Kendell Marano Parker.
Consegui escapar das perguntas, ajudando a colocar o banquete lá na mesa dos comerites.
- Kendell! Você está fugindo de mim? - ouço a voz do Loan, e vejo os irmãos predadores entrando na sala dos comerites, enquanto eu depositava a jarra de sumo natural que a dona Otílinha fez no liquidificador.
Eu não entendo também... Fazem compras e ficam armazenados pacotes de sumos, mas sofrem batendo fruta para fazer sumo.
Tudo é fruta, rico gosta de sofrer.
Nem tentem me explicar que eu não vou perceber.
Tento fingir que não aconteceu nada, mas o frio na barriga e coração pulando não me deixa numa situação muito normal.
Realizador, corta! A actriz não está pronta para actuar.
- Kendell? - saio do transe com dois pares de olhos azuis me encarando.
- Desculpa, eu estou meio distraída. Como você está? - questiono a ele, mas meu olhar estava no ser que insistia em me despir com os olhos.
- Eu estou óptimo, e você? - ele questiona.
- Eu também. - respondo, acho que obviamente ele notou a tensão da minha parte, porque o chefinho estava mais fresco impossível, e começou a rir.
- A noite foi boa, hein? - ele diz levantando as sobrancelhas e esboçando um sorriso safado.
Minha cara vai ferver junto com o sangue dentro dela.
Indiscreto, tal como o irmão.
- Já posso te chamar de cunhada? - Deus, me enfia em algum buraco.
- Não precisa me anunciar, o Liam sabe quem eu sou. - ouço a voz que não me esqueci nem por um instante, logo seguido de saltos batendo no chão.
Meu olhar foi directamente para o chefinho, sentindo minhas orelhas soltando fumo, como os bonecos dos pestinhas.
Seu olhar estava no meu e ele me encarava como se dissesse que não sabia de nada.
Nem precisa me dar satisfações, né gente.
Nem precisa!
- Liam! - a bela, chique e formosa Alicia já entra se jogando no meu chefinho.
Ele é meu chefe, estou certa em dizer meu.
Não estou?
Seus olhos estavam nos meus como quem dissesse, eu não fiz nada.
Como se eu me importasse...
Na verdade me importo. Está frio, essa mulher não tem casa não?
- Oi Loan! - ela saúda o Loan se sentando na cadeira ao lado do chefinho.
- Alicia, o que você está fazendo aqui? Eu disse que não à quero mais aqui. - ele diz, e humn...
Disse é? Gostei.
- Você pode ter me dispensado, mas eu continuo sendo filha dos amigos dos seus pais. Você vai me mandar embora? - ela diz pegando nos fios de cabelo do meu chefinho.
Porque raio, eu ainda estou aqui?
Hamn, ouvi que ele dispensou ela, interessante...
- Escuta, você. - ela diz apontando a unha linda dela na minha direcção. - Eu quero suco natural de maracujá, me traga. - ela completa e estou me segurando para não dar uma voadora nessa mulher.
O chefinho ia falar, mas cala assim que eu começo.
- Sirva você. - respondo e ela se volta me encarando com deboche e de repente ri.
Mulher da cidade tem problemas, já vi.
- Liam, você ouviu isso? - ela questiona, o Loan só assistia, ele também parecia não gostar dela mas se divertia com seja lá o que for que esteja achando engraçado.
- Alicia, vá embora. - ele diz, mas ela fingi não ouvir.
- Quem você acha que é para falar assim comigo? - questiona. - Faça o que eu disse e se retire.
Abusada.
- Eu não sou servente, e se fosse, não trabalho para você. Aproveite que as suas mãos estão funcionando perfeitamente e faça algo útil. - respondo e me viro.
Ao invés de vir se atirar para o chefe dos outros.
Me julguem depois!
Como não tenho porquê armar um barraco, saio dali, ignorando os gritos dela.
- Eu gostei. - A Joana já vai dizendo, se sentando ao meu lado na bancada.
E ficamos fofocando dela.
A dona Otílinha disse que, ela é filha de um amigo íntimo do avô dos pestinhas, e ela sempre estava com os trigêmeos que não são bem gêmeos.
Mulher chique é tudo doida, ela e a doninha parecem piores que o parvalhão do Chris.
Os pestinhas continuaram comendo lá, na maior ignorância.
Ela fazia perguntas demais, é óbvio que os meus gostosos nao haveriam de gostar.
Ela comeu, gente!
Foi expulsa, mas ficou se fazendo de sonsa comendo.
Se ele não a queria aqui, teria expulsado a chiquinha como fez com a mãe dos pestinhas.
Você é tão boba, Kendell. Tão boba.
Nesse exacto momento, 05 PM, a chiquinha já foi, a Jenny chegou com o Pedro, e os avós dos pestinhas vieram logo depois.
Os pestinhas da Jenny, estão na casa dos avós paternos, e os gostosos aqui não estão tão felizes.
Eles estão lá na sala que tem a TV, e eu estou evitando qualquer tipo de aproximação com o idiota do chefinho, por isso estou aqui com às meninas.
- Sara, leve esse café para o senhor Blande. - ela diz entregando a chávena.
Café... Uma chávena de café.
- Pode deixar, eu levo. - advinhem quem se ofereceu?
Exactamente, a maluquita da Joana, isso tudo para agradar os olhos do Loan.
Essa Joana, me leva.
- Que boa vontade, hein. - a Sara diz já insinuando e ela tira língua nos fazendo rir, enquanto ela sai.
- E você devia subir e cuidar das crianças Kendell, ao invés de ficar aqui acabando a sobremesa do jantar. - ela diz afastando a calda de chocolate de mim.
- Eles estão assistindo, não precisam de mim para nada agora. - respondo.
- Esse ciúmes é desnecessário. - a Janaína comenta.
- E quem está com ciúmes? - as questiono.
Eu hein.
- Você. - ousadas.
- Porquê eu estaria com ciúmes? - faço uma questão retórica. - Eu estou pensando no meu estágio que começa amanhã. - giro a conversa.
- Oh, sim querida. - a dona Otílinha fala. - Como vai ser, você também terá de ir a faculdade também. - ela questiona, enquanto monta num copo minúsculo, uma sobremesa estranha.
- Eles falaram com a faculdade. - eu começo a contar. - Algumas cadeiras do meu horário foram substituídas pelo estágio, então das 7:30 às 12:30 estarei na empresa do senhor Dain Louis, e das 13 às 16:30 na faculdade para fazer às cadeiras necessárias. - respondo, e é incrível como me animei.
E ficamos falando, até eu ouvir a voz da Jenny.
- Otília, meninas. Como vocês estão? - ela entra na cozinha, glamorosa como sempre.
Todas nós respondemos, enquanto ela vem na minha direcção.
- Então Kendell, anda fugindo de nós? - ela questiona fazendo cara de chateada. - Nem adianta responder, que eu sei a resposta. - ela diz sozinha. - Vamos que a dona Karine está perguntando por você faz tempo. - ela fala já me puxando.
Eu olho para a dona Otílinha, pedindo para que ela precisasse de mim na cozinha para descascar batatas.
- Vai Kendell, você só está dando prejuízo aqui na cozinha. - a Sara traidora diz.
- Vamos logo. - ela diz e eu me levanto, seguindo ela a contragosto.
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