O guerreiro, inconformado por ter sido enganado por tantos anos sobre sua verdadeira identidade, ousou tirar satisfações necessárias nem que morresse depois disso. Sendo assim, sabendo que tanto Xia Ling quanto Wei Huli estavam cuidando de seu irmão de sangue, correu em direção a sala de estar principal do líder Hong, que provavelmente estaria em seus tempos de lazer com suas concubinas, já que sua esposa havia falecido.
Dentro de minutos já estava no cômodo e de raiva, ao ver Hong Lan alimentando suas novas mulheres, Hu Long pegou um vaso que estava em uma prateleira perto e o tacou em direção ao rosto do mais velho. Porém, como o líder era ótimo em sentir movimentos bruscos em sua direção, assim que o vaso foi arremessado pelos ares, ele o pegou e quebrou com suas próprias mãos, assustando as duas mulheres que estavam em seu colo.
"Hu Long, precisa de alguma coisa?", perguntou ironicamente, sorrindo de lado e querendo na verdade ignorar o jovem o mais depressa possível. "Veio falar sobre A-Ran? Soube que ele perdeu a noção e bebeu muito..."
"Lixo", respondeu o mais novo, cerrando seus olhos castanhos escuros e desejando jogar mais vasos na direção daquele homem imprestável. "Você é um lixo."
Por conta do xingamento de Hu Long, Hong Lan cessou seu sorriso que encantava as mulheres, pediu por gentileza para que as mesmas saíssem do cômodo e voltassem mais tarde. Apenas deixando ele e o jovem guerreiro na sala de estar.
"Além de perder Fai Chen, perdeu a educação também?", Hong Lan o questionou, soltando uma risada e se levantando de sua cadeira principal, caminhando em direção ao mais novo, que agora franzia a testa de tanta irritação
"Não use o nome de Fai Chen contra mim", retrucou, levantando sua mão, pronto para acertar a cara do mais velho se ele ousasse caminhar mais para perto de si. "Eu quero a verdade."
"A verdade? Sobre o que gostaria?"
O menor jogou a carta do falecido servo em direção ao peitoral de Hong Lan, que estava já bastante próximo, e riu com desdém.
"Quanto tempo você achou que iria esconder a verdade sobre mim, papai?", Hu Long comentou com um ar de deboche, abaixando suas mãos e as cerrando, tentando controlar suas mais emoções que se revoltavam em seu coração.
Líder Hong com um olhar sombrio pegou a carta e leu rapidamente. Depois de tê-la lido, recitou um pequeno versículo que Hu Long nem sequer conhecia e em segundos, a carta estava queimando na palma da mão do mais velho.
"Fui um tolo por ter confiado em um servo como aquele. Concubina Hu sempre foi uma mulher muito carinhosa e conquistava o coração de todos", Hong Lan iniciou suas frases, às quais Hu Long estava prestando atenção em silêncio. Porém, esse silêncio se quebrou quando o mais velho citou algo que o guerreiro jamais gostaria de ouvir. "Mas seu corpo sedutor era apenas meu."
"É apenas isso que você via nela?", questionou o mais novo, com ferocidade em seus olhos.
"Claro. Há outra razão para eu ter concubinas? Todas são iguais. Me servem e me deixam tocar seus miseráveis corpos nus. Elas são tolas", a frieza da voz de Hong Lan estava deixando Hu Long enjoado. Sabia que o líder sempre fora um homem de negócios e que o "amor" não era um dos tópicos mais importantes de sua vida. Hong Tao era uma mulher de acaso. O casamento de ambos era um mistério. "De qualquer maneira, você já sabe a verdade. O que devo lhe dizer mais? Oh... Entendo..."
Hong Lan pousou delicadamente sua mão no ombro de seu filho ilegítimo e sorriu falsamente, mostrando pelas palavras irônicas seguintes que não havia um pingo de sentimentos verdadeiros e afetuosos sobre Hu Xing.
"Você deseja que eu peça desculpas por tê-la matado?"
"..."
"Meu filho, eu jamais pediria desculpas", Hong Lan continuou a falar, com o mesmo tom de voz de antes. "Na verdade, se eu pudesse voltar ao passado, transaria com ela quantas vezes desejasse e depois de seu nascimento, certamente a mataria pela segunda vez."
"Tudo isso... Para não estragar sua reputação?"
"Certamente. Um homem com manchas nunca será um homem virtuoso. Veja Fai Xin, sua vida decaiu por completo depois de todos saberem do assassinato que cometeu e obviamente sobre os maus tratos com seu próprio filho, Fai Chen", Hong Lan sabia bem o que dizer como justificativa de seus atos, porém Hu Long não as engolia de jeito nenhum. "Hu Long, você já tem 20 anos. Deveria saber como esse mundo cresce pelo poder e como os homens o usam de diversas maneiras."
Sem mais palavras, o mais novo tentou acertar o rosto do mais velho, porém, numa fração de segundos, todo seu corpo foi arremessado para uma parede próxima. A força foi tanta que deixou a mesma com uma grande rachadura. Era um poder que Hu Long nunca sequer havia visto o líder do clã Hong utilizar e ainda por cima, a luz que exibira de seus dedos grossos, não era vermelha como o costume da cultivação do clã, e sim verde escura, quase como a cor de musgo.
"Essa força...", Hu Long murmurou, tentando se levantar e falhando nitidamente.
"Hum? Você reconhece?", Hong Lan perguntou, batendo palmas em seguida. "Hu Long... Sempre foi tão inteligente. Isso é admirável. Porém, descobrir muitas verdades pode custar sua vida. Sabe disso?"
Ele sabia bem. Mas, para Hu Long, sua vida já tinha terminado há dois anos atrás. Quando perdeu a sua verdadeira felicidade e mal sabia se a mesma lembrava-se dele.
Então, um sorriso cansado foi esboçado no rosto do guerreiro que, aos poucos, estava voltando a mexer suas pernas, estabelecendo sua força corporal novamente.
"Essa energia é do clã SiRou. O que aconteceu com Madame Tao? Você também a matou? Pelo poder? ", Hu Long encheu o líder de perguntas, já em pé e mancando. "O que A-Ran achará disso? Sabe que eu não esconderei nada dele. Não sou um lixo como você, líder Hong..."
Antes que Hu Long pudesse continuar a dizer, duas figuras encapuzadas entraram na sala principal e andaram rapidamente em direção ao guerreiro machucado. Cada uma delas segurou um de seus braços, deixando-o impossibilitado de revidar quaisquer outros movimentos.
"Merda... O que é isso?", perguntou o menor, tentando se soltar.
"Eu lhe disse. Saber a verdade leva a consequências nem um pouco agradáveis", comentou Hong Lan, levantando seu indicador e tocando brevemente no queixo do filho bastardo, que agora só faltava mordê-lo para pelo menos vê-lo sentir alguma dor.
O líder do clã Hong olhou para as duas pessoas sem uma aparência reconhecível e disse com a maior clareza:
"Li Ming-Yue já se foi há anos. Agora não tenho escolhas a não ser usá-lo como a verdadeira arma do clã Hong. Não se preocupe, querido Hu Long. Você perderá suas memórias e não se lembrará de absolutamente nada", disse o mais velho, olhando depois para as duas outras pessoas da sala e estalando seus dedos. "Façam o que devem. Levem-no para a sala de experiências de meu irmão."
"ESPERE, O QUE?", Hu Long gritou, rangendo seus dentes e tentando assimilar as frases complexas de Hong Lan. Porém, por mais que desejasse respostas, uma das pessoas que o segurava bateu em sua nuca, deixando-o inconsciente e sem noção do que aconteceria com ele depois desse final de tarde.
A única coisa que Hu Long conseguia sentir era frio.
Um frio que estava congelando seus dedos e deixando a pontinha deles roxas, como se estivesse perdendo a circulação de todo o sangue no corpo.
Provavelmente aquilo que estava sentindo era apenas um sonho, pois mesmo com frio, alguém o abraçava pelas costas e tentava o aquecer, dizendo: "Não deixe que esse mal entre em você, Hu Long. Estou aqui... Lembre-se de mim... Eu vou te encontrar..."
Mesmo com essa pessoa dizendo para o mais alto se concentrar em não deixar esse "mal" que estava ligado ao frio possuí-lo, era impossível. Hu Long não conseguiu resistir e no final, não havia mais sequer uma única gota de calor em seu corpo.
Ele estava congelado.
Sentenciado a ser uma máquina.
Sem sentimentos.
Quando abriu seus olhos, sentiu uma imensa dor de cabeça. A luz que entrava por uma fresta o irritava ao ponto de querer arrancar seus próprios olhos. O jovem tomou a atitude para olhar ao redor e notou que estava em uma prisão, com os pés amarrados com mecanismos pesados; suas mãos estavam ensopadas de sangue e bem no canto da sala feita de pedras, havia um corpo sem vida; tinha um tremendo rasgo no peito, deixando evidente até mesmo os ossos que costumavam proteger os pulmões.
"Ele acordou", uma voz sutil foi ouvida por Hu Long, que, assim que escutou, virou seu rosto para a porta da cela.
Viu um homem com vestes de elite vermelhas, usando um monóculo em seu olho direito, mostrando sua dificuldade de visão. Seus cabelos estavam presos em um coque alto e sua pele era puxada para tons claros. Por mais que a mente de Hu Long estivesse doendo e extremamente confusa, não se lembrava de um homem desses no clã.
"Pelas minhas pesquisas, ele acabou perdendo as memórias que deixavam seu coração mais angustiado. Já é o bastante? Ou precisa que perca mais?", o homem de monóculo perguntou, olhando firmemente para Hu Long.
"Não há necessidade. Preciso que ele se lembre do clã que o ajudou e que ele volte a ser o braço direito de meu filho herdeiro", uma voz conhecida por Hu Long foi escutada em seguida. Era Hong Lan falando. "O experimento não terá mais erros?"
O possível médico inclinou seu corpo para olhar melhor para Hu Long, que ainda estava sem entender o porquê situava-se dentro de uma cela e com um corpo dilacerado ao seu lado. Um sorriso satisfatório apareceu no homem de elite que, depois de encarar o jovem ensanguentado, voltou a endireitar sua postura, virando-se para Hong Lan, que estava sentado em um dos bancos.
"O experimento não terá mais erros. Não se sabe ao certo como ele estava se lembrando dos momentos mais conflituosos de sua vida. Porém, creio que agora o sangue de yaomo corre bem em suas veias. É melhor deixá-lo descansar. Ele matou mais de três mil guerreiros inimigos e por causa de um deslize, matou mil e quinhentos dos nossos em apenas quatro anos, Mestre Hong."
"Certamente. Agora ele recuperou um pouco da consciência, então deve ter um tempo para aceitação. Caso essa consciência o afete, teremos que tirá-la novamente e tentar pela segunda vez controlá-lo como apenas uma besta", Hong Lan mencionou, levantando-se do banco e olhando para uma terceira pessoa que estava na frente da cela, um guerreiro que ficaria de vigia. "Cuidado para não ser morto. Fique longe das barreiras de ferro. Se Hu Long desejar matá-lo, será facilmente pego."
O guerreiro engoliu seco, entendendo perfeitamente a situação. Então, tanto o médico quanto o líder saíram da prisão do subsolo, ainda conversando a respeito de Hu Long, deixando apenas o prisioneiro e o guerreiro juntos.
Hu Long estava muito confuso. Sangue de yaomo? Pessoas mortas? Experimento? O que significava tudo aquilo?
"Hum... Ei...", Hu Long chamou pelo guerreiro, que agora estava sentado em um banquinho minúsculo um pouco longe da cela. "Você poderia me explicar direito o que eu fiz para estar aqui?"
"E-Eu?", o homem gaguejou, mostrando um certo medo só de ouvir a voz de Hu Long.
"Sim. Há outra pessoa aqui?", retrucou o jovem ensanguentado, na verdade olhando também para o corpo morto ao seu lado. "Quero dizer, há um corpo também. Mas ele não pode conversar comigo."
"Bem... Eu não sei se deveria contar... Mas...", o homem balançava sua perna esquerda, mostrando o grande nervosismo que percorria por seu corpo. "Hu Long, você sempre foi um ótimo companheiro em batalha. Espero que não me entregue ao líder Hong por lhe dizer a verdade."
Hu Long confirmou com a cabeça, esperando que o outro entendesse que tudo que ambos conversariam não sairia de lá.
"Há quatro anos atrás, líder Hong optou por começar o experimento que havia colocado como segunda opção se seu plano principal falhasse. Ele realmente falhou e lhe usou para o começo do experimento", o homem guerreiro começou a contar os dados que sabia, ainda tremendo. "Então, pelo visto... Injetaram em sua artéria o sangue de um yaomo... demônio... A fim de criar uma máquina perfeita de matar. Sem um pingo de sentimentos humanos."
O mais velho suspirou, cruzando suas mãos e tentando continuar a manter o foco.
"Nos três primeiros anos, tudo ocorria bem. Você agia como uma besta e estava inconsciente de seus atos. Era rápido e conseguia ver o inimigo a metros de distância. Matava qualquer inimigo apenas com um golpe de sua lança. Ficou conhecido como o "Assassino de Olhos Sanguinários". Mas... No quarto ano, as coisas começaram a desandar quando você, em certas noites, gritava e pedia por mais..."
"Mais...?"
"Mais sangue em suas mãos... E por algum motivo interior, sua raiva pelo clã Hong apenas crescia", o guerreiro disse, mordendo seus lábios, lembrando das cenas passadas. "Então, Hong Lan chamou seu grande amigo para fazer uma nova tentativa. Equilibrar sua mente humana com o desejo do yaomo que habita seu corpo. Por isso... Você perdeu suas memórias que mais o deixavam com vontade de matar pessoas de dentro do clã. Mas lógico que ainda pode haver falhas, já que o doutor não conhece tão bem os yaomos como o Mestre Cultivador Hong Wu conhecia."
O assassino aprisionado olhou novamente para suas mãos e cerrou os punhos, tentando entender o motivo de tudo aquilo. Essa curiosidade fez com que seu peito começasse a doer e um punhado de sangue preto escorregasse de seus lábios. O outro guerreiro, observando a situação, levantou-se de seu banco e foi em direção a cela, ficando bem em frente das barreiras.
"Hu Long? Precisa que eu chame o médico ou..."
"Não. Tem algum espelho por perto? "
O guerreiro tirou um pequeno espelho que guardava em seu bolso e entregou para o prisioneiro. Assim que Hu Long o pegou e viu seu reflexo, sentiu nojo. Seus olhos castanhos escuros tinham mudado para tons avermelhados e seus caninos estavam mais afiados do que antes. Suas bochechas estavam sujas de sangue e na lateral de seu pescoço havia uma cicatriz pequena, provavelmente por causa do jeito que infiltraram o sangue de demônio em seu corpo.
"Eu sou uma besta?", perguntou o mais novo, arremessando o espelho para a parede de pedra a sua frente e sorrindo fraco, sentindo mais uma vez a dor de cabeça voltar.
Dentro de sua mente, também conseguiu ouvir uma certa voz, retrucando sua frase:
"Você não é uma besta. Você é algo muito forte."
"Que merda..."
"Me deixe controlá-lo. Essa dor de cabeça passará em breve."
"QUEM É?", Hu Long gritou, pressionando suas mãos em sua cabeça, querendo jogá-la contra a parede.
"Hu Long... Acalme-se...", o guerreiro murmurou, procurando as chaves da cela. "Você precisa de ajuda?"
"Aceite a ajuda. Se ele abrir a cela e soltar suas pernas, poderá ser livre."
"Livre...", Hu Long replicou a palavra final que vinha de seus pensamentos, deixando o outro homem ainda mais confuso e preocupado. "Me ajude..."
O guerreiro nervoso abriu a cela, entrando na mesma e tocando as pernas imóveis de Hu Long.
"Certo. O que eu tenho que fazer?", perguntou, com um pouco de medo, mas não querendo ver seu antigo colega de clã sofrer.
"Pegue as chaves. Tire os ferros."
"Minhas pernas estão moles... Eu preciso andar...", apenas por ouvir essas frases, o coração do guerreiro já ficou tranquilo e tirou em segundos os mecanismos de ferro que prendiam as pernas do menor. "Obrigado."
"Certo. Agora eu vou voltar para o banco e você pode caminhar aqui dentro", o guerreiro disse suavemente, levantando-se e começando a caminhar em direção a saída da cela. Porém, seu braço foi puxado com uma certa força por Hu Long, que agora estava com a cabeça baixa. "Hu Long? Está com dores ainda? Precisa de algo..."
Hu Long torceu o pescoço, levantando seu rosto e abrindo um sorriso caloroso. O rapaz marcado de sangue puxou ainda mais forte o braço do guerreiro, chegando ao ponto de realmente retirá-lo de seu corpo.
O som da carne se cortando era algo delicioso nos ouvidos do mais novo, que agora ria sincero. Porém, o guerreiro inocente agora gritava de dor, caindo duro no chão pela grande perda de sangue e em segundos, fechando seus olhos para o sono eterno, deixando a cela completamente aberta.
Mas a felicidade de Hu Long ao ver a porta naquele estado logo cessou quando a presença de uma pessoa surgiu na sua frente, fechando a porta e lançando uma grande quantidade de pó em seu rosto. Hu Long no começo tossiu, mas já tinha ingerido uma boa porção daquela fragrância.
Ele limpou seus olhos, que agora estavam secos e olhou melhor para a pessoa que estava na sua frente. Era uma jovem garota com os cabelos longos presos em uma trança. Seus olhos claros o olhavam de um jeito entristecido, como se tivesse pena do mesmo.
A mulher, no final, abriu um sorriso torto e falou:
"Hu Long. Lute pela sua consciência. Estou tentando ajudá-lo desde o começo... Mas só consegui que você começasse a se lembrar agora. Não faça meu trabalho ir por água abaixo... Por favor..."
A voz deixou a mente de Hu Long mais tranquila e por alguma razão, sentiu-se protegido apenas por ouvir tal tonalidade vocal. Ele largou o braço que estava em suas mãos e ajoelhou-se diante da jovem que estava do lado de fora da cela ainda o encarando.
"Xia... Ling...", murmurou o assassino, voltando a ter a sua própria consciência.
"Sim, sou eu. Não se preocupe, Hu Long. Não deixarei que usem mais você como uma arma", Xia Ling respondeu, pegando novamente seu potinho contendo um certo pó ao redor de ervas. "Descanse. Deixe sua mente trabalhar por si e ter suas memórias de volta. Mesmo que elas forem dolorosas, devem ser lembradas."
Assim, mais uma vez Xia Ling lançou o pó em direção ao rosto de seu amigo e dessa vez, o mesmo caiu de lado no chão, desmaiando.
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- ale yang on -
Uma breve explicação caso tenham ficado perdidos: no presente, várias vezes foi citado que Hu Long era extremamente forte, conseguia ver os inimigos mesmo com uma grande distância, seus movimentos sempre foram muito rápidos e seu jeito de matar era algo nem um pouco "natural". Para explicar tal modo de agir, criei esse plot.
Hu Long tem correndo pelas suas veias o sangue de um yaomo (demônio). No começo da experiência, decidiram tratá-lo apenas como uma máquina. Porém, quando Xia Ling soube do que fizeram, não aceitou e durante todos esses anos, nos momentos que não havia alguém o vigiando, ela entrava no subsolo e jogava esse "pó" em Hu Long. Por causa desse pó, Hu Long começou a lembrar das memórias mais catastróficas em sua vida e percebendo como o clã Hong o machucou tanto, por isso algo dentro dele estava necessitado de mais sangue de qualquer pessoa de dentro do clã. Essa parte será mais explicada no capítulo seguinte, que possivelmente será o último do flashback.
Não se preocupem, tudo realmente será explicado. Não gosto de deixar pontos da história confusos. Por isso, estou dando o meu melhor!
Muito obrigada pelo apoio!
Até sexta-feira!