Ran Before The Storm - Remus...

By JuLovegood

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Luna foi nomeada pelo nome do único satélite natural deste planeta. Remus por inúmeras vezes odiou a lua. Rem... More

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Epílogo

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By JuLovegood


Os cinco saíram em disparada para a torre. Quando chegaram, viram Luna debruçada sob um monte de pedaços de pergaminhos, alguns lápis e folhas amassadas. Ela fungou e enxugou a bochecha. Os cinco pararam na porta.

- Lu... – Lily a chamou suavemente. Luna deu um salto e se sentou.

- Ah... oi, pessoal. – Ela sorriu. Lily admirava a capacidade que Luna tinha de sorrir o tempo todo. Ela sempre era gentil e simpática.

- Nós... viemos ficar com você. – Sirius disse baixo enquanto se aproximava.

- A gente não sabia qual você gostava... – Peter colocou uma sacola no chão cheia de chocolates. – Então a gente trouxe todos.

Luna reconheceu os chocolates. Eram de Remus. Ela olhou para o amigo em surpresa.

- Você precisa mais do que eu. – Ele sorriu docemente. Luna sentiu o sorriso quase rasgar sua face.

- Ei, Luluzinha... quer contar o que aconteceu? – James se sentou de frente pra ela e perguntou enquanto ela mordia uma das barras de chocolate.

Luna olhou os grandes óculos redondos de James e sentiu um nó em sua garganta. Tentou falar, mas tudo que saiu foi um soluço e ela voltou a chorar.

- Ei... – Lily puxou a amiga para um abraço e deixou que ela chorasse em seu ombro.

- Meu pai... ele... – Ela fungou e sorriu apontando para James – Ele usava óculos como os seus.

- Ó, homem de estilo! – James sorriu e arrancou um sorriso de Luna também.

Peter notou o mesmo anuncio que viram mais cedo no chão, junto com alguns pergaminhos rabiscados.

- Ele... é mesmo o seu tio? Ele... matou seus pais?

- NÃO! – Luna esfregou os olhos para enxuga-los. – Meu tio é... ele é o homem mais gentil e... corajoso e... Ele é incrível! Ele não fez nada disso! Ele é inocente! Ele...

- Calma, Luluzinha. – Sirius disse calmamente. – A gente acredita em você.

- Ele não responde minhas cartas há meses... Eu... tô com tanto medo!

- Ele deve estar bem, Lu... – Lily acariciou as mãos da amiga.

– Ele... é mesmo um... lobisomem? – Peter perguntou.

Luna respirou fundo.

- Ele estava tentando me proteger... Ele...

- Conta pra gente o que aconteceu, Lulu... com calma. Temos todo tempo do mundo. – James pediu carinhosamente.

- Não temos não. Mas vamos pegar detenção de qualquer forma, então... – Sirius fez um gesto para que ela falasse.

Ela contou. Contou como seu pai a pediu pra ficar no quarto com sua mãe quando viu que estavam invadindo o terreno de sua casa. Contou como as luzes passavam por debaixo da porta todas as vezes que algum feitiço era lançado. Contou como seu tio a pegou pela janela, depois que a mãe a entregou pedindo que ele fugisse com ela. Contou que olhou para a janela no exato momento em sua mãe gritara de dor ao ser atingida por Greyback. Contou que o tio tinha apenas treze anos. Que ele a escondeu no celeiro, dentro das palhas porque não conseguia correr rapidamente com ela. Contou que viu o lobisomem se aproximando, e seu tio o atingindo com um tiro de espingarda mesmo após ter seu braço esquerdo mordido. Contou como as suas transformações eram dolorosas. O quanto ele a mimava, e movia montanhas por ela. Como ele e o avô a criaram e a deram uma infância imensamente feliz. E o quanto o amava.

Os cinco ouviram tudo atentamente.

- Me desculpem não ter contado pra vocês... é só que... é complicado. – Ela riu nasalmente olhando para as mãos.

- Como os sonserinos descobriram sobre isso e... como? – Lily perguntou.

- Eu estava sentada lendo um livro quando o Luis apareceu.

- Aquele com cabelo de água suja da festa do Six? – James perguntou.

- Sim... – Luna sorriu – Ele... colocou esse anuncio na minha mesa. Ele gritava que sabia que ele era meu tio. Que sabia que meu tio era um lobisomem assassino. Ela ficava gritando que meu tio havia matado dois primos dele. Da França, eu acho. Eu não estava entendendo nada. Até que li o anúncio. Uma outra prima dele, da sonserina, apareceu gritando comigo também. Logo as amigas se juntaram e tentaram me azarar. Eu... eu não pensei direito. Não queria machucá-las, mas... Elas começaram a falar do meu tio. Que ele era um assassino. Que eu era como ele. Disseram até que eu era um lobisomem.

- E você é? – Peter perguntou.

- Não! – Luna riu – Tio Guldo não deixou Greyback chegar perto de mim.

- Então... o seu pesadelo... – James começou a unir as peças. – Era Greyback.

- Sim...

- Mas... você ama seu tio que também é um lobisomem. – James continuou.

- Hã... sim. – Luna não entendia onde ele queria chegar.

- Então você não tem tipo.... pavoooor de lobisomens. Só... daquele lá. Você até ama um...s – James já sorria e Sirius o acompanhara. O som do plural de "um" fora quase inaudível.

- Hã... é. Só dele. Oh... – Luna juntou as peças. Remus. Ele havia a dispensado por pensar que ela o temeria. – Sim. Lobisomens são bem legais se você quer saber.

James sorria, Black olhava para Remus que encarava Luna. Peter comia um pedaço do chocolate.

- Você... estava escrevendo pra ele? – Lily apontou para as cartas.

- Sim... eu... preciso saber onde ele está. E... contar para Romina. Ela ainda não sabe quando volta, então...

- Vamos fazer várias cópias e mandar todas as nossas corujas. Uma delas vai encontrar seu tio. – Lily olhou para os meninos, esperando que eles concordassem.

- Missão achar o tio bonitão de Luna em ação! – James fez uma continência.

Luna riu. Amava aquelas pessoas. Eles fariam tudo um pelo outro. Ela terminou a carta de Romina e mandou sua coruja entregar. Logo, haviam várias cópias da carta para o Tio. Lily e Remus levariam tudo para o corujal e dariam as instruções para as corujas, enquanto isso, os outros marotos e Luna voltariam para suas comunais.

- Você vai ficar bem? – James perguntou baixinho para Luna, antes de seguirem caminhos opostos.

- As meninas estão me esperando. Vou ficar bem sim. Obrigada, rapazes. Vocês são...

- Irresistíveis? – Sirius começou.

- Maravilhosos? – James continuou.

- Cheirosos? – Peter completou.

- Muito gostosos?

- Os melhores amigos do mundo inteiro?

- Ih, gente. Pirraça tá vindo ali. Vamos embora! – Peter puxou os amigos.

Luna riu e acenou para os três.

- Eu amo vocês! – Ela sussurrou alto o suficiente para que eles ouvissem

- Também te amamos! – James e Sirius fizeram coraçãozinho com as mãos.

- Agradeçam Remus e Lily por mim!

- Você que se vire e agradeça eles amanhã. – Sirius piscou para Luna.

*

- Como se sente, meio raio de sol? – Ava perguntou assim que Luna entrou no quarto.

- Vocês se machucaram? – Luna olhou para o curativo no ombro de Ava.

- Por favor, né?! Um arranhãozinho de nada. Pffh! – Ava revirou os olhos.

Se sentaram as três na cama de Romina. Não era a mesma coisa sem a ruiva ali. Luna ficou triste. Sentia tanta falta da amiga...

- Eu... estou bem. Muito obrigada pelo apoio, meninas e... eu sinto muito que vocês tenham se envolvido dessa forma e...

- Ei! Foi divertido! – Cris sentava com pernas de índio. – Meu cabelo ainda tá fedendo, mas nunca vou me esquecer da cara do Finneas quando eu taquei aquela água de xixi de centauro nele! – Cris gargalhava

- Sem dúvidas ele não vai se esquecer! – Luna riu – Você estuporou a Fletcher, Ava!

- Mandei aquela sonsa nas alturas, você viu? – Ava sorriu orgulhosa.

- Eu amo vocês tanto! – Luna sentiu os olhos se encherem de lágrimas.

As três se abraçaram por alguns minutos.

- E aí, contou pra eles? – Ava perguntou

- Sim... eles foram compreensivos. Acreditaram em mim. Fizeram até cópias da carta para que suas corujas tentassem procura-lo também. – Ela sorriu olhando para as mãos. – Remus me deu todos os seus chocolates.

As duas bateram palminhas e deram gritinhos.

- E o baile? – Ava perguntou animada.

- Oh... eu não te contei... Eu, meio que convidei ele para ir comigo.

- NÃO ACREDITO! Minha Rowina! EU VOU SER FLORISTA NO CASAMENTO DE VOCÊS.

- Ele negou, Ava.

Ava abaixou os braços e seus ombros caíram junto com seu maxilar.

- Nããão!

- É... Ele disse que era uma péssima ideia irmos juntos.

- E saiu correndo. – Cris completou.

- Mas que babaca! Palerma! Cretino! Como aquele bonitinho pode ser tão... IMBECIL! Só podia. Sendo amigo do Potter.

- Bem... os chocolates pareceram um pedido de desculpas. – Cris disse. – Apesar de tudo, ainda serão amigos.

- Assim espero, Cris... assim espero. Bem, vou dormir. Amanhã tenho detenção e algo me diz que vou ter que capinar o campo de quadribol. – Ela riu e Ava fez careta.

- Pelo menos vamos estar juntas. – Ava piscou.

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