𝗡𝗜𝗚𝗛𝗧 𝗛𝗨𝗡𝗧𝗘𝗥𝗦 | �...

By Sxrdonyx

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𝑯𝑶𝑼𝑽𝑬 𝑼𝑴 𝑻𝑬𝑴𝑷𝑶 onde Vigilantes mascarados eram ovacionados pela população Americana. Considerados... More

𝐍𝐈𝐆𝐇𝐓 𝐇𝐔𝐍𝐓𝐄𝐑𝐒
EPÍGRAFE
PRÓLOGO
|0.1| O HOMEM ESTÁ MORTO
|0.2| O DECLÍNIO DE GOTHAM
|0.3| O PRIMEIRO CONFRONTO
|0.4| UMA VISITA INESPERADA
|0.5| CRIANÇAS SÃO CURIOSAS...
|0.6| NUNCA IGNORE UM CONSELHO DO MORCEGO.
|0.7| O INIMIGO NAS SOMBRAS.
|0.9| O BAILE VERMELHO DA MORTE
|10.0| O PERIGO ESTÁ AO LADO.
|11.0| NOS BASTIDORES.
|12.0| UM TIROTEIO NA NOITE.
|13.0| O CIRCO FOI ARMADO.
|14.0| VOCÊ AÍNDA FAZ PARTE DISSO.
|15.0| RECALCULANDO ROTA.
|16.0| UM RUMO INESPERADO.
|17.0| NÃO É SÓ MAIS UMA CHARADA.
|18.0| ÀQUELE POR BAIXO DA MÁSCARA.
|19.0| O PLANO É O SEGUINTE...
|20.0| CARNIVŎRU OU FRUGIVOROUS?
|21.0| A TORRE, O BISPO E O CAVALO.
|22.0| ÚLTIMO SUSPIRO.
|23.0| CINCO PARA MEIA-NOITE.
|24.0| OLHOS QUE FALAM.

|0.8| O QUE ELES FARIAM?

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By Sxrdonyx

CAPÍTULO OITO:

O QUE ELES FARIAM?

Como era de se esperar, não demorou muito para que a notícia do novo assassinato se espalhasse por toda parte. Poucas horas depois toda Gotham já estava sabendo sobre a morte de James, e Carnificina já estava praticamente declarada como uma justiceira insana que passou dos limites.

Por mais que eu tenha certeza de que ninguém conhece minha real identidade, não consigo deixar de ficar apreensiva e até mesmo levemente paranóica com essa situação toda. Não que eu ache que realmente existe a possibilidade de estar sendo seguida e observada, mas ainda assim...

Àquele policial, Matt, ele... ele me olhou de uma forma esquisita. Não sei se foi suspeito ou não, mas talvez eu deva tomar cuidado com ele. Policiais jovens costumam ser muito dedicados, e se ele tem como objetivo apanhar quem eles dizem ser a assassina, é melhor eu realmente vigiar minhas costas.

Meu expediente finalmente terminou, mas infelizmente não era hora de descansar. Evan queria que eu fosse com ele em algum lugar para conseguir as roupas da festa. Nem minha expressão de descontentamento total foi o suficiente para fazê-lo desistir.

- Eu já lhe disse o quanto detesto vestidos?

Questionei. Evan riu e assentiu com a cabeça.

- Já, e é por isso que eu não estou levando você até uma loja da Tiffany's.

- Então qual é a sua ideia?

Ele não disse nada, apenas pousou sua mão em meu ombro e me guiou até uma loja no final da rua.
Haviam ternos de todos os tipos, smokings também, isso me chamou muito a atenção. Sem dúvidas eu me sentiria mais confortável em um smoking do que em um vestido apertado.

- Gostei da sua linha de raciocínio.
Eu digo sorrindo enquanto caminho em direção aos modelos expostos.

- Eu imaginei que esse fosse mais o seu jeitinho.
Falou.

- Então, vai me ajudar a escolher um?
Questionei erguendo uma sobrancelha em sua direção.

- Como você quiser, madame.

Evan me deixou de frente ao meu prédio. Nos despedimos e eu o observei ir embora com seu carro. Eu ainda estava travando uma batalha interna enquanto decidia se sairia esta noite ou não, se o melhor a fazer talvez fosse ficar em casa por hoje e esperar a poeira baixar. No entanto, me ocorreu que provavelmente isso não vai acontecer. Outra pessoa será morta esta noite e meu nome vai estar estampado na primeira página de todos os jornais de amanhã.

Subi até meu apartamento e guardei a roupa cuidadosamente no armário. Depois fui ao banheiro e passei alguns instantes observando meu reflexo no espelho.

O que eles fariam no meu lugar?

Obviamente meu pai nunca se importou com o que pensassem dele. Ele matava. Matava quem quisesse, quem o atrapalhasse, mas ninguém ligava porque ele tinha as famosas costas quentes. O Comediante tinha carta branca do governo para fazer o que seu coração deturpado desejasse. Acontece que as coisas não são mais assim, os tempos mudaram.

E minha mãe? O que a primeira Carnificina faria? Eu nunca ouvi diretamente da boca dela o motivo de ter escolhido esse nome. Tudo o que Dan me contou fora que ela escolheu esse nome por soar cruel e colocar medo nos bandidos. Uma mulher que se fantasiava com uma saia curta e um espartilho nos anos 60 e saía pelas ruas combatendo o crime e batendo em vagabundos precisava pelo menos de um nome que soasse ameaçador. Mas a pergunta é: O que ela faria se fosse acusada de algo que não fez?

Retaliação não me parece a solução, não para a mulher que conheci.

Com toda certeza isso é mais uma prática de Rorschach. Sim. Sem dúvida alguma ele optaria pela retaliação, já que foi essa sua escolha durante toda a vida. A sociedade lhe arremessava algo e ele correspondia com retaliação. Foi exatamente isso o que ele tentou me ensinar.

Flashback;

- O que está fazendo aqui outra vez?

O homem cujo o rosto eu não era capaz de ver devido ao tecido grosso e as manchas de tinta me questionou ao me ver sentada do outro lado da rua onde ficava o prédio em que Blake vivia.

— Estão todos procurando por você.

— Eu precisava ficar sozinha.

Digo em voz baixa. Após a conversa com Daniel, eu retornei ao quarto, mas dormir me parecia uma tarefa impossível e torturante demais para ser cumprida. Então, fugi pela janela do quarto e agora estou aqui.

- Não vou dizer que está errada - Afirmou com voz rouca.

Eu fitei o prédio e então me voltei para Rorschach.

- Ele era realmente assim tão horrível?
Perguntei. Eu sei que Dan quis aliviar quando me falou sobre meu pai, mas eu preciso saber a verdade sobre Blake.

- O Comediante era um merda - Afirmou, eu engoli as palavras a seco. – E se quer saber minha opinião... ele era o que a sociedade queria dele. Eles precisavam de alguém como Blake. Alguém que olhava para tudo isso e ria.

- Ele era louco.
Resmunguei.

- Quem não é?

Eu encarei meus sapatos e fiquei em silêncio.

- Eu preciso de ajuda...- Comecei tímida.- Quero acabar com o desgraçado que matou minha mãe.

- Por que não pede ao Coruja?
Perguntou.

- Ele não parece ser do tipo que...

- Que mata - Rorschach completou quando eu me calei. A palavra "matar" parece pesada demais para sair da minha boca.

- Exato - Eu umideci um pouco meus lábios antes de continuar.- Eu quero que você me ajude.

- Quem matou sua mãe está perseguindo vigilantes, e eu sou um vigilante. Isso significa que a briga está muito além de você, garota - Disse rouco. Eu baixei a cabeça novamente.- Mas se você realmente quer... eu posso ensinar a você como se proteger desse mundo.

- Me proteger?

- Você vai precisar saber bater de volta quando a vida acertar você de jeito - Disse.- É assim que se sobrevive nesse mundo podre.

Eu não conhecia a história de Rorschach, não sabia o que tinha acontecido com ele para torna-lo desse jeito, mas lembrando do que aconteceu comigo e sempre que a imagem daquela faca no peito da minha mãe, de todo o sangue no chão de ladrilhos brancos da cozinha, volta a minha mente... é ai que consigo entender algumas das razões para ele ser assim.

- Quando começamos?
Perguntei.

- Vem comigo - Disse e então começou a se afastar. Rapidamente me levantei e comecei a segui-lo.

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