
- Soube que virou capitã - Cedrico voltou seu olhar para mim.
- É, virei sim - disse sorrindo ao virar pra trás e encontrar os meninos com a cara nada feliz. Me lembraram meus melhores amigos de Durmstrang, super-protetores - Agora eu preciso ir, tenho que treinar esses garotos, beijinhos.
- B-bejinhos.
Me virei para o time, que ainda estavam carrancudos, dei uns passos a mais:
- Vamos.
Eles vieram correndo em seguida.