The Wrong Girl

By darkbrekker

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A GAROTA ERRADA| Aysha Blackburn nunca havia prestado atenção em Jared Cameron. Bom, ela era meio que obriga... More

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By darkbrekker

03. Leonard e Ephraim 🍁

Eu me orgulhava de muitas coisas ao longo dos meus dezessete anos de vida.

Como a vez que eu acertei Charlie Swan com uma pedra quando eu tinha seis anos.

Não me julgue.

Não era culpa minha se ele havia entrado na frente da cerca que eu estava praticando com meu estilingue.

Apesar de ter sido repreendida pelo meu pai e por Billy Black, a cara de surpresa de Charlie quando ele foi acertado bem no meio da testa foi impagável. Ele elogiou minha mira toda vez que me viu depois daquele dia, isso me deu a garantia de que ele não guardava mágoas.

Eu sei que não era algo muito típico para se orgulhar, mas eu era meio estranha as vezes.

Eu gostava de caminhar descalça pelas trilhas da floresta e falar com cada pequeno animalzinho que eu encontrava.

Como eu disse, eu posso ser estranha as vezes.

Mesmo que agora eu não saia muito pra caminhar, já que eu estou um pouco grande pra isso, a estranheza realmente não saía de mim.

Agora, voltando a falar sobre coisas que me dão orgulho de mim mesma.

Bom, deixe-me pensar,... eu tenho a tendência a me orgulhar de várias coisas, das mais normais, como minhas notas em história e minha capacidade de mentir, às mais estranhas, como a vez que eu soquei Jacob quando eu tinha dez anos anos. Ou a vez que eu empurrei Paul do balanço.

Também ouve a vez em que eu ganhei de Paul e meu pai em uma!To  competição de quem conseguia beber mais refrigerante.

Devo admitir que eu não dormi naquela noite, já que eu tinha vontade de fazer xixi a cada sete minutos.

Em retrospecto, eu tinha que admitir que eu poderia ser uma garota meio perturbada as vezes.

Observei o nada.

Isso mesmo, o nada.

Eu estava em um cômodo todo branco.

Um cômodo branco sem portas ou janelas.

Apenas uma névoa branca flutuava pelo local.

Pensei na última vez que eu havia tido um sonho.

Mas esse era o problema.

Eu nunca havia sonhado. Bom, eu sonhei uma vez à quatro anos atrás. Mas fora isso eu nunca havia sonhado.

Eu tinha dezessete anos e havia sonhado apenas uma vez na vida.

Eu provavelmente deveria ser um humano com defeito.

Mas, se eu estava sonhando, isso significava que alguém iria morrer como da última vez?

Tentei afastar esse sentimento crescente e sufocante.

Ninguém iria morrer. Esse sonho era diferente. Não havia motorista bêbado, não havia faróis. Era apenas um monte de névoa.

Eu estava morta? Pensei por um minuto na possibilidade.

Eu me lembrava de me sentir fraca e desmaiar nos braços de Kim.

Mas antes disso...

O homem!

Mas é claro.

Como eu poderia me esquecer dele?

Ele havia feito isso comigo?

Havia me induzido á dormir e consequentemente a sonhar, ou isso tudo era apenas uma alucinação, porque minha mãe colocou queijo vencido no meu sanduíche de novo?

Com certeza era a segunda opção.

Minha mãe era mestre em fazer isso.

Ela nunca olhava o prazo de validade das coisas.

Ela ia acabar me fazendo ter uma intoxicação alimentar.

Olhei para névoa flutuando e depois olhei pra mim.

Eu ainda usava minhas roupas, o que sempre era um bom sinal.

Passei as mãos pelos bolsos mas meu celular não estava lá.

O que você esperava Aysha? Que tivesse sinal no pós vida?

Se eu estava morta isso significava que eu estava na paz eterna?

Ou isso tudo era uma encenação e eu iria mesmo era para o sofrimento eterno?

Seja lá qual das duas opções fosse a real, eu não gostava nada da forma que a névoa branca pareceu subitamente interessada em me rodiar.

Olhei para os lados em busca de uma saída ou de alguma ajuda.

Como o esperado eu não achei saída ou ajuda alguma.

Nessas horas as pessoas geralmente gritavam por alguém não é?

Mas, como eu não era como as outras pessoas, eu permaneci em silêncio enquanto a névoa se aproximava cada vez mais.

Aos poucos a névoa foi se juntando e de repente eu estava olhando para um corvo e um lobo bem, bem grande.

Olá Aysha. ㅡ O corvo saudou.
Sabe o que nós somos?Ele perguntou. Sua voz era diferente de tudo que eu já havia ouvido. Não era uma voz bonita nem feia, mas era diferente de tudo que eu conhecia.

Arregalhei os olhos instantaneamente.

Seja lá o que minha mãe colocou em meu sanduíche me fez ter alucinações estranhas. Bem estranhas.

Alucinações estranhas com as lendas de nosso povo.

As lendas de nós, Quileutes, começam obviamente com o começo do mundo, quando os animais eram como os seres humanos.

Eles podiam falar, pensar como seres racionais, continham magia em seu interior e protegiam as tribos.

Em algumas tribos indígenas, seu animal principal costumava ser um corvo, e em outras um coiote.

Posteriormente o lobo se tornou o animal principal da maioria das tribos.

Na realidade não importava que tipo de animal era, o que importava era que ele era o personagem que trazia luz, proteção e sabedoria para a tribo.

Esses seres eram chamados de espíritos guardiões, seres que anteriormente haviam sido humanos, mas haviam se tornado espíritos que lutavam entre sua forma humana e seu animal interior.

Duas partes diferentes que trabalhavam juntos e lutavam entre si para constituírem um espírito guardião.

Você pode chamá-los de fantasmas estranhos, se quiser tirar toda a magia das lendas, é claro.

Olhei para o corvo ainda incrédula.

Ele havia mesmo falado comigo ou eu estava alucinando em meio à uma intoxicação alimentar?

Novamente concordei com a segunda opção.

Me senti frustrada.

Eu me orgulhava tanto de nunca ter tido sonhos sem sentido como a maioria das pessoas e agora eu estava aqui, sonhando com um corvo e um lobo de pelos avermelhados em um cômodo branco.

Realmente patético Aysha.

ㅡ Você é um corvo e você um lobo, vocês são personagens do meu sonho estranho. ㅡ Murmurei apontando para eles.

O corvo grasnou ofendido e a névoa o envolveu novamente.

Arregalei meus olhos, agora eu estava olhando para o homem que eu havia visto na escola.

Esse sonho não cansava de ficar cada vez mais bizarro.

Nós somos espíritos guardiões. ㅡ O homem disse cheio de si e sorriu para  mim.

Não gostei da maneira que ele sorriu pra mim.

Era um sorriso estranho, o tipo de sorriso que sua mãe te dá quando ela sabe de algo que você não sabe.

ㅡ Eu sou Leonard e esse é... ㅡ O homem-corvo foi interrompido pelo lobo que estava sendo envolto pela névoa estranha.

No lugar do lobo estava um homem tão parecido com meu primo Jacob que me fez dar dois passos para trás em choque.

O homem sorriu para mim, tão igual a Jacob que eu dei outro passo para trás ainda sem acreditar.

Eu sou Ephraim Black. ㅡ O homem murmurou.

Meus olhos se arregalaram e o chão do cômodo se abriu me fazendo cair e cair em direção ao nada. Ao vazio sem fim.

O que raios estava acontecendo?


Oiiiee pessoal!

O que vocês acharam do capítulo? Gostaram?

A parte sobre os espíritos guardiões foi desenvolvida por mim. Eu obviamente peguei a essência das lendas Quileutes e transformei em algo novo. Espero que gostem.

Nos vemos em breve.

Byee🍁

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