Capítulo 16
Júlia
Dias depois...
Me sento em minha mesa no trabalho para colocar tudo em dia. Estou arquivando uns documentos em uma planilha no Excel quando Vicente aparece com um super buquê de lírios.
— Chegou para você. — Vicente diz e eu pego as flores e tiro o cartão.
Te amo eternamente, para sempre seu.
Conrado F.
Conrado está cumprindo com sua “promessa" de me amar a cada dia e demonstrar isso sempre. O escritório onde trabalho estava todo cheio de rosas graças a ele, lá em casa já não tinha mais espaço para botar buquê então eu acabo os deixando por aqui e vivo sorrindo por aí. Mas as vezes ele manda chocolate, joias, cartas... está sempre me levando pra jantar as vezes sozinha com ele mas na maioria das vezes as crianças estão juntas conosco. Deixo os lírios em cima de minha mesa e volto ao trabalho.
No horário do almoço me assusto ao ver Taylor entrar no escritório, já me levanto alarmada.
— O que aconteceu? — Ele chega em minha mesa e se apoia nela.
— Vim te levar para almoçar, vamos lá minha gata. — Pega minha bolsa e coloca meus óculos escuros em meu rosto.
A mulherada do escritório está toda olhando para ele e eu dou risada quando José um homossexual super engraçado passa atrás de Taylor se abanando com as mãos. Pego na mão de Tay e saímos do escritório para irmos almoçar. Acabamos indo em um restaurante próximo ao escritório.
— O que aconteceu Taylor?
— Quero pedir Mia em casamento. — Arregalo os olhos com suas palavras.
— Agora me diz, como você quer pedir ela em casamento se vocês não estão nem namorando? — Bom, pelo menos é o que acho. Eu também achava que eles não estavam tendo nenhum tipo de contato, e bom... a Mia apareceu grávida né?!
— Não estamos, mas eu quero voltar e quero casar. Eu quero ter uma família Júlia, preciso disso. — Seguro em suas mãos e o olho dentro dos olhos.
— Não é mais fácil você pedir para reatar?
— Eu quero tentar. Quero um pedido de casamento lindo, mas nada de exposição pois não quero que ela aceite só por pressão. Me ajude com ideias. — Depois disso dou várias ideias a ele e todas a peste rejeita e quando ele diz alguma ideia eu também descarto. Ficamos nessa quase todo o meu horário de almoço até que:
— Vocês vão para Veneza. Diga que é um passeio de amigos, contrate alguém para fazer um super jantar para vocês dois no jardim lá de casa e... não sei, faz o pedido? — Ele nega com a cabeça e abre um super sorriso.
— Eu vou projetar o pedido de noivado, enquanto estamos em um passeio pelos Canais de Veneza o que você acha?
— Perfeito. Aiii casamento a vista, eu amo. — Digo já animada pois eu adoro organizar uma festa e de casamento então.
Aliás sobre festa, a organização do aniversário de Giordana está a todo vapor, vai rolar festa a fantasia e Gio voltou a falar com a menina que ela gosta mas não teve coragem de expor seus reais sentimentos. Daqui a pouco Gio se acha e toma coragem de falar com Jade sobre o que está sentindo. E eu estou torcendo para as duas darem certo, estou cansada de ver minha bebê triste.
— Espero que ela aceite.
— Ela vai aceitar. — Mia é um tanto maluca, mas não ao ponto de rejeitar Taylor novamente. Eles só estavam precisando desse enorme passo, eu espero de coração que eles dois sejam eternamente felizes.
Quando terminamos de almoçar, Taylor me acompanha de volta ao escritório e se vai.
De volta ao escritório nós trabalhamos muito, por ser sexta-feira o dia foi super corrido. Muitos assuntos para resolver e Fiore estava agitada pois ia viajar e teve que fazer tudo correndo. No final do expediente nós saímos em bonde da empresa a maioria deles iria para um barzinho beber, eu só não fui pois prometi que iria ajudar Giordana a encontrar uma fantasia para ela.
Quando viro a esquina para ir ao meu carro, vejo Conrado encostado nele com duas malas de mão. Vestindo um short jeans branco e blusa golo Polo vermelha, cheguei a salivar pois o homem estava gostoso.
— Esqueci alguma coisa que marcamos? — Pergunto assim que me aproximo e dou um beijo em seus lábios.
— Resolvi antecipar nosso final de semana em Nápoles. — Ele levanta as passagens de trem e eu abro um sorriso.
Conrado queria ir para Nápoles de helicóptero mas eu bati o pé pois minha vontade era ir de trem e apreciar a bela vista e ele acatou a minha vontade. Mas eu não estava esperando por isso, achei que iriamos em outro momento e não tão breve assim, ainda mais sem eu saber de nada.
— As crianças já estão com meus pais, Giordana falou para aproveitarmos a viagem e disse que depois vocês escolhem a fantasia dela para você não de procurar com nada e meu pai disse que poderíamos ficar um mês longe para ele curtir os netos. Aliás precisamos sair agora para não perder o trem. — Aceno rapidamente e Charles surge do nada para dirigir meu carro e nos levar até a estação.
— Eu amei essa surpresa, obrigada.
— Você merece isso e muito mais. — Ele diz e me beija de forma ardente mas comportada pois o motorista está bem ali na frente e não é obrigado a presenciar mais que um abraço da nossa parte.
Ficamos conversando sobre amenidades até que chegamos a estação, nos despedimos de Charles e vamos a Nápoles.
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Nápoles é incrível, mas, mais incrível ainda é a casa onde nós estamos. Eu não sei nem como descrever o local, parece uma casa indiana. Uma bela mansão com vista pro mar, muito bem decorada com belas cortinas, móveis coloridos e sofá com estofado florido é algo incrível, sem contar nas inúmeras flores no local e a brisa maravilhosa.
(Amadas eu não soube descrever essa puta casa sei que é uma merda textinho no meio do capítulo mas não tive outra opção. Então para vocês imaginarem a casa que eu imaginei é essa das imagens. Algo bem rústico e de um bom gosto maravilhoso)
— Isso aqui é incrível. — Digo boquiaberta e Conrado só sabe sorrir para mim, ele bota as bolsas de viagem em cima do sofá e se aproxima de mim na varanda e me abraça por trás apoiando o queixo em meu ombro.
— Gostou mesmo?
— Muito, é perfeito.
— Que ótimo, pois você é a proprietária do lugar. — Agora eu estou realmente surpresa. Conrado e eu estamos juntos há mais de cinco anos, mas mesmo assim eu ainda não me acostumei com seus presentes e todo esse luxo. É claro que eu amo ser bem de vida, mas ainda fico impressionada com algumas ações dele, tipo essa.
— Você está brincando né?
— Claro que não. Eu vim para alugar, mas quando bati o olho sabia que você iria amar. E com a proposta certa o dono me vendeu, e eu coloquei em seu nome você pode fazer o que quiser com a casa.
— A única coisa que eu quero fazer nessa casa é dar pra você em todos os cômodos. — Digo e me penduro em seu colo e ele me pega em seus braços entrando comigo e a partir dali nos beijamos apaixonadamente mas somos interrompidos por uma tosse para chamar nossa atenção e eu fico no mínimo puta pois eu já queria começar com a minha sessão “janta do dia" pois para Conrado nesse período que estivermos aqui eu serei o seu café da manhã, almoço, café da tarde, janta e aquele lanchinho da madrugada. Eu vou voltar pra Roma na cadeira de rodas de tanto que ele vai me comer.