A força que nos une

By mrsmedowstaylor

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Em Star Wars, A Força é uma espécie de energia que conectava todos os seres vivos na galáxia e poderia parece... More

Avisos
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By mrsmedowstaylor

ㅡ Quando eu vou poder voltar a dançar? – a garota perguntou eufórica.

ㅡ Sua cirurgia foi ontem, Eunji. – a mãe da menina respondeu mas ela apenas fingiu não ter ouvido.

ㅡ Se você me prometer que quando sair daqui vai fazer fisioterapia e voltar todo mês para me ver, eu acredito que logo. – Chanyeol respondeu e ela sorriu.

ㅡ E como está o bebê? – indagou á Baekhyun que estava ao seu lado.

ㅡ Está bem, mas tenho minhas dúvidas se tenho um jogador de futebol ou um adversário de box aqui dentro.

ㅡ Posso tocar?

ㅡ Claro. – Baekhyun pegou delicadamente na mão da garota e a pousou onde Luke estava. Ela sorriu ao sentir um pequeno chute.

A gestação já estava bem perto do fim e Baekhyun deveria estar em casa mas decidira trabalhar até o dia que Luke fosse nascer e depois sim, ficaria em casa com seu filhote.

ㅡ Eu fiz algo para os filhos de vocês, como um agradecimento por terem sido tão bons com a minha menina. – a mulher de cabelos castanhos e longos entregou uma caixa decorada em branco a Chanyeol, este logo a abriu e tirou de lá quatro gorrinhos, dois menores para Luke e dois maiores para Leia, em vermelho e azul.

ㅡ Senhora Oh, não precisava se incomodar. – Chanyeol respondeu e a mulher apenas sorriu.

ㅡ Não foi incômodo algum. – respondeu sorrindo.

Logo o casal se despediu e saiu do quarto pois o dia estava só começando e havia muito trabalho pelo frente. No corredor se encontraram com as internas que os acompanhariam.

ㅡ Tão animada quanto eu, Fúria da Luz? – Park perguntou e ela sorriu e assentiu freneticamente. – Não é todo dia que se tira um tumor considerado inoperável de uma coluna.

ㅡ Estudei muito sobre a cirurgia, Doutor Park, e também quero agradecer pela oportunidade de participar. – proferiu Yeji.

ㅡ Não me agradeça por isso, minha obrigação aqui é te ensinar da melhor forma possível. – dessa vez quem sorriu foi Baekhyun.

ㅡ Melhor vocês irem se preparar ou logo a Taeyeon vai aparecer aqui berrando.

ㅡ Tem razão. – Chanyeol deixou um leve selar nos lábios de Baekhyun e depois de abaixou e beijou sua barriga.

ㅡ Boa sorte. – falou baixinho e deixo mais um beijo nos lábios do marido, que sorriu e logo seguiu seu caminho com Yeji.

ㅡ Vocês criaram um nível de amor que eu nunca vou alcançar. – Seulgi murmurou mas não esperava ser ouvida.

ㅡ Não fale assim, Cenourinha, você vai encontrar sua alma gêmea.

ㅡ Na verdade eu acho que vou morrer sozinha.

ㅡ Eu também pensava assim antes da pessoa certa acontecer. Enfim, vamos trabalhar.

Baekhyun começou a fazer perguntas sobre coisas básicas que Seulgi deveria saber sobre pediatria e ela estava se saindo muito bem em todas até uma voz muito familiar o chamou e em questão de segundos já estava parado a seu lado.

ㅡ Olha só isso! – proferiu segurando o exame de imagem contra a luz.

ㅡ Que tumor maravilhoso! – exclamou Baekhyun.

ㅡ Tão grande que parece uma laranja! – a jovem médica que o acompanhava falou animada e logo recebeu um olhar nada bom do médico. – Desculpa,  Doutor Do.

ㅡ Coitado, veio com um braço quebrado e agora vai ganhar um tumor também. – murmurou com um pouco menos de entusiasmo. – Vamos, Malévola, temos uma péssima notícia para dar a esse homem.

Quando os dois seguiram seu caminho Baekhyun levou as duas mãos a barriga e suspirou.

ㅡ Minha bolsa rompeu quando a Malévola disse que o tumor parecia uma laranja. – Baekhyun sentenciou e Seulgi tirou olhos do tablet e olhou o médico de cima a baixo. — Eu me arranjo sozinho e você vai procurar a Yongsun. – ela assentiu e rapidamente foi fazer o que lhe foi mandado.

Seguiu andando lentamente, fazendo exercícios de respiração e tentando focar sua mente em outra coisa que não fosse colocar aquele garoto para fora. Já havia sentido esse medo antes, chorou muito por isso e definitivamente não precisava passar por isso mais uma vez. Bem, pelo menos não com tanta antecedência.

ㅡ Estava muito longe do banheiro, Baekie? – nem se deu o trabalho de parar para ver quem era, reconheceria aquela voz até morto.

ㅡ Só seu sobrinho avisando que logo vai estar do lado de fora, Kim.

O homem empurrou o prontuário para o residente ao  seu lado e foi até Baekhyun mas antes que fizesse menção de o tocar recebeu um olhar nada bom do Byun.

ㅡ Você não deveria estar andando assim, sozinho pelo hospital. Vem, vou te levar para um quarto. – ele passou um dos braços pelos ombros de Baekhyun e dessa vez preferiu não falar nada.

Depois de ter trocado de roupa e estar acomodado, Baekhyun pediu que Jongin fosse até sua casa buscar as coisas de Luke e logo depois da partida do outro médico, Seulgi apareceu.

ㅡ Avisei a Doutora Kim e ela disse que vai participar de uma apendicectomia e depois vai cancelar o resto do dia. E também passei seus pacientes ao Doutor Zhang, a pedido da Doutora Kim. Espero não ter feito errado. – ela falou receosa e Baekhyun sorriu.

ㅡ Fecha as cortinas, a porta e senta aqui. – disse e agora fez o que lhe foi pedido. Sentou-se ao lado do Byun na cama e respirou fundo. – Você me lembra muito o Baekhyun calouro em medicina.

ㅡ Isso é bom? – indagou confusa.

ㅡ O que você acha?

ㅡ Considerando o grande médico que se tornou eu vou interpretar como o maior elogio que alguém já me fez nesse hospital.

Olhando fixamente para o chão ele sorriu nostálgico. Passara por altos e baixos, caiu muitas vezes e foi difícil levantar, mas se lembrar daquilo era bom pois o dava forças e coragem para seguir em frente.

ㅡ Fiquei muito feliz quando descobri que havia passado no programa de ensino desse hospital e que poderia ser ensinada por você. – disse Seulgi, olhando nos olhos de Baekhyun, que dessa vez pareciam diferentes. – E eu não estou dando uma de puxa saco, você é a minha maior inspiração na medicina.

ㅡ E tem um motivo?

ㅡ Você ama o que faz e isso é muito claro. Você é um médico real, com sentimentos num mundo onde muitos se assemelham a robôs.

ㅡ Seulgi, você não é a primeira a dizer que se inspira em mim mas eu nunca sei reagir a isso porque me lembro de quando eu era só um interno.

ㅡ Aposto que talvez seja difícil se lembrar do passado…

ㅡ Eu já passei por muito preconceito nessa vida e não é porque agora eu tenho um nome grande e conhecido que eu parei de ouvir coisas ruins a respeito de quem eu sou, mas no começo daquela época foi um inferno. – lentamente Seulgi levou uma de suas mãos até as costas do médico, onde acariciou levemente. Baekhyun suspirou fundo antes de começar a contar. – Havia uma residente que me odiava mesmo que eu nunca tivesse feito mal a ela, mas eu era muito bom e sempre estava sendo elogiado e como um tipo de vingança podre ela usava os pronomes errados comigo, descobriu meu nome de batismo e não perdia oportunidade de me deixar de fora de cirurgia. Mesmo sabendo que não era culpa minha essa mulher me fez ter vontade de desistir de tudo.

"Por outro lado eu tinha ótimos amigos. Taeyeon, Jongin e Kyungsoo nunca me deixaram sozinho. Eles foram meus pilares. Taeyeon até saiu nos tapas com essa mulher e parou o hospital inteiro mas depois disso ela foi demitida e processada pelos meus pais. Só que tudo mudou de verdade quando a  Yongsun e Chanyeol chegaram. Comecei a me sentir mais vivo, como se eu realmente pertencesse a esse lugar.

ㅡ Eu gosto de ver você e o Doutor Park juntos. É possível sentir um pouco da paixão de vocês no ar. – ela falou sem se importar se estava soando estranha ou talvez iludida demais — afinal os dois eram um ótimo exemplo de Couple Goals —, porém Baekhyun apenas deitou cabeça em seu ombro.

ㅡ Na primeira vez que nossos olhares se cruzaram eu travei e sempre que ficávamos próximos demais era como se fosse me afogar em testosterona. Mas diferente dos outros eu me sentia seguro com ele. Ele foi paciente comigo, respeitou meu tempo e nunca reclamou em todas as vezes que eu decidi voltar para trás no meio do caminho. E isso, Cenourinha, é a coisa mais importante em um relacionamento. – suspirou fundo o perfume suave que ela usava. – Quando nos casamos prometemos nos amar mesmo que estejamos nos odiando.

ㅡ Espero que fiquem juntos para o resto da vida.

ㅡ Eu também espero, Cenourinha.

E foi quando Jongin abriu a porta como se estivesse fugindo de uma alcatéia de lobos famintos.

ㅡ Desculpa a demora, o trânsito nessa cidade está cada vez pior. – colocou a bolsa branca com as coisas do menino em uma cadeira próxima a cama e logo depois se virou para Baekhyun e colocou suas mãos na barriga do mesmo. – Tudo bem?

ㅡ Sim.

ㅡ O Chanyeol já foi avisado?

ㅡ Não e você nem pense em fazer isso.

ㅡ Tudo bem, não vou, mas eu ainda vou poder ver meu Jedi nascer? – perguntou e Baekhyun sorriu. Jongin chamava o menino de Pequeno Jedi desde o dia que descobriram que era um menino.

ㅡ Claro que sim. Agora vai trabalhar. – o Kim deixou um beijo na testa de Baekhyun e por impulso fez o mesmo com Seulgi e depois saiu da sala. A interna se manteve parada, sem reação e o médico riu.

ㅡ Jongin é exagerado assim mesmo, sempre faz as coisas sem perceber… Ah, cacete! – gritou de repente. — As malditas começaram.

ㅡ Eu vou chamar a Doutora Kim! – Kang se levantou rápido mas seu pulso foi agarrado por Baekhyun.

ㅡ Você vai ficar e fazer o necessário. Quando essa criança já estiver quase do lado de fora você chama a Yongsun. — o olhar penetrante dele parecia enxergar sua alma, essa com certeza era a parte mais assustadora de Baekhyun.

ㅡ Eu não sei se consigo...

ㅡ Você consegue, sim, eu acredito em você mas precisa acreditar em si mesma… Porra!

Seulgi ajudou Baekhyun a se deitar, colocou a fina coberta sobre ele para o exame pélvico necessário. Calçou as luvas e respirou fundo.

ㅡ Doutor, eu acho melhor chamar a obstetrícia.

ㅡ Cenourinha, eu já disse que você consegue.

ㅡ É, mas você já está com cinco centímetros e as contratações só começaram agora. Ou não?… – perguntou e Baekhyun também parecia confuso.

ㅡ Eu senti algo hoje de manhã mas pensei que era Braxton Hicks¹.

ㅡ Não, na verdade você já estava entrando em trabalho de parto. – Seulgi tirou as luvas e prendeu o cabelo com uma caneta que estava no bolso do jaleco. — Eu vou pedir um monitor fetal.

ㅡ Promete que não vai sair daqui? — Baekhyun perguntou mais sereno que nunca, com os olhos brilhando. Ela assentiu e voltou a se aproximar.

ㅡ Prometo, Doutor Byun.

E ela de fato não saiu dali. Aguentou todos os berros, xingamentos, reclamações e até mesmo tentou fazê-lo relaxar um pouco contando sobre quando era uma adolescente idiota e nem um pouco racional, de certo modo deu certo pois até arrancou algumas risadas dele. Mas quando os intervalos entre as contrações foram ficando cada vez menores e Yongsun e Jongin chegaram o caos pareceu se estabelecer totalmente.

ㅡ Quem teve a brilhante ideia de chamar isso de parto normal? Essa dor não é nada normal! – Baekhyun gritou, apertando a mão de Seulgi enquanto Yongsun tentava manter a calma com o amigo reclamando tanto e Jongin que estava apenas filmando e chorando num canto.

ㅡ O dom da vida é tão lindo. – murmurou emocionado.

ㅡ ENTÃO VEM PARIR NO MEU LUGAR!

ㅡ Isso! Na próxima use toda a força que ainda lhe resta.

ㅡ Eu preciso respirar… – ele pendeu a cabeça para trás e Seulgi enxugou um pouco do suor em sua testa com a manga do jaleco. – Seulgi, eu gosto de você e um dos meus objetivos é te treinar para ser uma excelente cirurgiã. – ela sorriu e iria agradecer o médico por acreditar tanto em sua pessoa mas antes que pudesse fazer isso ele voltou a berrar.

ㅡ Mas eu preciso dos meus dedos para ser cirurgiã. – disse ela num tom choroso ao sentir seus dedos serem esmagados.

E então um choro tomou conta do quarto. Baekhyun pode respirar fundo e tentar recuperar o fôlego, Yongsun sorria com os olhos brilhando com o bebê em mãos e Seulgi pôde cortar o cordão umbilical e o levar até o pai.

O menino enrolado na fina manta azul se aconchegou nos braços do progenitor, que tinha lágrimas nos olhos. Yongsun se posicionou ao lado de Seulgi e Jongin se aproximou devagar. Lágrimas finas começaram a escorrer pelos olhos do Byun.

ㅡ Você me deu um trabalho e tanto, rapazinho, vai ficar de castigo. — disse sorrindo bobo.

ㅡ Meu pequeno Jedi. – Jongin murmurou baixinho enquanto enxugava as lágrimas.

ㅡ Quer levá-lo? – disse se referindo a limpeza e outros exames que eram necessários ao bebê assim que se nasce.

ㅡ Não, você sabe que eu tenho medo de bebês.

ㅡ Não vamos demora a trazê-lo de volta. – Yongsun disse sorrindo pegando novamente o bebê nos braços. Jongin deixou um beijo na testa de Baekhyun, pegou a bolsa do bebê e saiu junto da médica.

ㅡ Eu consegui. — Seulgi expressou aliviada.

ㅡ Eu disse que você iria. – Baekhyun suspirou cansado.

←×→

Depois do nascimento de Luke, Baekhyun ligou para a babá de Leia e pediu que a levasse até o hospital e também avisou seus pais e os de Chanyeol sobre o nascimento do menino. A cirurgia acabou demorando mais que o previsto e assim que foi avisado sobre seu menino, Chanyeol atravessou quase metade daquele hospital correndo e quando parou na porta do quarto viu uma das cenas mais bonitas de toda sua vida.

Baekhyun com Luke nos braços, Leia deitada ao lado do pai e os dois sorriam com o bebê. Se aproximou devagar e quando viu o rostinho do filho sentiu as lágrimas virem a seus olhos. Sem dizer nada Baekhyun passou o pequeno para os braços do  marido.

ㅡ Ele é tão pequeno. — murmurou.

ㅡ Não deveria dizer isso ao lado de quem o colocou pra fora.

Era um sentimento estranho, quase inexplicável. Foi uma paixão que tomou conta de si por inteiro, um amor indescritível e a necessidade de proteger aquele pequeno ser humano de tudo que o pudesse fazer mal a qualquer custo. Lágrimas escorriam por sua face, enquanto os olhinhos escuros como os de Baekhyun o encaravam fixamente, e logo depois o bebê sorriu para o pai.

ㅡ Eu amo vocês. Amo tanto que nem sei como descrever. — sua voz soou falha. Baekhyun o encarou terno e pousou sua mão na do marido.

ㅡ Nós também amamos você, muito mesmo. — a atmosfera era a mais leve possível naquele quarto, como se o mundo todo tivesse parado ou tempo tivesse sido desacelerado. — Está sentindo isso? — perguntou sorrindo bobo e Chanyeol assentiu.

ㅡ Sim. É A Força.

××

Braxton Hicks: também conhecidas como contrações de treinamento ou falso trabalho de parto, são contrações uterinas que podem ser percebidas habitualmente a partir do terceiro trimestre de gravidez.

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