•°•O Eclipse dos Dragões•°•

By PauloKrempel

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Edrar, um mundo magico repleto das mais diversas criaturas e aventuras corre grande perigo quando um mago das... More

•°•SUMARIO•°•
Introdução

Uma profecia e um destino

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By PauloKrempel


Uma profecia e um destino

Noventa e oito anos se passaram desde a grande guerra, Emaus alcançara sua maioridade e se casará com Maeve cujo matrimonio deu origem a um filho chamado Timaeus um jovem de dezessete anos com olhos verdes e cabelos negros e foram viver na beira da floresta negra em uma casa feita de troncos de madeira e teto de barro coberto por folhas.

-Maeve onde está nosso filho? -Diz Emaus com voz rouca e um tom de preocupação.

-Ele foi até a aldeia com os amigos.

-Quais amigos?

-Thope aquele menino anão de cabelo castanho e Rodric o menino humano de...

-Rodric eu conheço e me lembro bem, é um ótimo garoto -Diz Emaus interrompendo Maeve- já falei para ele corta aquela juba loira dele, mas ele não me ouve.

-Enfim o que deseja com nosso filho?

-Querida, falta pouco mais de um ano para o eclipse e ouvi boatos de que a ordem negra junto a Leviathan está sobrevoando toda Edrar para encontrar e destruir ameaças, e nós somos uma ameaça.

-Estamos no canto mais remoto do continente na beira da floresta negra, não acho que vão nos encontrar aqui, fique tranquilo.

-Estou velho e somente eu posso derrotar Erethor.

-Ninguém sabe que você está vivo e nem sabemos se seu irmão também está, até onde eu sei ele não é visto a mais de noventa anos.

-Nós dois impedimos que Timaeus tivesse acesso a magia, ele não tem nem ideia do poder que tem e se algo acontecer comigo somente ele poderá derrotar meu irmão e isso é algo que me preocupa já que ele não teve nenhum treinamento.

-Nada vai acontecer com você seu bobo -Diz Maeve colocando a mão no ombro de Emaus interrompendo a conversa com um beijo- Agora vá chamar Timaeus que o almoço está quase pronto.

-Qual aldeia você disse que ele estava mesmo?

-Ce'Brook indo pela estrada do leste.

-Vou busca-lo e não demoro.

Emaus pegou seu manto e foi para a estrada de terra do leste, rodeada por arvores e um vasto silencio, é uma viagem tranquila de cerca de vinte minutos de caminhada até Ce'Brook uma das cidades livres que recebeu esse título por abrigar homens, magos, anões e até mesmo elfos, todos que vão para essas cidades buscavam viver em liberdade sem muitas regras, porém com o respeito de todos, a praça do relógio é onde a maioria das pessoas passam o tempo nesta cidade, seja cantarolando ou observando os jovens que costumam lutar de espadas de madeira como um passa tempo.

-Timaeus aquele não é seu pai? -Diz Rodric.

-Sim, ele deve estar me procurando, até mais pessoal.

Timaeus foi de encontro a seu pai e deixou seus amigos que estavam tocando Viela e uma flauta.

-Bom dia pai, estava me procurando?

-Sim meu filho, o que estava fazendo?

-Estava tocando com meus amigos ali no poço, fazemos muito disso.

-Então está explicado esse Saltério em sua mão, pois bem vamos embora sua mãe está fazendo o almoço.

E partiram rumo a casa em que moravam. No meio do caminho começou uma brisa de vento quente vinda do Sul e um assobio baixo, os pássaros começaram a levantar voou e ir o mais longe possível enquanto diversos outros animais saiam da floresta fugindo atrapalhando o caminho, isso só podia significar uma coisa.

-Pai o que está acontecendo? -Perguntou Timaeus assustado.

-Uma coisa ruim, muito ruim, venha comigo até aquela arvore, fique calado e abaixado. -Disse Emaus agitado e colocando o capuz de sua veste.

Timaeus fez o que o pai pediu e não tardou muito para que ele visse uma enorme sobra no chão e bem acima das arvores no céu, um dragão vermelho sobrevoando a floresta em direção ao norte.

-Corra meu filho, corra, temos que sair daqui logo.

E correram o mais rápido que podiam, um caminho que geralmente levava vinte minutos eles fizeram em dez e chegaram em casa pingando suor.

-Mais o que diabos vocês dois estão fazendo? -Indagou Maeve.

-Como eu havia suspeitado querida, Leviathan acabou de sobrevoar a floresta em direção a Way'gate, creio que só poeira e fogo sobraram daquela cidade ao final da tarde.

-Pai o que está acontecendo?

-Timaeus vá almoçar e não se preocupe, querida não me espere eu vou até a praia na caverna dos Ecos.

-Sério Emaus? Não vai nem comer?

-Tenho problemas maiores a resolver agora -Disse Emaus mais uma vez saindo da casa indo para uma caverna na praia.

-Nem uma palavra meu filho, vá almoçar seu pai sabe o que faz.

Emaus adentrou a floresta negra pelos cantos, as arvores eram enormes com folhas densas e um terrível nevoeiro que atrapalhava a visão como se a ausência de luz não fosse o suficiente, porém por estar andando pelas margens ele conseguiu chegar facilmente a praia onde caminho até a Caverna dos Ecos, um lugar que ninguém ousava ir por terem historias assombrosas, quando na realidade era a caverna que ele escondera o dragão que o acompanhará quando foi de encontro a Maeve no final da Guerra Eclíptica

-Nutso está acordado? -Gritou Emaus na porta da caverna e ouvindo um eco -Sou eu Emaus saia preciso de você.

E das sombras da caverna saiu a figura de um enorme dragão de cor verde com cicatrizes gigantes de lanças e flechas com olhos dourados e uma armadura em volta das asas, era Nutso o dragão que lutou com Emaus na Guerra.

-Olá velho amigo, quanto tempo não o vejo Emaus.

-Só fazem três anos desde que estive aqui e você sabe o porquê.

-Sim, estavam te seguindo e quase me viram, pois bem entre.

Emaus entrou na caverna seguindo Nutso até o fundo em uma espécie de bolsa de ar, cristais iluminavam a caverna e um círculo pequeno ao centro mostrava que aquele era o lugar para uma fogueira, nos canto esquerdo tinham prateleiras com diversos livros mágicos, uma mesa e ao lado uma armadura reluzente escorada na parede por um suporte de madeira além de uma espada com figuras de dragões esculpidas na lamina, eram os equipamentos que ele utilizara na guerra, ou pelo menos o que sobrou.

-Acenda a fogueira para mim Nutso -E o dragão cuspi-o fogo dentro do círculo -Fazia tempo que eu não via todas essas coisas.

-Três longos anos, e o que o traz aqui novamente?

-Leviathan, ele e a ordem negra estão voando com mais frequência destruindo vilas e plantações.

-Meu irmão só destrói as mais fracas e indefesas, é só para gerar medo na população uma vez que a guerra se aproxima.

-Tenho medo dessa guerra, estou muito velho e temo que Timaeus terá que lutar.

-Ele vai ter que lutar você querendo ou não, ou você acha que ele vai ficar naquela casinha pro resto da vida enquanto tem uma guerra enorme acontecendo?

-Ele não tem treinamento nenhum não pode lutar...

-VOCÊ o deixou sem treinamento nenhum, VOCÊ decidiu esconder sua verdadeira linhagem e poder, ele é um príncipe e você o transformou em um plebeu sem conhecimento nenhum de magia e como você sabe conhecimento é poder -Contestou Nutso.

-Não jogue na minha cara meus erros eu vim aqui para tentar desfazer um deles.

-Qual? E como?

-Seu irmão, ele já destruiu e causou problema de mais vou realizar um feitiço profano para criar um item que pode pará-lo.

-Outro feitiço profano? Você já está velho meu amigo, você poder ser até o ancião mais sábio que existe mas tentou tanto convencer aquelas cidades livres de que você era apenas um mero camponês sem magia e ficou sem usar magia por tanto tempo que sua energia magica está fraca, precisaria canalizar outra energia para criar um feitiço de tamanha escala.

-Exatamente por isso que estou aqui, canalizarei sua energia para criar com um cristal puro e o sangue que restou de Ryniar, um cristal prisão para seu irmão.

-Acho que a idade não lhe caiu bem, para terminar tal feitiço é necessário que uma vida seja tirada.

-Isso é o de menos, uma vez criado o cristal tiramos a vida de algum mago forte o suficiente para ativar o cristal e logo prenderemos seu irmão.

-Você realmente perdeu a noção, mas eu vou lhe ajudar.

No cair da noite estava tudo pronto, Emaus tirou um livro Profano de uma gaveta secreta da prateleira, pegou um cristal puro que era extremamente raro, um frasco com as últimas gotas do sangue do dragão Ryniar e começou o encantamento.

-O que você está fazendo Emaus? Perguntou Nutso.

-Vou pegar água do mar ao invés de água normal.

-Água da tormenta você quis dizer.

-Essa água tem muito poder e vai ser útil, agora vamos começar logo esse feitiço.

Emaus desenhou uma runa no chão para que Nutso ficasse em cima e logo em seguida montou nas costas do dragão e mirando a mão para a tigela onde colocara a água, o cristal e o sangue começou a conjurar o feitiço profano.

-Rituale et impium dictale, Crystal, sangue e tempestade -Nuvens começaram a se formar em volta da lua e um vento forte balançava as arvores da encosta- anima animam creare et imperium in carcere -Três raios caíram em cima da tigela com os itens do feitiço que foi visto de toda parte sul do continente.

-Pronto Emaus? -Diz Nutso conforme as nuvens vão se dissipando.

-Pronto, só precisamos que uma vida seja dada para ativar o cristal.

-Tem certeza que leu isso direito né?

-Claro que tenho certeza, vamos para dentro.

Enquanto eles estavam entrando na caverna a ordem negra que acabará de destruir Way'gate, viram os raios e foram em direção à praia.

-Vou deixar uma anotação na capa desse livro para Timaeus caso aconteça alguma coisa comigo, conte tudo a ele meu amigo, exceto sobre esse cristal negro que acabamos de fazer -Diz Emaus enquanto esconde o livro profano.

-Pode deixar Emaus, caso algo aconteça eu cuidarei de seu filho.

-Muito obrigado, vou voltar para casa agora tenha uma boa noite.

Ao sair da caverna deu de cara com a ordem negra e Leviathan.

-Vejamos só, quem é você mago? -Diz um dos magos com vestes negras da ordem.

-Eu sei quem ele é -Diz Leviathan- Eu reconheço esse cheiro muitíssimo bem, então é aí que estava escondido todo esse tempo Emaus?

-Leviathan, enfim nos encontramos, demorou para me encontrar.

-Pensamos que você estava morto, vejo que quase perdi esse momento já que está caindo aos pedaços com a idade. E meus irmãos estão vivos?

-Infelizmente não, eles queimaram quando eu lancei o feitiço profano para vencer a guerra que você perdeu.

-Eu não vejo dessa forma, Erethor retornara em menos de três meses antes do inverno começar e você não estará aqui para impedi-lo, MATEM ELE.

Os oito membros da ordem negra ergueram suas mãos e aprisionaram os pés de Emaus que estava sem energia para fazer qualquer magia na areia da praia, Nutso ouvia tudo do fundo da caverna e sabia que não podia fazer nada apenas ver seu amigo morrer. E assim aconteceu o mestre da ordem negra empunhou uma espada e atravessou ou peito de Emaus.

-Vamos embora rapazes! Deixem o corpo para os animais comerem -Todos subiram nas costas de Leviathan e levantaram voou para continuar seus ataques nas aldeias mais fracas.

Nutso saiu da caverna até o corpo de Emaus.

-Meu amigo, me desculpe não poder ajudar -Diz o dragão chorando.

-Pegue o cristal, minha vida foi o preço pelo feitiço, de ele a Timaeus e nunca conte o que ele faz, diga que era meu último presente -Disse Emaus fechando os olhos e deixando o mundo dos vivos.

O sol já estava nascendo quando Emaus morrerá e Timaeus acordará cedo para ir ver se o pai estava bem pouco tempo depois dele morrer Timaeus chega a praia e vê o dragão chorando em cima do corpo do pai.

-PAIIII -Diz Timaeus em disparada até o corpo do pai- Pai o que aconteceu, não pai, não me deixe.

-Seu pai pediu para lhe entregar isso jovem Timaeus. -Diz Nutso abrindo a pata com enormes garras entregando o cristal negro a ele.

-Como eu consigo entender o que você está falando Dragão? E porque meu pai lhe daria isso para me entregar? -Diz o menino chorando em cima do corpo do pai.

-Seu pai tinha muita coisa para lhe contar, mas isso ainda não cabe a mim dizer vá até sua mãe e conte que a ordem negra matou seu pai eu esperarei vocês dois para colocar fogo no corpo de seu pai para que ele descanse em paz.

E assim fez o garoto, correu em direção a sua casa mal chegou e se jogou em pranto no colo da mãe.

-Meu filho o que aconteceu? Por que está chorando? -Diz Maeve aflita.

-O..O papai mo..morreu. Cheguei na praia e tinha um dragão verde chorando em cima do corpo do papai ele me deu uma pedra e falou que o pai queria que eu ficasse como ela e mando te chamar para ele queimar o corpo dele.

Maeve deixou algumas lagrimas caírem.

-Eu sempre disse para ele tomar cuidado, vamos filho vamos queimar seu pai.

E saíram os dois rumo a praia. Timaeus então lembrou que o dragão havia dito que o pai tinha muito a contar a ele então no meio do caminho resolveu perguntar a mãe.

-Mãe, o que a senhora e o pai escondem de mim? Eu sei que tem muita coisa que vocês deveriam me contar.

-Você conhece as histórias da grande guerra né filho?

-Sim conheço.

-Sabe também que um grande império fora destruído?

-Sim, o grande império Draconico a cidade Alohukai.

-Pois bem, seu pai lutou nessa guerra assim como eu, ele era para ser o Lorde soberano desse grande império, você é um príncipe meu filho.

-Mas isso não é possível.

-Feitiços de memória e nome foram lançados em você quando nasceu, você poderia dizer nossos nomes livremente na aldeia e todos entenderiam outro do real e todas as inscrições que tivessem nosso nome falando da guerra eram apagadas de sua memória, com a morte de seu pai esse feitiço foi desfeito.

Timaeus não pode perguntar mais nada pois ambos chegaram a praia.

-Olá Maeve -Diz o dragão.

-Olá Nutso, quanto tempo, quem diria que essa seria a circunstância que faria nos reencontramos. -Disse Maeve limpando as lagrimas do rosto.

-Vocês se conhecem então? -Perguntou Timaeus.

-Sim filho, Nutso é o único dragão vivo que luta a favor do bem, por mais que a espécie dele seja proibida da ilha de Camor para baixo.

-Vamos logo com isso, vou colocar fogo em Emaus alguém quer dizer alguma coisa -Disse Nutso com aperto no coração.

-Não é necessário, os feitos dele dizem tudo sobre ele. -Diz Maeve chorando ainda mais caindo de joelho na praia.

-Ele era um pai incrível pena que não viveu o suficiente para me contar sobre as aventuras dele.

Nutso então soprou fogo no corpo de Emaus e todos ficaram lá observando o corpo de um dos maiores guerreiros que já vivera queimar, até ouvirem gritos e verem fumaça vindo de Ce'Brook, a ordem negra estava-la destruindo tudo.

-Mãe meus amigos estão lá, devemos ajudar eles por favor -Diz Timaeus correndo em direção a floresta para chega a cidade.

-Você sabe que não vai dar tempo né Maeve.

-Eu sei Nutso, mas tenho que tentar e oferecer ajuda, cuide dele caso alguma coisa aconteça.

-Foi exatamente o que Emaus disse antes de morrer e manterei minha promessa de cuidar dele.

Maeve correu atrás do filho em direção a Ce'Brook, infelizmente a cidade era muito longe da praia e quando os dois chegaram lá estava uma confusão, casas e pessoas queimando os que sobreviviam estavam sendo mortos pelos membros da ordem, Maeve vai até o poço pegar baldes de água para ajudar a apagar os incêndios e Timaeus vê Rodric em baixo de uma tora de madeira.

-Rodric, eu vou te ajudar -Timaeus diz gritando enquanto pegava um pedaço de tronco para colocar em baixo da tora e tirar ela usando um sistema de alavanca -Venha consegue andar?

-Se eu me apoiar no seu ombro consigo.

-Você viu Thope?

-Ele está ali do lado da sua mãe pegando baldes de água.

-TIMAEUSSS -Gritou Maeve -Vá embora daqui leve seus amigos, vá Thope com eles eu ajudo a aldeia.

Thope foi correndo em direção aos amigos e quando chegou de encontro a Timaeus todos olharam para traz para ver se a mãe de Timaeus estava vindo e foi nesse momento em meio a toda aquela confusão que uma flecha atravessou o peito de Maeve e ela caiu no chão.

-MÃEEEE, VOCÊ TAMBEM NÃOOO

-Vamos Timaeus não podemos ajuda-la é tarde demais -Disse Rodric se apoiando em Timaeus.

-Mas e o corpo da minha mãe?

-Nós voltamos aqui quando eles forem embora. -Completou Thope.

Os três jovens correram para a floresta seguindo Timaeus, muito estavam entrando na floresta para fugir e muitos se perderam. Quando ouviram a torre do relógio cair no que parecia ser o poço, o corpo de Maeve agora estava soterrado e os jovens não podiam fazer nada a não ser correr até a praia, e lá chegaram.

-Porque tem cinzas na areia? -Perguntou Thope.

-É meu pai, ele também morreu -Disse Timaeus com lagrimas caindo do rosto novamente -Vamos entrar na caverna!

-A caverna dos Ecos, tá louco? Thope você concorda com isso?

-Meu pai conhecia a caverna e tenho um amigo lá.

-Se ele diz para entramos e que o pai dele conhecia não vejo porque não.

Eles entraram na caverna e foram andando até chegar na câmara de ar, os dois jovens que ainda não tinham visto o dragão entram em choque.

-Calma gente ele é meu amigo, e não quero perder tempo, Nutso esses são Thope e Rodric, você poderia termina de contar tudo que eu preciso saber pra mim conseguir separar meus pensamentos.

-Claro Timaeus, porem seus amigos não conseguem me entender.

-Gente me deixa começar falando pra vocês que eu entendo dragões e sou príncipe de Alohukai até onde eu sei.

-Se isso for verdade, acredito que você seja rei agora. -Indagou Rodric

-Informação de mais para um único dia nossa. -Disse Thope sentando ao chão. -Você é tipo da linhagem vermelha então.

-Sim, é bem complicado e agora o dragão vai me contar toda minha história.

-Pois bem Timaeus, como você já deve ter imaginado seu pai era o Lorde soberano de Alohukai, ele não praticou magia por mais de cinquenta anos para criar a figura de aldeão que ele tanto desejava, para que achassem que ele estivesse morto, você conhece a profecia da guerra eclíptica né? -Perguntou Nutso

-Sim, estava com medo de você falar sobre isso.

-Pois bem, com a morte de seu pai você é o último da linhagem vermelha, logo, você é o único que pode matar Erethor, seu tio, e impedir que o mal governe Edrar, acho que resumi bem.

-Só isso? Cara você não disse nada que eu já não imaginasse.

-Bom você tem o que dezessete ou dezoito anos? Bom não importa você ficou todo esse tempo sem treinar, sem praticar magia, o tanto de magia acumulada dentro de você é surreal, imagino que esteja sentindo algo diferente agora, estou correto?

-Sim é como se minhas veias estivessem queimando.

-Como os sábios dizem, a verdade vós libertará e agora que você sabe a verdade sua magia corre em suas veias, mas acima de tudo lembre, conhecimento é poder, seu pai deixou uma anotação na capa daquele livro para você ler e espero que você leia todos os livro, quanto mais você aprender mais poder você terá. Explica para os seus amigos agora já que eles não entendem nada do que eu digo.

-Gente, aparentemente eu liberei a magia no meu corpo e agora acho que sou um mago.

-Magos devem ir para a ordem de Camor para acessarem sua magia, como você assim você liberou sua magia?

-Concordo com o Rodric, pergunta pra esse dragão aí sobre a ordem.

-Eles disseram que se eu sou um mago agora eu devo ir para a ordem de Camor para acessar minha magia.

-Deixa eu explicar uma coisa Timaeus, existem os Homens e existem os Magos que são digamos que uma evolução dos Homens já que a magia corre nas veias deles, só que os magos precisam usar um foco arcano ou algum anel para acessar sua magia na adolescência, por isso são mandados para o Templo da Magia e quando se formam são mandados para a ordem de Camor para lá participarem de um ritual que libera a magia para que eles usem sem precisar de nenhum objeto. Você é uma outra espécie humanoide, os Draconianos, vocês vivem mais, acho que você nunca se perguntou porque seus pais viveram tanto eles tinham por volta de cento e vinte cinco anos, nenhum homem vive tudo isso, vocês conseguem falar com dragões e a magia pura corre nas suas veias, ou seja, os Draconianos não precisam de nenhuma ordem de Camor para acessar a magia.

-Isso é muito surreal cara, eu era só um garoto normal a menos de vinte e quatro horas atrás.

-Sim, eu entendo, só que além de você ser Draconiano, você também é o último da linhagem vermelha, uma linhagem de cavaleiros Draconicos que tinham enorme poder, nem seu pai conseguiu saber tudo que ele conseguia fazer, o único que sabia era seu Tataravô Asakan o último dos sete Cavaleiros Draconicos, tem muita história envolta da sua família, mas isso não importa agora, vá ler esses livros logo para começarmos o seu treino.

-Gente eu vou ler esses livros, vejam se tem algo para comer.

-Eu vejo as prateleiras de baixo e você as de cima Rodric. -Diz Thope enquanto se movem para as prateleiras -Tim então aquela profecia é sobre você?

Tim era a maneira que os amigos chamavam Timaeus quando estavam somente eles.

-Sim, eu estou em uma profecia e isso é algo perturbador.

-Logo se você está em uma profecia agora tem um destino também né -Completou Rodric.

-Sim, algo que não posso fugir, apenas morrer tentando.

-Estaremos com você Tim -Disseram os dois colocando suas mãos no ombro de Timaeus e um pão sobre a mesa.

O inverno estava próximo e se eles ficariam na caverna logo teriam que ir atrás de mantimentos.

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