A arte da guerra-sun tzu

By SamuelNascimentt

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Escrito durante o século IV a.C., “A Arte da Guerra” é um clássico da literatura mundial por ser o primeiro t... More

Sobre a avaliação
Sobre o principio de ações
Sobre a medida na disposição dos meios
Sobre a firmeza
Sobre o cheio e o vazio
Sobre a distribuição dos meios
Sobre a topologia
Sobre as nove classes de terrenos
Sobre a arte de atacar pelo fogo
Sobre o uso de espiões

Sobre o enfrentamento direto e indireto

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By SamuelNascimentt

A regra ordinária para o uso do exército é que o mando do exército

receba ordens das autoridades civis e depois reúne e concentra a as

tropas, aquartelando-as juntas. Nada é mais difícil que a luta armada.

Lutar com outros cara a cara para conseguir vantagens é o mais árduo

do mundo.

A dificuldade da luta armada é fazer próximas as distâncias e converter

os problemas em vantagens.

Enquanto dás a aparência de estar muito longe, começa teu caminho e

chegas antes que o inimigo.

Portanto, fazes que sua rota seja larga, atraindo-o com a esperança de

ganhar. Quando empreendes a marcha depois que os outros e chegas

antes que eles, conheces a estratégia de fazer que as distâncias sejam

próximas.

Sirva-te de uma unidade especial para enganar ao inimigo atraindo-o a

uma falsa persecução, fazendo-o crer que o grosso de tuas forças está

muito longe; então, lanças uma força de ataque surpresa que chega

antes, ainda que tenhas começado o caminho depois.

Por conseguinte, a luta armada pode ser proveitosa e pode ser perigosa.

Para o especialista é proveitosa, para o inexperiente, perigosa.

Mobilizar todo o exército para o combate para obter alguma vantagem

tomaria muito tempo, porém combater por uma vantagem com um

exército incompleto teria como resultado uma falta de recursos.

Se te mobilizas rapidamente e sem parar dia e noite, recorrendo o duplo

da distancia habitual, e se lutas por obter alguma vantagem a milhares

de quilômetros, teus chefes militares serão feitos prisioneiros. os

soldados que sejam fortes chegarão ali primeiro, os mais cansados

chegarão depois - como regra geral, só o conseguirá um de cada dez. Quando a rota é larga as tropas se cansam; se gastaram sua força na

mobilização, chegam esgotadas enquanto que seus adversários estão

frescos. Assim, pois, é seguro que serão atacadas.

Combater por uma vantagem a cinqüenta quilômetros de distância

frustrará os planos do mando, e, como regra geral, só a metade dos

soldados o farão.

Se combates para obter uma vantagem a trinta quilômetros de distancia,

só dois de cada três soldados os recorrerão.

Assim, pois, um exército perece se não está equipado, se não tem

provisões ou se não tem dinheiro.

Estas três coisas são necessárias: não podes combater para ganhar com

um exército não equipado, ou sem provisões, o que o dinheiro facilita.

Portanto, se ignoras os planos de teus rivais, não podes fazer alianças

precisas.

A menos que conheças as montanhas e os bosques, os desfiladeiros e

os passos, e a condição dos pântanos, não podes manobrar com uma

força armada. A menos que utilizes guias locais, não podes aproveitar-te

das vantagens do terreno.

Só quando conheces cada detalhe da condição do terreno podes

manobrar e guerrear.

Por conseguinte, uma força militar se usa segundo a estratégia prevista,

se mobiliza mediante a esperança de recompensa, e se adapta mediante

a divisão e a combinação.

Uma força militar se estabelece mediante a estratégia no sentido de que

distraias ao inimigo para que não possa conhecer qual é tua situação real

e não possa impor sua supremacia. Se mobiliza mediante a esperança

de recompensa, no sentido de que entra em ação quando vê a

possibilidade de obter uma vantagem. Dividir e tornar a fazer

combinações de tropas se fazes para confundir ao adversário e observar

como reage frente a ti; de esta maneira podes adaptar-te para obter a

vitória. Por isto, quando uma força militar se move com rapidez é como o vento;

quando vai lentamente é como o bosque; é voraz como o fogo e imóvel

como as montanhas.

É rápida como o vento no sentido que chega sem avisar e desaparece

como o relâmpago. É como um bosque porque tem um ordem. é voraz

como o fogo que devasta uma planície sem deixar para trás sequer um

ramo de erva. é imóvel como uma montanha quando se aquartela.

É tão difícil de conhecer como a escuridão; seu movimento é como um

trovão que retumba.

Para ocupar um lugar, divide a tuas tropas. Para expandir teu território,

divide benefícios.

A regra geral das operações militares é desprover de alimentos ao

inimigo tudo o que se possa. Em localidades onde as gentes não têm

muito, é necessário dividir às tropas em grupos pequenos para que

possam tomar em diversas partes o que necessitam, já que só assim

terão suficiente.

Quanto a dividir o saque, significa que é necessário reparti-lo entre as

tropas para guardar o que foi conquistado, não deixando que o inimigo o

recupere.

Age depois de ter feito estimativas. Ganha o que conhece primeiro a

medida do que está longe e o que está próximo: esta é a regra geral da

luta armada.

O primeiro que faz o movimento é o "convidado", o último é o "anfitrião".

O "convidado" o tem difícil, o "anfitrião o tem fácil". Perto e longe

significam deslocamento: o cansaço, a fome e frio surgem do

deslocamento.

Um antigo livro que trata de assuntos militares disse: "As palavras não

são escutadas, par isso se fazem os símbolos e os tambores. As

bandeiras e os estandartes se fazem por causa da ausência de

visibilidade." Símbolos, tambores, bandeiras e estandartes se utilizam

para concentrar e unificar os ouvidos e os olhos dos soldados. uma vez

que estão unificados, o valente não pode atuar só, nem o tímido pode

retirar-se solo: esta é a regra geral do emprego de um grupo. Unificar os ouvidos e os olhos dos soldados significa fazer que olhem e

escutem em uníssono de maneira que não caiam na confusão e

desordem. Há sinais se utilizam para indicar direções e impedir que os

indivíduos vão onde bem quiserem.

Assim, pois, em batalhas noturnas, utiliza fogos e tambores, e em

batalhas diurnas sirva-te de bandeiras e estandartes, para controlar os

ouvidos e os olhos dos soldados.

Utiliza muitas sinais para confundir as percepções do inimigo e fazer- lhe

temer teu temível poder militar.

Desta forma, fazes desaparecer a energia de seus exércitos e

desmoralizas a seus generais.

Em primeiro lugar, deves ser capaz de manter-te firme em teu próprio

coração; só então podes desmoralizar a os generais inimigos. Por isto, a

tradição afirma que os habitantes de outros tempos tinham a firmeza

para desmoralizar, e a antiga lei dos que conduziam carros de combate

dizia que quando a mente original é firme, a energia fresca é vitoriosa.

Deste modo, a energia da manhã está cheia de ardor, a do meio-dia

decai e a energia da noite se retira; em conseqüência, os especialistas

no manejo das armas preferem a energia entusiasta, atacam a

decadente e a que se bate em retirada. São eles os que dominam a

energia.

Qualquer débil no mundo se dispõe a combater em um minuto caso se

sinta animado, porém quando se trata realmente de tomar as armas e de

entrar em batalha, é possuído pela energia; quando esta energia se

desvanece, deter-se-á, estará assustado e se arrependerá de haver

começado.

Utilizar a ordem para enfrentar a desordem, utilizar a calma para

enfrentar-se com os que se agitam, isto é dominar o coração.

A menos que teu coração esteja totalmente aberto e tua mente em

ordem, não podes esperar ser capaz de adaptar-te a responder sem

limites, a manejar os acontecimentos de maneira infalível, a enfrentar

dificuldades graves e inesperadas sem te perturbar, dirigindo cada coisa

sem confusão. Dominar a força é esperar os que vêm de longe, aguardar com toda

comodidade os que se tenham fatigado, e com o estômago saciado os

famintos.

Isto é o que se quer dizer quando se fala em atrair a outros até onde

estás, ao tempo que evitas ser induzido a ir até onde eles estejam.

Evitar a confrontação contra formações de combate bem ordenadas e

não atacar grandes batalhões constitui o domínio da adaptação.

Portanto, a regra geral das operações militares é não enfrentar uma

grande montanha nem opor-se ao inimigo de costas a esta.

Isto significa que se os adversários estão em um terreno elevado, não

deves atacar-lhes costa acima, e que quando efetuam uma carga costa

abaixo, não deves fazer-lhes frente.

Não persigas os inimigos quando finjam uma retirada, nem ataques

tropas experientes.

Se os adversários fogem de repente antes de esgotar sua energia,

seguramente há emboscadas esperando para atacar tuas tropas; neste

caso, deves reter a teus oficiais para que não se lancem em sua

perseguição.

Não consumas a comida de seus soldados.

Se o inimigo abandona de repente suas provisões, estas devem ser

provadas antes de ser comidas, porque podem estar envenenadas.

Não detenhas nenhum exército que esteja em caminho a seu país.

Sob estas circunstâncias, um adversário lutará até a morte. Há que

deixar-lhe uma saída a um exército cercado.

Mostra-lhes uma maneira de salvar a vida para que não estejam

dispostos a lutar até a morte, e assim poderás aproveitar para atacar-

lhes.

Não pressiones um inimigo desesperado.

Um animal esgotado seguirá lutando, pois essa é a lei da natureza. Estas são as leis das operações militares.

Sobre as nove mudanças.

No geral, as operações militares estão sob ordens do governante civil

para dirigir ao exército.

O General não deve erguer seu acampamento em terreno difícil. Deixa

que se estabeleçam relações diplomáticas nas fronteiras. Não

permaneças em um território árido nem isolado.

Quando te achas em terreno fechado, prepara alguma estratégia e mova-

te. Quando te achares em terreno mortal, luta.

Terreno fechado significa que existem lugares escarpados que te

rodeiam por todas partes, de maneira que o inimigo tem mobilidade, que

pode chegar e ir-se com liberdade, porém a ti é difícil sair e voltar.

Cada rota deve ser estudada para que seja a melhor. Há rotas que não

deves usar, exércitos que não devem de ser atacados, cidades que não

devem ser sitiadas, terrenos sobre os que não se deve combater, e

ordens de governantes civis que não devem ser obedecidas.

Em conseqüência, os generais que conhecem as variáveis possíveis

para aproveitar-se do terreno sabem como manejar as forças armadas.

Se os generais não sabem como adaptar-se de maneira vantajosa,

mesmo que conheçam a condição do terreno, não podem aproveitar-se

dele.

Se estão ao mando de exércitos, porém ignoram as artes da total

adaptabilidade, mesmo que conheçam o objetivo a lograr, não podem

fazer que os soldados lutem por ele.

Se és capaz de ajustar a campanha de modo que mude conforme ao

ímpeto das forças, então a vantagem não muda, e os únicos que são

prejudicados são os inimigos. Por esta razão, não existe uma estrutura

permanente. Se podes compreender totalmente este principio, podes

fazer que os soldados atuem na melhor forma possível.

Portanto, as considerações da pessoa inteligente sempre incluem o

analisar objetivamente o beneficio e o prejuízo. Quando considera o beneficio, sua ação se expande; quando considera o dano, seus

problemas podem resolver-se.

O beneficio e o dano são interdependentes, e os sábios os tem em conta.

Por isso, o que retira os adversários é o dano, o que os mantêm

ocupados é a ação, e o que lhes motiva é o beneficio.

Cansa os inimigos mantendo-os ocupados e não deixando-lhes respirar.

Porém antes lográ-lo, tens que realizar previamente tu própria labor.

Esse trabalho consiste em desenvolver um exército forte, um povo

próspero, uma sociedade harmoniosa e uma maneira ordenada de viver.

Assim, pois, a norma geral das operações militares consiste em não

contar com que o inimigo não acuda, senão confiar em ter os meios de

enfrentá-lo; não contar com que o adversário não ataque, senão confiar

em possuir o que não pode ser atacado.

Se podes recordar sempre o perigo quando estás a salvo e o caos em

tempos de ordem, permanece atento ao perigo e ao caos enquanto não

tenham todavia forma, e evita-os antes de que se apresentem; esta é a

melhor estratégia de todas.

Por isto, existem cinco riscos que são perigosos nos generais. Os que

estão dispostos a morrer, podem perder a vida; os que querem preservar

a vida, podem ser feitos prisioneiros; os que são dados a

apaixonamentos irracionais, podem ser ridiculizados; os que são muito

puritanos, podem ser desonrados; os que são compassivos, podem ser

perturbados.

Se te apresentas em um lugar que com toda segurança os inimigos se

precipitarão a defender, as pessoas compassivas se apressarão

invariavelmente a resgatar seus habitantes, causando a si mesmas

problemas e cansaço.

Estes são cinco riscos que constituem defeitos nos generais e que são

desastrosos para as operações militares.

Os bons generais são diferentes: comprometem-se até a morte, porém

não se aferram à esperança de sobreviver; atuam de acordo com os

acontecimentos, em forma racional e realista, sem deixar-se levar por as

emoções nem estar sujeitos a ficar confusos. Quando vêm uma boa oportunidade, são como tigres, em caso contrário cerram suas portas.

Sua ação e sua não ação são questões de estratégia, e não podem ser

agradados nem aborrecidos.

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