- O que houve com o pequeno Harry? - perguntou o vampiro, ignorando totalmente o quão familiar o nome lhe parecia.
- Um pesadelo, nada demais.
- Tem certeza? - Severus franziu o cenho e estranhou sua própria pergunta.
- Sim tenho. Não se preocupe. - o vampiro assentiu, desviando o olhar por alguns segundos antes de voltar a olhar o alfa.
- Então vamos ao que realmente interessa: o que você quer de mim, guerreiro Potter? - James respirou fundo.
- Ajuda. - uma sobrancelha de Severus se ergueu em curiosidade. James achou tal movimento charmoso.
- Ajuda...? - ele perguntou de volta a espera de uma continuação.
- Contra Dumbledore.
- Ah claro, como pude me esquecer de sua pequena desavença com o rei leão.
- Não é desavença. É ódio, nojo, asco e uma quimera de monstruosidades. - Severus sentiu a aura do alfa ficar densa - Ele destruiu muitas coisas importantes pra mim, me roubou muitas coisas que jamais poderão ser substituídas. - ele desviou os olhos por um curto período de tempo antes de se voltarem aos olhos ônix do outro - Mas o que ele me fez é irrelevante. O que importa é o que ele fez ao meu povo, roubou nossa liberdade, escravizou nossas magias. - ele levantou a manga da sua camisa, mostrando ao vampiro o grilhão em volta do seu braço - Nos obrigou a viver assim; - Severo deu mais alguns passos a frente. Ele estendeu a mão e deixou seus dedos deslizarem pelo desenho na pele bronzeada do alfa. James não reparou, mas sua respiração ficou suspensa ao sentir o toque do vampiro - Ele manda fazer isso assim que as crianças demonstram o primeiro sinal de magia, se não for feito, ele manda as matar. - Severus o olhou.
- Eu sinto muito. - Severus lamentou sincero - Em Slytherin essas coisas são abomináveis. Nós somos fiéis adoradores de Morgana e acreditamos que a magia é livre assim como o vento e que nós somos abençoados por tela como parte de nossas almas, por isso não podemos prendê-la de forma alguma e sim viver em harmonia com ela. - James sorriu admirado.
- É um pensamento muito bonito.
- Não é apenas um pensamento, é como vivemos.
- Em Gryffindor acreditamos nisso, bem... Há muito tempo atrás acreditávamos nisso. - James colocou sua mão por cima da de Severus, que ainda estava sobre a tatuagem em sua pele. A mão do vampiro era fria, contrastando com o calor do alfa.
- O que mudou?
- Dumbledore. - Severus negou.
- Ele não pode ter feito tudo isso sozinho. Seu povo não se impôs contra essa crueldade?
- Tentamos, mas ele tem bons aliados. Uma parte lutou contra, mas a outra foi feita acreditar que era para o 'Bem maior'. Sei o que está pensando, então seu povo merece o que está acontecendo-...
- Não ponha palavras em minha boca Potter, ninguém merece ser escravizado dessa maneira. - Severus tentou afastar sua mão, mas James ainda segurava a mesma - Mas temos que concordar que isso poderia ter sido evitado.
- Sim poderia... - eles se olharam por um tempo antes de Severus se aproximar mais e deixar seus rostos mais próximos.
- O que você quer de mim? - apesar de Severus ser frio, James sentiu calor com a aproximação do vampiro - Como quer que eu te ajude? - ele sussurrou outra pergunta.
- Eu quero acabar com isso, livrar meu povo, mas não posso. Não consigo sozinho.
- Quer uma aliança. - James assentiu, mesmo não sendo uma pergunta - Preciso mais do que isso para me convencer. Diga-me algo a mais, o que eu ganharia com isso? Convença-me a apoia-lo. - Severus sorriu ladino ao ver os olhos castanhos do alfa descer em direção aos seus lábios.
- O quer de mim?
- O que pode me oferecer? - os olhos castanhos voltaram aos ônix - Você quer derrubar Dumbledore, isso significa que você quer o trono.
- Não é questão de querer, ele é meu direito.
- Por que você tem mais direito que Dumbledore? Os dois não estarão usurpando? - James negou.
- Não é usurpar quando eu só estou pegando o que sempre foi meu. - o moreno semicerrou os olhos. James olhou Severo com atenção e tentou decidir que confiaria ou não no vampiro.
- O trono Gryffindor é seu? - James assentiu, decidindo ouvir seus instintos e confiar em Severus.
- Sim, eu tenho direito ao trono como um descendente de uma Peverell.
- Pensei que Dumbledore havia matado todos os Peverell. - James o olhou surpreso - Todos em Slytherin sabem o jeito sujo que o homem tomou o poder, então não se surpreenda.
- Mas o que ninguém sabe é que uma das princesas escapou. Ela fugiu para viver entre os plebeus e se casou com um Potter.
- Continuando a linhagem Peverell. - Severus estava espantado - Dumbledore sabe disso?
- Não, ele só me ver como um rebelde Você é a única pessoa depois da minha esposa e filho que sabem.
- Está ciente que acabou de me dar uma informação perigosa, não? Talvez uma arma contra você...
- Eu sei, mas eu já disse que tenho um propósito de livrar meu povo e sou capaz de tudo para alcançar esse propósito. E também, não o vejo como um inimigo.
- Ah não? Leões não costumam ser amigos de serpentes. - James riu.
- Não costumo seguir estereótipos e confio em você.
- Mas mau me conhece.
- Eu sei, mas ainda assim confio. - Severus assentiu - Eu ouvi falar do jeito que seu rei governa Slytherin, se me ajudar, posso me tornar um regente ou soldado em Gryffindor sobre as ordens de seu rei.
- Se tornaria um servo?
- Me torno o que for preciso pelo o que estou lutando.
- Você confia em mim, mas eu não confio em você. Eu sou do reino das serpentes, mas é você que vem do reino traidor. - James suspirou.
- Gryffindor tem uma dívida de sangue com Slytherin que vai muito além de mim e você, mas se eu estiver disposto a corrigir isso também? Eu já me ofereci a ser um servo de Slytherin, isso não basta? Ter sangue Peverell servindo como pagamento da dívida?
- Essa decisão não é minha. - o vampiro viu o alfa ficar desanimado - Mas... Mas posso tocar no assunto com meu rei, mas não garanto nada.
- Agradeço desde já meu senhor.
- Voltarei para Slytherin e repassarei sua oferta ao rei. - Severus deu um passo para trás, finalmente colocando uma distância mais ou menos segura entre seus corpos - Me encontre aqui dentro de sete dias ao nascer do sol e lhe darei uma resposta.
- 7 dias... - ele tomou o passo que Severus recuou, deixando seus corpos a milímetros de se tocarem - O esperarei ansiosamente. - o vampiro levou a mão até a manga da camisa ainda erguida do alfa, a puxando para baixo novamente.
- Até breve guerreiro Potter.
- Até breve, Lord Snape...
Harry se levantou da cama se desvencilhando do abraço protetor de Lílian.
A ômega ruiva se mexeu um pouco, mas não deu mais sinais de que acordaria. Harry fechou a porta devagar e foi em direção as escadas, seus pequenos pés o guiaram até a entrada do casebre.
- Por esta aqui? - ele perguntou se sentando em frente à porta do lado de fora.
- Você precisa ser prudente. - um homem saiu das sombras e caminhou até o pequeno.
- E eu não estou sendo? - Harry olhou nos olhos sem íris do homem. Olhos negros que aparentavam ser um abismo sem fundo.
- Por enquanto sim, mas... - o loiro de olhos obscuros se ajoelhou na frente de Harry - Mas temo que seu coração vacile. És muito bom, apesar de tudo, ainda a inocência em você. - a criança riu de um jeito amargo. Nenhuma criança deveria rir daquele jeito.
- Não tem inocência aqui. - ele segurou ambos os lados do rosto da entidade - Não tem nada puro aqui, eles tomaram tudo, destruíram tudo... - ele sussurrou, Harry sentiu dedos gélidos limparem uma lágrima teimosa.
- Isso é mentira e nós dois sabemos disso. - Morte tocou o peito de Harry, sentindo as batidas do coração do pequeno - A pureza aqui, porque você é bom e não fez nada de errado. E isso significa que você é forte, incorruptível, inabalável.
- Isso significa que eu sou idiota. Que depois de tudo, eu ainda tenho luz e acredito no bem.
- Jamais teria um idiota como herdeiro. – Morte disse - Ter luz não é ruim. Ser ou acreditar no bem também não, apenas não permita que isso o cegue novamente. - Morte sentiu o alfa que os observava se aproximar sorrateiramente - Luz é boa, mas quando de mais atrapalha a visão. As trevas também têm suas vantagens, mas quando demais nos torna cego, é sempre necessário um equilíbrio entre os dois e eu sei que você é capaz disso. - ele se levantou e deu alguns passos para trás - Seja bom e preserve sua inocência, mas não seja imaturo ou ingênuo para cometer os mesmos erros. Lembre-se: tanto luz e trevas são capazes de cegar e ferir. - Morte olhou na direção do alfa - E mais uma coisa. - Harry acompanhou seu olhar. Seus olhos verdes se encontrando com os castanhos de seu pai - Você não está mais sozinho, não haja como se estivesse.
O loiro foi engolido pelas sombras e desaparecendo com elas. James se aproximou até estar de frente para Harry, ele estava em pé no mesmo lugar onde estava o loiro sombrio. O alfa olhou uma última vez para a floresta escura antes de se voltar para seu filhote. Seus olhos castanhos estavam indecifráveis naquele momento e isso deixou Harry apreensivo.
- O que era aquilo Harry? - James disse se abaixando na altura do menor. Harry mordeu os lábios - Não precisa ficar assim. - ele estendeu a mão para a criança, que rapidamente aceitou e logo estava sendo envolvido pelos braços do seu pai - Apenas me explique e eu prometo ouvi-lo sem ficar bravo por você estar falando com um completo desconhecido ou que o fosse aquilo...
Sirius olhou em volta no corredor e não vendo ninguém abriu a porta e cuidadosamente entrando no escritório.
Ele fechou a porta com o mesmo cuidado com a qual a abriu. O lugar estava vazio, então ele foi rápido indo até a grande mesa no meio do cômodo, ele viu mapas e pergaminhos jogados, seus olhos passaram por cima de cada um parando no mapa.
Era o mapa das estradas que levavam para Ravenclaw, tinha anotações rabiscadas ali. Sirius pegou um pergaminho em branco e uma pena e com destreza e habilidade começou a fazer uma cópia do mapa – já que ele não poderia levar o original consigo. Ele também leu alguns pergaminhos que faziam uma lista criaturas e bruxos sentenciados a morte por algum capricho de Dumbledore.
Sirius também copiou a lista. Ele teve que esperar a tinta secar e quando feito, dobrou o mapa até que ficasse em um tamanho em que ele conseguisse guarda no bolso. Ele estava prestes a sair do escritório, sua mão já estava na maçaneta quando ele ouviu vozes e passos no corredor. Ele não poderia sair agora, Sirius olhou em volta procurando por uma saída.
Vendo a janela, ele correu até a mesma, mas tinha um problema. O escritório ficava no quarto andar do castelo, então Sirius não podia simplesmente pular.
No corredor, Bartolomeu Crouch vinha acompanhado do seu filho, Bartolomeu Crouch Jr. – ou Bartô – e um convidado do reino de Hufflepuff, Cornélio Fudge. Os três homens adentraram a porta um após o outro. Bartô olhou em volta do escritório com olhos atentos.
- Bartô nos sirva algo. - disse o Crouch senhor ao filho, que o olhou depois de alguns segundos.
- Sim meu pai. - obedientemente ele derramou whisky em três taças, entregando uma ao pai e a outra ao convidado. Ele tomou a terceira taça para si e deu um gole em degustação, o mais novo preferiu manter distância da conversa alheia, por isso ele foi em direção a janela.
- É bom tê-lo aqui Cornélio. - Crouch deu um gole em seu whisky - O rei também vai ficar feliz em recebe-lo.
- Assim espero. - disse o homem gorducho.
- Me diga: como vão as coisas em Hufflepuff?
- Bem. A exportação está melhor que nunca, mas Amos ainda está de luto pela morte da rainha.
- Eu ouvi falar. Verdade que foi em um ataque de Slytherin?
- Eu não posso confirmar, mas não duvido nada. - o beta fez uma expressão de nojo - Daquele povo pode se esperar qualquer coisa.
- Tem razão, ontem mesmo recebemos a visita de um deles. Severo Snape, homem de aparência detestável.
- Sna-Sanpe? - Cornélio ficou pálido - O vampiro?
- Sim, por quê? O conhece? - os mais velhos não perceberam, mas Bartô tinha os ouvidos atentos à conversa.
- Infelizmente sim e o homem realmente é detestável. Ele tem uma fama terrível.
- Eu ouvi falar. O terceiro homem mais poderoso de Slytherin, braço direito Daquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado. - Bartô revirou os olhos - Posição invejável e devo dizer que, apesar de tudo, o homem tem uma presença imponente.
Os dois continuaram a discutir sobre seus reinos enquanto Bartô ainda admirava a vista dos jardins do castelo grifinório, seus ouvidos ainda atentos à conversa enquanto seus pensamentos vagavam na sua última visita ao Reino das Serpentes.
Ele tinha e se apaixonado pelo lugar e aceitou de bom grado ser um espião em Gryffindor, em troca de no futuro ser reconhecido como cidadão de Slytherin. O modo de vida do povo estrangeiro o fascinou, em todos os lugares a qual visitou nunca se sentiu tão livre quanto em Slytherin. O lugar era mágico, não tinha palavra para descrever se não essa; a magia reinava em cada casa, rua ou árvore do lugar, magia pura e livre sem qualquer tipo de amarras, o território era predominante em magia.
Ele não se importava o que teria que fazer para conseguir isso, ele também tinha seus motivos para querer se afastar e destruir Gryffindor. Bartô olhou em direção ao seu pai por cima do ombro, antes de ter seu ideal de vida, Bartô queria e precisava ver o progenitor ser enterrado a sete palmos do chão.
Sirius estava esse tempo todo pendurado na parte de baixo da janela tentando entrar em um quarto no terceiro andar. Ele precisou se balançar para frente e para trás tomando impulso, Bartô se inclinou sobre a janela quando seu pai e o lufano acenderam charutos, ele nunca gostou do cheiro. Sirius conseguiu pular pela janela aberta do terceiro andar alguns milésimos de segundos antes de Bartô olhar para baixo e não ver nada além do jardim.
Sirius rolou pelo chão do quarto, se levantando rapidamente.
- Quem é você? - Sirius ouviu e logo em seguida se virou para o beta de olhos castanhos claros e cabelos com mechas grisalhas que lhe apontava uma varinha.
- Por favor. - Sirius levantou as mãos em rendição, seus olhos cinza atentos aos movimentos do belo beta - Eu não vim roubar nada ou machucar ninguém, eu juro. Eu sou da guarda real.
- Eu já percebi isso pelas suas roupas, mas não entendo, por que atravessou a janela soldado?
- Eu... Eu... - os dois ouviram batidas na porta.
- Lord Lupin. - Chamaram do outro lado da porta – Meu senhor?
- Por favor, não fale! - Sirius implorou - Eu juro que não sou perigoso, eu juro! - Lord Lupin o olhou com intensidade antes de abaixar a varinha devagar.
- O que deseja? - Lupin perguntou ainda de olho no alfa.
- Lord Fudge o espera na sala do trono junto ao rei, meu senhor. - o servo disse - Tenho ordens de acompanha-lo para que não se perca.
- Certo, apenas espere um momento, por favor. - Lupin se aproximou do outro - Por que entrou aqui?
- Não posso dizer, mas posso lhe garantir que minha causa é nobre.
- Nobre? Você invadiu meus aposentos. - o beta franziu o cenho - Devo dizer que isso foi muito descortês.
- Peço perdão por isso, minha intenção não era desrespeita-lo, mas eu lhe imploro para que não diga nada a ninguém e que finja que nunca me viu.
- E por que isso? Por acaso está fugindo?
- Meu senhor?
- Eu já estou indo! - ele suspirou - Espere alguns minutos até nos afastarmos, então você sai. - ele sussurrou e foi até a porta.
- Obrigado. - disse Sirius. Lupin assentiu saindo do quarto.
- Vamos. - Lupin seguiu o servo, olhando uma última vez para a porta.
Sirius esperou alguns minutos antes de sair dos aposentados e voltar ao seu posto.
Lílian serviu o pão que tirara do grande forno de barro na cozinha, ela partiu em alguns pedaços.
- Harry espere esfriar um pouco ou queimará seus dedos. - o pequeno assentiu.
- Sim mama. - Harry sentiu os olhos de seu pai nele. James fitava a criança curioso e preocupado.
- Como foi ontem com o estrangeiro? - Lílian se sentou, deixando o bule de ferro sobre a mesa de madeira - Você chegou muito tarde ontem.
- Me desculpe por isso. Nós conversamos por pouco tempo antes dele voltar para o reino dele. - Harry ficou um tanto decepcionado, pois gostaria de ter revisto o homem - Ele voltará dentro de 7 dias com uma resposta definitiva.
- Acha que pode confiar nele? - Lílian perguntou desconfiada.
- Pode. - quem respondeu foi Harry - Ele é confiável.
- Como tem tanta certeza? - James perguntou.
- Magia. - Lílian sorriu.
- Sua magia te disse isso? - Harry assentiu - Então devemos confiar no Lord Snape.
Lembre-se Harry, sempre confie na sua magia.
As bruxas da família Evans eram com certeza as mais íntimas da magia crua e natural. Elas não usavam varinhas, pois tinham mais liberdade com a magia, ela vinha mais facilmente para elas, os elementos obedeciam-nas, pois faziam parte delas.
Dumbledore as odiava por isso. Seu ódio pelo clã das bruxas Evans era tão profundo e enraizado que ele mandara um decreto para todo o reino dizendo que toda e qualquer mulher que tivesse o sobrenome Evans ou qualquer semelhança com as mesmas deve ser apedrejada por traição.
No fundo, Dumbledore tinha um medo infundado por qualquer pessoa pertencente daquela família, mas o que o falso rei não sabia era que apesar de apenas mulheres nascerem no clã das bruxas, um certo menino de olhos esmeralda quebrou a tão famosa tradição de gerar apenas mulheres.
- Sua magia está cada vez mais forte. - James sorriu - Significa que está crescendo saudável.
Harry assentiu, finalmente pegando um pedaço do pão. Ele começou a comer tranquilamente, ainda sentindo os olhos do progenitor em si.
Memória On
- Apenas me explique e eu prometo ouvi-lo sem ficar bravo por você estar falando com um completo desconhecido ou o que fosse aquilo. - James esperou pacientemente por uma resposta.
Harry ponderou rangendo os destes silenciosamente. Morte armou esse encontro propositadamente, a entidade queria que seu herdeiro fosse leal com sua família, afinal, esse era o principal motivo do renascimento da criança: uma família.
Harry tinha muitas cicatrizes que precisavam ser curadas, mas o ômega não estava disposto ao tratamento de cura. Harry estava tão acostumado as cicatrizes em sua alma e mente que não conseguia ver que podia se livrar delas ou atenua-las se quisesse.
- Era... - Harry tomou a decisão - Era um amigo... - James se afastou um pouco para olhar nos olhos bonitos do filho.
- Amigo?
- Sim, um amigo. - ele confirmou timidamente, começando a brincar com o tecido da camisa de James - Ele sempre esteve comigo, só que antes você e a mamãe não conseguiam vê-lo. - James assentiu voltando a olhar para as sombras.
- Quem é ele? - perguntou em um sussurro.
- Ele é quem meu deu isso. - Harry mostrou seu pulso. James arregalou os olhos e apertou o menor em seus braços novamente.
- O que ele queria?
- Nada ruim. Ele só veio me ver. - James suspirou trêmulo.
- Harry, me prometa que nunca contará a mais ninguém sobre esse amigo. - James não conseguia deixar de imaginar o que fariam com seu filhote se caso descobrissem desse dom e poder de falar diretamente com o Guardião do Véu - Não diga a ninguém, certo?
- Certo papai.
Memória Off
- James! - Lílian chamou novamente.
- Perdão meu doce lírio, o que dizia?
- Sobre o Yule, está próximo. - ela sorriu animada - E pela data, o Lord vampiro estará aqui, então traga ele para comemorar conosco. - Harry gostou da ideia.
- Sim! Sim! - Harry pulou animado. Ele finalmente poderia rever Snape!
Os três ouviram batidas na porta. Harry correu primeiro, ouvindo Lílian gritar para ele não o fazer e James rindo do filhote.
Harry parou em frente à porta antes de escancarar a mesma com um grande sorriso.
- Olá! Eu gos-... - Harry fechou a porta com toda a sua força. O baque alto assustou seus pais.
- Harry, o que houve? - James viu o filho pressionando as costas contra a porta.
- Lupul mic, quem é? - Lílian foi para abrir a porta, mas Harry não saiu da frente - Hora Harry, pare com isso - ela pegou o pequeno no colo e James abriu a porta no mesmo instante em que Harry rosnou se negando veemente a olhar para a visita - Harry! - foi a primeira vez que ela viu o filhote rosnar.
- Molly! - James disse a outra ruiva do outro lado da porta, que ainda estava confusa com o comportamento da criança.
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