ᴇɴɪɢʏᴍᴀ - 𝐑𝐚𝐟𝐚𝐞𝐥 𝐋𝐚𝐧...

By wRavznclaw

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❝ Seus lábios são intoxicantes, seus cabelos são lisos, e seu olhar é o único enigma que eu não consigo decif... More

Cast
𝐕𝐢𝐧𝐭𝐞𝐏𝐢𝐥𝐚
𝐬𝐭𝐫𝐞𝐚𝐦𝐞𝐫
𝐖𝐞𝐛-𝐑𝐨𝐥𝐞̂
𝐜𝐚 𝐥𝐚𝐧 𝐠𝐨
𝐒𝐮𝐩𝐩𝐨𝐫𝐭
𝐛𝐚𝐥𝐚𝐝𝐢𝐧𝐡𝐚¹
𝐫𝐞𝐬𝐬𝐚𝐜𝐚
𝐩𝐫𝐞́𝐬𝐢𝐝𝐞𝐧𝐭
𝐠𝐮𝐚𝐱𝐮𝐱𝐮
Um pedido sincero de desculpas
𝐋𝐞 𝐆𝐮𝐢𝐧?
𝐈𝐦𝐩𝐫𝐞𝐯𝐢𝐬𝐭𝐨𝐬

𝐛𝐚𝐥𝐚𝐝𝐢𝐧𝐡𝐚²

670 55 15
By wRavznclaw

Ei, esse capítulo é bem grande (E provavelmente ruim), recomendo pegar uma água!
_______________________


𝐫𝐚𝐟𝐚𝐞𝐥 𝐩.𝐨.𝐯

Senti os tapinhas do Guaxi nas minhas costas e olhei pra ele emburrado. Era nosso sinal de quem ia pegar as bebidas, e pelo jeito sobrou pra mim.

Me levantei e fui até o bar procurando o primeiro espaço entre duas pessoas que não estavam se pegando ou pra se pegar e me encanxei ali. Pedi o Barman seis cervejas e um Gin com tônica pra mim, me sentei enquanto ele preparava a minha bebida e o que ele fez bem rápido até.

Observei ele brincando com as bebidas como se estivesse se exibindo, provavelmente estava. Assim que ele pôs o copo na bancada senti um toque no ombro. Me virei e dei de frente com um rosto que não via a muito tempo, Flavia.

Um filme se passou pela minha cabeça da última vez que eu a vi pessoalmente, pouco tempo depois do nosso término, e de todas as vezes que trocamos uma ou duas palavras pelo Twitter. Ela quase sorriu. Quase.

─ Rafael.

─ Oi, Flavia. ─ Disse tentando parecer animado com a situação.

Agora que eu tava em São Paulo isso podia acontecer, mas eu nem pensei na possibilidade, e logo aqui numa balada? Sério universo? Vai se fuder.

Precisamos dois estranhos se encarando, as palavras simplesmente não queriam vir, e acho que ela estava na mesma situação.

─ Já tem um tempo. Como tem estado? O que tem feito?

─ Você sabe, bem, eu acho. Não tenho do que reclamar. Bom, recentemente conheci uma pessoa divertida e tô ajudando ela com o calango.

─ Claro que não tem. E que bom, ajudando alguém, quem diria.

Ela sorriu, mas era tão óbvio que foi forçado que pareceu algo proposital.

De novo o silêncio constrangedor tomou conta, e por mais que a música estivesse tocando bem ao nosso lado ela parecia quase não existir. Eu abri a boca mas nem disse nada, ao invés disso eu escutei uma voz bem familiar me chamando e me virei mesma hora. Rafaela você me salvou aqui.

─ Por acaso ela tem cabelo rosa? ─ Ela perguntou rindo discretamente.

─ Ei Rafaela. Conhece a Flavia, ne?

Congelei esperando que ela quebrasse todo aquele clima de merda entre a gente, ela também ficou bem confusa a princípio, deu pra ver pela cara de tacho, mas logo entendeu a situação.

─ Ei, eu sou a Rafaela! ─ Ela estendeu a mão pra Sasa que apertou de volta. ─ É um prazer te conhecer, Flavia.

─ Você pode me chamar de Sasa. É um prazer Rafaela. ─ Ele levantou a bebida e depois virou o pouco que restava na garrafa, colocando sobre a mesa a garrafa vazia.

─ Eu ouvi que o Rafa te ajudou a crescer. Que bom pra você. ─ Acho que a Flávia tava sendo bem educada quanto a isso... A gente terminou de um jeito em feio, ela parecia estar sendo amigável, até demais.

─ Ah, sim! Ele é ótimo. Por conta disso eu me estabilizei bem em casa.

─ Que bom, fico feliz. Ele é ótimo mesmo, quando quer. ─ Ela rebateu com um sorriso no rosto e a Rafaela se encolheu meio sem graça.

─ Sim, isso mesmo. Não da pra acertar sempre. ─ Retruquei na mesma hora, não é como se eu ligasse tanto pras alfinetadas, mas a Rafa não precisa nem ficar desanimada por isso.

─ Ow, ok. Vai com calma, foi só uma brincadeira. ─ Ela estendeu a mão com um sorriso fechado, não parecia algo forçado nem nada... foi até legal ver ela sorrindo. Apertei de leve retribuindo o sorriso. ─ Fico feliz por vocês todos.

─ Ei Rafa, as bebidas pro pessoal.

Olhei pra garota atrás de mim e assenti pegando as garrafas com as mãos, Sasa me deu um aceno e fez o mesmo pra Rafaela.

─ Me manda um zape garota de Rosa.

Dei uma última olhada pra trás e lá estava Flávia, sorrindo enquanto conversava com um amiga. Quem diria, não foi tão ruim ver ela no final das contas. Talvez poderíamos até conversar mais se não fosse falo tão... esquisito.

─ Você tá bem? ─ Rafela perguntou pegando algumas garrafas pra me ajudar.

─ Tô sim, foi só um pouco estranho ver ela depois de tanto tempo, e de tudo o que houve.

─ O que houve exatamente?

─ Talvez depois a gente converse sobre isso. Hoje eu vim aqui pra curtir!

....

Particularmente acho que a essa altura eu e a Rafaela somos os únicos sóbrios por aqui. E advinha? Acho que não deve ter nem vinte minutos que saí do bar com as bebidas.

─ Uuu, eeee, uuuu!

─ É Guaxi, eu sei como é amigo.

─ Em que ponto, você be...beu tanto que, esqueceu de falar!?

Gabi e Guaxi tavam se entendendo com o Mount, eu acho.

─ É sempre assim? ─ Me virei pra encarar Rafa que tentava falar sobre a música.

─ É sim! As vezes eu sou o Gauxinim, mas as vezes eu sou o Calango! ─ Apontei pra pista de dança, e lá tava o Calangão mandando ver demais.

─ Eu queria dançar que nem ele, ele tem um rebolado top!

─ Top? ─ Eu ri enquanto vigiava o guaxinim que tava distraído tentado subir na cadeira. ─ Acho que não escuto alguém falando isso desde 2018!

Rafaela também riu, se soltando mais de pé ao meu lado, pra ser sincero não sei se ela chegou a ouvir o que eu disse já que a música tava alta até demais. Tudo que eu sei é que eu vi uma coisa que sinceramente, eu não sabia direito se era genial ou extremamente tosco.

Atenção pra cena que eu vou descrever agora, acho que isso nunca mais vai se repetir na história da história.

Calango viu que a música tinha mudado, pra algo mais... pop, como músicas de filmes de aventura nos filmes de bang bang do deserto. Era bem country. Sua mão se levantou e ele rodopiou ela no ar como se estivesse girando um laço acima da cabeça.

Seu corpo também se movia de acordado com os giros com leves pulinhos, e então ele jogou a corda imaginária na Rafaela.

Ela riu bastante e o calango começou a puxar, como se tivesse realmente laçado ela, eu não tenho certeza se isso foi genial porque ele tá sóbrio, ou se foi idiotice porque ele tá bêbado. Talvez os dois?

De qualquer forma eu me sentei e vi ela sendo "puxada" pela corda do Thiago. Gabriela e o Xinim tavam acompanhando o calango e o Mount tava... tava por aí? Dei uma olhada em volta próximo a gente mas, nada dele, um cara bêbado e sozinho na festa que maravilha. Como o único sóbrio daqui acho que é minha responsabilidade né.

Me levantei e fui no primeiro e mais óbvio lugar dali, o bar é claro. Não tava muito animado pra dar de cara com Sasa de novo, mas vai que ele tava lá. E é, ele realmente tava, sentando bebendo do lado de Flávia, eu só parei e observei os dois ali por um tempo. O Mount tava claramente bêbado, e mesmo assim a Flávia tava conversando com ele e até rindo, que sensação esquisita ver isso.

Acho que tudo bem, afinal ele parecia estar se divertindo bastante, eu não sabia bem se eu deveria interromper ou só sair dali, eu travei e senti algo como um enjoo subir pela garganta. Não que fosse algo necessariamente ruim, mas ainda assim, era... ruim.

─ Oooh bobão, que cê tá fazendo? ─ Senti um toque no ombro e me virei pra encarar a Rafaela.

─ Nada não, mas e você? Não devia tá dançando?

─ Eu até tava, mas aí o Thiago tropeçou no próprio pé e caiu em cima do Guaxinim. Agora os dois tão sentados discutindo quem dança melhor ragatanga.

─ Acho que o calango leva essa.

─ Tá brincando?! O guaxinim tem o melhor rebolado dessa festa!

─ Olha convenhamos, o calango até sabe o refrão que nem sabe! Luis que ensinou.

─ Dois mineiros a 80 quilômetros por hora, os dois rebolando e cantando Macarena quem ganha?

Eu ri e até esqueci da cena de agora pouco por uns momentos, que bom que Rafaela tava ali naquela noite, talvez eu estivesse conversando com a Flávia até agora se não fosse por isso. Felizmente e infelizmente pra mim o Mount chegou se anunciando dizendo que tinha comprado um whisky de 250 reais.

─ Você real pagou 250 reais numa garrafa que vai te deixar bêbado?

Ele assentiu rindo, enquanto a Rafaela parecia ter acabado de ouvir que sua  série favorita era uma merda. A cara dela era impagável, se eu tivesse com meu telefone tirava um foto.

A Gabi apareceu também e logo atrás dela o guaxinim e o calango pareciam uma dupla de gente louca, quer dizer, meu Deus eles tavam tão bêbados que o rosto do guaxinim realmente tava levemente avermelhado. Já a Gabriela não tava muito longe disso... Acho que sobrou pra mim e pra Rafaela.

─ Fala "bandi" corno e Penélope gostosa! ─ A voz da Gabi saiu até arrastada.

─ Não era, charmosa? ─ Mount questionou bem confuso.

─ Mas essa aqui é charmosa e gostosa!

─ Você é péssima em dar cantadas Gabi ─ Calango interrompeu ela e depois voltou o olhar pro Guaxi. ─ Ela só perde pro Xinim em!

Rafaela deu risada, pensei que ela fosse ficar tímida mas tava se divertindo bastante. Eu pedi pra todo mundo se acalmar e disse que tava na hora de ir embora, e eu já esperava as reações negativas, tirando o calango que nem escutou.

...


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Com ela eu caso, construo família, dispenso todas e morro casadão.