(𝐈𝐌)𝐏𝐔𝐑𝐄.

Oleh inlouie

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ㅀ❛ em que uma larrie fetichista lhe oferece oneshots safadas e com putaria para ler. ❜ π—π–»π—ˆπ—π—π—ˆπ—†... Lebih Banyak

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Oleh inlouie

◟ヤ. 💭 ˃̵ᴗ˂̵ ... 𖣦 ۫։ຼඬ
(𝗶𝗺)𝗽𝘂𝗿𝗲 𓄹 𝗅𝖺𝗋𝗋𝗒
᠕ 国 ꐚ 𝖺𝗅𝗅 𝖼𝗋𝖾𝖽𝗂𝗍𝗌 𝗋𝖾𝗌𝖾𝗋𝗏𝖾𝖽 𝗍𝗈 gukievil

𖣠 # ' 🗒 ❛ Ser uma mistura de humano e galinha não é fácil para Harry, que coloca um ovo toda vez que os sentimentos estão à flor da pele. Nesses momentos o híbrido não consegue parar de produzir vários deles, e, quando Louis - o dono da fazenda Tomlinson, e seu namorado - volta após se ausentar em decorrência de uma viagem de negócios, encontra Harry "botando" mais ovos do que o normal. ❜

Louis não aguentava um único dia na cidade, que dirá quatro. Não entrava em sua cabeça aquela correria do dia a dia, onde todos pareciam estar apressados demais, sem tempo para dar uma pausa e aproveitar as coisas ao redor. E também, o que havia para ser aproveitado? O amontoado de prédios reluzentes era ridiculamente sufocante, e o ar poluído não ajudava em nada. Sem falar na poluição sonora! Ele percebeu que não ficava trinta segundos sem escutar um carro passando na rua.

Cidade, em sua concepção, era Conceição do Bananal. Cidadezinha charmosa, que tinha tudo que precisava, e não ficava nem à dez quilômetros da fazenda Tomlinson. Tinha a vendinha dos Malik, a padaria, a igrejinha... Nada de McDonald's ou uma loja de roupa a cada esquina. O resto não era cidade, era inferno. E Louis não teria saído de suas terras se não fosse à negócios, afinal ainda tinha que compactuar com grandes companhias para vender seu peixe, ou melhor, seu milho.

Por esse único e exclusivo motivo passou alguns dias na capital do estado vizinho, e, voltando de sua viagem, fez uma paradinha em Conceição do Bananal, sem conseguir deixar de comparar ambos os lugares.

── Como foi lá, Tommo? ── Zayn perguntou, se apoiando no balcão da vitrine de sua vendinha.

O mercadinho era bem simples, mas também não faltava coisa. Não tinha nada de luxo, mas a variedade era boa. A única coisa que Zayn vendia com exclusividade era o milho, que provinha inteiramente da fazenda de Louis. Conseguintemente, o fazendeiro prestigiava a vendinha de Zayn sempre que podia.

── Tsc. ── Louis negou com a cabeça. ── Largo isso daqui por nada, Zayn. Aquele lugar é uma baderna só.

── Por isso eu não saio daqui de Conceição, não sou doido, amigo. ── o mais velho concordou. Também não era chegado em cidade grande. ── A Gigi que vive querendo viajar pra lá, mas eu já disse que não vou.

── Não vai, mesmo. Um cafézinho lá é os olhos da cara, e ainda é ruim demais.

── O Harry não quis ir não?

── Não... Meu trenzinho quis ficar cuidando da casa. ── Louis respondeu, meio chateado. ── Ele cismou que ninguém ia conseguir cuidar dos animais do jeito que ele cuida, e eu até sou cabeça dura mas não vou contra ele.

── O Harry é um fofinho. Eu e a Gigi estamos com saudades.

── Vish, ele também não cansa de falar de vocês. Qualquer dia passem lá na fazenda, ele vai ficar feliz que nem pinto no lixo. ── Louis esticou as costas. ── Mas agora me vê um curau e uma pamonha pra eu levar pra ele.

Zayn concordou e separou para o Tomlinson o que ele pediu. Os doces e salgados à base de milho eram a especialidade que ele vendia no balcão da vendinha, feitas com o milho da fazenda do próprio Louis, do qual o Malik não abria mão. Seus pais, algumas décadas antes, estabeleceram aquela parceria entre a fazenda Tomlinson e a vendinha dos Malik, que durava até os dias de hoje ── e fazia muito sucesso.

Após pegar os doces quentinhos o Tomlinson se despediu do amigo, entrou em sua caminhonete e rumou para casa, com a mala cheia de roupas no banco do passageiro. O caminho que seguia era muito mais tranquilo do que as ruas da cidade, já que dirigir nas estradas de terra que cortavam os morros verdes do interior acalmava Louis. O frescor da região batia em seu rosto, bagunçando seu cabelo castanho e quase levando seu chapéu embora.

Após menos do que quinze minutos na estrada, ver o portãozinho de madeira da fazenda Tomlinson fez Louis suspirar aliviado. Era acolhedor, tudo que precisava no momento.

Considerava terapêutico parar o carro na entrada, descer para abrir a tranca do portão, colocar o automóvel para dentro e depois descer para trancar de volta. Louis valorizava a simplicidade, e vivia feliz daquela forma.

Quando estacionou o carro na frente da casa, pôde ver Clifford latindo e arranhando o tule da porta de mosquiteiro da residência. Ele arranhou o tecido com tanta força, durante tanto tempo, que naquele dia em especial o tule acabou rasgando, e ele finalmente conseguiu se soltar.

── Cliff! ── Louis se agachou no chão de terra e abriu os braços, e foi atacado por uma chuva de lambidas e latidos. ── Você tá tão fedidinho, garoto. Agora que o papai tá de volta vamos tomar um banho na bica.

Clifford o respondeu com uma série de latidos, e o Tomlinson fez carinho em sua cabeça. Logo pegou suas coisas na caminhonete e levou para dentro, carregando tudo tranquilamente. Harry tinha uma rotina impecável de treinos que o deixavam com o físico delicioso, na opinião do Tomlinson, mas o próprio Louis havia conseguido seus músculos não tão definidos assim com o trabalho duro da fazenda.

Colocar os pés no piso de madeira o fez gemer de excitação, porque definitivamente estava em casa, e ninguém o tiraria dali. Deixou a mala na porta de entrada mesmo, e olhou ao redor a procura de alguém especial. Ao contrário do que esperava, a casa estava com cheiro de produto de limpeza. Não que não gostasse do odor, ou que seu namorado não limpasse a residência, mas para uma recepção queria mesmo o cheirinho do fogão à lenha aceso, e talvez uma feijoadinha se não fosse pedir demais.

Mas Harry não era um ás na cozinha, Louis sabia disso, e até gostava já que era ele quem comandava as bocas do fogão, e quando isso acontecia o mais novo estava sempre grudado em suas costas.

── Cadê o seu pai? ── Louis perguntou para Clifford, que não parava de correr pela sala.

A procura de Harry, o fazendeiro foi até a cozinha, e antes de qualquer coisa colocou na geladeira os doces que havia comprado. Lá, encontrou uma porção de ovos dentro de um cesto, e deu uma boa analisada neles. Com certeza eram o seu tipo favorito, o que significa que vieram de seu produtor favorito. Ansioso, ele subiu as escadas sendo seguido por Clifford, e foi direto para seu quarto, passando pelo quarto de visitas e seu escritório ── o qual raramente usava.

Ah, como estava com saudades de seu trenzinho.

Ao empurrar a porta entreaberta do quarto, o encontrou. Ele estava dormindo tão lindinho, encolhido na cama e sem nem uma manta para se proteger da brisa que entrava pela janela aberta. Louis se aproximou e agachou ao lado da cama, para ficar na mesma altura de seu rosto, e Clifford subiu no colchão. O mais novo odiava ser acordado com beijos, porque dizia que quando dormia ficava com um bafo terrível. Mas Louis cresceu beijando os porcos da fazenda, e achava aquela preocupação de Harry a menor de todas.

Fez bico e juntou as bocas num beijinho que queria se transformar em muito mais, mas por enquanto era apenas um beijinho mesmo. E, de início, Harry pensou que estava sonhando, mas ao sentir cócegas nos lábios e lembrar que estava esperando Louis voltar, sorriu sonolento, depois se afastou e cobriu a boca.

── Você voltou. ── sussurrou com a voz rouquinha.

── Voltei pra nossa casa, amor. ── Louis se sentou na cama e segurou o rosto de Harry para que pudesse tascar um beijo de verdade nele.

E Harry incrivelmente aceitou aquele beijo de gostinho duvidoso, porém de um casal que já estava com saudades demais para se importar com isso.

── Como foi? ── o mais novo perguntou, segurando a mão do Tomlinson, acariciando o dorso com o polegar.

── O de sempre, gracinha. ── Louis arrancou as botas fora e se encostou na cabeceira da cama, puxando Harry para se apoiar em seu peito. O Styles enfiou o nariz na pele exposta pelos botões abertos e fechou os olhos, aproveitando o perfume forte de Louis, e as cócegas que os pelinhos dele causavam. ── Negócios e mais negócios. Me levaram pra conhecer a fábrica deles, e depois pra fechar o contrato.

── Deu tudo certinho, então? ── o Styles perguntou, calmo pela sonolência, e ao mesmo tempo extremamente feliz com a presença do mais velho.

── Tudo certo. Passei uma raiva do cacete com aquela barulheira toda da cidade, mas voltei vivo.

── Sabia que você ia reclamar disso. ── Harry riu baixinho. ── Devia ter ido no cinema, amava ir quando eu ainda morava lá.

── É... ── Louis concordou meio tristonho. Ele realmente queria ter ido, mas não sozinho. Se não fosse a mania de Harry de não confiar nem mesmo no próprio Louis para cuidar dos animais, talvez a viagem tivesse sido um pouco mais agradável com a presença alheia. ── Na próxima eu vou, e você vai junto.

── Vai ter próxima? ── o Styles perguntou zombeteiro, e Louis riu sem perceber o que havia falado.

── Não sei... ── confessou. ── De tempos em tempos aparece contratante novo, e eu sempre tenho que ir pra cidade grande resolver isso. Todo mundo...

── Todo mundo quer comprar seu milho. ── o Styles completou, sorrindo. ── Eu sei.

── Então. ── Louis começou a fazer um cafuné nos cabelos do Styles. ── Pelo menos uma vez por ano eu tenho que viajar pra lá, é um castigo só.

── Tô começando a entender o seu lado, amor. Me apeguei muito à fazenda, não consigo me imaginar muito tempo fora daqui.

── É tão bom escutar você dizendo isso. Lembro de uns meses atrás quando você não aguentava ficar longe da cidade. ── o Tomlinson negou com a cabeça. ── Amava o... Como era mesmo o nome daquele trem que vende café a preço de ouro? Um tal de Safra Books?

Harry caiu na risada ao escutar aquilo, e se separou do mais velho, negando.

── Não, Lou! O nome é Starbucks. ── suspirou. ── Era caro, mas confesso que eu sinto saudades.

── Pois saiba que eu faço um café mil vezes melhor que aquele! ── Louis deu de ombros. ── E falando em comida, eu lembro que você falou que tava com vontade de comer a pamonha do Zayn e passei lá na volta.

── Ah, não acredito... ── Harry revirou os olhos. ── Eu estava quase consertando o carro velho só pra ir lá comprar.

── Ô meu bem, se eu soubesse teria comprado antes. ── o Tomlinson disse enquanto colocava uma mechinha do cabelo de Harry atrás da orelha. ── Eu sei que você gosta dela bem gelada, e já coloquei pra gelar.

── Hm, a gente podia comer assistindo um filminho mais tarde, que tal? ── Harry sugeriu, sem querer desgrudar do Tomlinson.

── Acho ótimo, mas antes vamos continuar deitados aqui? Eu tô cansado de tanto dirigir.

── Tudo bem. ── Harry voltou a encostar o rosto no peito do mais velho, e começou a fazer um carinho ali. ── Senti falta desse seu calor.

── E eu de você deitado assim em mim.

── Percebi, você tá todo molinho. ── deixou um beijo próximo à clavícula do Tomlinson.

Eles ficaram em silêncio durante um tempinho, aproveitando a companhia um do outro e escutando os passarinhos do lado de fora da casa. O vento entrando pela janela era bem agradável agora que se esquentavam mutuamente.

── Nem te perguntei, como foi aqui? ── Louis olhou para o mais novo. Harry deu de ombros.

── A rotina da fazenda. Limpei e cuidei da casa, o Niall veio pra entregar os relatórios das entregas e das plantações...

── Ele cuidou direito? ── Louis perguntou preocupado.

── Cuidou, amor. Não tem agricultor melhor do que ele. ── Harry o acalmou. ── Também alimentei os bichinhos e cuidei de cada um, principalmente da Xena, que estava bem amuadinha por esses dias.

── Você cuida muito bem das galinhas, hm?

── É claro. São minhas amigas. ── Harry riu. ── Sabe... Eu sempre achei chato não ser híbrido de um animal como gatos ou cachorros, mas depois de vir pra cá percebi que tá tudo bem.

── Se não fosse meu galinhozinho, você seria um gatinho. E o que esses bichos fazem além de serem um pouco fofos? Você ao menos bota os ovos mais gostosos que eu já comi.

── Assim eu fico sem graça... ── Harry falou, as bochechas esquentando.

── É verdade. Mas... Eu sei que você não consegue se controlar quando fica muito ansioso. Está tudo bem? Eu vi a cesta cheia na cozinha. ── perguntou, preocupado.

── Tá tudo bem sim. Eu só estava com saudades. ── Harry assentiu, aliviado por finalmente cessar a onda de ovos que estava colocando. ── Não se preocupe.

── Se você diz, então não vou me preocupar. Vou é fazer um omelete enorme. ── o Tomlinson brincou.

Harry riu junto. Eles acabaram ficando grudadinhos durante a tarde inteira, repondo todo o tempo perdido e conversando sobre besteiras. Quando o Sol se pôs, Louis decidiu começar a fazer o jantar, o que resultou em dois pombinhos na cozinha, Harry agarrado no mais velho enquanto ele preparava a comida ── usando alguns de seus ovinhos.

Louis inclusive fez questão de moer grãos de café e fazer sua própria bebida quentinha, enquanto brincava com Harry. Com a água fervendo e os grãos moídos ele encarou o híbrido, chamando sua atenção, e então falou:

── Pó pô pó? ── ele perguntou, fazendo Harry franzir o cenho, mas em seguida rir alto, com aquela gargalhada gostosa que Louis tanto amava.

── Pó pô. ── o Styles respondeu após recuperar o fôlego, fazendo Louis rir contido.

Harry admitiu que o café de Louis era o melhor, e durante o jantar disse o quanto ficou carente da comida do fazendeiro. Eles aproveitaram para comer a sobremesa, o cural e as pamonhas de Zayn, enquanto assistiam à um filme de ação que Harry baixou mais cedo, afinal, mesmo vivendo na fazenda, ele não conseguia ficar sem wi-fi.

Mais tarde ficaram de chamego na cama enquanto assistiam a novela na televisão de tubo no quarto, que segundo Louis era maravilhosamente nostálgica, e ele deixou claro que jamais trocaria a relíquia por uma televisão nova como a da sala.

As coisas ficaram quentes, mas Harry insistiu em dormir mesmo que tivesse ficado bastante instigado. Lembrou que Louis havia dirigido muito pela manhã, e não conseguiu descansar devidamente à tarde, então no mínimo uma boa noite de sono era merecida. Tempo para beijinhos e mãozinhas bobas eles tinham de sobra, e talvez no dia seguinte dessem um jeito naquela libido toda.

♡•••

Louis acordou revigorado, sentindo o corpo de Harry coladinho junto ao seu. Na noite anterior quase fizeram algumas sem-vergonhices, mas o fazendeiro acabou se rendendo ao cansaço, acreditando que era melhor dormir do que deixar de fazer o amor gostosinho de sempre, sem pressa. Mas aquele cheirinho inebriante o estava levando à loucura, porque já havia associado o cheiro de sabonete que Harry exalava com sexo, além de outros sentimentos muito bons.

Mesmo assim, decidiu não acordar o Styles e logo se levantou para providenciar o café da manhã. Colocou nos pés os chinelos e na cabeça seu chapéu ── que usava dos primeiros minutos do dia, até à noite.

O galo da fazenda já estava reclamando, mas Harry não acordaria tão fácil assim, então o Tomlinson o deixou na cama por mais um tempinho. No entanto, antes de sair do quarto, estranhou dois ovos na mesinha ao lado da cama, na parte do mais novo. Eles estavam encostados no abajour, ou provavelmente cairiam no chão, e Louis não entendeu o porquê de estarem ali. Geralmente Harry colocava seus ovinhos durante o dia, e mesmo em momentos de nervosismo nunca o viu fazer isso no meio da noite. Talvez ele ainda estivesse sob os efeitos de sua falta.

Suspirou. Como amava aquele híbrido...

Depois de colocar ração no potinho de Clifford e trocar sua água, Louis fez um "cafézin" fresco, e de última hora resolveu fazer um bolinho de fubá também. Meia hora depois a mesa estava posta, com pães, geléia de morango, leite, suco de laranja, um queijo branco e goiabada.

Antes que pudesse chamar seu denguinho, enquanto pegava os copos, o Tomlinson escutou Harry descendo as escadas de madeira, acompanhado de Clifford, que provavelmente estava dormindo na cama enorme do casal. Ele já estava de banho tomado, usando uma bermuda preta folgadinha e uma camiseta branca com aparência de caras. Harry se vestia igualzinho aos garotos da cidade, exceto pelas galochas nos pés. E ele realmente era um garoto da cidade, que caiu de amores pelo fazendeiro assim que o conheceu, por meio de seus pais.

Louis estava à negócios no estado vizinho e aproveitou a ocasião para contratar o senhor e a senhora Styles, dois veterinários de renome que costumavam trabalhar com os ambientes de uma fazenda. Simpatizou especialmente com o fato de o senhor Styles ser um híbrido, e ao jantar na casa deles descobriu encantado que seu filho compartilhava dos mesmos genes.

Harry conseguiu deixar o Tomlinson caidinho com aqueles olhos verdes cintilantes e o sorriso de covinhas fofo, e o surpreendeu ao visitar sua fazenda com os pais. Após várias e várias visitas dos Styles ── dois que iam à trabalho, e o terceiro por interesse num certo fazendeiro ── flertes, e beijos que eram até então inofensivos, eles decidiram abrir o jogo, e o que era apenas uma troca de olhares virou algo mais consistente, que fazia o coração bater mais forte. Harry teve que ensinar Louis a usar aplicativos de mensagem, e mesmo distante eles mantiveram contato, mesmo que o Styles amasse fazer uma surpresa e surgir na fazenda para ver o Tomlinson pessoalmente.

Após dois anos e meio de namorico, aceitando o convite de Louis, Harry decidiu que se mudaria para a fazenda Tomlinson. E assim fez, mesmo que os pais tivessem ficado com um pé atrás, já que aos 22 anos o Styles continuava sendo o bebêzinho da família. Mas o "bebêzinho" seguiu seu próprio curso, e seis meses depois, Harry já havia se apegado à vida na fazenda, trabalhando remotamente como um designer freelance quando podia, e no resto do tempo se dedicando aos animais.

Mesmo que sentisse falta da antiga casa, sua parte animal se familiarizou com a fazenda, então a humana o fez também.

── Bom dia, peão. ── ele deu um beijo estalado na bochecha de Louis e tirou o chapéu dele, colocando em sua cabeça.

── Bom dia, meu trenzinho. ── Louis respondeu no mesmo tom afetuoso, e sentiu uma lambida na canela. ── Bom dia, Cliff.

── Sonhei com você hoje, sabia? ── o Styles se sentou, e o Tomlinson o acompanhou.

── Sonhou o quê? ── Louis perguntou curioso, servindo um pouquinho de suco para os dois.

Harry riu sozinho, e negou com a cabeça, tomando um gole de suco.

── Você vai dizer que eu ando muito safado. ── ele disse com um bico, arrancando um sorriso de lado do mais velho.

── Ah é? Vem cá. ── Louis segurou a mão de Harry e a puxou com delicadeza, mas a soltou para abraçar a cintura do híbrido quando ele sentou em sua coxa. ── Você é bem safadinho que eu sei, Harry, sei até com o que você sonhou.

── Duvido. ── o mais novo arqueou uma das sobrancelhas, e espalmou as mãos no peito nu do fazendeiro. ── Me fala. Se você acertar, te faço uma coisinha gostosa.

── Coisinha gostosa, né? ── o Tomlinson olhou sugestivo para os lábios do Styles, e mordeu o lóbulo da orelha do híbrido. ── Você, sonhou comigo fazendo aquele...

── Louis! ── Harry levou um susto ao escutar a voz de Niall, e encontrar o homem encostado na janela da cozinha.

No mesmo instante o híbrido se levantou envergonhado, e até deixou o chapéu cair no chão, mas Louis pareceu não compartilhar do mesmo sentimento. Ao invés disso, abriu um sorrisão no rosto e foi até a janela para cumprimentar o funcionário e amigo. Harry ainda não havia se acostumado com os sustos que levava do Horan, afinal ele tinha muitas oportunidades para surgir despercebido, já que as janelas ficavam sempre abertas.

── "Seu" Harry. ── ele mexeu no chapéu, cumprimentando o namorido do patrão, que respondeu com um aceno tímido.

Ele e Louis ficaram conversando por uns bons minutos, enquanto Harry tentava comer um pouquinho de cada coisa da mesa do café da manhã, mas no fim acabou comendo romeu e julieta igual à um doido. E que culpa tinha se queijo e goiabada era a melhor combinação no universo? Só restava aproveitar a iguaria.

Quando ouviu que o assunto entre Niall e Louis saiu de trivialidades para os negócios da fazenda, Harry decidiu esperar seu amorzinho na sala, deitado no sofá coberto por uma colcha de fuxicos que a mãe de Louis havia costurado. Ela era uma verdadeira gracinha, e não morava muito longe, mas a última vez em que se viram foi no aniversário de 30 anos de Louis.

O híbrido ligou a televisão e parou em um site de notícias. Na fazenda, ficava tão alheio ao que estava acontecendo no mundo que gostava de assistir aos canais de notícias, e apenas assistir. No momento, não estava interessado em voltar para a antiga cidade e vivenciar de perto aquela loucura de informações.

Distraído, o garoto nem percebeu que Niall foi embora, e apenas parou de prestar a atenção na tela quando Louis surgiu vestindo sua clássica calça jeans, botas, e a camiseta de flanela com os primeiros botões abertos, revelando parte de seu peito. Ele estava com cheirinho de perfume, e a julgar pelo cabelo úmido tinha tomado um banho rápido.

── Você vai ver as plantações agora, amor? ── Harry perguntou curioso, dando espaço para o mais velho sentar no sofá.

── Vou só esperar o Niall voltar, gracinha. Ele saiu agora com um carregamento de milho pra mostrar o caminho pro César. ── ele explicou, citando um dos motoristas que transportava cargas de milho. ── Tinha algumas caixas pra entregar em Judas da Serra, e o garoto não faz ideia de como chegar lá. Na minha época a gente se virava sozinho, mas hoje em dia...

── Hmn... ── Harry diminuiu o volume da televisão, não para escutar melhor aquele papo de boomer, e se sentou mais pertinho do Tomlinson. ── Então bem que a gente podia aproveitar esse tempinho.

── Quer fazer aquela surpresinha gostosa que você prometeu? ── Louis relaxou o corpo, e começou a fazer um carinho na coxa de Harry, roçando em sua mão.

── A surpresinha não era um prêmio pra minha pergunta, senhor Tomlinson? ── o mais novo se sentou no colo do mais velho, de frente para ele. ── Que eu me lembre, você não respondeu.

Louis encheu as mãos com a bunda durinha do híbrido e admirou Harry o olhando de cima para baixo, com tanta superioridade.

── Olha, se você fizer bem gostosinho eu te mostro o que você sonhou. ── o Tomlinson propôs.

── Querendo virar o jogo, é? ── o híbrido puxou alguns fiozinhos da nuca alheia, e recebeu um cheiro no pescoço.

── Vai dizer que não tá louquinho pra chupar o meu pau, Haz? ── respondeu‐o com outra pergunta, deixando Harry atiçadinho.

O mais novo mordeu o lábio e se afastou com as mãos no peito de Louis, para em seguida se ajoelhar no tapete da sala, entre suas pernas. Ele foi mordendo as coxas do Tomlinson por cima da calça jeans, e quando chegou no volume marcado pelo tecido, delicadamente esfregou as bochechas e o nariz ali, fungando um pouquinho e sentindo a saliva acumular na boca.

── Como eu senti falta de te ver com a cabeça abaixadinha assim, amor... ── Louis sussurrou enquanto se acomodava mais no sofá, e recebeu um risinho do Styles em resposta.

O híbrido pôs as mãos na barra de sua calça e o fazendeiro ajudou, entendendo que o mais novo não estava de enrolação. Ele ergueu o quadril para abaixar a calça, e acabou levando a cueca junto, colocando pra fora o pau grande que Harry tanto amava. Só faltava estar bem duro pra ficar perfeito, mas Harry gostava de sentir ele enrijecendo na boca, então tratou de juntar uma boa quantidade de saliva e despejar na glande de Louis. Em seguida ele envolveu só a cabecinha com os lábios, mas não demorou para encher a boca inteira.

── Hm... ── Louis jogou os cabelos cacheados do híbrido para trás, para que pudesse ver bem direitinho o que estava fazendo. Era de enlouquecer a visão do seu pau sumindo na boquinha dele. ── Você é o melhor, mamando bem apertadinho assim.

Harry ficou feliz com o elogio e apertou mais ainda as bochechas, o sugando, e olhou Louis para saber de suas reações. Ele sorriu safado, e já estava sentindo o sangue pulsar com força lá em baixo.

── Você tá tão quieto, amor. Estou estranhando. ── ele provocou.

O híbrido piscou algumas vezes e foi subindo com a boca de pouquinho em pouquinho, o que fez com que soltasse um estalo quando desgrudou os lábios do membro. Ele então colocou a língua pra fora e enquanto encarava o Tomlinson, lambeu o pênis de cima a baixo, para depois voltar e dar uma última chupadinha na glande antes de segurar o membro com a mão e dar algumas batidinhas na bochecha.

── É feio falar de boca cheia. ── ele respondeu Louis com o mesmo sorrisinho safado, e começou uma masturbação bem lenta. ── E como é sua pica aqui, eu prefiro chupar primeiro e falar depois.

Louis riu baixinho e sentiu um frio na barriga ao ver Harry levando o pau na boca novamente, como se fosse fácil colocar tudo aquilo lá dentro. No início ele sempre engasgava quando fazia um boquete no Tomlinson, mas com o tempo foi conseguindo aguentar cada vez mais, e agora se gabava por conseguir ficar bons segundinhos de boca cheia, com os lábios encostando nos pelinhos crescidos da virilha de Louis.

── Seu vagabundinho... ── o fazendeiro agarrou os cabelos do híbrido, que gemeu em resposta. ── Se é assim, mama bem direitinho pra eu gozar, vai.

E ele não precisava falar duas vezes. Harry já estava lhe dando prazer, e fazendo questão de encarar Louis enquanto isso. Ele mudava completamente a feição naqueles momentos, e mostrava o quão empenhado estava em deixar o Tomlinson cheio de tesão, pra depois ser fodido por ele bem gostosinho.

── Como eu queria você enchendo minha boca de porra... ── Harry choramingou, batendo uma punheta para o mais velho. ── Mas agora eu preciso de você me colocando de quatro, metendo bem fundo em mim.

── Porra, seu puto gostoso. ── o Tomlinson se levantou, e por um instante, o olhando de baixo, Harry desejou que ele desse uma boa surra em seu rostinho com aquele pau veiudo.

Mas Louis empurrou seu corpo e o fez ficar de quatro no tapete da sala, e mesmo com a roupa no corpo Harry se empinou todo necessitado.

── Isso, amor. ── o Tomlinson agarrou a barra da bermuda de Harry, enquanto o mais novo ia para frente e para trás, batendo a bunda em seu pau. Ele se inclinou e apoiou o peito nas costas de Harry, ficando com a boca do lado da orelha alheia. ── Vou te deixar todo arregaçadinho hoje.

── Vai, então. Me fode Louis... ── o garoto se rendeu, apenas esperando o que o Tomlinson lhe daria.

Louis abaixou sua bermuda e a cueca até a metade das coxas, e voltou a puxar a cintura de Harry como se estivesse fodendo, mas apenas estava roçando o caralho na bunda do mais novo. Estava tão gostosinho, Louis se esfregando ali e Harry contraindo o cuzinho, doido pra dar.

Mas algumas batidas na porta fizeram o híbrido choramingar, e começar a xingar.

── Louis! ── Niall chamava do lado de fora, e Harry agradecia por não existirem janelas ali.

── Inferno, não acredito... ── Louis reclamou. ── Já vai Niall, espera um pouquinho!

── Tá bom! ── escutaram a resposta do Horan, e se olharam derrotados quando Harry se virou.

── Que maldade. ── Louis disse, passando a mão no interior da coxa de Harry vendo seu pau completamente negligenciado.

── Eu me viro. Agora vem cá. ── ele se ajoelhou e abriu a boca apontando para os lábios com o indicador.

Louis ficou de pé e fez um carinho nos cachos do mais novo antes de começar a bater uma punheta. Harry ficava provocando, passando a língua na pontinha e o encarando com os olhos bem abertos.

── Goza, Lou. ── ele sussurrou com a voz manhosa, apoiando as mãos nas coxas alheias. ── Me imagina daqui a pouquinho, todo aberto na cama, metendo o cabo da escova de cabelo no meu cu porque ele tem a mesma grossura que o seu pau...

Harry sorriu safado quando viu Louis franzir o cenho e fazer sua cara de bravo. O Tomlinson agarrou os cabelos do mais novo, que prontamente abriu a boca, e segundos depois levou os jatos quentes de porra na língua. Ele engoliu tudo, e depois abriu a boca de novo, mostrando que não havia mais nada.

── Você não devia colocar essa imagem na minha cabeça. ── o fazendeiro disse enquanto subia as calças e se ajeitava todo.

── Tem medo de ficar duro? ── Harry perguntou. ── Não devia. Mesmo mole já é... Uau. ── ele ergueu as mãos enquanto olhava para o quadril de Louis.

── Pestinha. ── Louis se abaixou para dar um rápido beijo em Harry, que quase caiu pra trás com a pegada do Tomlinson.

Ainda excitado, Harry fez questão de chupar a língua alheia e passar a mão no peito do namorado para satisfazer pelo menos um pouquinho de seus desejos.

── Tchau... ── Harry disse quando se separaram contra a vontade, sem fôlego e com as bocas vermelhas.

── Tchau, meu amor. Bagunça muito os nossos lençóis, você merece. ── Louis sorriu divertido e se levantou. Niall já devia estar impaciente, e correu até a porta para não enrolar muito mais.

Sozinho, Harry abaixou a cabeça. Mais uma vez não havia conseguido chegar lá com Louis, só chegou bem pertinho. Estava doidinho para dar uma acalmada em todo aquele tesão que queimava como uma fogueira de São João, e logo logo sairia do controle para se tornar um incêndio.

Dava para contar nos dedos das duas mãos juntas os dias que o casal não ia pra debaixo das cobertas, porque antes mesmo da viagem de Louis eles já estavam em uma seca danada. O Tomlinson estava muito ocupado com os negócios das plantações, e chegava em casa tão cansadinho que Harry tinha dó de acordar o mais velho capotado no sofá só para pedir sexo.

Mas não negava que sentia a necessidade batendo na porta. E, para a surpresa de Harry, a necessidade não era a única coisa batendo em sua portinha.

Assim que veio a pressão, Harry gemeu e rapidamente se deitou no sofá. Ele desceu a bermuda e a cueca branquinha até os tornozelos, depois abraçou as próprias coxas, ironicamente ficando na posição de franguinho assado, e mordeu o lábio inferior. Levantou um pouco a cabeça, mas não conseguiu ver mais um ovo saindo. No entanto sentia ele alargando suas preguinhas, então deixou sair livremente, até perceber que ele havia praticamente pulado para fora.

── Ai, eu não aguento mais. ── murmurou, cansado.

O Styles o pegou e bufou. Era de praxe botar um ou outro quando estava nervoso, ansioso, quando os nervos estavam em frangalhos. Mas, o que descobriu após alguns dias de abstinência de sexo, era que também poderia produzir alguns ovos quando excitado. Quase esqueceu de como era a sensação de ser tocado pelo namorado, e quando acontecia ficava tão mole e animado que soltava um ovo. Às vezes até mesmo quando estava sozinho e ficava excitado, sentia um ovinho prestes a sair.

── Nesse ritmo eu vou colocar mais ovos do que todas as galinhas da fazenda juntas. ── choramingou, e escutou um latido em resposta.

Quando olhou para o canto da sala, encontrou Clifford escondidinho do lado do vaso de plantas. Harry espalmou a mão na testa e se vestiu devidamente.

── Cliff, não acredito que você estava aqui! ── Harry pegou o cachorro no colo e o abraçou, recebendo lambidas no pescoço. ── Ai ai, eu e o Lou prometemos que não ia rolar mais nada na sua frente bebê. Por que você não latiu antes?

O Styles negava com a cabeça enquanto o cachorrinho que custou a conquistar simpatia por ele babava em seu rosto inteiro, pensando que era um pai horrível por não se atentar ao filho vendo as pouca vergonhas que fazia com Louis.

Ele teria que se policiar mais.

Harry não estava mais no clima para ter um momento sozinho, então resolveu fazer de seu dia um dia útil. Quando Louis saía para visitar os milharais ── que ficavam à quase um quilômetro de distância da casa ── ele sempre enrolava. Quer dizer, não era completamente sua culpa. Louis era extremamente apegado aos pais e não conseguia ficar muito tempo sem provar a comidinha da mãe, um verdadeiro bebê mimado.

Quando o pai de Louis era quem cuidava da fazenda, a família inteira morava na casa para onde Harry havia se mudado. No entanto, Louis era o mais velho da família e seus pais o tiveram um pouquinho mais velhos, então não demorou para que as atividades da fazenda ficassem difíceis de serem realizadas por dois idosos. Charlotte, a irmã mais nova de Louis, era professora de filosofia em uma universidade da capital, então aos 25 anos o mais velho herdou a fazenda Tomlinson. E com muito orgulho!

Mas alguns anos atrás, o senhor e a senhora Tomlinson decidiram se mudar para mais perto de alguma cidade, e acabaram deixando a casa para o filho. Eles se mudaram para Éguas da Conceição, cidade vizinha de Conceição do Bananal, e que ficava à poucos quilômetros do milharal; ele era caminho.

Por isso, sempre que Louis visitava aquele bendito milharal, não deixava de fazer uma visitinha aos pais.

Harry até poderia ir até lá mais tarde, depois de cumprir suas tarefas. Mas o carro velho de Louis estava quebrado, e duvidava que mesmo após o conserto ele aguentasse os trancos do caminho. Além do que, não queria arriscar ir tarde demais. De dia já ficava receoso com aquela estrada, à noite então não passava por lá nem arrastado. Criado em cidade grande, Harry era super desconfiado de vielas e ruas vazias, imagine só se não ia ficar paranóico no meio do mato.

Então ele optou por ficar em casa, e antes de tudo cuidar dos animais e plantas da fazenda.

Dar água, alimento e carinho para todos os bichinhos, todo santo dia, era uma aventura. Harry começou pelos dois cavalos no estábulo: Judas e Alejandro. Penteava suas crinas enquanto cantava, e por algum motivo sempre acabava cantarolando as músicas da Lady Gaga. Depois cuidava dos porquinhos, Dorothy, Scarlett, a pequena Amélia, Rupert e Val ── apelido de Valdemir ──, e ali seu vício por limpeza era testado. Depois de cuidar dos porcos, sempre acabava fazendo uma paradinha para lavar suas galochas brancas com a mangueira.

Também visitou Gina, a vaca, e seu bezerrinho Ricardo. E por fim, o galinheiro, para conversar com suas amigas Tulipa, Lulu e Xena, e presentear cada uma com uma boa quantidade de milho. Às vezes Harry aparecia em sua forma de galinha para se aproximar mais delas, e cacarejar mal sobre o galo Ulisses, que era um chato e machista. Eles não conversavam num idioma definido, mas o instinto animal fazia com que tivesse uma noção do que acontecia. Com a maioria dos híbridos e suas formas animais era assim.

Quando a metade do dia chegou, Harry voltou para casa e fez uma misturinha básica com carne e salada para acompanhar. Sua comida e a de Louis estavam em dois níveis diferentes de competência, mas isso não significava que não sabia se virar. Depois do almoço, usou seu adorável regador para cuidar da horta nos fundos da casa, acompanhado de Clifford que perseguia incansavelmente uma borboleta roxa voando no quintal.

Depois de hidratar cada plantinha, Harry deu uma atenção especial ao cachorro. Correram juntos pelo gramado durante um bom tempo daquele dia preguiçoso, e quando o Styles se deu por cansado resolveu colher uma manga da mangueira que tinham ali, para descascar e comer com Clifford.

── Hm... Essa estava boa, Cliff. ── ele disse enquanto chupava o caroço. ── Está ficando frio agora, neném. Acho melhor entrarmos.

Harry colocou o bichinho debaixo do braço e voltou para casa. Clifford seguiu seu rumo para a caminha no quarto do casal, enquanto Harry foi tomar um bom banho. Quando saiu, havia escurecido, e ele já foi se deitar na cama para assistir à novela na televisão velha, que de fato tornava as coisas nostálgicas com sua imagem e som ruins.

Louis poderia estar ali, mas no fundo Harry gostava de ficar todo esparramado na cama de casal. Ele deitava e rolava no colchão confortável, que comprou quando o namorado reclamou de dor nas costas. O lençol estava limpinho, mas o cheiro de amaciante era quase imperceptível, mascarado pelo perfume de homem que empesteou os tecidos desde que o Tomlinson havia voltado, e Harry não reclamaria.

Ele abraçou o travesseiro do namorado e inalou o perfume forte, e quase conseguiu sentir os braços de Louis envolvendo sua cintura. Achava incrível como o olfato conseguia estimular o cérebro, trazendo a tona lembranças vívidas do fazendeiro. A última vez que inspirou o perfume foi logo cedo, quando Louis lhe deu um beijo de perder as estruturas após gozar em sua boca. Lembrando assim, Harry ficou até desejoso, e mordeu o lábio quando o baixo ventre instantaneamente formigou.

Com vontade de intensificar aquela sensação, Harry pegou o cobertor que estava usando e o jogou longe ao perceber a temperatura do corpo aumentar. Ele deitou a cabeça no travesseiro de Louis, e o próprio, encaixou entre as pernas. Na primeira fricção fechou os olhos bem apertados, e depois continuou se esfregando bem devagarinho, prendendo o objeto macio com força. Ah, como queria que fosse seu amorzinho ali.

Só de pensar em Louis seu entusiasmo dobrou, e Harry mudou de posição. Colocou o travesseiro na cama e se encaixou em cima dele, depois enterrou o rosto no travesseiro do namorado e começou a rebolar o bumbum, desejando que houvesse algo lá dentro para lhe dar mais prazer.

E talvez o universo tivesse escutado suas preces e interpretado de forma errada, porque no instante seguinte Harry sentiu um aperto já bem conhecido, e prontamente se colocou na posição mais confortável, deitadinho e com as pernas abertas. Puxou o short do pijama e se concentrou em colocar aquele ovinho para fora, mesmo que não precisasse de muito esforço.

Se fechasse os olhos, e com aquele perfume para ajudar, conseguia imaginar que Louis estava tirando o pau de sua bunda depois de gozar lá dentro, bem lentamente, mais do que queria. Com o dedo curioso, Harry tocou a casca do ovo pronto para sair, e levando uma das mãos até o mamilo por debaixo da camiseta, empurrou-o de volta para dentro. O buraquinho se contraiu com o estímulo, se fechando e guardando o ovo lá dentro, e o Styles sentiu o pênis fisgar.

Quando relaxou, o ovo voltou a sair, e no momento em que estava quase pulando para fora, Harry empurrou a pontinha de volta para dentro. Gemeu. Não fez forte, e as preguinhas quase fechadas não deixaram ele entrar de volta completamente, não com tão pouco esforço. Ele só entrou e saiu, e Harry empurrou de volta de novo e de novo, até escapar de sua mão.

── N-não... ── ele choramingou, sentindo o cuzinho piscar e piscar.

Logo outro veio, e ele repetiu o que fez com o primeiro, mas assim como esse, acabou escapando. Suspirando, tirou a camiseta e o short. A peça de baixo colocou em cima da mesinha ao lado da cama, e apoiou os ovos sobre o tecido.

Nu, e andando de fininho para não acordar Clifford ── que dormia em seu colchãozinho perto do pé da cama ──, Harry abriu o armário, e lá no fundo pegou sua escova de cabelo.

♡•••

Bom dia, bebê.

Ontem acabei voltando tarde, e encontrei você dormindo. Vi que continuou botando ovos fora do seu ritmo, e me senti na obrigação de deixar você relaxar hoje, por isso vou cuidar dos animais. Pode ficar tranquilo, eu vou conversar com eles do jeitinho que você faz. Te amo muito.

Assinado, seu peão.

Harry sorriu levando a carta ao peito, sem aguentar o quão adorável seu namorado era. O híbrido nunca tentou descrever seu tipo ideal, mas de alguma forma sabia que Louis era o homem perfeito para ele. Sempre ficava surpreso quando parentes e conhecidos diziam ter uma imagem completamente diferente de Louis, pensavam que ele era um bruto completo, e isso passava bem longe de ser verdade.

Ele era romântico, carinhoso, atencioso, tudo de bom. Às vezes era cabeça dura também, orgulhoso, e bastante resistente à mudanças. Mas se não tivesse lá os seus defeitos, assim como Harry tinha os próprios, a vida à dois não teria graça nenhuma.

E mais uma vez o Tomlinson estava mostrando o quanto se importava. Na noite anterior, Harry, cansado, apenas conseguiu tomar um banho e depois capotou na cama. Louis percebeu os ovos que ele havia colocado e quis fazer um agrado, mesmo que não houvesse a necessidade. Se ele soubesse como resolver o problema, estaria pelado na cama do casal.

O Styles decidiu se levantar para dar um beijo em seu namorado, e ficou de pé todo desengonçado. Lavou o corpo rapidinho e vestiu uma camisa branca e folgada, fechando os botões até a metade do peito. Colocou uma cueca também branca e bem apertadinha no bumbum, e por fim calçou as galochas que sempre usava. Nos finais de semana abusava das roupas curtas, ou até mesmo andava pelado por aí, já que nem Niall nem qualquer outra pessoa surgia na fazenda.

Enquanto penteava os cabelos cacheados, Harry escutou o telefone tocar no andar de baixo e foi correndo atender, pulando de três em três degraus de uma vez só. Quando alcançou o telefone, o levou até a orelha.

── Alô? ── a voz doce escapou dos lábios do cacheado.

── Oi filho. É a mamãe. ── Harry sorriu ao escutar a voz da mais velha.

── Ah! Oi, mamãe. ── ele puxou um banquinho que estava por perto da mesa do telefone e se sentou para ficar mais confortável. ── Voltaram da viagem?

── Sim, voltamos ontem à tarde.

── E como foi?

── Ai Harry, foi incrível. A floresta amazônica é um lugar lindo.

── Eu sabia que vocês iriam amar, desde que receberam o convite pra expedição. ── Harry disse feliz pelos pais, que eram apaixonados pelo lugar.

── Seu pai ficou louco com os mosquitos, mas também adorou. ── a senhora Styles comentou, rindo. ── Mas e você? O Louis estava viajando também, não é?

── Sim, ele ficou num hotel perto de casa. Ficou super emburrado quando soube que vocês não estavam aí pra hospedar ele.

── Ai amor, manda um abraço pro Lou e diz que eu sinto muito. Mas fala pra ele que pode vir quando quiser... Aliás, não. Não podem vir quando quiserem.

── O quê? ── Harry franziu o cenho. ── Pensei que os filhos eram sempre bem aceitos na casa dos pais.

── É que filho... Só vou deixar vocês me visitarem quando estiverem de casamento marcado.

── Mãe?! Você sempre me disse pra casar depois dos 30.

── Harry, eu dizia isso quando você tinha 10 anos. Agora você já é um homem formado, e eu quero netinhos, sabe...

Harry riu sozinho e negou com a cabeça.

── Eu e o Lou podemos ter filhos sem casamento.

── Mas também quero ver vocês casando. Meu filhote vai ficar tão lindo no altar, usando um terno branco... Ah, e eu vou entrar com você! ── a senhora Styles disse chorosa, e Harry compreendeu o quanto aquilo era simbólico para sua mãe. ── E agora que sua irmã deixou bem claro que não vai fazer um casamento com o namorado, você é minha única esperança.

── Mãe... ── o híbrido sorriu, encarando os próprios pés. ── Não posso prometer nada, mas até o fim do ano eu e o Louis provavelmente já vamos estar casados.

── Não acredito, Harry! ── a mais velha disse, eufórica. ── Você acha que ele vai pedir?

── Mais ou menos isso. ── ele deu de ombros. ── Mas pelo amor de Deus, não conte pra ninguém. Principalmente pro papai! Ele vai espalhar pela família inteira e eu não quero que fiquem fofocando sobre a minha vida.

── Minha boca é um túmulo, Harry. Ai meu Deus, não acredito que meu bebezinho vai casar... Todas as rezas que eu fiz por você pra Santo Antônio, meu santinho casamenteiro, valeram a pena.

── Ai mãe, você está mais ansiosa do que eu.

── Vai ver o que é ansiedade de verdade no dia do casamento, Harry. Sou eu quem vai estar te acalmando. ── a mais velha disse com muita propriedade.

── Pode até ser... Mas não quero pensar sobre isso agora. Tenho que ir atrás do meu futuro marido.

── Ah, esqueci que vocês saem da cama cedinho aí. Tudo bem, liguei só pra avisar que voltamos.

── Tá bom então, mãe. Depois eu te ligo pra gente conversar direitinho. Te amo, viu?

── Te amo também, meu anjo. Até mais.

Ao encerrar a ligação, Harry segurou o lábio inferior entre os dentes. Abriu a obsoleta agenda telefônica ao lado do aparelho e após procurar a página certa, encontrou a sequência de números da qual precisava. Discou o número e esperou que atendessem.

── Alô? ── Zayn disse do outro lado da linha, com a voz de quem havia acabado de acordar.

── Oi Zee, posso te pedir um favor?

♡•••

Harry sabia que Louis estava rindo da maneira como andava enquanto ia em sua direção, descendo até a bica d'água da fazenda Tomlinson por um caminho de terra que começava nos fundos da casa. Mas naquele momento em especial o mais novo realmente não se importava com o namorado engraçadinho, já que não tinha como ficar bravo com a visão privilegiada que tinha da pele bronzeada, nua, enquanto ele se banhava debaixo no fluxo de água. Louis não era apenas um pedaço de mal caminho, e sim um mal caminho inteiro. Os mamilos sensíveis de Harry até endureceram só de ver o corpo dele completamente descoberto.

Clifford foi o primeiro a cumprimentar Harry com seus latidos enérgicos e uma corridinha fofa ao redor do papai mais novo. Harry agachou e fez carinho na barriga do cachorro, que estava com os pelos molhados de quem havia recém tomado banho. O Styles pegou uma bolinha de borracha que estava por perto e a jogou na grama de cor vívida, vendo o cachorro correr animado até o brinquedo, e aproveitou da distração do pequeno para ir até o namorado

── Você não tem vergonha não? ── Louis perguntou, se apoiando na cerca de madeira.

── Vergonha de quê? ── Harry riu e deu de ombros, subindo no piso de concreto construído para que a água que caía da bica não formasse lama no gramado.

── De andar rebolando assim. ── Harry ficou de frente para o mais velho, que o olhou de cima abaixo. ── Sabia que sua bunda fica linda balançando de um lado pro outro?

Harry apoiou os braços nos ombros do mais velho e roçou os lábios nos de Louis, mas não o beijou como ambos desejavam.

── Eu teria vergonha de ficar com a piroca de fora, assim, no meio do mato. ── Harry disse sapeca, e apertou o pau do namorado, junto com as bolas, o que fez o fazendeiro se arrepiar.

── Ah é? ── Louis pegou Harry pela cintura, e fez o mais novo inclinar o corpo para trás. Ele cheirou a pele exposta, e aproveitou o cheirinho de sabonete. ── Disse o garoto que fica rebolando o rabo pelado por aí, sempre que pode.

── Não me lembro disso. ── Harry sorriu e puxou os cabelos na nuca do namorado.

── Na próxima vez que você aparecer com a bunda de fora lá no celeiro eu vou fazer questão de tirar uma foto. ── o Tomlinson disse encarando o namorado, que se rendeu.

── Eu só faço isso pra você me admirar, amor. ── brincou.

Harry não tinha esse tipo de luxo na cidade, onde várias vezes passou vergonha ao se trocar próximo de janelas e acabar sendo espreitado pelos vizinhos do prédio ao lado, e se deixou levar pela ideia quando percebeu que nos finais de semana ficavam sozinhos no meio de árvores e morros. No começo era estranho andar pela fazenda completamente pelado, mas com o tempo foi parecendo cada vez mais normal, ainda mais quando o fazia para provocar Louis. E ele retribuía na mesma moeda, sem nem se incomodar. No fim, eram apenas dois aspirantes à exibicionistas.

── Eu admiro, e o meu pau também. ── ele roubou um beijo do mais novo, e o semblante mudou completamente do vinho para a água.. ── Como você está?

── Eu tô bem, lindo. ── ele disse, fazendo um carinho no cabelo castanho do mais velho. ── Pra ser sincero, me sentiria melhor se a gente estivesse na cama agora.

Louis riu anasalado, e mordeu o lóbulo da orelha do namorado.

── Putinho safado. ── ele sussurrou.

── Porra, Louis. Não fala assim. ── Harry se derreteu todo, e sentiu todos os fios de cabelo em sua nuca se arrepiando..

── Mas é meu putinho safado sim... ── ele mordeu o queixo do moreno. ── Espero que você tenha usado sua escova de cabelo ontem, porque eu te imaginei direitinho de quatro na cama.

── Eu usei. ── Harry assentiu, ligeiramente envergonhado. Ele se sentia mil vezes mais sujo e desesperado quando estava sozinho, e Louis parecia saber disso. ── Mas aconteceu algo, também...

── O quê? ── Louis perguntou, e encostou Harry contra a cerca de madeira. Mal deu tempo para o garoto dizer o que aconteceu, e já foi atacando seu pescoço com chupões.

── Bem, é que eu... ── Harry ficou sem ar quando Louis apertou com força um dos lados de sua bunda. ── Ai amor, que d-delícia...

── Você gosta quando eu te aperto assim, não é, meu vagabundinho? ── disse ao pé do ouvido do moreno.

── Nossa, eu gosto muito... Mas é que-

── Depois você me fala, amor. ── Louis enfiou as duas mãos dentro da cueca de Harry e apertou a bunda mais uma vez. ── Gostoso da porra.

Harry amoleceu nos braços do Tomlinson porque ele tinha o poder de deixá-lo fraquinho, e sabia usar muito bem essa habilidade. Quando se entregava era melhor ainda, porque aí Louis fazia ele se sentir bem. Só de imaginar sentiu a barriga formigar. Estava passando as mãos em seu corpo tão deliciosamente, e, distraído, Harry se perguntava o que havia de diferente de outras vezes para sentir aquele aperto. Mas quando arregalou os olhos já era tarde demais. Louis, ao passar a mão pelo buraquinho de fazer amor do namorado, notou algo duro.

── Você tá botando um ovo agora, amor? ── Louis franziu o cenho.

── Estou. ── Harry mordeu o lábio e, devagar, abaixou a cueca.

── Mais um... ── estava intrigado.

Sem dizer mais nada Louis envolveu seu corpo num abraço quentinho. Ele acariciou o cabelo e as costas do híbrido por instinto já que nas poucas oportunidades que tinha de presenciar aqueles momentos, achava importante deixar ele confortável e tranquilo. Não era essencial, mas Harry jamais negaria um chamego do mais velho, ainda por cima carregado de tanto apreço e boa vontade. Mesmo assim, acabava sendo bastante efetivo para que o ovo saísse mais rápido.

── Bebê, acho melhor ir em um hospital pra ver isso. ── Louis disse, sério. Alguns segundinhos depois, Harry conseguiu pegar o ovo. ── Isso tá fora do normal. Já tentou falar com os seus pais? Se eles souberem o que está acontecendo...

Por um instante Harry se afastou e colocou o ovo no gramado, e aproveitou para tirar a cueca de uma vez. Ele não iria parar num hospital, nem queria passar por consultas longas só porque estava com vontade de transar. Muito menos conversaria com seus pais sobre algo tão embaraçoso, já bastava a vez em que seu pai o chamou para ter uma conversa séria sobre cloacas, que acabou virando o momento mais vergonhoso da vida do garoto. Achava aquilo humilhante demais, e por isso não queria contar nem para o namorado. Mesmo conhecendo muito bem o próprio corpo e percebendo os sinais, nem o próprio híbrido sabia que aquilo era possível. Parecia uma piada.

Mas ao mesmo tempo estava deixando Louis preocupado sem que existissem problemas realmente prejudiciais, e isso não era justo. Logo, restava apenas contar a verdade, ser sincero e torcer para que o mais velho fosse compreensível, afinal ele devia esperar esse tipo de problema excêntrico quando aceitou namorar um híbrido parte galinha.

── Ai, Lou. Eu não ia falar nada, mas... ── Harry fez bico. ── Eu descobri porque estou colocando tantos ovos.

── Por que? ── Louis perguntou ansioso e preocupado, mesmo que o próprio híbrido não evidenciasse preocupação alguma.

── É que eu... Tô com saudades.

── Saudades de mim? ── Louis questionou, puxando Harry pra mais perto, mostrando que ele já estava de volta e não tinha porque se preocupar.

── Saudades... De fazer amor com você. ── Harry suspirou, segurando os ombros do mais velho. ── Nós não fazemos faz tanto tempo. Eu tô subindo pelas paredes.

── Peraí, meu bem. ── Louis franziu o cenho. ── Tudo isso porque...

── Por quê a gente não transa mais. ── assentiu. ── Eu fico... Emocionado.

── Você tá botando ovos de tesão? ── o Tomlinson disse o que havia entendido, pra ver se ficava mais claro.

── É. ── deu de ombros, e mordeu o lábio. ── Eu me sinto um besta por isso. Qualquer coisinha que acontece eu já estou colocando um ovo!

Louis piscou algumas vezes, ainda meio confuso. A princípio imaginou que Harry estava tirando uma com a sua cara, mas ao ver a feição séria do moreno descartou essa possibilidade. Não entendia como funcionava o corpo dele, mas, poxa, se ele botava ovinhos quando estava triste ou nervoso, não era contraditório botar alguns quando também estava excitado. Era fofo. O Tomlinson queria ver o híbrido soltando ovos de tanto tesão. Mas duvidava que Harry deixasse: ficava tímido quando Louis tentava ver, e o Tomlinson acabou nunca olhando de fato.

── Ô meu trenzinho... Você devia ter me falado. Eu desmarcaria qualquer contratempo pra te deixar bem. ── Louis beijou a bochecha do garoto.

── Pensei que você iria rir. ── suspirou.

── Ah, é divertido. ── Louis sorriu, e o Styles virou o rosto, frustrado. ── Mas eu te entendo. Você também não sabe a saudade que eu tô de te colocar na cama, todo arreganhado pra mim.

── Faz isso comigo, aqui mesmo. ── Harry passou as mãos no peito do Tomlinson, acariciando a pele bronzeada ali.

Louis sorriu pequeno e puxou o quadril de Harry para mais perto, pressionando o pênis do namorado com o próprio. Tinha certeza de que uma hora ou outra ele iria dizer chega, e pedir pra ser carregado de volta para casa e terminar o amorzinho safado deles lá, no conforto da cama de casal. Mas por incrível que parecesse para ele, Harry aparentava estar muito envolvido no momento dos dois quando deu um beijo no Tomlinson, segurando seus cabelos úmidos e os apertando entre os dedos.

Os dois tinham uma leve diferença de altura, mas Louis era teoricamente alguns centímetros mais baixo que o namorado. E Harry gostava de se pendurar no pescoço do fazendeiro, ter que inclinar o rosto para conseguir beijar ele, enquanto o quadril era tomado por mãos firmes e calejadas. Já Louis, amava puxar a cintura do mais novo pra mais perto, e fazer as costas dele quase entortarem para trás com tamanha voracidade do beijo.

Voracidade que não faltava, e que a cada segundo que os namorados chocavam as línguas macias entre si, e sentiam os lábios úmidos se tocando, aumentava. Eles estavam perfeitamente alinhados, em sintonia, combinando o amor e o tesão como sempre faziam. O mais velho puxou o lábio inferior do cacheado entre os dentes, e, para retribuir, Harry lambeu os lábios dele.

O fazendeiro desviou o foco de seus beijos para o pescoço do namorado, e beijou cada pintinha que havia ali. As mãos começaram a desabotoar sem pressa a camisa branca, tirando os botões pequenos de suas casas e deixando a pele alheia cada vez mais exposta. Ao passo que ia concluindo seu objetivo, a trilha de beijos seguia num ritmo similar, descendo dos ombros para clavícula marcada, depois para o peito forte com ênfase em um dos mamilos do híbrido, o abdômen com gominhos marcados, o quadril...

De repente a camisa já estava no chão, e Louis estava distribuindo chupões pela virilha de Harry, com o pênis duro roçando em sua bochecha, o que fazia o mais novo suspirar apenas por observar. Para desfrutar da sensação, abrigou uma das bolas gordinhas dentro da boca. Harry acariciava o couro cabeludo do fazendeiro, e a língua experiente dele passeava ao redor da pele sensível de seus testículos, que em seguida foram cobertos por beijos.

── Não vai tirar essas galochas? ── o Tomlinson perguntou agachado, enquanto apertava suas coxas com carinho.

── Se eu tirar, vou sujar os meus pés. ── Harry respondeu sabendo que iria colaborar ainda mais com sua fama de fresco, mesmo que constantemente colocasse a mão na massa.

Louis riu sozinho, mas Harry mexeu a cabeça, perguntando qual era a graça.

── É que assim parece que você acabou de sair de um calendário erótico. ── ele arranhou a parte de trás das coxas alheias.

── Ah é? ── riu. ── Não acha que eu deveria estar em uma pose mais sugestiva, então? ── Harry segurou o queixo do namorado e depois virou de costas, se apoiando na cerca de madeira. ── O que acha assim, amor?

── Acho que você é um garotinho extremamente abusado. ── Louis balançou a cabeça, admirando o Styles com a bunda empinada. Ele encheu a mão com a carne durinha e encarou o namorado, que olhava para trás rindo. ── Então quer dizer que você está sugerindo algo, agora...

── Eu te chupei bem gostoso ontem na sala, lembra? Se eu não me engano, depois disso você teria que me mostrar com o que eu sonhei...

── Não tem como esquecer da sua boca, Hazz. ── Louis afastou as bochechas da bunda do mais novo, deixando bem à mostra o cuzinho rosado do híbrido. ── E, bebê, toda vez que sonhar comigo te fazendo um beijo grego, é só me acordar e eu vou fazer melhor do que em qualquer sonho.

── Vai se surpreender com o tanto de vezes que eu vou te acordar. ── Harry mordeu os lábios, ansioso, e nem um pouco surpreso pelo Tomlinson ter acertado em cheio o tema de 95% de seus sonhos eróticos.

Louis deixou o Styles bem aberto, e ele colaborou afastando as pernas. O Tomlinson continuou apertando o bumbum firme, querendo prolongar para Harry a sensação de ansiedade que vinha antes do prazer. Mas o próprio fazendeiro não se aguentava com a visão que tinha, e sentiu a boca instintivamente salivar. Com cuidado ele pressionou e friccionou a ponta do polegar no buraquinho do namorado, amando a forma como as preguinhas se contraíram ao toque.

Ele continuou rodeando a digital ali, escutando os arfares impacientes que saíam da boca do Styles, e com a ponta do nariz passeou pela pele branquinha de sua bunda, sem conseguir conter beijos molhados e sensuais naquela região.

── Seu rabo é tão lindo, amor. ── Louis lambeu um bom pedaço da pele do namorado, e passou a língua até o topo de sua bunda. O elogio fez Harry se empinar mais, e Louis percebeu a urgência que ele estava passando.

── Acho que ele ficaria mais bonito com a sua líng... A-ah! ── o híbrido se derreteu ao sentir o músculo finalmente encostar em seu cuzinho, e rodear ali assim como Louis vinha fazendo com o dedo.

Era molhado e quente, e simplesmente não tinha como ser melhor.

Harry não conseguia nunca colocar em palavras o prazer que sentia quando Louis enfiava o rosto em sua bunda e brincava ali como se fosse seu parquinho particular, por horas a fio. E a brincadeira favorita do Tomlinson definitivamente era escorregar. Forçar e escorregar a língua para dentro daquele buraquinho apertado e macio. Talvez a palavra que melhor descrevesse a sensação, seria avassaladora. Ficava inquieto, e virava uma completa bagunça de movimentos e pensamentos, tudo isso porque Louis conhecia seus pontos fracos.

Ele movimentava a língua para cima e para baixo, para um lado e para o outro, depois fazia movimentos circulares e pressionava o interior do híbrido. Às vezes usava apenas a ponta da língua, e em outras usava o músculo bem relaxado, abrangendo a intimidade inteira. Como era gostoso saber que estava deixando o rabo de Harry todo babado, pronto para receber seu pau, e acima de tudo para deixar seu namorado doidinho de tesão, tentando se conter, mas ainda assim rebolando em sua língua.

O Styles respirava fundo e descontava tudo nos lábios e nos próprios cabelos, puxando os fios encaracolados e revirando os olhos ao mesmo tempo. Não importava se estivesse de quatro em um colchão, ou de pé no meio do mato, Louis sempre conseguia fazer ele perder a linha usando a língua. Sempre conseguia fazer Harry fechar os olhos e imaginar os cabelos sendo puxados enquanto levava um pau na bunda. Sempre conseguia fazer Harry ficar com vontade de pedir pra ser arrombado.

── A-amor? ── Harry esticou o braço para trás e acariciou a lateral do rosto do namorado. ── Será que agora você pode...

Louis molhou os lábios com saliva e deu diversos selinhos lentos e estalados nas preguinhas do namorado, como se estivesse beijando a própria boca dele, com tanto carinho. Em seguida ele ficou de pé e o abraçou por trás, inalando o cheirinho de sabonete em sua nuca.

── Agora é a hora em que você pede pra voltar pra casa. ── Louis colocou as mãos na barriga de Harry, tocando a pele macia que tanto amava. ── Fresquinho.

── Eu não sou fresco. ── o mais novo reclamou. ── Já disse que vamos fazer aqui mesmo.

── Ah é? ── o Tomlinson mordeu a orelha de Harry, e o lóbulo do garoto roçou em sua língua. ── Então você vai deitar no chão?

── Não... ── Harry sorriu arqueando as sobrancelhas. ── Você vai.

── Fresco. ── Louis repetiu, e se separou do híbrido.

Harry pegou a própria camisa jogada no chão e entregou para o fazendeiro enquanto ele se deitava, e Louis usou o pano branco para apoiar a cabeça. Ao ver o híbrido ainda de pé ele suspirou com o corpo do cacheado, e começou a bater uma punheta descaradamente. O Styles salivou só de ver o namorado passando a mão por aquele pau com veias grossas pelas quais amava passar a língua. Mas, contrariando a vontade de fazer um boquete no Tomlinson, se sentou na cintura do mais velho e apoiou as mãos no seu peito, sentindo a pele dourada ali.

As mãos do Tomlinson automaticamente foram parar em suas coxas, apalpando a carne dos joelhos até a virilha, e Harry se inclinou sobre o namorado, ficando com o peito na altura de seu rosto. Louis entendeu o recado e pescou o mamilo marrom do híbrido entre os lábios, para em seguida rodear a língua pelo bico durinho e pela auréola delicada.

── Nós estamos mesmo fazendo isso? ── Harry arfou, desacreditado. ── Eu realmente estou prestes a sentar no meu namorado...

── Não se vanglorie tão cedo, bebê. ── Louis usou os dedos para beliscar os mamilos de Harry. ── Alguém pode aparecer aqui.

── Quem quer que seja, saberia que você está ocupado demais cuidando de mim. ── o Styles fez um carinho no cabelo do mais velho, aproveitando o estímulo que estava recebendo.

Louis, quase faminto, chupou ao redor do biquinho do híbrido e depois o beijou várias vezes. Com as duas mãos ele apalpou os peitos macios de Harry, grandes e prazerosos de apertar. Enchia as palmas com a carne tenra e a pressionava com os dedos, ao mesmo tempo que levemente a puxava para cima e para baixo. Seu namorado era tão gostoso, e o Tomlinson estava enlouquecendo com o corpo em cima do seu, e os gemidinhos que saíam de sua boca. Ele levou uma das mãos pela lateral do tronco, além de suas costas, e apertou a bunda do cacheado com força. Aproveitou para enfiar a ponta do indicador no buraquinho dele, e sentiu Harry dar um pulo. Ele ronronou igual à um gatinho, e Louis respirou fundo ao escutar o timbre doce. Queria se enfiar logo dentro dele.

── Vamos foder de uma vez. ── ele soltou.

── Porra, sim. ── Harry concordou sem pensar duas vezes, e se moveu para trás para poder se encaixar devidamente no Tomlinson.

Ele beijou o namorado e puxou sua língua entre os lábios antes de se sentar. Sentindo o volume debaixo da bunda, o Styles ergueu o quadril. Quando pegou no pau do mais velho e dedilhou de cima à baixo com seus dedos quentes, Louis alcançou seu traseiro e separou as bochechas para facilitar a entrada. O Styles colocou o pau desperto bem embaixo dele, e os dois sorriram safado quando se encostaram. Harry encaixou a glande, e Louis mordeu os lábios ao sentir as preguinhas se abrindo para deixar ele entrar, enquanto o híbrido relaxava. O mais novo foi sentando devagar, desfrutando a satisfação de finalmente voltar a sentir o namorado alargando suas paredes.

Dentro de alguns segundinhos já estava com tudo lá dentro, sentindo as veias pulsando em contato com sua pele e o corpo involuntariamente querendo expulsar toda aquela extensão, mesmo que simultaneamente estivesse se contraindo ao redor do membro, querendo mais. Harry fechou os olhos com força e voltou a apoiar as mãos no peito de Louis, passou a palma em cima da pele dourada enquanto se deixava acostumar com o tamanho do namorado. Se não o amasse tanto, jamais iria maltratar seu traseiro com um pau daquela grossura.

── Está se sentindo bem, bebê? ── Louis segurou na cintura do mais novo e dobrou os próprios joelhos até encostar as coxas na base das costas alheias.

── Estou me sentindo bem pra caralho. ── o garoto abriu os olhos e o Tomlinson riu da boquinha suja que ele tinha. ── Louis, você é tão grosso, amor.

── E você é tão apertado. ── o fazendeiro tocou o abdômen do mais novo e escorregou a palma até a virilha dele.

Começou a masturbar Harry para deixar o namorado bem confortável, mas em pouco tempo viu ele agarrar sua mão e levar até a boca. O híbrido lambeu e chupou seus dedos longos enquanto revirava os olhos, com certeza imaginando um pau ali. Depois de se divertir um pouco, deu uma longa lambida em sua palma antes de cuspir na pele áspera. Ele levou a mão de volta para o próprio pênis, e fez Louis o envolver bem apertadinho.

── Me aperta com força, amor... ── ele gemeu, e o Tomlinson quis estapear a bunda dele por ser tão sexy.

── Harry, você é tão gostoso, bebê. ── Louis disse, a voz rouca fez o híbrido se arrepiar. ── Quica pra mim?

── Quer me ver quicar, hm? ── Harry empinou o bumbum e se levantou um pouco.

Quando boa parte do pau do namorado saiu do seu traseiro, sentou de uma vez. Ele gemeu alto e arranhou o peito do namorado para descontar a ardência enorme que sentiu.

── Caralho... ── Louis gemeu, admirando a visão que tinha.

O híbrido sentou mais uma vez, e as peles se chocando soltaram um estalo alto que o Tomlinson amou escutar. Harry puxou os pelinhos do peito do namorado e tombou a cabeça para trás, sentindo a urgência de ir mais rápido, e começou a quicar sem parar no pau do fazendeiro. As coxas grossas tremiam a cada movimento, e a bunda batendo no quadril do mais velho produziu mais estalos que o deixaram doido.

── T-tá gostoso assim, amor? ── Harry perguntou entre uma quicada e outra, e levou as mãos aos próprios mamilos. Era tão gostoso apertar eles enquanto sentava no namorado.

── Porra, sim. ── o Tomlinson segurou com força pungente o quadril de Harry. O mais novo franziu o cenho ao sentir o aperto de ambos os lados de seu corpo, e que com certeza deixaria rastros, mas um golpe certeiro em sua próstata conseguiu aliviar a dor que experimentou, e além disso arrancou um gemido do fundo de sua garganta.

Louis puxou Harry para que ele deitasse sobre o seu tronco e o moreno se deixou levar, e apoiou os braços ao lado do corpo do mais velho. O Tomlinson levou as mãos até o início das costas do híbrido e jogou o quadril pra cima, se enfiando fundo dentro dele. O garoto gemeu e apoiou o rosto no encontro do ombro e pescoço do fazendeiro. Louis repetiu o que havia feito e dessa vez Harry choramingou, sentindo melhor o empurrão. Ele se apoiou melhor e começou a rebolar o bumbum para frente e para trás, inconscientemente tentando ditar parte do ritmo também. Mas não durou por muito tempo, já que se rendeu completamente às estocadas que vieram a seguir, mais fortes e brutas que as anteriores.

Eles entraram num frenesi estonteante, o que estava deixando ambos suados e sem fôlego, mesmo que não quisessem parar de maneira alguma. Louis se movia num compasso frenético, e Harry mal conseguia falar enquanto sentia aqueles empurrões cheios de ímpeto contra sua bunda, mas um gemia no ouvido do outro, falando sacanagens que os deixavam mais excitados ainda.

── Está gostando, bebê? Está gostando de dar pra mim? ── o Tomlinson perguntou entredentes, suor se formando em sua testa e nuca.

── Sim... ── Harry respondeu, com a voz tremida. ── Eu a-amo.

── Ama o que? ── insistiu, lambendo o lóbulo da orelha do garoto.

── Amo dar pra você. ── gemeu alto.

O híbrido tomou os lábios de Louis entre os seus e puxou sua língua com avidez, chupando-a lascivamente. O Tomlinson gemeu extasiado, e beijou o namorado até deixar a boca alheia inchadinha.

── Continua falando, putinho. Eu quero escutar a sua voz. ── ele sussurrou com os lábios próximos.

── A-ai, Lou... ── Harry ficou sem ar ao sentir o mais velho dar estocadas rápidas e espaçadas umas entre as outras, mas logo em seguida voltar ao normal. ── P-porra, mete mais essa pica no meu cuzinho, vai.

── Quer mais pica no seu cu, amor? ── Louis questionou, e viu o mais novo engasgar e assentir. ── Então deita aqui e abre bem as pernas pra mim.

O Styles concordou no calor do momento, e seu corpo foi jogado para o lado. Louis sequer saiu de dentro do moreno, e se encaixou melhor entre ele. Segurou com firmeza a carne e empurrou as coxas para deixar o mais novo bem aberto, e Harry apoiou as panturrilhas nos ombros do Tomlinson.

── Você gosta de foder assim, bebê? ── o Tomlinson disse, a voz mais grave que o normal, enquanto agarrava os cabelos de Harry. ── Gosta quando eu como seu cu assim?

── S-sim, eu tô doidinho com você me comendo amor! ── gemeu, o som de sua voz mais alto que o barulho da água batendo no concreto.

── Quer ficar bem arrombadinho? ── ele mordeu o pescoço do híbrido.

── Q-quero, vai... Deixa meu cuzinho doendo de tanto foder... ── respondeu, recuperando o fôlego após sentir um choque contra sua próstata.

Louis praticamente levantou o quadril de Harry e o colocou numa posição melhor para o que queria fazer. Ele se afastou e abriu as pernas do cacheado, apertando as costas de seus joelhos. Começou a foder ele bem rápido, e viu como Harry imediatamente franziu o cenho e tornou a gemer continuamente, no mesmo compasso em que o Tomlinson fodia sua próstata sem parar. Ele gemia junto, sentindo o interior do mais novo se contrair mais ainda ao redor do seu pau.

── Diz pra mim, bebê. Você quer gozar, quer? ── incentivou, já que amava escutar o namorado falando coisas sujas.

── Sim, vai, Lou. ── Harry sentiu saliva escorrendo de seus lábios. ── Vai, vai, come meu rabo bem gostoso!

O mais velho sentiu uma onda de calor tomar conta de seu corpo e começou a se mover mais ágil, sem conseguir conter o orgasmo ao escutar os gemidos do namorado. Continuou fodendo o buraquinho de Harry enquanto ele mesmo gemia com a voz rouca. O Styles sentiu a porra quente encher seu cu e deixar tudo bem molhadinho, o que fez com que o fazendeiro deslizasse melhor para dentro. Ao sentir o próprio orsgamo vindo, o cacheado tentou alcançar seu pau, mas teve o pulso agarrado pelo mais velho. Louis segurou suas mãos e fez o garoto se contorcer de tesão enquanto gozava sem ser tocado.

── A-ah, Louis! ── ele choramingou, e o Tomlinson observou admirado enquanto seu abdômen se contraía, e segundos depois foi pintado com o gozo do próprio híbrido. ── Lou... ── suspirou, ainda absorto.

O fazendeiro saiu de dentro do namorado e beijou seu rosto, distribuindo selinhos por seus lábios também. Harry o abraçou e suspirou fundo, completamente satisfeito.

── Como você tá se sentindo? ── Louis perguntou ternamente.

── Ótimo. ── sorriu pequeno, cansadinho. ── Preciso me lavar...

── Vai tomar um banho na bica é? ── Louis riu. ── Até que você não tá muito fresco hoje. Deitou no chão, e vai se lavar na água gelada.

── É só pra tirar esse gozo de mim. Vou pra casa tomar um banho quentinho, depois. ── ele se sentou, e Louis fez o mesmo.

── Quem diria, hein meu trenzinho? O vovô deve estar se remexendo no caixão porque a gente fez amor aqui.

── Não acredito. Ele construiu esse lugar?

── Também, mas tô dizendo isso porque ele e a vovó ficavam de chamego aqui. ── disse rindo, e Harry arregalou os olhos. ── Papai até já brincou que ele foi feito aq...

── Meu Deus, Louis, para! Isso é estranho. ── Harry reclamou, escutando a risada do fazendeiro. ── Vou continuar imaginando que nós fomos os primeiros a macular esse lugar.

── Tão bem, acho que fomos os primeiros mesmo. ── o Tomlinson se levantou e ofereceu a mão para o namorado. ── Deixa eu limpar sua bundinha agora, amor?

── Você é tão carinhoso. ── Harry sorriu e se levantou, e teve as costas abraçadas pelo namorado, que apoiou o rosto ao lado do seu e o fez encolher os ombros. Eles foram andando coladinhos na direção da bica d'água, rindo e segurando as mãos um do outro.

Até que o barulho de algo quebrando, e respingos molhados no pé de Louis chamaram a atenção de ambos. O Tomlinson se afastou bem a tempo de ver mais um ovo saindo da bundinha gostosa de seu namorado, e cair no chão assim como o outro havia feito segundos antes.

── E-ei! ── Harry se virou e levou as duas mãos até o traseiro, sentindo as bochechas queimarem. Odiava quando Louis via aquilo.

── Eles quebraram... ── Louis praticamente ignorou o cacheado, triste pelas cascas repartidas e as claras e gemas espalhadas pelo chão. Um verdadeiro desperdício. ── Espera, não resolvemos o problema?

── Acho que... Já estavam prontos lá dentro. ── o híbrido palpitou.

── Espero que sim. ── o Tomlinson concordou, e os namorados se encararam com caras de besta até o mais velho começar a rir. ── Bebê, você tinha que ter visto a sua cara. Ficou tão assustado, tadinho...

── É que eu não gosto de mostrar! ── lamuriou-se.

── Tudo bem, trenzinho. ── o Tomlinson voltou a abraçar o mais novo. ── Agora vou te lavar, vem. Você tá todo porco...

♡•••

De banho tomado, Harry brincava com o peito bronzeado do namorado, algo que definitivamente havia se tornado um costume gostoso em sua vida desde que começaram a namorar. Louis dormia como o homem mais velho que estava se tornando, e que não conseguia passar um dia sem tirar um cochilo por tarde, preferencialmente com o namorado apoiado em seu corpo. Estava tão despreocupado que até roncava baixinho, e o mais novo ria de sua boca aberta, apesar de sempre aconselhar o fazendeiro a tratar aquele hábito ruim.

Harry assistia a reprise de uma novela antiga e cheia de reviravoltas na velha televisão de tubo do quarto de casal. Era quase seis horas, e os últimos raios de sol passavam através da cortina fina cobrindo a janela, e iluminando parte do recinto. A iluminação era tão bonita e tranquilizante que Harry quando caiu no sono enquanto a observava e sentia ela esquentar ligeiramente parte de sua pele.

No entanto, batidas na porta de entrada o fizeram levantar num pulo, e ir atrás de seus chinelos azuis. Imediatamente Clifford também levantou de sua caminha, mas estava tão cansado depois de passar a manhã inteira brincando no campo que dessa vez decidiu não fingir ser um cão de guarda que defendia a moradia com unhas e dentes, e voltou a se deitar tão aconchegantemente que se espreguiçou, completamente preguiçoso.

Harry desejou ter ficado deitado também, mas afastou a moleza dos pensamentos, já que foi ele quem decidiu colocar em prática o que planejou logo de manhã. Depois de rodar pela sala inteira a procura da chave da porta, o Styles encontrou o molho no lugar mais óbvio possível: no próprio chaveiro. Avisou que já estava indo e abriu a porta de entrada da casa, dando de cara com uma Gigi cheia de sacolas nas mãos. Suspirou agradecido, já que a Hadid havia aceitado seu pedido de ajuda, e levou para o híbrido algumas coisas que ele havia pedido do mercadinho.

── Gigi, você quebrou um galho pra mim... ── Harry entregou a amiga o dinheiro que havia deixado separado, pegou as sacolas da mais nova e aproveitou para lhe dar um abraço apertado. ── Tô te devendo essa.

Quando começou a namorar com Louis, Zayn e Gigi praticamente vieram de brinde. E Harry amou ter conhecido o casal. Eles viviam frequentando a casa um do outro sempre que podiam, e o híbrido nutriu uma amizade muito querida especialmente com Gigi, baseada em conversas furadas, dicas de pompoarismo e fazer as unhas em finais de semana. Eles sabiam se divertir.

── Que isso, amigo. Precisando é só chamar. ── Gigi deu de ombros.

── Vou chamar você pra dar um jeito nas minhas cutículas. ── o Styles mostrou as unhas curtas e bem cuidadas, mas com as cutículas crescidas.

── E vamos botar o papo em dia, por favor.

── Ai, sim! ── Harry deu risada. ── Faz tempo que não escuto uma fofoca das boas.

── Pois amanhã mesmo eu venho aqui pra te contar os babados lá da cidade, meu filho. ── os dois riram animados, já que eram fofoqueiros de mão cheia. ── Só não fico hoje porque pelo jeito parece que vai ter jantar romântico e surra de...

── Gigi! ── Harry a repreendeu, mesmo que estivesse dando risada. ── Na verdade, rolou hoje de manhã...

── Menino, eu e o Zayn também fizemos! ── Gigi arregalou os olhos e mostrou o braço. ── A gente é muito igual, olha aqui, arrepiei todinho.

── Gigi, deixa de ser besta. ── o híbrido deu um empurrão no braço da garota.

── É sério, amigo! ── insistiu, e balançou os dedos. ── E vai rolar agora de novo, tenho certeza.

── Se Deus quiser... ── no mesmo instante Harry parou e deu tapinhas na própria boca. ── Olha eu aqui, falando baixaria e envolvendo o nome dele.

── O pessoal da igreja faz pior, amigo.

── Que babado é esse daí?

── Dos fortes, Styles. Mas amanhã eu conto! ── Hadid disse, deixando o híbrido morto de curiosidade.

── É bom mesmo. Vou fazer um cafézinho pra nós dois. ── riu.

── Vai ser uma maravilha. ── Gigi disse animada. ── Mas agora eu tenho que ir porque deixei o feijão no fogo e o Zayn morre de medo de panela de pressão. Eu coloquei um curau pra vocês aí na sacolinha, viu?

── Poxa, obrigada. ── Harry choramingou. ── Você não quer uns ovos frescos, Gigi?

── Eu adoraria, amigo. Lá em casa a gente ama os seus ovos.

── Obrigado. ── Harry corou, mesmo que reconhecesse a popularidade de seus ovos. ── Vou lá pegar então, espera um pouquinho.

O Styles voltou para dentro e pegou alguns ovos limpos, e os embrulhou direitinho para que não quebrassem no caminho para casa. Quando os entregou dentro de uma sacola, Hadid agradeceu e eles se despediram enquanto o sol se punha, com a promessa de fofocar bastante no dia seguinte enquanto aproveitavam um café da tarde. Nada melhor do que aquilo.

Após, acenando, ver o amigo trancar o portão de madeira da propriedade e ir embora no próprio carro, o mais novo entrou e foi para a cozinha. Tirou das sacolas todos os ingredientes que pediu para Gigi trazer, e que usaria para fazer um belo cachorro quente. Era prático, gostoso, e Louis amava. Mesmo estando longe da comida ideal para um jantar romântico clichê, cada casal é um casal, e o Styles sabia que se a comida era feita com carinho, então estava tudo certo.

Inclusive, o namorado amava ver ele se arriscando na cozinha, mesmo que para fazer pratos simples. Era uma verdadeira prova de amor, que o Tomlinson valorizava muito.

Harry encheu duas panelas com água e colocou as salsichas e as batatas descascadas para ferver usando o velho fogão a lenha que já conseguia acender sozinho, com alguns truques. As batatas eram um ponto muito importante, já que era fundamental fazer cachorro quente com o purê de batatas para prender tudo no lugar. Era um clássico onde morava, e se sentiu aliviado ao saber que no estado para o qual se mudou não era algo tão incomum assim.

Para deixar as coisas mais bonitinhas e caprichosas ainda, Harry cobriu a mesa de madeira com um forro bonito e bem colorido. Colocou um vaso com um arranjo de flores no centro, junto com algumas velas aromáticas que colecionava, para criar um clima durante o jantar. Dobrou os guardanapos, dispôs os talheres e louças de uma forma organizada, e por sorte se lembrou de fazer um suco de manga fresquinho a tempo de colocar na geladeira para ficar no ponto quando fossem beber.

Estava ansioso demais fazendo aquele jantar, e queria que as coisas ficassem perfeitas na medida do possível, mas que além de tudo fosse um momento especial para os dois. Harry andava de um lado para o outro da cozinha, faltou apenas um ovo ── mas acreditava que sua cota do mês já havia acabado ──, e quando as batatas ficaram prontas ele descontou todo o nervosismo amassando-as e misturando com leite, manteiga e sal, até ficar num ponto durinho e ao mesmo tempo sedoso.

Separou a batata palha, maionese e tudo o mais em potinhos bonitos, e colocou os condimentos sobre a mesa assim como ambos o pão de cachorro quente e o pãozinho francês, que era o favorito do Tomlinson. Quando deixou tudo pronto, suspirou.

Harry foi até o quarto do casal, e antes de tudo pegou no fundo de seu armário algo que com certeza não era sua escova de cabelo. Andou até a cama a ponto de tremer e acordou Louis com cuidado, passando a mão pelo cabelo castanho do fazendeiro e dando um beijo longo em sua testa. Ele entreabriu os olhos meio perdido e encarou o namorado como se Harry fosse sua luz no fundo do túnel, os olhos cheios de lágrimas porque havia acabado de acordar. O mais novo sorriu terno e disse no ouvido dele que o esperaria na cozinha, Louis concordou e o híbrido o deixou se levantar com calma.

No andar de baixo, se sentou e colocou uma cadeira do ladinho dele, porque não tinha nada pior do que jantar um de cada lado da mesa sem que pudessem trocar uns beijinhos. Alisou a mesa, brincou com os talheres, trocou tudo de lugar. Parecia que os segundos estavam se arrastando, mas era "só" o nervosismo engolindo sua noção de tempo. Quando já estava quase indo atrás do namorado, Harry o viu descer pela escada com o rostinho inchado. Ele estava usando apenas a calça do pijama de casal que eles compraram juntos, com estampa de porquinhos coloridos, enquanto Harry usava o conjuntinho inteiro, mas a versão com shorts.

── Boa noite, trenzinho. ── Louis deixou um beijo no topo da cabeça do mais novo antes de se sentar. ── Você decidiu cozinhar hoje, foi? Que delícia. Nem sabia que tinha coisa pra fazer cachorro quente.

── Não tinha, eu pedi pra Gigi trazer. ── Harry beijou o namorado. ── Quis fazer algo diferente.

── Que fofo, amor. ── Louis abraçou o namorado de lado. ── Amei a surpresa.

── Tá com fome? ── Harry perguntou, mostrando suas adoráveis covinhas.

── Eu tô morto de fome. ── Louis disse divertido, enquanto pegava um pãozinho francês para começar. ── Trabalhei muito hoje.

── Besta. ── o mais novo negou com a cabeça, ao perceber que ele estava se referindo à manhã na bica d'água.

Harry também alcançou a comida, e tentou não ficar muito tenso perto do Tomlinson, já parecia até que estava revivendo os sentimentos de quando ainda não tinham nada oficial.

Eles se serviram, e comeram enquanto conversavam e sorriam um para o outro. Os olhos do mais novo não saíam de Louis, ao menos quando ele não encarava de volta. O garoto teve que beber o suco de manga para não acabar engasgando com a comida, já que a própria boca estava super seca. Quando terminaram, repetiram, e o híbrido tentou não comer até passar mal como costumavam fazer em dia de comer besteira, ou acabaria desmaiando naquela mesa mesmo. Mas mesmo assim acabou contrariando suas vontades, e encheu o buchinho.

── Trenzinho. ── Louis soluçou. ── Tô satisfeito, comi esse último de guloso.

── Eu também tô indo além da conta. ── Harry riu, tampando a boca enquanto terminava de comer.

── Mas tô achando tão bonitinho ver você furar sua dieta assim... ── o Tomlinson disse, admirado.

── Ai, só você. Parei também. ── suspirou, e eles se entreolharam cúmplices, com um sorrisinho no rosto. ── Cabe a sobremesa?

── Lógico, tem um espacinho reservado pra isso. ── Louis tocou a própria barriga, ansioso por um docinho.

O Styles foi até a geladeira e pegou os potinhos de curau que Gigi havia adoravelmente entregado a ele, sabendo o quanto a amiga amava tudo que cozinhava, e aquele doce em específico. Voltou para a mesa respirando fundo, estranhamente tímido, mas Louis não percebeu a diferença no namorado e pegou um potinho com um sorriso amável no rosto. Eles devoraram o doce em alguns minutinhos, e obviamente ficaram com vontade de repetir depois.

── Sabia que fui eu quem ensinou essa receita pra Hadid? ── o Tomlinson disse de repente, fazendo Harry dar risada.

── A receita que a Gigi faz há anos? ── debochou.

── É sério! ── continuou, também rindo. ── Ela me pediu a receita durante tanto tempo que eu acabei cedendo. O que eu faço é mil vezes melhor.

── Sei, Louis... ── Harry cerrou os olhos e negou com a cabeça olhando para o namorado, mas em seguida desviou o olhar para a mesa.

── Você está bem, amor? ── o fazendeiro disse após algum tempo, franzindo o cenho.

── Tô. ── sorriu pequeno, e virou-se de lado. Tomou coragem e segurou as mãos de Louis, apoiando-as em suas coxas. ── Eu te amo, sabia?

── Eu te amo muito também, bebê. ── sentiu o coração apertar de um jeito bom ao escutar a declaração. Era tão bom ouvir aquilo. ── E você sabia que começou a roubar o meu coração no dia que nos conhecemos?

── Sinto a mesma coisa. ── o mais novo concordou nostálgico, lembrando de quando se conheceram na casa de seus pais.

── A gente tem uma sintonia linda, amor. ── Louis largou a mão alheia por um instante, apenas para brincar com uma mecha do cabelo escuro do Styles, mas voltou a segurá-la.

Eles se encararam com as pupilas dilatando e os olhos brilhando. Em silêncio conseguiam dizer muito sobre os próprios sentimentos, e a dificuldade realmente era colocar aquela bomba de emoções para fora, principalmente para o mais novo.

── Você gosta de viver comigo? ── Harry perguntou com um sorriso, porque de certa forma ele já sabia a resposta.

── Eu amo viver com você, meu trenzinho. Você mudou a minha vida vindo pra cá, e aceitando me namorar. ── Louis disse com o mesmo sorriso no rosto. ── Mas porque isso do nada? Tá pensando em me largar? ── brincou.

── Não. ── Harry disse baixinho, sentindo os olhos encherem de lágrimas. ── Ao contrário.

Ele encerrou aquele momento de tensão e incerteza de como agir e o que dizer, e pegou a caixinha de veludo no bolso do pijama. Não teve coragem de olhar para o rosto do namorado até afastar a cadeira e estar ajoelhado no chão, bem de frente para o Tomlinson. Quando o fez, viu os olhos arregalados do namorado, e as mãos tampando a boca.

── Meu amor, eu nunca pensei que faria esse pedido para alguém. Mas você mexeu tanto, tanto comigo... Fez o meu coração bater mais rápido em todos os dias que eu passei com você. ── fungou, e abriu a caixinha, mostrando as duas alianças ali dentro. ── Louis Tomlinson, dono dos meus sorrisos, o homem com quem eu sonho todas as noites... Você aceita se casar comigo, e fazer o meu coração bater mais forte pelo resto das nossas vidas?

── Meu Deus, Harry... ── o fazendeiro segurou o rosto do garoto entre as mãos, e lágrimas rolaram pelos seus olhos. Não estava acreditando.

── Me responde, por favor. ── Harry disse, numa explosão mista de risadas e lágrimas.

── É claro que sim, bebê! Eu te amo, Harry. ── depositou um longo selar nos lábios alheios.

Ao escutar aquilo, o mais novo depositou a caixinha sobre a mesa e pegou uma das alianças geladas com os dedos trêmulos. Segurou a mão esquerda do, agora, noivo, e a colocou no anelar do Tomlinson. O mais velho olhou admirado para o anel dourado e de espessura mediana que encaixou perfeitamente em seu dedo, mas logo pegou o de Harry, que estendeu a mão e conseguiu derrubar mais lágrimas ainda.

── Não consigo acreditar. ── Louis encaixou a aliança no dedo do híbrido.

── É real. ── o cacheado assentiu e sorriu radiante. ── Estamos noivos.

── Você arruinou os meus planos, trenzinho. E nunca me deixou tão feliz por isso. ── o Tomlinson negou com a cabeça ── Eu ia te pedir em casamento no nosso aniversário de namoro, daqui dois meses.

── Está brincando... ── Harry disse, chocado. Não passou por sua cabeça que Louis estava pensando em pedir sua mão.

── Juro. Não iria conseguir passar mais um ano sem pedir. ── selou o mais novo mais uma vez. ── Mas estou tão feliz por você ter feito isso. Estou emocionado...

── Eu também pensei no dia do nosso aniversário, mas já estou com as alianças faz um mês, e fiquei ansioso. ── confessou, e ficou de pé. Louis puxou o garoto para se sentar em seu colo e Harry se encaixou ali. ── Eu estou eufórico.

Eles se olharam durante um tempo, enquanto trocavam beijinhos rápidos.

── Então agora vamos casar mais cedo... ── Louis disse, revezando o olhar entre os olhos e os lábios do híbrido. ── Harry Tomlinson?

── Louis Styles. ── o mais novo negou com a cabeça.

── Ainda tenho tempo pra te fazer mudar de ideia. ── riu, e beijou o noivo.

Eles se beijaram sentindo as bochechas se tocarem, espalhando mais ainda as lágrimas salgadas e felizes pelo rosto um do outro. Louis acariciou a nuca do mais novo, e Harry fez o mesmo em sua cintura. A felicidade dos dois quase não cabia no corpo, e eles não conseguiam parar de sorrir durante o beijo desengonçado e que era simplesmente uma confusão de bons sentimentos. As maçãs do rosto de Harry estavam doendo, mas seu rosto havia travado, e ele não dava a mínima: era um dos dias mais felizes de sua vida.

Louis compartilhava do mesmo sentimento. Ele pensou que iria fazer o pedido especial, mas teve uma grata surpresa proporcionada pelo Styles, e sem problemas! Ele sabia que no futuro faria o pedido de renovação de votos, porque queria envelhecer com seu trenzinho, e formar uma família grande o suficiente para fundar um time de futebol com muitos reservas. Harry que lutasse, e Louis sabia que teria que lutar três vezes mais para mimar seu futuro marido e seus galinhozinhos.

O Tomlinson agarrou as coxas de seu noivo e se levantou num só impulso, deixando a cadeira onde estava sentado cair no chão e fazer barulho. Eles não pararam o beijo mesmo assim, porque estavam acostumados com aquela afobação desastrosa e sabiam muito bem onde iriam terminar. O mais velho arriscou ir até a escada carregando o moreno, enxergando o que via quando abria os olhos rapidamente, e não escutou objeções. Só queriam comemorar aquele momento tão único em um relacionamento, sem pausas.

Foi subindo degrau por degrau, tomando o máximo de cuidado. Mas, ao chegar no topo da escada, Louis tropeçou.

Harry soltou um gritinho e o fazendeiro sentiu o peso sumir de seus braços, mas quando apoiou as mãos na madeira para não acabar levando o rosto de encontro com o chão, tudo que encontrou caído foram as peças do pijama do noivo. Um volume se remexeu dentro da blusa, e Louis gargalhou ao ver uma galinha saindo de dentro do tecido.

── Você levou um susto, bebê? ── perguntou.

Harry bateu as asas e terminou de subir as escadas, pulando sem jeito. Louis se apoiou na parede e levantou ainda rindo do acontecimento, já que fazia semanas que não via o noivo se transformar. Quando se inclinou para tentar pegar ele, o híbrido conseguiu fugir de suas mãos e foi direto na direção do quarto, saltitando e balançando as penas.

── Ei! ── o Tomlinson foi andando atrás dele.

Quando entrou no quarto do casal, encontrou Harry deitado de bruços no colchão, em sua forma humana, e dessa vez sem nenhuma roupa para se cobrir.

── Uou. ── ele se surpreendeu com a visão. ── Você foi rápido.

── É bom que você venha se redimir por ter me derrubado, e por ter dado risada da minha cara. ── Harry disse com um bico nos lábios.

── Eu com certeza vou, bebê. ── prometeu.

No entanto, antes que pudesse fazer qualquer outra coisa, Louis viu Clifford acordado e olhando curioso para a cena.

O Tomlinson engoliu em seco e pegou a caminha onde o cachorro estava sentado, levando-o para fora em cima dela. Deixou ele no corredor, e no mesmo instante o escutou fungar.

── Desculpa, filho, mas o pai vai fazer um irmãozinho pra você. E isso não é coisa que criança veja. ── negou com a cabeça. ── Mais tarde deixo você entrar.

Louis fez um carinho no pelo do bichinho e trancou a porta, para poder enfiar o rosto no bumbum de seu noivo com toda a privacidade que precisavam para isso, e passar a noite inteirinha fazendo amor.

Paralelamente, Clifford ficou chorando no corredor, sem saber que, no futuro, existiriam vários galinhozinhos para vingar seu nome interrompendo os momentos de casal dos pais. Mas até lá, ele esperava arranjar um namoradinho também.

Será que o galo da fazenda estava solteiro?

Ai ai... O que acharam?

Espero que tenham gostado pelo menos um pouquinho, que já vou ficar muito feliz!

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